Epílogo II – A Mulher de Macacão
Tradutor: PH
No fim de tudo, o Flying Pussyfoot entrou na zona de proibição de locomotiva.
O vagão principal seria trocado por um motor elétrico, para que o trem pudesse encaminhar-se até a Estação Pensilvânia, mas…
Esperando pelo trem na área de troca havia um exército de policiais.
O trem foi rapidamente tomado sob custódia da policia. Triste o suficiente, sua tomada foi muito mais eficiente e controlada que aquela dos homens de preto ou de branco.
Os sobreviventes de ambos os grupos foram presos, e os passageiros foram liberados após uma investigação de duas horas. Então, cada um deles recebeu uma grande quantia de dinheiro da patrocinadora do trem, Corporação Nébula, sob a condição de que eles nunca falariam sobre esse incidente. Por alguma razão, parecia que o governo e essa corporação queriam manter esse incidente completamente em segredo.
A passagem de Rachel estava coberta de sangue pela metade, mas os policiais e funcionários da estação aceitaram-na como dela. Infelizmente, isso apenas foi possível pelo ferimento em sua perna.
Sua perna recebeu um tratamento básico, então Rachel sentou-se em uma cadeira sem nada para fazer. Subitamente, um homem de aparência respeitável aproximou-se dela.
“Eu ouvi que minha esposa e filha te devem muito. Você tem minha gratidão.”
No começo Rachel estava confusa, mas parecia que esse homem era o marido da senhorita Beriam, o Senador Beriam. Enquanto ela escutava, castigando-se por ser tão desinformada, ele entregou-a um grosso envelope de papel.
Havia um maço com cédulas de cem dólares dentro.
“Tome.”
“Mas…!”
O Senador Beriam virou-se e saiu sem nem mesmo perguntar o nome de Rachel.
Apesar de que o dinheiro era apreciado, essa era uma maneira muito rude de entregá-lo. Ela sentiu como se ele estava tratando-a como se apenas tivesse ajudado sua família pelo dinheiro, e elevou seu braço ao ar para jogar o dinheiro nas costas dele.
Subitamente, alguém segurou seu braço com gentileza. Era a própria senhorita Beriam.
“Por favor, desculpe-me pelo comportamento do meu marido. Mas eu gostaria que você ficasse com o dinheiro.”
“Você não precisa se desculpar.”
“Não, permita-me. Veja, meu marido não é muito bom expressando-se de outra forma. As pessoas às vezes acabam vendo isso de uma maneira errada, mas…”
Rachel não conseguiria jogar o dinheiro de volta agora. Ela queria perguntar para a senhorita Beriam o porquê dela ter se casado com seu marido, mas guardou seus sentimentos para si mesma.
“Eu deveria ter dito isso primeiro, mas… Você tem nossa mais profunda gratidão. Nós nunca poderíamos te pagar o suficiente por tudo que fez por nós.”
Mary tirou a cabeça de trás de sua mãe para agradecer Rachel. A normalmente tímida garotinha olhou diretamente para ela com um brilho em seus olhos.
“Obrigada, Rachel! Eu quero crescer e ser uma boa pessoa, como você!”
Rachel ficou surpresa com a declaração matura de Mary. O fato de que ela era uma clandestina pesou em sua consciência, fazendo-a sentir como se estivesse enganando a garotinha.
No fim, Rachel pegou o dinheiro. Quando ela chegou na Estação Pensilvânia, dirigiu-se diretamente até a cabine de passagens e comprou quantas podia com metade do dinheiro que recebeu. Ela então saiu da estação com uma massa de passagens.
Rachel já sabia o que faria com o resto de seu dinheiro. Primeiro, dirigiu-se até o escritório de um médico local para ter seus ferimentos tratados. A dor continuou, mas havia um ar refrescante em seus passos, como se ela estivesse livre de algo que assombrava-a há um bom tempo.
