Notas do Autor
De tempos em tempos, me perguntam qual é o meu jogo ideal. Já joguei muitos RPGs, então eu diria, naturalmente, que seria um RPG. Pessoalmente, os jogos que mais se destacaram para mim seria Dragon Quest III e V, Final Fantasy II, IV e VII e Romancing Saga. Quanto aos MMORPGS, eu diria jogos ao longo das séries de Ultima Online ou Everquest. Mas, mesmo que os MMO e os jogos tradicionais de RPG estejam sempre em desenvolvimento, mesmo quando novos títulos estão sendo lançados, alguns dirão que só estão sendo melhorados e que não estão evoluindo. Com os MMOs, o World of Warcraft é o campeão reinante enquanto os jogos que vieram depois apenas melhoraram ou poliram a fórmula estabelecida. A gente sente que a fórmula já foi aperfeiçoada ou atingiu seu ápice.
Quando eu joguei pela primeira vez Dragon Quest e Final Fantasy e os primeiros MMOs, senti como se meus sentidos tivessem sido dominados pelos novos mundos que se abriram diante dos meus olhos. Meu eu insignificante estava prestes a passar do meu mundo minúsculo e insignificante para um mundo vasto e novo. Eu não queria deixar esse mundo, onde tudo o que vi e ouvido era novo. Para ser honesto, eu mesmo parei com o mundo real por um tempo.
Pergunto-me, que tipo de jogo recém-lançado teria que ter para me fazer sentir de novo? Teria que depender do que os avanços da tecnologia trouxeram? Ou talvez algo novo nascido de uma combinação de fórmulas estabelecidas? Ou teria que ser um jogo que ninguém já imaginou antes, aparecendo do nada como um cometa no céu?
Não importa o quanto eu pense nisso, eu realmente não sei. Talvez um jogo não expanda meu mundo assim nunca mais.
Mas felizmente para mim, existem romances. Eu sei o que uma pessoa como eu pode escrever, mas porque eu não sou nem um gênio nem experiente, nada que eu tentei vai sem problemas e é como tentar meu caminho ao longo de um passo – ou talvez meio passo – ao mesmo tempo. Eu sempre estou muito intimidado quando tento escrever um romance. Sempre me pergunto, posso realmente fazer isso? Estou mordendo mais do que eu posso mastigar?
De alguma forma, escrevo sobre o impulso do puro desespero. Só depois de terminar e eu olho para trás e vejo a estrada pavimentada, e percebo pela primeira vez, essa é a estrada que acabei de fazer.
Fiquei sem papel. Gostaria de agradecer ao meu editor, K-san, Shirai Eiri, os designers da KOMEWORKS, todos os outros envolvidos na produção e distribuição deste livro e os leitores que o mantêm agora em suas mãos.
Com muita gratidão e amor, coloco minha caneta por hoje e espero vê-los novamente.
– Jyumonji Ao
