Seishun Buta Yarou – Capítulo 4 – Vol 02 - Anime Center BR

Seishun Buta Yarou – Capítulo 4 – Vol 02

Tradução: Ivo | IlustraçõesDraconic Translations

 

Quando Sakuta voltou para casa do trabalho, ele encontrou uma mensagem esperando na secretária eletrônica.

“Eu me pergunto quem é.” ele murmurou para si mesmo, assumindo que era o pai dele enquanto apertava o botão para reproduzir a mensagem.

“É Sakurajima Mai. Acabei de sair de Kagoshima e pensei em te contar.”

Foi alguém completamente inesperado. O tom anormalmente formal de Mai foi uma experiência particularmente nova para ele.

Ele reproduziu novamente a mensagem.

“É Sakurajima Mai. Acabei de sair de Kagoshima e pensei em te contar.”a voz de Mai ressoou na secretária eletrônica.

“Três vezes seria um pouco demais, eu acho.” ele percebeu, parando de tocar antes da terceira vez. Em vez disso, ele pegou o fone e discou o número do celular de Mai da memória. Após três toques, a chamada foi conectada.

“Quem é?”

“Sou eu.”

“Eu sei. Salvei o número da sua casa. Eu estava prestes a tomar um banho.”

A voz dela estava um pouco cansada enquanto ela falava o que queria dele. Era como se ela estivesse tentando dizer a ele para não ligar naquele momento. O coração de uma donzela é algo complexo.

“Então você está pelada?”

“Se eu estivesse, não teria respondido.”

“Por que?”

“Seria pervertido falar com um menino enquanto eu estava nua.”

(NT: kokoro connect…)

Sakuta concordou agora que ela mencionou, ele não queria que ela se tornasse promíscua* assim.

(NT: Alguém que se entrega sexualmente fácil)

“Então, o que você quer?”

Sua curta frase pareceu ordenar que ele se apressasse para que ela pudesse se banhar.

“Bem-vinda de volta, Mai-san.”

Ele ouviu uma respiração um pouco confusa do outro lado da linha.

“Foi só isso?”

“Eu queria ouvir outra coisa.” disse Sakuta.

“Eu não vou dizer ‘estou em casa’ para você.” Aparentemente, dizer no telefone não contava. Para Sakuta, sim, mas não para Mai. Enquanto pensava nisso, Mai terminou com um “Até logo”. E então desligou.

Ligar de volta simplesmente faria com que ela não atendesse, então Sakuta obedientemente devolveu o fone ao suporte. Ele foi capaz de descobrir que ela havia chegado em casa com segurança, então já havia cumprido seu objetivo.

O dia seguinte era segunda-feira, e eles começaram a semana com o sétimo de julho, Tanabata*. O próprio dia amanheceu sem uma nuvem no céu.

(NT: Tanabata Matsuri, ou simplesmente Tanabata, é uma comemoração japonesa, derivada da tradição chinesa Qi xi, que ocorre na sétima noite do sétimo mês do ano.)

Sakuta ligou a TV enquanto comia seu café da manhã.

“Com as coisas como estão, Orihime e Hikoboshi* devem ser capazes de encontrar com segurança esse Tanabata.” disse o homem na tela sem negligenciar com o tom usual de apresentador de TV no café da manhã.

(NT: São o casal apresentado na tradição.)

Em seguida, o boletim meteorológico propriamente dito fez com que o previsor dissesse aos telespectadores que as temperaturas já estavam acima de trinta graus em todo o condado, com um sorriso no rosto. Só de ouvir isso enfraqueceu a motivação de Sakuta.

Ele teria matado a escola se pudesse, mas tinha um motivo pelo qual precisava ir. E, além disso, os exames de fim de semestre começaram hoje.

Esperando Sakuta depois de resistir ao calor e chegar à escola estavam as provas de matemática e inglês. Ele preencheu todas as respostas no exame de matemática, mas não conseguiu acompanhar a audição em inglês. Ele decidiu para si mesmo que encontraria um emprego no qual não precisaria do inglês para sua carreira. Talvez se tornar Papai Noel não fosse possível.

O curto caminho para a estação estava lotado de alunos da Minegahara High School. Na verdade, estava mais lotado do que o normal devido aos exames, o que significava que não havia alunos para as atividades do clube.

Logo depois que ele saiu pelos portões, Sakuta viu uma figura familiar. Era Tomoe, sua mochila com as alças alongadas para que a bolsa principal escondesse suas costas.

Seu olhar estava abatido e ela parecia um pouco desconfortável enquanto caminhava com os ombros curvados. Suas companheiras habituais: Rena, Hinako e Aya estavam andando e rindo cerca de dez metros à frente.

Seu comportamento não fez parecer que ela estava apenas um pouco atrasada e ia alcançá-las, o trio parecia estar fingindo não notá-la, mesmo sabendo que ela estava lá, mantendo uma distância proposital dela.

Imediatamente, os avisos de Yuuma na sexta-feira vieram à mente.

Depois de dizer a Sakuta que havia rumores circulando, Yuuma disse:

“As pessoas estão dizendo que ela é fácil, uma vagabunda, e que vocês estão fazendo isso como coelhos.”

A pequena plataforma na estação de Shichirigahama estava cheia de alunos Minegahara.

Tomoe estava se desculpando na plataforma final do lado que ia pegar o trem para Fujisawa. Os alunos ao seu redor mantiveram distância, parecendo criar uma parede invisível entre eles. Apesar de estar na mesma atmosfera atual, uma atmosfera separada parecia envolvê-la.

Sakuta entrou nessa atmosfera e foi para perto de Tomoe, ignorando os olhares dos outros alunos antes de cutucar levemente sua cabeça.

“Não fique tão triste.”

“Senpai…” disse ela, olhando para ele, antes de ficar muito consciente dos olhares de todos ao redor e olhar para baixo novamente.

Sakuta se juntando a ela significava que as pessoas olhando o faziam mais abertamente. Isso não quer dizer que eles estavam olhando fixamente, eles eram apenas olhares furtivos para tentar julgar se os rumores eram verdadeiros. Havia aqueles que sorriam com desdém para eles, alguns se divertindo com os boatos, e outros apenas olhando para eles.

Isso já era uma ocorrência diária para Sakuta, então ele não pensou muito nisso, mas Tomoe parecia estar tentando se enrolar ao lado dele e se esconder.

Olhando para o rosto dela, ele podia ver que ela queria estar em qualquer lugar menos ali, fazendo-o entender que ela queria fugir em um grau doloroso. Seus olhos inquietos pareciam que iam explodir em lágrimas a qualquer momento.

Esse era o tipo de coisa com que Tomoe lidava pior, era para não acabar nesse tipo de situação que ela lia freneticamente a atmosfera de qualquer grupo em que estivesse. Ela até tinha ido tão longe a ponto de fingir que namorava para evitar aqueles olhares embaraçosos.

Como se para acertar o golpe final, uma risada zombeteira veio de trás.

(NT: estou sentindo uma treta…)

Tomoe se encolheu.

Com a raiva queimando no centro de seu corpo, Sakuta se virou para ver um grupo de três terceiranistas. As correntes balançaram em sua cintura, com Maesawa-senpai parada no meio.

Ele encontrou os olhos de Sakuta e colocou um sorriso forçado no rosto.

“Os alunos do primeiro ano estão com muita energia recentemente.” disse ele aos dois, certificando-se de que os outros alunos ao redor pudessem ouvir, com a visão fixada provocativamente em Sakuta.

Era uma maneira bem preguiçosa de começar uma briga, mas isso realmente divertiu mais Sakuta, então ele bufou. Afinal, é educado devolver o que foi dado a você.

“Huh?” A expressão de Maesawa-senpai de repente ficou séria e ele deu um passo, depois um segundo em direção a Sakuta, pairando sobre ele, “Você acabou de rir de mim?”

“Ainda estou rindo de você, algum problema?”

“Você está querendo briga!?” Ele rugiu, agarrando Sakuta pela gola.

“Só estou tirando sarro de você.”

Alguém mais na plataforma bufou.

No momento seguinte, um soco forte atingiu o rosto de Sakuta com um baque, e Sakuta cambaleou para trás dois ou três passos.

Ele ouviu um grito, provavelmente de Tomoe. A visão de Sakuta ficou branca e sua bochecha esquerda estava dormente, então após vários segundos começou a pulsar com uma dor aguda. O ataque foi mais forte do que Sakuta esperava, vindo de alguém cerca de cinco centímetros mais alto do que ele e com um corpo tonificado pelo basquete.

“Ai…”

Você podia ouvir um alfinete cair na plataforma lotada com o silência que havia se formado.

Maesawa-senpai estava recuando para outro golpe.

“Senpai!” Gritou Tomoe, interpondo-se entre os dois.

“Idiota!” Gritou Sakuta, agarrando sua mochila e puxando-a para trás, trocando de posição com ela.

Maesawa-senpai parecia surpreso com a ação dela, porque seu punho ainda estava levantado, mas não se movia. Os espectadores continuaram assistindo.

No início, Sakuta queria apenas sorrir e aguentar, mas a dor em sua bochecha não diminuía e ele se deixou levar pela raiva.

“Senpai…” Tomoe disse preocupada, puxando sua manga. Olhando para trás, para seu rosto choroso, acabou com qualquer chance de Sakuta simplesmente deixar isso passar.

Sakuta deu um grande passo à frente, erguendo o punho.

Maesawa-senpai imediatamente ergueu ambos os braços em um bloqueio, deixando suas pernas completamente abertas, então Sakuta enfiou o pé em sua canela indefesa.

“Argh!” Ouviu seu grito, misturado com dor e surpresa quando ele se agachou para segurar sua perna, “Cara, isso é jogo sujo!”

Ele o olhou com ódio.

“De volta para você!”

Desta vez, Sakuta chutou seu rosto, usando a sola do pé em dois chutes fortes.

Maesawa-senpai não conseguiu evitar a queda e caiu de costas no chão. Enquanto ele encarava Sakuta, seu rosto ficou vermelho de vergonha, raiva e humilhação.

Ninguém disse uma palavra, eles apenas pareciam estar em choque com a situação e sem saber como reagir. Todos eles pareciam estar esperando que Sakuta falasse.

Ele não queria entrar na expectativa, mas Sakuta disse o que achava que Maesawa-senpai menos gostaria de ouvir.

“Tão idiota.”

Alguns dos espectadores começaram a se mexer, soltando risadas abafadas.

“Que foi!? Quem!?” Ele gritou. Aparentemente, sua mente não estava funcionando direito por causa de sua raiva, então mesmo quando Sakuta esperou, não houve mais palavras, e a boca de Maesawa-senpai apenas balançou como a de um peixinho dourado.

Em vez disso, seus dois companheiros se aproximaram dele. Sakuta ignorou isso e falou com o garoto no chão.

“Você deveria lavar o rosto.”

“Huh?”

“Eu pisei em alguma merda de cachorro ontem.”

Maesawa-senpai rapidamente esfregou o rosto e cheirou sua mão, provocando mais risadas.

Os outros dois que estavam prestes a começar a lutar contra Sakuta pararam e recuaram.

Olhando em volta, ele podia ver os alunos mexendo em seus telefones, tweetando e postando sobre o que tinha acabado de acontecer e enviando mensagens para seus amigos que não estavam aqui.

Rena estava olhando para ele com mudo espanto, Hinako estava se mexendo nervosamente ao lado dela e Aya estava tentando acalmá-la.

“N-não me irrite!” Ele gritou, finalmente se levantando novamente.

“É você quem está arranjando. Se você não quer se envergonhar, não aja como um idiota. Você é muito manco.”

“Não me irrite!”

“Você já disse isso.”

Seus centros de fala pareciam bagunçados, já que ele não conseguia dizer mais nada, apenas repetindo “não me irrite” como um disco quebrado.

“Senpai, chega.” disse Tomoe, depois de agarrar as costas do uniforme em algum momento. Ela tinha uma expressão preocupada e parecia preocupada com Maesawa-senpai, que agora estava recebendo o peso do desprezo dos outros. Se ela não gostasse de algo, ela também não iria querer sujeitar outras pessoas a isso.

Mesmo assim, Sakuta não recuou e continuou falando.

“Não, deixe-me dizer uma coisa.”, disse ele antes de voltar a fitar Maesawa-senpai e praticamente cuspir: “Indo como coelhos? Não me faça rir, eu sou virgem!”

Assim que terminou, ele pegou a mão de Tomoe e puxou-a da estação, aumentando o ritmo a cada passo para longe do prédio e, antes que percebessem, já estavam correndo.

Não foi porque eles pensaram que Maesawa-senpai iria persegui-los, foi só porque suas emoções estavam altas, eles não puderam evitar se controlar. A felicidade se apoderou deles, eles não sabiam por que estavam felizes, mas seus corações saltaram com a situação.

“Senpai, isso foi demais.”

“Você acha que eu me importo?”

“Definitivamente foi demais.” Tomoe ria enquanto corria.

O som das ondas e do vento acalmou seus corações acelerados, limpando todas as manchas escuras que permaneceram dentro deles ao mesmo tempo. Esse era o estranho poder da praia.

Sakuta e Tomoe haviam fugido da estação e agora estavam caminhando para o oeste na praia de Shichirigahama, lentamente se aproximando de Enoshima, onde flutuava nas ondas.

“Você vem também?” Tomoe perguntou de onde ela havia tirado os sapatos e as meias e estava brincando na água. Sakuta estava a cerca de dois metros dela, caminhando ao longo da parte mais distante que as ondas alcançavam.

“E quem seguraria meus sapatos?” Ele perguntou por sua vez, pegando o dela de onde ela os havia deixado na praia.

Mesmo sendo um dia de semana, haviam pessoas estranhas que tinha ido à praia. Famílias com crianças pequenas, grupos de estudantes universitários e casais adultos gritavam em diversão entre as ondas. Parecia que até mesmo o tempo estava abençoando a primeira chance de usar as praias, enquanto risos brilhantes ressoavam ao redor deles.

“Senpai…” Tomoe começou.

“Já disse, não vou entrar.”

“Não era isso que eu queria.” disse ela fazendo beicinho.

“Então o que é?”

“Obrigado.”

Sakuta não respondeu.

“Você me deixou muito feliz antes.” ela continuou.

“De nada.” Sakuta respondeu sem emoção. Sua bochecha ainda doía e ainda estava quente.

“Acho que posso entender o que você disse antes.”

“Hmm?”

“Alguma coisa como mesmo que o mundo fosse seu inimigo, seria suficiente apenas ter uma pessoa precisando de você.”

“Ei, não era ‘alguma coisa como’, lembre-se bem.”

“Parecia que eu era realmente sua namorada, como se você me valorizasse.”

O vento e as ondas levaram a felicidade de Tomoe para ele.

“Eu prometi que faria isso neste período.”

Originalmente, era para ser “mais do que seu colega de escola, menos do que seu namorado”, mas ele não achava que havia uma maneira de parecer menos do que isso agora.

“Um namorado falso normalmente nunca iria tão longe, eles não se importariam muito.”

“Eu sou um perfeccionista.”

“O quê, você é tão desenxabido.”

(NT: foi a expressão mais próxima que eu consegui achar em português, o pessoal fa gringa não ajuda mesmo)

“O que isso deveria significar?”

“Você nem sabe disso?”

Tomoe olhou para ele, horrorizado.

“Eu vou te dizer”, desta vez, ela parecia orgulhosa, “significa chato.”

“Eu não estava bancando o idiota quando disse que era perfeccionista”, disse Sakuta enquanto continuavam andando, “Koga?”

“Hm?”

“Obrigado também. Se você não tivesse pulado, eu teria apenas levado uma surra ”, Maesawa-senpai era bem construído, então mais dois ou três acertos significariam que Sakuta não poderia contra-atacar, “ tenha cuidado, você poderia ter acabado gravemente ferida.”

“Eu estava meio frenético.”

“É porque você é um estudante do ensino médio em prol da justiça”, disse ele, lembrando-se do que aconteceu quando eles se conheceram, com ela pensando que ele era um pervertido e chutando-o sem um momento de hesitação para salvar uma menina. Ele não tinha dúvidas de que esse senso de justiça era o que a definia. No final das contas, atuar era mais importante do que pensar, e ela o fazia com um coração puro e desejo de ajudar. Não era algo que alguém pudesse fazer, as pessoas geralmente ficavam apreensivas quando algo acontecia. “Além disso, sinto muito.”

“Pelo que?” Perguntou Tomoe de lado, olhando interrogativamente para ele.

“Eu esmaguei a paixão da sua amiga.”

“O que nós fazemooos?” Perguntou Tomoe, parando e seu rosto caindo.

As ondas batiam em seus pés.

“Bem, pensar nisso não vai ajudar.”

“É sua culpa! Venha e ajude.”

“Em vez disso, pedi desculpas.”

“Você é tão irresponsável-” ela começou com um beicinho antes de se assustar e puxar o telefone do bolso quando recebeu uma mensagem, “Ah, é de Rena-chan…”

Sua expressão ficou tensa enquanto ela olhava para a tela.

“O que diz?”

“‘Desculpe, simplesmente aconteceu.’”

“Apenas, huh.” Ele não pode deixar de rir.

“‘Eu perdi o interesse por Maesawa-senpai’”.

“Que terrível. Bem, se um pouco de merda em seu rosto foi o suficiente, ele não era muito atraente, eu acho.”

As pessoas só viam o que as outras pessoas mostravam, se você realmente amava alguém, não deveria importar se ela mostrasse algo feio por um momento. Porque mesmo com aquela feiura, eles ainda eram eles.

“‘Todo mundo está estudando, quer vir?’”

Aparentemente, ela estava feliz em se reconciliar depois que o mal-entendido foi resolvido. Tomoe enviou uma resposta, então sua expressão cresceu em um sorriso após várias mensagens entre elas.

No entanto, mesmo depois de colocar o telefone de lado, ela não deu sinais de sair do mar.

“Você não vai?”

“Mandei uma mensagem dizendo que você estava me ajudando a estudar hoje.”

“E então?”

Tomoe mostrou a tela para Sakuta. Em vez de uma mensagem real, cada um dos outros três enviou imagens sorridentes.

“Ah, certo, Senpai?”

“Hm?”

“Há algo que eu quero dizer.” Tomoe começou antes de se remexer.

“Precisa do banheiro?”

“Não!”

“Então o que é?”

“E-eu… Hum, eu não fiz isso.”

“Fez o quê?”

Sakuta sabia exatamente do que ela estava falando, mas fingiu ignorância porque estava gostando de seu constrangimento. No final, ela parecia saber explicar.

Ela respirou fundo.

“Eu sou virgem!” Ela disse, olhando para ele.

Sakuta não conseguiu segurar mais e caiu na gargalhada.

“N-não ria de mim.” Tomoe reclamou, chutando a água, espirrando em Sakuta, que se esquivou habilmente.

“Não se esquive!” Ela protestou.

“Você achou que eu acreditei nesses rumores?”

“Eu não sabia, mas achei que teria sido terrível se você acreditasse.”

“Quero dizer, falar ‘Eu sou virgem!’ É muito corajoso.” disse Sakuta enquanto passavam por um casal de idosos que passeava com o cachorro.

(NT: imagina a cara do casal idoso escutando isso)

“N-não diga isso tão alto!”

“Foi você quem disse isso.”

“M-mas… Eu queria ter certeza de que estava claro.”

“Esse grito está claramente na minha memória. Bem, não é como se eu me importasse com isso.”

Não haveria fim para isso, então Sakuta se afastou dela.

“Ah, espere!”

Tomoe correu atrás dele, espirrando água enquanto corria.

Eles caminharam por um tempo, Tomoe na água, Sakuta na areia… Eles não ficaram a menos de dois metros de distância, ou a mais de dois metros de distância.

“Mas você não disse que já teve namorado?” Ele atirou nela com uma meia risada.

“Senpai, você está me perguntando isso, embora saiba que é mentira.” disse ela, olhando para ele com uma raiva envergonhada.

“Eu não teria pensado que isso seria estranho se você dissesse que não.”

“Todo mundo estava dizendo que eles tiveram namorados no ensino médio. Rena-chan, Hinako-chan, Aya-chan, todos. E Hinako-chan ainda está com a dela.”

“Hmmm.”

“Eu não disse que tinha? Todo mundo meio que disse que eu devo ter… E eu não queria negar, então foi assim que as coisas acabaram… “

“Eu entendo.”

“Além disso, se eu dissesse que nunca namorei, pensei que você zombaria de mim.”

“Para que diabos você está lutando?”

(NT: como a gringa não ajuda muito, pode se ler assim, ou, “para que diabos você está se esforçando?”, então interpretem como vocês mais gostarem)

“Eu não sei.”

Se ele tivesse que dizer, era sua aparência social, o que todos esperavam ver dela. Tomoe se esforçava todos os dias, esforço que ela realmente não entendia, para proteger a imagem de ‘Koga Tomoe’ para as pessoas. Ela lutou para criar um ‘eu’ que ninguém pudesse odiar. Lutando contra algo invisível… Como a atmosfera.

“Diga, Senpai…” Tomoe olhou de soslaio para ele enquanto chutava as ondas.

“Hm?” Sakuta respondeu, tomando cuidado de onde colocava seus pés como se a areia fosse derrubá-lo.

“Como eu pago você por isso?”

Os passos ao seu lado pararam. Sakuta deu mais dois passos, então um terceiro, antes de se virar e olhar para ela.

Tomoe estava esperando com uma expressão séria.

“O que você está esperando com um olhar tão sério?”

“Estou perguntando sério.”

“Você não precisa me pagar. O Japão já rompeu a classificação do grupo.”

No outro dia, durante a final com os campeões em título, eles haviam vencido com uma explosão de futebol agressivo durante quatro anos.

Como prometido, Tomoe os havia apoiado do fundo do coração. Ela tinha mostrado a ele uma foto outro dia vestindo o uniforme com o sol nascente pintado em seu rosto.

“Mas-“

“Se isso não for suficiente, então venha comigo neste fim de semana.”

“Onde?”

“Eu fui pago, então queria comprar algumas roupas para minha irmã, mas não tenho a menor ideia de moda.”

“Certo…”

Mesmo quando ela concordou, Tomoe não parecia totalmente feliz com as coisas, provavelmente não pensando que era o suficiente para retribuí-lo.

“Tudo bem então, mais uma coisa?”

“O quê?”

Tomoe se inclinou para a frente ansiosamente.

“Assim que terminarmos com essa mentira, seja minha amiga.”

Os olhos de Tomoe se arregalaram em choque com o pedido inesperado antes de ela começar a rir, mas com uma expressão um pouco infeliz.

“Você não quer?”

“Sim, mas também não.”

“O que isso deveria significar?”

Tomoe parecia estar preocupada com alguma coisa, colocando a mão direita no peito e apertando e desapertando-a, incapaz de se acalmar.

“Você não precisa saber. Está tudo bem, eu serei sua melhor amiga.” disse ela com um sorriso que brilhou no sol de verão.

“Nah, você só precisa ser uma amiga normal.”

“Por que!?”

Sakuta e Tomoe haviam caminhado duas estações de distância quando entraram no trem na estação Koshigoe.

Antes de se sentarem, eles verificaram os vagões. Já havia se passado uma hora desde o confronto com Maesawa-senpai, então quase não havia passageiros usando uniformes Minegahara. Essencialmente, todos voltaram rapidamente para casa para se preparar para os exames do dia seguinte.

O rosto de Tomoe relaxou.

Eles ocuparam um par de assentos vazios. Havia um grupo de universitários em frente a eles, comemorando enquanto o trem serpenteava entre as casas.

“Isso é ótimo!”

“Eles estão tão perto que vamos acertá-los.”

“É bastante recente.”

Sakuta estava pensando talvez exatamente o oposto… E então seus olhos encontraram os de Tomoe, que parecia estar pensando exatamente a mesma coisa, trazendo um sorriso aos rostos de ambos. Não era novo, era mais um sentimento nostálgico, a linguagem deles eram bastante confusa.

(NT: eu li e li várias vezes em inglês, pesquisei expressões, mas esse diálogo não fazia sentido, como esse diálogo não tem no anime, eu adaptei da melhor forma que eu consegui pro português.)

“Ah, sim, Koga, por onde você quer começar?” Sakuta perguntou.

“Eh? Na verdade, vamos estudar?”

“Se não o fizermos, você estará mentindo para suas amigas.”

“…Você é bom em química?” Ela indagou.

“Provavelmente sou melhor do que você.”

“Isso é meio humilhante.”

“O que isso deveria significar?”

“Eu quero descobrir se você realmente é.”

“Quer vir então?”

“Eh?”

“Meus pais não estão em casa.”

“Ehh!?”

“Não grite no trem.”

Os outros passageiros olharam para eles por um segundo.

“M-mas, hum, eu não estou pronto… Mas, hum, tudo bem.”

(NT: pronta pra quê? ( ͡° ͜ʖ ͡°))

Ela começou a ficar em pânico, mudou para ficar nervosa, e então envergonhada antes de finalmente assentir e concordar em silêncio.

“Você está entendendo mal.”

“Eu-eu não estou. Não me trate como uma criança.”

“É só porque você ainda não começou a subir a escada da idade adulta.”

Sakuta então passou os próximos minutos explicando dez razões pelas quais ele não colocaria a mão em Tomoe, uma por uma. Tomoe passou o tempo ouvindo desinteressadamente e propositalmente ficou no pé de Sakuta quando eles desceram do trem.

Dez minutos ou mais de caminhada da estação os levaram para a casa de Sakuta, uma vez que subiram cinco andares de elevador.

“Eu estou de volta.” Sakuta falou enquanto abria a porta.

“Bem…” Kaede começou ao colocar a cabeça da sala de estar, mas então percebeu que Sakuta não estava sozinho e se escondeu atrás da porta, espiando Tomoe como um animal encurralado por um predador. “Onii-chan, você trouxe outra garota para casa.”

“Vamos, entre.” disse ele a Tomoe, ignorando o que poderia soar como uma declaração bastante rude.

“D-desculpe a intromissão…” Tomoe disse com uma reverência educada, tirando os sapatos e seguindo as instruções de Sakuta para o quarto.

Sakuta estava prestes a segui-la quando Kaede agarrou seu punho.

“O quê?” Ele perguntou.

“Se você vai trazer alguma moça de programa para casa, ligue antes.” Kaede disse na ponta dos pés e sussurrou em seu ouvido.

“Você entendeu errado, Kaede.”

Além disso, Tomoe não tinha realmente apelo sexual para ser chamada de garota de programa. Ela nem tinha penteado e mal usava maquiagem. Além disso, o que foi isso sobre trazer uma para casa? Ele tinha ouvido falar de recepcionistas chegando no trabalho com um cliente, mas nunca indo para casa com um.

“Quanto você pagou à ela?”

“O nome dela é Koga Tomoe, ela está um ano escolar abaixo do meu.”

“Se você queria alguém mais jovem, você tem a mim!”

“O que exatamente isso quer dizer?”

“Vou contar a Mai-san.”

Esse era um pequeno problema, ela concordou com o que estava acontecendo, mais ou menos, mas obviamente, um relatório desagradaria a rainha.

“Seu irmão está estudando agora, então falo com você mais tarde.” disse ele a Kaede, afastando-a e fechando a porta.

“Vá em frente e sente-se.” ele então se dirigiu a Tomoe, oferecendo-lhe uma almofada. Ela silenciosamente se ajoelhou em seiza* adequada, sentando-se em seus pés. Sakuta desdobrou uma mesa dobrável na frente dela, “seria melhor se você não se sentasse em seus pés.”

(NT: seiza é uma forma educada de se sentar no japão, quando eles se sentam nos próprios pés)

“C-certo.” Tomando cuidado para não deixar sua saia subir, Tomoe afastou as pernas e sentou-se entre elas, formando um W em torno dela.

Sakuta se sentou em frente a ela, então abriu seu livro de línguas para seu exame amanhã. Tomoe tinha aberto seu livro de química, mas não parecia estar olhando para ele. Em vez disso, ela estava examinando seu quarto, ela corou quando seu olhar alcançou sua cama e seus ombros caíram quando ela alcançou sua mesa.

E finalmente:

“Eu não posso.” ela gritou, fechando o livro e colocando-o em sua bolsa, tentando apressadamente colocá-lo no ombro, mas não conseguindo passar os braços pelas alças, “Eu-eu vou estudar com Rena-chan e os outros!”

Ela saiu do quarto com estrépito enquanto tagarelava.

“O-obrigado por me receber!” Ela gritou de volta quando saiu pela porta da frente.

“Oiii, Koga.” Sakuta chamou, saindo pela porta com uma única sandália.

Ela já estava na frente do elevador, e a campainha tocou com sua chegada.

Depois de um momento, a porta se abriu. Tomoe correu para o elevador, mas congelou, a boca aberta.

Estava alguém no elevador.

“Ah.” disse Sakuta quando a pessoa saiu. Eles estavam vestindo um uniforme escolar Minegahara. E apesar do calor do verão, Mai estava usando meia-calça preta.

Tomoe trocou de lugar com Mai. A própria Mai olhou para Sakuta e Tomoe, meio fora da porta e acabando de entrar no elevador, respectivamente, comparando-os.

Seus sapatos estalaram no chão duro enquanto ela caminhava em direção a Sakuta.

(NT: devia ter feito o relatório)

“Parece que você está se divertindo muito enquanto eu não estou aqui.”, disse ela, beliscando o nariz de Sakuta com seus dedos finos, “o rosto dela estava vermelho, o que você fez?”

Ela olhou para ele com censura.

“Eu apenas disse que deveríamos estudar juntos.”

“Estudar o quê?”

“Eu estava fazendo japonês, Koga estava fazendo química.”

“Hmmm.” parecendo cada vez mais descontente, Mai forçou seu aperto.

Sakuta decidiu que deveria mudar de assunto o mais rápido possível.

“Mai-san… Você trouxe souvenirs?” Ele perguntou, vendo a bolsa pendurada em sua outra mão. Ela ainda parecia infeliz, mas finalmente soltou seu nariz.

“Eu trouxe.”, disse ela, empurrando a bolsa para ele. Olhando para dentro, ele viu que estava cheio de katsuobushi* de boa aparência, pasta de peixe frito e um bolo que tinha creme entre os pedaços da fatia. “Eles ainda têm um gosto bom mesmo frio.”

(NT: uma comida de escamas de peixe raspado)

“Obrigado.” ele disse. Mai tinha feito o que queria e voltou para os elevadores. “Mai-san, você não vai entrar?”

“Se eu entrasse, seria como se estivesse tentando competir com aquela primeiro ano.”

Mai deu uma razão que parecia razoável e irracional e saiu.

Não adiantava ficar parado no corredor, então ele voltou para dentro, chamou Kaede e resolveu comer os souvenirs juntos.

“Estes são dos bons.” disse ele.

“Eles são.”

 

2

 

Terça-feira foi o segundo dia de exames. Sakuta foi chamado para a sala dos professores, então levado para o escritório do conselheiro orientador ao lado e submetido a fazer seu exame sozinho.

Nem precisou perguntar o porquê, foi por causa da briga na estação de trem, o pessoal da estação deve ter entrado em contato com a escola.

“Se confessar durante o as provas do primeiro semestre… Brigar durante as finais do segundo, você odeia exames, Azusagawa?”

“Acho que não fazer exames seria bom.” respondeu Sakuta.

(NT: e o brasil concordo contigo :))

“Isso nunca vai acontecer.” disse seu professor, sua voz ficando mais áspera enquanto o alertava. Havia muitos espectadores, então ele tinha ouvido tudo sobre a luta. Incluindo que Maesawa-senpai tinha começado.

Mesmo assim, o professor disse para ele tomar cuidado. Com o que ele deveria ter cuidado nesta situação? Fezes de cachorro na estrada?

De acordo com o professor, Maesawa-senpai na verdade não compareceu hoje na escola.

Sakuta saiu da sala quando a escola acabou para se encontrar Tomoe esperando por ele. Ela parecia um pouco arrependida, provavelmente preocupada com ele sendo chamado ao escritório.

“Você se saiu bem nos exames?” Sakuta perguntou.

“Na verdade não.”, ela respondeu apática, “Eu disse que estudaria com meus amigos, mas acabamos batendo um papo em um restaurante.”

Sakuta partiu primeiro e Tomoe correu atrás dele.

“E você, Senpai?”

“Perfeitamente.”

“Perfeitamente?!?”

“Perfeitamente mal.”

“Ah, você é como eu então.”, disse Tomoe, parecendo um pouco mais feliz por encontrar alguém semelhante, mesmo que isso não aumentasse suas próprias notas, “Ah, sim, Senpai, consiga um telefone.”

“Huh?”

“Você sabe que eu saí do nada ontem? Bem, hum… Eu estava preocupada com o que você pensava sobre isso.”

“Eu apenas pensei que você fosse uma garota emocionalmente instável.”

O rosto de Tomoe corou com isso enquanto ela fervia de raiva.

“Você deveria apoiar!” Ela olhou de soslaio para ele com uma carranca. “Você foi chamado pelos professores então eu não pude falar com você antes… E não conseguia me concentrar nas minhas provas.”

“Não faça parecer que foi minha culpa.”

Ela ainda parecia infeliz, fazendo beicinho e olhando para ele.

“Mas, hum… Era só isso?” Perguntou Tomoe, ainda mais reservada.

“O que você quer dizer?”

“Você pensou mais alguma coisa sobre ontem?”

“Eu realmente não penso muito em você.”

“A maneira como você diz isso me irrita… mas eu entendo.”

Tomoe, felizmente, começou a murmurar, parecendo aliviada. Sakuta então percebeu algo ao redor de seus olhos.

“Você ficou acordada estudando a noite toda?”

Seria trágico se ela o fizesse e ainda assim não se saísse bem.

“Eu não, por quê?”

“Você tem olhos de panda.”

“De jeito nenhum!” Ela pegou um espelho e verificou. “Ahh, eu realmente preciso, tenho que corrigir isso!”

Ela imediatamente correu para um banheiro próximo.

Sakuta foi deixado sozinho e apenas murmurou seus pensamentos para si mesmo.

“Parece como as marcas que você obtém ao chorar muito.”

No dia seguinte, a quarta-feira marcando meio caminho andado dos exames, Sakuta poderia fazer seu exame em sua sala de aula.

Ele viu Maesawa-senpai no caminho para a escola naquela manhã, aparentemente recuperado do choque. No entanto, quando encontraram olhares, sua hostilidade era clara, então ele pode não ter realmente repensado muito sua postura.

A atmosfera no vagão estava pior, com as palavras ‘merda de cachorro’ sendo murmuradas pelo lugar e as pessoas apontando para os dois. Havia também a frase ‘grito de virgem’ circulando, o que definitivamente significava zombar de Sakuta, mas isso não importava muito para ele.

Independentemente disso, essa foi a extensão da influência do evento. Ele teria pensado que a comoção sobre isso teria sido um pouco mais excessiva, mas com os exames em andamento, estava relativamente reservado, todos estavam apenas se preocupando com eles mesmos.

A única coisa que estava totalmente claro, no entanto, era o quão longe o relacionamento de Sakuta e Tomoe havia se espalhado pela escola. Eles sabiam que Sakuta e Maesawa-senpai tiveram uma discussão e que Sakuta protegeu Tomoe, o que era claramente o ato de um namorado para com sua namorada. Aquele agridoce ‘mais que colegas de escola, menos que amantes’ não seria acreditado agora.

Seu relacionamento “naturalmente desmoronando durante as férias”… Pode nem mesmo ter mais crédito. Eles precisariam de um motivo mais concreto para se separarem.

Esses eram os pensamentos que ocupavam a mente de Sakuta enquanto ele olhava para o mar, esperando o fim do exame.

O tempo estava horrível na quinta-feira, com garoas pontuais que se repetiram ao longo do dia. Mesmo quando a tarde chegou, o céu azul não apareceu e suas roupas estavam caídas em seu quarto, secando.

(NT: garoas são chuvas fortes, tempestades, etc…)

“Ei, olhos no seu papel!” Ele estava em seu quarto com a roupa pendurada, e Mai também estava lá por algum motivo.

Ele estava comendo pacificamente com Kaede e, depois que ele terminou de lavar as roupas, ela chegou e deu o ultimato de que o ajudaria a estudar, trazendo-nos assim ao presente.

Havia uma mesa dobrável aberta no meio da sala, com Mai e Sakuta sentadas nela, e quando Sakuta olhou para sua expressão de cerca de quarenta e cinco graus ao redor da mesa, ele percebeu seu descontentamento.

“Mai-san, você está com raiva?”

“Por que você pergunta?”

“Porque você veio do nada para me fazer estudar.”

(NT: tortura…)

“Temos exames amanhã. Eu disse que ajudaria. Vamos lá, resolva esse aqui .”, disse Mai, apontando para o problema de física, uma questão sobre o efeito Doppler. “Você tem cinco minutos.”

Ela tinha princípios rígidos.

“Eu simplesmente não quero falhar, não preciso acertar tudo.”

“Sakuta, você já pensou em seu caminho na vida?”

“Eu gostaria de continuar casado com você pelo resto da vida.”

Mai sem palavras começou a clicar em sua lapiseira. Ela não tinha um caderno em mãos, então provavelmente estava planejando algo além de escrever, como perfurar Sakuta. Ele provavelmente deveria manter as piadas com moderação, decidiu, para sua própria saúde.

“Pensei em ir para a universidade.” disse ele. Havia duas condições que ele teria que cumprir para isso, a primeira era apenas uma questão de acadêmicos. Se ele não pudesse passar no exame, ele não poderia ir. A outra era a situação econômica da casa. Seu pai havia indiretamente lhe dito que uma universidade particular pode ser difícil. “E você?”

“Pretendo ir para a universidade.”

“Você não vai se concentrar no seu trabalho?”

“Eu posso fazer os dois. Afinal, eu já faço isso.” Ela havia parado de clicar a lapiseira agora. “Eu estava pensando em ir para um lugar em Yokohama.”

Quer fosse uma universidade nacional ou municipal, ainda seria difícil entrar.

“Bem, você é brilhante, afinal.”

Ele tinha ouvido falar que ela nunca teve nada menos do que um ‘8’ em seu boletim.

Mai apoiou o queixo nas mãos e olhou para o rosto dele. Ele podia sentir algum tipo de intenção dela, então Sakuta desviou o olhar.

“Não desvie o olhar.” ela o repreendeu. “Você quer ir para a mesma universidade que eu, certo?”

As palavras de Mai foram exatamente o que ele esperava.

“Não realmente”

“Você quer, não é?” Mai repetiu com um sorriso, apontando a ponta da lapiseira para ele.

“Se eu puder.”

“Então você não deveria estudar direito?”

Sakuta permaneceu em silêncio.

“Um serviço público deve diminuir o fardo de seus pais, e você pode facilmente ir para Yokohama daqui.”

Mai estava completamente certa e isso eliminou todos os seus protestos. A campanha de inverno fracassou e, de repente, era a campanha de verão.

“Não, é apenas, bem…”

“Por que tanta indecisão?”

“É apenas um problema de acadêmicos.” Sakuta obteve notas médias, um perfeito ‘6’ na média.

“Então você só precisa estudar.”

“Sou contra porque não quero estudar.”

“Mesmo eu tendo dito isso para você?”

“Não há nada sobre ‘tanto’, ainda não ouvi o que você quer.”

Com isso, Mai se endireitou e parou de descansar a cabeça nas mãos e olhou fixamente para Sakuta.

“Se eu dissesse ‘Quero ir para a universidade com você’, você se esforçaria?”

As bochechas de Mai estavam um pouco coradas. Ela pode estar atuando, mas suas palavras foram como uma flecha no coração de Sakuta.

“O-o quê?” Ela perguntou ao ver o olhar dele.

“Eu realmente quero me jogar em você agora.”

“Eu vou te perfurar.”

Sakuta ergueu as mãos em rendição antes de cair de volta no chão.

“Ei, não relaxe.” ela repreendeu.

“Eu simplesmente não consigo ficar motivado.”

“E se eu dissesse que ensinaria você com a fantasia de coelhinha?”

“Eu ficaria motivado de várias maneiras.”

Seu coração batia forte com a antecipação pelo que ela poderia lhe ensinar. Apesar disso, ele pensou que era uma piada de qualquer maneira.

“Se você vai estudar, eu vou usá-la.”

“Mesmo?” Sakuta ficou em pé. Mai já havia aberto o guarda-roupa dele e tirado a roupa de coelhinha da bolsa.

“Estou me trocando, saia.” disse ela, aparentemente séria.

Esta foi a melhor oportunidade que ele poderia pedir, ele não podia deixar a refeição dele ir para o lixo, então saiu da sala sem reclamar.

“Se você espiar, eu vou te matar.” ela o avisou gravemente, fechando a porta por dentro.

Sakuta seguiu a ordem de Mai, esperando imóvel no corredor. Mai estava se trocando em seu quarto, separado por uma única porta. Ele realmente queria apenas abrir a porta despreocupadamente, mas manteve seus desejos sob controle.

Mesmo sem correr esse risco, ele seria capaz de desfrutar de Mai em uma roupa de coelho, se apenas esperasse. Quando se deparou com a opção de um instante dela nua, ou muito tempo dela naquele traje… Sakuta escolheu esta última por acreditar ser a escolha certa.

(NT: algum dia vão fazer um doujin de uma realidade paralela onde ele escolheu a opção de espiar)

Enquanto esperava, Kaede o observou confusa, mas ele conseguiu distraí-la dizendo que Nasuno queria se alimentar.

Depois de cerca de quinze minutos, a voz de Mai entrou pela porta.

“Terminei.”

“Estou entrando.” disse ele, por precaução.

“Vá em frente.”

Ele esperou pela resposta e agora realmente abriu a porta.

Mai estava mais uma vez sentada atrás da mesa dobrável com as pernas dobradas para trás dentro da mesa.

A malha preta agarrou-se a cada curva de seu corpo. Suas pernas finas estavam envoltas em meias pretas. Havia uma gravata borboleta em volta do pescoço, punhos brancos em volta dos pulsos e um par de orelhas de coelho repousadas em sua cabeça. Os saltos altos que acompanhavam a roupa foram colocados de lado porque estavam dentro de casa.

O simples fato de Mai mudar de roupa havia mudado completamente a atmosfera da sala.

“Vamos, sente-se.” disse Mai, suas orelhas de coelho se movendo com as palavras.

Sakuta estava sentado à mesa, suas pernas tocando as de Mai sob a mesa. Ela não fez nenhum movimento para se afastar, aparentemente permitindo este nível de contato físico.

“Agora, estude.” disse ela.

 

Como ele havia prometido, Sakuta abriu seu bloco de notas e olhou para as perguntas do livro.

No entanto, sem que ele percebesse, seu olhar foi atraído para Mai. Para seus ombros lisos e nus, para seu peito pálido, para o vale macio entre seus seios. Sua figura de ampulheta combinada com as curvas artísticas de seu traseiro e coxas eram lindas, e ele queria continuar olhando para sempre.

“Você parou de estudar.” disse Mai, apertando o nariz dele, “não olhe para mim, olhe para o livro.”

Ele pensou que ela ficaria com raiva, mas não parecia ser o caso, ela realmente parecia bastante feliz por Sakuta estar focada nela.

“Tem algo de errado, Mai-san?”

“Deveria haver?”

“Você simplesmente não parece muito zangada.”

“O que isso deveria significar?”

“Aconteceu alguma coisa?”

“Na verdade, não… Só achei que deveria dar um petisco de vez em quando.” Mai murmurou enquanto se virava.

“O que você disse?”

“Eu disse que não pensei que você fosse brigar por aquela garota.”

“Você viu isso na segunda-feira?”

“Eu assisti só o fim disso. Ah, lave seus sapatos, ok?”

“Eu menti sobre pisar na merda.”

“Ah. Cara, isso é chato.”ela disse terrivelmente injustamente. Tentar obter favores de uma rainha temperamental era realmente difícil. Ela não estava a ponto de ficar com ciúmes, mas estava apenas tratando as coisas que não a divertiam como cansativas.

Mai se inclinou para frente na mesa, olhando para Sakuta, enfatizando seu peito enquanto o movimento o empurrava para cima.

“Ei, não olhe para o meu peito.”

“Então, você só queria que eu prestasse atenção em você?”

“Eu vou bater em você.”

“Poupe minha cara.” disse ele, levantando a guarda de brincadeira enquanto Mai o socava de leve no ombro antes de soltar um longo suspiro.

“Apresse-se e me divirta.”

Ela era exigente, mas até isso lhe agradava e o incomodava.

“Você tem planos para o verão?” Ele perguntou.

“Vou trabalhar pela metade dele, você?”

“Principalmente trabalhando, mas quero passar o resto com você, afinal é verão.”

“Não vamos para a praia ou piscina.”

“Eehhh.”

“Não posso evitar, afinal sou uma atriz.”

Ela não era apenas uma atriz, ela era uma atriz popular conhecida em todo o país. Se ela se mostrasse em uma praia ou piscina com um maiô, a área provavelmente cairia no caos.

“Vá lá com sua namorada bonita.” Mai o esfaqueou com palavras desinteressadamente.

“Mai-san.”

“O quê?”

“Eu amo Você.”

Sua mão estendeu-se para beliscar a bochecha de Sakuta.

“Owowowow!”

“Não traia tão descaradamente, você é o namorado daquela primeiro ano agora.”

“Havia uma beldade na minha frente, então eu fiz isso acidentalmente.”

“Não se confesse ‘acidentalmente’ às pessoas.” disse ela, sorrindo, mesmo enquanto seu tom o repreendia. Parecia que ela estava com um humor melhor e apenas gostando de brincar com Sakuta. “Vamos, estude.”

“Ehhh.”

“Não vou deixar você dormir até que responda a todas essas perguntas.”

(NT: eu prefiriria que você não me deixasse dormir por causa de outra coisa)

A página na qual Mai abriu o livro estava cheia de questões de física. Foi uma troca bastante dura para vê-la assim, mas, uma promessa era uma promessa…

 

3

 

Depois da escola na sexta-feira, o último dia dos cinco dias de exames, Sakuta foi às compras com Tomoe como haviam combinado.

Eles pegaram a linha JR Tokaido da estação Fujisawa por cerca de vinte minutos, chegando à estação Yokohama enquanto Sakuta observava o rosto de Tomoe enquanto ela lia fervorosamente uma revista de moda que havia tirado de sua mochila.

Eles usaram a estação, sempre em construção de uma forma ou de outra, para mudar para a Linha Negishi. Uma única parada os levou a Sakuragicho.

A segunda torre mais alta recém-construída do Japão e a enorme roda-gigante chamaram a atenção, um tipo diferente de cidade litorânea de Shichirigahama.

Provavelmente era o que a maioria das pessoas pensaria quando imaginasse Yokohama. Mesmo quando saíram da estação, eles não conseguiram saborear a atmosfera.

“Senpai, você era de Yokohama, certo? Ou isso também é um boato?”

“Eu morava mais no interior, onde não dava para ver o mar. Yokohama é uma cidade grande.”

Ele se perguntou se ela estava ouvindo ou não… Tomoe tinha pegado seu telefone e o estava usando para tirar fotos distantes da roda-gigante. Pode ser mentira, mas eles eram um casal até o final do semestre, então ela estava se concentrando em criar memórias.

Sakuta e Tomoe foram primeiro a uma grande loja a cerca de sete ou oito minutos a pé da estação. Era uma loja nova que estava aberta há cerca de um ano, então, claro, tudo estava bastante limpo.

Demorou cerca de trinta minutos para terminar as compras que pretendiam fazer. Com o orçamento sugerido de Sakuta de sete ou oito mil ienes, Tomoe escolheu um conjunto completo de roupas que pareciam servir para Kaede. Eles certamente pareciam na moda e eram surpreendentemente baratos.

Ele tinha um pouco de grana restante na carteira, então ele deveria procurar arranjar para ela algumas coisas apropriadas para usar sob as roupas.

“Diga, Koga…”

“O quê?”

“Que tipo de calcinha você está usando?”

O silêncio reinou por vários segundos.

“Eh?” Ela disse, sua boca caindo aberta.

“Você não está usando?”

“Eu estou! Ela é ros- espere, o que você está me fazendo dizer!? O que você está perguntando!?”

“Nah, eu só pensei que ela precisava de roupas íntimas que coubessem para uma garota de quinze anos também.”

“Ela pode comprar isso sozinha.”

“Ah, eu não disse nada sobre isso quando você estava lá, mas Kaede é uma garota que gosta da casa mais do que qualquer outra pessoa.”

“Uma garota que gosta da casa?” Tomoe perguntou perplexo.

“Ela é uma reclusa, sofreu bullying no ensino médio.”

“Eh, e quanto à sua mãe?”

“Muitas coisas com Kaede pesavam sobre ela, e não moramos mais juntos. Nosso pai cuida dela.”

Tomoe olhou para o rosto dele em silêncio.

“Eu finalmente entendi.”

“Entendeu o quê?”

“O por que de você me ajudar.”

“Cara, você é incrível em ler a atmosfera.”

Não havia sentido em negar agora, então Sakuta admitiu prontamente.

“Você também é, as pessoas pensam que você não pode ler e o excluem por causa disso… Mas você pode, simplesmente não faz isso.”

“É assim mesmo?”

“É sim.” disse Tomoe, rindo e se movendo para a esquerda., “Espere aí um minuto.”

“Por que.”

“N-não importa! Apenas não se mova!” Tomoe disse a ele antes de subir uma escada rolante próxima.

Após cerca de dez minutos, ela voltou segurando um saco plástico azul opaco.

“Aqui.”

Sakuta pegou a bolsa e foi olhar dentro.

“Wah, sem olhar!”

“Por que?”

“P-porque, eles são iguais aos que estou usando agora.”

(NT: ( ͡° ͜ʖ ͡°))

Ela se mexeu, segurando a saia para baixo. Sakuta olhou para ela e a sacola.

“Eu quero olhar ainda mais agora.” ele disse, indo olhar novamente.

“Não! Você não pode! Nossa, Senpai, você vai fazer a Sakurajima-senpai odiá-lo se você apenas disser coisas pervertidas como essa.”

“Huh?” Por que ela estava citando Mai, ele se perguntou.

“Você tem uma atriz nacionalmente famosa que gosta de você, você vai se arrepender.”

“Eu pensei que você tinha certeza de que eu estava entendendo mal as coisas?”

Mais precisamente, ela perguntou se a própria Mai já havia dito isso quando ela estava na enfermaria com um resfriado.

“Mas então eu a vi vindo para sua casa.”

“Oh sim, quando ela trouxe as lembranças.”

Elas se encontraram quando Tomoe veio estudar.

“Eu vou te ajudar para que as coisas corram bem com ela.”

“E de quem é a culpa de não estarmos namorando?”

“Ugh… B-bem, eu vou apoiá-lo.”

“Claro, obrigado, agradeço os sentimentos… Bem, aproveitando o quê estamos fazendo agora, há alguma coisa que você queria comprar?”

“Eh? Ah, sim, posso apenas procurar por uma coisa?”

Sakuta subiu um andar com Tomoe em uma área vívida e colorida. Havia maiôs à venda, muitos estilos e cores diferentes alinhados nas prateleiras.

“Eu prometi que iria para a praia com Rena-chan e as outras. Mas eu só tenho meu maiô da escola… Eu me pergunto o que todo mundo vai vestir.”

“Você não pode simplesmente usar o do ensino fundamental?”

“Por que eu voltaria para aquilo? Ah, e este aqui?”

Tomoe segurava um biquíni rosa com babados um tanto tímida na frente dela.

“Olhar para um monte de babados não me excita.”

“Eu não estou usando para mostrar a você.”

“Para esse tipo de maiô,” Sakuta começou, originalmente com a intenção de direcionar seu olhar para um manequim bem dotado, mas viu uma bela mulher loira que seria mais persuasiva. Ela era uma mulher estrangeira glamorosa que apenas roubaria seu fôlego com um olhar.

Ela tinha olhos azuis claros e lábios carnudos e eróticos. Você poderia dizer que ela era muito bem dotada, mesmo através de suas roupas, e sua cintura apertada. Ela provavelmente era tão alta quanto Mai, alta para uma mulher. A mulher parecia ter vinte e poucos anos. Ela estava em um canto da área de maiôs conversando com uma mulher esbelta com longos cabelos negros em japonês fluente, pedindo alegremente opiniões sobre vários maiôs.

Não, olhando mais de perto, a segunda pessoa não era uma mulher, eles eram um homem com traços delicados, mais perto de “refinado” do que apenas “bonito”. Ele parecia ter a mesma idade da mulher.

Não eram apenas Sakuta e Tomoe os observando, toda a loja parecia interessada no casal internacional.

“E que tal esse?” A mulher perguntou.

“Basta escolher o que você quiser.” respondeu o homem, aparentemente de mau humor.

“Não precisa ser tímido, ninguém está olhando.” ela adulou.

Na verdade, em qualquer lugar, todo mundo estava assistindo. Além disso, ele não parecia tímido, ele parecia irritado. Como era o relacionamento deles?

“Eles são todos iguais.”

“Você quer dizer que todos combinam comigo?” A loira riu provocativamente. Na verdade, era bastante parecido com Mai. Ela tinha a confiança de uma mulher que sabia o quão bonita ela parecia. Ela estava brincando, mas as palavras em si não eram brincadeira.

“Isso mesmo.” o homem admitiu imediatamente. Ela não parecia esperar isso e apenas piscou por um momento. Mas ela logo sorriu de verdadeira felicidade, um sorriso brilhante que parecia iluminar o ambiente.

“É raro você me elogiar.”

“Eu apenas disse a verdade.” disse ele antes de deixar a área com mau humor.

“Ah, espere!” Ela saltou atrás dele, agarrando-se a ele com força, já que ele parecia desagradável.

“Você tinha voltado para a Inglaterra, por que está de volta ao Japão?”

“Eu disse que vim para uma exposição de arte, não disse? Ah, meus pais vieram desta vez também, então, por favor, venha conhecê-los esta noite.”

“E-espere um minuto, eu não tinha ouvido nada sobre eles chegando.”

“É por isso que acabei de te contar.”

Não foi um desenvolvimento interessante? No entanto, os dois subiram na escada rolante e desapareceram no andar de cima, então não havia como saber como a conversa terminou.

“Bem, é assim.” disse Sakuta, voltando-se para Tomoe assim que ele recuperou a concentração, “deixe os biquínis para quando você crescer como aquela loira.”

“Isso nunca vai acontecer.”

“Não é melhor assim?” Sakuta perguntou enquanto pegava um maiô próximo.

O top era como uma camisola, cobrindo do peito até a cintura. As calças eram como shorts. Olhando de perto, você pode ver que as partes superior e inferior se sobrepõem.

“Vou pensar um pouco mais, vou comprar um desta vez.”

Depois de olhar para ele por um momento, Tomoe colocou o maiô de volta de onde veio.

Assim que terminaram as compras, Sakuta e Tomoe deram um passeio até o Parque Yamashita. Era um grande parque com vista para o mar. Tomoe tirou fotos em seu telefone, ocasionalmente tirando fotos com Sakuta.

Quando o sol começou a se pôr, Tomoe apontou para a roda-gigante e sugeriu que terminassem o dia assim.

A cidade se estendeu, iluminada abaixo deles enquanto a gôndola subia lentamente. Os prédios também eram iluminados pelo sol da tarde, então ela também tirou fotos ali, comemorando a data.

(NT: Gôndola é o vagão da roda-gigante)

Uma vez que atingiu sua altura máxima, Sakuta trouxe algo à tona que ele sentiu que poderia ser um problema.

“Ei, Koga…”

“O quê?” Ela perguntou de onde estava pressionando o rosto contra o vidro, obcecada com a visão do lado de fora.

“Você não deveria pensar em como vamos terminar?”

“Eh? Ah, sim, eu sei.” Tomoe respondeu enquanto se virava. A julgar por sua atitude, ela já havia notado também. O relacionamento deles era bem conhecido dentro da escola, e o fato de Sakuta se sentir tão fortemente ligado à ela a ponto de brigar com um aluno mais velho também se espalhou pela escola. Dizer que eles simplesmente se separaram durante as férias seria um pouco difícil, mas criar um motivo adequado para o término seria mais seguro.

“Já pensei em como vou terminar com você.” Sorriu Tomoe, como se ela estivesse sugerindo um novo jogo.

“Espere, sou eu que vai levar o fora?”

“Eu vou com ‘você não conseguia superar Sakurajima-senpai, e quando eu percebi, eu terminei com você’.”

“Isso é estranhamente realista.”

“Vou terminar com uma bofetada e gritando ‘Não preciso de você!’”

“Não vamos realmente fazer isso, vamos?”

“É importante ser realista.”

“Então nós vamos…?”

“Certifique-se de estar livre após a cerimônia de encerramento. Estou planejando a briga para depois de um encontro na praia.”

Tomoe relatou seu plano de dar um tapa em Sakuta com um sorriso.

A roda-gigante estava cheia de casais enquanto girava, mas não havia nenhum indício desse tipo de atmosfera entre Sakuta e Tomoe. Não havia sentimentos forçados entre falsos amantes também. Se eles tivessem que colocar seu relacionamento em palavras, seriam como colegas de escola amigáveis. Eles haviam se aproximado o suficiente para brincar um com o outro naturalmente.

É por isso que eles sentiram que iriam cumprir a promessa que haviam feito no início do semestre.

“Assim que terminarmos com essa mentira, seja meu amigo.”

A conversa que eles estavam tendo era como a de um par de amigos.

“Senpai, do que você está sorrindo?”

“De coisa nenhuma.”

“Ehhh, diga-me.”

Para Sakuta, era um relacionamento maravilhosamente confortável.

 

4

 

Os exames terminaram e a escola inteira mudou completamente para um clima de férias. Mesmo que se preocupassem e se alegrassem com suas notas ao serem devolvidas, todos tiveram a atitude de “apenas mais uma semana”.

A praia agora estava aberta, então concentrar-se adequadamente nos exames práticos em sala de aula era ridículo. Nadar na praia de Shichirigahama, sendo proibido devido às ondas agitadas, foi de pouca ajuda. Provavelmente teria ocorrido um pequeno motim se eles pudessem ver as pessoas nadando. Dito isso, a praia de Yuigahama podia ser vista das janelas à esquerda e a praia leste de Enoshima era visível à direita.

As cabanas de praia eram visíveis de longe, e encara elas todos os dias tornaria tudo em vão, mesmo que os alunos estivessem estudando.

Os próprios professores pareciam saber disso e também não estevam particulamente pressionando-os. Havia apenas uma aura de inutilidade no ar.

Já havia um grande número de alunos nadando depois da escola. Você poderia dizer ao ver suas peles que tinham queimado de um vermelho vivo. Tudo isso fazia parte do cenário de verão de uma escola à beira-mar.

Assim, os dias passaram em paz.

O falso relacionamento de Sakuta com Tomoe foi bem também, sem ninguém duvidando disso. Tomoe estava se dando bem com os amigos e ela disse a ele durante o turno de trabalho que iria com Rena, Hinako e Aya comprar um maiô.

“Senpai, você quer ver meu maiô?”

“Nah, não realmente. Mais importante-”ele começou.

“Não diga ‘mais importante’ para isso!” Ela interrompeu.

“Minha irmã gostou muito das roupas que você escolheu, obrigado.”

“Ah, certo, ainda bem.”

“Mas pensar que você usaria roupas íntimas assim.”

“Eh!? Você olhou!?”

“Você é surpreendentemente ousada por baixo da saia.”

Sakuta passava seus dias assim, e a última semana do semestre finalmente chegou ao fim. O último dia, dez de julho, uma sexta-feira, chegou rápido demais e sem alarde.

Sakuta foi acordada por Kaede sacudindo-o da mesma forma que fazia todas as manhãs no dia da cerimônia de encerramento.

“Bom dia, Kaede.” Ele cumprimentou.

“Bom Dia.” Ela respondeu.

Sakuta saiu de seu quarto e começou a preparar o café da manhã, ligando a TV enquanto esperava a torrada terminar. Estava passando um vídeo de destaques do jogo Fresh All-Star que aconteceu na noite anterior. A equipe era composta por apenas jovens jogadores e tinha boas chances em ambas as ligas e havia lotado o Estádio de Nagasaki.

(NT: All-star é uma liga de basquete, tipo copa do mundo ou brasileirão)

Sakuta observou distraidamente enquanto comia com Kaede, Nasuno mastigando sua própria comida aos pés deles.

“As férias de verão começam amanhã.” disse Kaede.

“Hmm, o que precisamos para o verão, então?”

“Uma melancia!” sugeriu Kaede.

“Vou comprar uma então, eu acho.”

“Uma redonda seria bom.”

Comer uma melancia inteira seria difícil. Talvez compartilhar um pouco com Mai funcionasse, pensou Sakuta enquanto se preparava para a escola e ia embora.

“Vejo você mais tarde, Onii-chan.” disse Kaede enquanto o observava sair.

Ele pegou o trem com Yuuma naquele dia, eles acabaram ficando juntos e segurando as alças.

“O que você está planejando para o verão, Sakuta?”

“Trabalhar.”

“Bem, Koga-san estará lá.” Yuuma disse provocativamente. Sakuta ignorou o tom. Yuuma ficou curiosa sobre o relacionamento no início, mas decidiu que ‘poderia funcionar?’ Depois de vê-los todos os dias.

“E você?”

“Trabalho, coisas do clube, encontros.”

“Seu jovem idiota.”

“Você não deve chamar as pessoas assim.” Yuuma bateu com o ombro de brincadeira no de Sakuta enquanto eles continuavam sua conversa inconseqüente até chegarem à escola.

Depois da aula matinal, todos os alunos se reuniram no ginásio para a cerimônia de encerramento. Estava muito quente, então as palavras de agradecimento do diretor não passaram por suas cabeças, havia até alunos segurando leques e abanando para si mesmos. Os professores também estavam com calor, então não reclamaram.

Assim que Sakuta voltou para sua sala de aula, ele teve o último dever do semestre. O professor chamou cada um deles pelo nome e entregou os resultados.

Sakuta, com seu sobrenome de ‘Azusagawa’, foi chamado imediatamente, sem nem mesmo tempo para ficar nervoso e teve a realidade imposta diante dele na forma de uma classificação de um à dez.

Seus resultados foram em sua maioria normais, embora sua nota de física tivesse subido para “8” graças às Lições de Bunny-Mai. Mesmo assim, sua média permaneceu firme em ‘6’.

(NT: resolvi deixar essa parte em inglês pq fica melhor assim)

Houve um pequeno aviso de seu professor sobre sua briga com Maesawa-senpai, mas foi escrito indiretamente e não havia mais nada de interessante nele.

“Tenham cuidado para não se machucarem brincando neste verão.” disse o professor, encerrando a aula. As últimas palavras da frase não mudaram desde que Sakuta estava no ensino fundamental.

Depois que o represetante de classe disse à eles ‘levante-se, reverencie’, a classe explodiu em aplausos. ‘Acabou’, ‘viva’, ‘finalmente chegou’, e vários outros gritos misturados.

Sakuta rapidamente saiu da sala, ouvindo aqueles gritos atrás dele.

Os corredores estavam cheios de alunos que não queriam se separar. Eles teriam muito tempo livre, então Sakuta pensou que eles deveriam apenas trocar os números e ir para casa, mas aparentemente havia algum motivo para eles não poderem fazer isso.

Como havia tantos alunos nos corredores, o caminho para a estação estava mais vazio do que o normal, assim como a própria estação de Shichirigahama, havia apenas cerca de dez outras pessoas lá quando Sakuta chegou.

Sakuta caminhou até o final da plataforma com destino a Fujisawa e esperou pelo trem. Ele tinha cerca de seis minutos para esperar.

Antes de chegar, Tomoe veio correndo.

“Ah, você chegou aqui primeiro.” disse ela.

Eles prometeram ir à praia juntos depois da escola hoje. Seria o último encontro deles e eles se encontrariam aqui.

As roupas de Tomoe não pareciam estar bem colocadas bem onde ela mexia na cintura.

“Eu coloquei meu maiô na escola.” ela respondeu antes que ele pudesse perguntar quando ela percebeu para onde ele estava olhando.

Essa era uma técnica secreta em escolas perto do mar. Os alunos que tinham atividades do clube poderiam voltar para a escola quando eles terminassem de usar os chuveiros do vestiário. Foi o que Yuuma no ano passado.

(NT: não importava como eu lesse, essa frase não fazia sentindo no inglês, então tentei dar o maior sentido possível aí )

“Senpai, você está com um olhar sujo.”

“Eu sei.”

Partes rosa de seu maiô estavam aparecendo sob a blusa.

“Eu quero dizer para parar de olhar tanto.” disse ela, segurando a bolsa na frente do peito.

O trem entrou na estação enquanto eles conversavam.

Sakuta e Tomoe desembarcaram na estação Enoshima Enoden e estavam na praia leste em dez minutos. A praia era um arco largo, e sempre lotada nessa época do ano.

Ainda era um dia de semana, então só havia moradores locais, o que fez a praia parecer vazia.

Eles se separaram por um tempo em frente às cabanas de praia. Sakuta vestiu seu calção, colocando uma camiseta porque mostrar suas cicatrizes do peito o faria parecer uma pessoa má. Ele colocou suas coisas em um armário e saiu, exatamente na mesma hora que Tomoe, que terminou rápido porque havia se trocado na escola.

“Certo, vamos nadar.”

“Eh? Você não vai me dar sua opinião?”

“Achei que você não queria que eu olhasse muito?”

Sakuta se lembrou do maiô que ela estava usando, era o que ele havia pegado quando eles estavam fazendo compras na semana anterior. Ela ainda não tinha comprado, mas deve ter encontrado e comprado o mesmo quando foi fazer compras com as amigas.

“Bem, eu acho que você está fofa.”

“N-não me chame de fofo.”

“O quê você quer que eu diga então?”

“…Que eu estou fofa, eu acho?” Ela respondeu depois de pensar um momento.

“Então você está emocionalmente instável hoje também?”

“Assim é o coração de uma donzela.”

“Não seria nebuloso?.”

“Você me irrita seriamente, Senpai.”

“Eu acho que vou pegar um pouco de milho grelhado se eu te irritei.”

Sakuta girou nos calcanhares e encarou as cabanas de praia.

“Eu vou também.” Ela falou, correndo atrás dele até chegar ao seu lado.

Sentar ao sol de verão enquanto comiam o milho foi excelente.

Os céus se abriram de repente enquanto eles estavam comendo, mas eles ficariam molhados no mar de qualquer maneira, então isso não importava.

Na hora do almoço, eles comeram yakissoba nas cabanas de praia e então Sakuta levou Tomoe para a água para digerir a comida com alguns exercícios enquanto eles jogavam água um no outro. Uma vez cansados, voltaram para a areia para fazer castelos.

“Vamos ver qual castelo resiste melhor às ondas.” sugeriu Sakuta.

“O perdedor tem de pagar uma raspadinha.” acrescentou Tomoe.

“Não venha chorar para mim quando perder.”

“O mesmo vale para você.”

Sakuta acabou perdendo. O fator decisivo foi uma depressão em frente ao castelo. Foi onde Tomoe sentou enquanto fazia e deixou uma marca na areia com seu traseiro.

“Seu traseiro salvou você, Koga.”

“C-cale a boca. Você ainda tem que pagar.”

Tomoe cobriu o traseiro com as mãos e seu rosto ficou vermelho.

Uma derrota era uma derrota, então Sakuta foi e comprou a raspadinha. Tomoe pediu calda de morango no o dela e Sakuta pediu calda de melão no o dele.

 

Quando o sol começou a se pôr, Sakuta e Tomoe sentaram-se na praia e observaram distraidamente um menino e uma menina de cinco e seis anos brincando com uma bola de praia. Os ataques violentos da garota dominaram o garoto e ele pegou a bola com o rosto várias vezes.

(NT: coitado do menino veiksksk)

“Ei, Senpai…”

“Com fome de novo?”

“Obrigado por tudo até hoje.”

Sakuta não respondeu.

“Aqui.”, disse Tomoe, estendendo a mão, “Um aperto de mãos.”

“Por que?”

“Como uma despedida.”

Sakuta enxugou a mão em sua camiseta e pegou a pequena mão de Tomoe na sua.

“Senpai, você continuou amando Sakurajima-senpai, e eu desisti de você e dei o fora em você.” disse Tomoe como se estivesse lendo uma história enquanto olhava para as ondas.

“Você não precisa me dar um tapa?”

“Se eu bater em você agora, eu seria muito ingrata.”

“Bem, bom trabalho então.” disse Sakuta, não inteiramente certo do que ele deveria dizer nesta situação.

“Sim.”

“Tenha um bom verão.”

“Você também, Senpai… Espero que possa namorar Sakurajima-senpai.”

“Bem, vou devagar.”

Tomoe soltou sua mão e se levantou.

“Vamos para casa.” disse ela com um sorriso.

“Sim, estou cansado de brincar no mar.” concordou Sakuta, pondo-se de pé.

“Você parece um velho.” Tomoe riu dele enquanto eles pegavam suas coisas e se dirigiam para as cabanas de praia. Assim que terminaram de se trocar, embarcaram no Enoden e voltaram para Fujisawa.

“Senpai, o que você vai fazer no verão?”

“Relaxar em casa.”

Eles andaram com esse tipo de conversa sem sentido…

Sem qualquer coisa sexual…

Foi apenas o fim de um momento agradável. Um dia fácil passado com um amigo que conhecia bem.

Assim, sua mentira para toda a escola terminou com segurança, sem ninguém descobrir, e um verão divertido e agradável chegou.

 

Correu tudo bem graças ao Senpai.

Está tudo bem agora.

Tenho certeza que vai ficar tudo bem.

Mas…

Talvez eu tenha cometido um erro porque o Senpai estava aqui.

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