Epílogo II – Terroristas
Tradutor: PH
O novo assistente de Fred, o mágico cinza, estava silenciosamente falando consigo mesmo.
“Droga. Então Ladd e Lua… Ambos nunca voltaram. Porém, conhecendo eles, duvido que tenham morrido.”
Ele era um dos homens de branco, mas havia pedido para Fred fingir que ele era um assistente quando a polícia havia entrado no trem, conseguindo evitar sua captura. Os delinquentes ao seu redor o encararam, mas não poderiam entregá-lo aos policiais, já que eram criminosos também.
No fim, ele tentou contatar seus amigos que estavam encarregados de negociar com a companhia ferroviária. A companhia havia simplesmente rejeitado sua oferta. Parecia que os homens de preto ameaçaram o governo, o que acabou de certa forma pressionando a companhia ferroviária. Ele nunca esperou que o plano sucedesse, mas era irritante saber que os homens de preto estavam por trás da falha. Claro, ele ainda estava vivo, e era um homem livre, mais do que pode ser dito pela sua gangue de branco.
Ele não tinha para onde ir, então acabou na clínica de Fred, fazendo serviços estranhos para eles.
Ouvindo os murmúrios do ex-homem de branco, Fred sorriu.
“Se eles ainda estão vivos, você os verá novamente. Enquanto você estiver vivo, no caso… Parando para pensar, ‘ele’ estava procurando por alguém, também.”
“Quem?”
“Um paciente que tratei. Eu perdi meu trem porque estava ocupado tratando dele… O que me custou uma fortuna. O tratamento durou um tempo, e até a polícia ficou envolvida.”
“A policia?”
“Sim. Eu estava a caminho de Chicago de carro, quando acabei vendo uma terrível explosão na distância…”
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Goose ainda estava vivo.
Ele de alguma maneira conseguiu sair daquele inferno com sua vida intacta.
Eu me recuso a morrer dessa maneira! Eu devo sobreviver, e descobrir os segredos de Huey…
Ele rastejou pelos trilhos, sobrevivendo apenas por sua obsessão.
Meus homens devem estar em algum lugar por aí. Dez deles foram encarregados de negociar com o governo em algum lugar. Eu vi o sinalizador quando aproximamo-nos do rio. O governo deve ter concordado com nosso acordo. Merda! Eu apenas tinha que segurar um pouco mais! Não, isso não acabou. Com dez homens, eu ainda posso reconstruir…
Subitamente, uma sombra projetou-se sobre si.
“Eu estive te procurando, Goose.”
Finalmente, deve ser um dos meus homens…
Goose olhou para cima. Cuspe voou até seu rosto.
“O quê…?!”
Goose estava chocado. Diante de si estava um homem com a face terrivelmente queimada. Ele poderia ver queimaduras por todo seu pescoço e membros, e o homem estava sem uma mão. Ele também era um homem que Goose conhecia muito bem.
“Neider…!”
Era o homem que tentou trair Goose antes da operação, apenas para ser descartado. Ele deveria ter sido pego na explosão e morto.
“Heh. Eu consegui sobreviver usando um corpo como escudo, mas eu realmente teria morrido se um médico não estivesse passando… Apesar de que ficar de pé é tudo que posso fazer no momento.”
Havia algemas em seus pulsos. Quando Goose olhou ao seu redor, ele finalmente percebeu diversos policiais nas proximidades. Eles estavam cegamente procurando pelos arbustos, como se ainda não tivessem percebido a presença dele.
“Eles estão inspecionando a cena do crime. Eu fiz um pequeno acordo com eles, vê? Eu contei sobre nosso plano e onde nossos negociantes estariam, e eles me garantiram liberdade condicional. Claro, as pessoas não poderiam saber disso. Eu acho que eles só vão encobrir esse incidente por completo.”
“Seu desgraçado…”
“Isso! Eles só prenderam aqueles negociantes que você estava esperando. Que pena.”
O homem queimado ajoelhou-se onde estava e curvou-se na direção do rosto desesperado de Goose.
“Você deveria ter me matado rapidamente quando pôde. E é por isso que você não é apto para ser um soldado.” Neider cuspiu, com todo ódio e pena em sua voz. “Sua escória desgraçada.”
Neider olhou para ele friamente. A cabeça de Goose caiu em silêncio.
“Não saia assim por conta própria, Neider! Nós vamos considerar uma tentativa de fuga! Hm…? Um sobrevivente?!”
Enquanto o policial apressava-se, ele suspirou.
“Eu acho que ele acabou de morrer.”
Goose estava deitado com o rosto no chão, com pedaços de carne e uma grande quantidade de sangue saindo de sua boca.
Neider virou-se de costas para o homem de preto imóvel, caminhando para longe, desinteressado.
“Ah, droga. Que saco. Como eu deveria seguir alguém que estava praticamente pedindo para ser morto assim? Eu não sirvo pra isso. Talvez eu volte para o interior e ajude meu pai com seus campos de milho…”
O jovem terrorista nem mesmo lembrava-se mais do rosto de Goose.
Isso foi, no fim, tudo que Goose conseguiu se tornar.
O pobre corpo, exposto à brisa congelante do inverno, rapidamente ficou frio.
