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Baccano! – Início – Vol 05

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Tradutor: PH

Pensamentos Pessoais Sobre o Imortal Elmer C. Albatross

Escrito por: Huey Laforet (Imortal, Terrorista)

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Elmer C. Albatross. Meu amigo, e também a única pessoa que penso como um humano. Todas as outras coisas no mundo, até mesmo a minha própria filha, não são nada além de um material para meus experimentos. Eu pensei nele hoje por algum motivo, no dia anterior ao início de meu plano, e decidi colocar meus pensamentos em papel para que não esqueça.

Havia grande desespero no passado. Não, talvez dizer que havia nada além de desespero seja melhor. O homem conhecido como Elmer nasceu unicamente para receber desespero. Ele nasceu como um sacrifício vivo para um culto. Em outras palavras, sua própria mãe concebeu-o com as esperanças de que ele iria tornar-se um sacrifício.

Um sacrifício nobre; Ele foi abusado como sinal de respeito, e torturado como sinal de amor. Ele estava a mercê de dezenas, não, centenas de esperanças distorcidas ao seu redor. Uma década se passou, e então, ele foi resgatado. Não, talvez seja mais preciso dizer que ele caiu em novas profundezas de desespero.

A caça às bruxas espalhou-se pela Europa inteira como fogo; O poder que fez com que incontáveis almas inocentes fossem falsamente acusadas… A influência desse poder tornou-se conhecida para esse culto também. O garoto que era um sacrifício vivo foi salvo, momentos antes da lâmina de sublimação cair sob sua cabeça. Aquele que foi capturado por hereges e destinado à morte então cresceu como um garoto que havia sido salvo por Deus.

Quando eu o encontrei, cinco anos após os eventos mencionados, ele riu enquanto explicava seu passado peculiar para mim:

“Naquele momento, eu soube que não havia tal coisa como Deus nesse mundo. É por isso que quero fazer as pessoas felizes por conta própria.”

Apesar do sorriso de Elmer ser evidente, eu não poderia deixar de sentir que esse mesmo sorriso servia para mostrar a escuridão em seu interior.

“Eu não sei muito sobre a emoção que chamam de felicidade. Eu nem mesmo sei se a expressão que meu rosto está fazendo agora mesmo é um sorriso de verdade. Pode ser por isso que eu quero que outros sorriam e sejam felizes. Eu acho que assim eu seja capaz de acreditar que meu próprio sorriso também é genuíno.”

Mas poderia ele, um homem que não conhece a felicidade, dá-la aos outros?

Eu fiz essa pergunta e ele riu, como se ela apenas tivesse servido para diverti-lo mais ainda.

“Entendo. Então isso significa que tudo que faço é um ato inútil de autossatisfação… Você não acha isso engraçado?”

Ele é um homem feliz. Assim que esse pensamento floresceu em minha mente, uma pitada de inveja tornou-se conhecida em meu coração, e ao mesmo tempo eu ri na frente de outra pessoa pela primeira vez em minha vida.

Eu ainda tenho muito o que escrever, mas parece que os servos do FBI estão do lado de fora. Ora, ora, Victor é inesperadamente impac (O resto da página está em branco)

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A Mulher Conhecida Como Sylvie Lumiere, Imortal.

Tougo Denkuro (Imortal, Desempregado)

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Apenas a sede por vingança poderia ser vista nos olhos de Sylvie.

Quando este saiu do barco, seria uma mentira dizer que não havia ódio por Szilard em seus olhos. Mas o fogo nos olhos dessa garota queimava mais forte que o de Maiza, que havia perdido seu irmão mais novo.

Apesar de que Sylvie estava determinada a tirar a própria vida quando Szilard nos traiu, parece que os esforços dos mestres Elmer e Maiza foram capazes de acalmá-la. Mas este percebeu que seus olhos estavam preenchidos com uma chama silenciosa, não com tristeza.

“Sylvie, por favor não pense muito nisso. Por ele.”

“Ah, sim. Estou bem agora.”

Apesar de Sylvie ter sorrido enquanto respondia as palavras de Maiza, a luz em seus olhos não mudou nada.

Ao desembarcarmos do barco, talvez ela sentiu este encarando. Em tons que eram quase inaudíveis, seu rosto dando a impressão de que ela poderia começar a chorar a qualquer momento, ela falou:

“Senhor Denkuro… Quando essas emoções minhas vão desaparecer? Você acha que esse sentimento, essa raiva, vai sumir com o passar do longo tempo chamado de eternidade?

Enquanto este procurava por uma resposta, a feição dela enrijeceu, e ela falou rudemente:

“Então eu não preciso da eternidade.”

Certamente, gentil na aparência, porém com um coração de aço. Mas este não poderia dizer com certeza se sua forte determinação estava certa ou errada. Perder algo poderia mudar tanto uma pessoa? Nesse caso, quanto todos nós poderíamos mudar durante esse tempo além da imaginação?

Três séculos se passaram, e apesar deste ter encontrado seu caminho até a vila onde ouviu de uma cantora com as mesmas características dela, infelizmente era tarde demais. Parecia que ela havia ido embora junto de alguém que este supunha ser o mestre Maiza.

Que seja. Este decidiu se aventurar nessas terras estrangeiras a procura desses rostos há muito tempo perdidos. Deusa, quando chegará o dia em que este conseguirá botar os pés em sua terra natal novamente?

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Relatório sobre o Imortal Nile (Fragmento)

Escrito por: Victor Talbot (Imortal, FBI)

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(Omitido)

Eu irei evitar escrever meus pensamentos pessoais sobre o sujeito “Nile”. Isso é pelo fato de que, após examinar as declarações dadas por ele, alguém consegue facilmente determinar as nuances de sua personalidade.

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1ª Declaração

“Eu sou um rei. Eu fui acolhido unicamente por esse propósito, e nomeado a partir do rio que era minha mãe. O arqueólogo que me acolheu nunca me deu um sobrenome, então eu nunca o chamei de pai.”

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2ª Declaração

“Após receber a vida eterna, eu encontrei-me agarrado por um crescente e poderoso medo. O medo de que um dia, tendo me tornado um ser que não sabia nada sobre a morte, iria acabar me esquecendo o conceito de outras pessoas morrendo. E por isso me encaminhei ao campo de batalha. Me aventurei por todo lugar que havia guerra, decidido a manter a morte sempre ao meu lado. Mesmo que essa morte nunca fosse me alcançar.”

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3ª Declaração

“E com o passar dos anos, diante dos meus olhos… Eu via uma gigante pilha de corpos. Eu pensei isso: Essa é uma visão que eu vi tantas vezes que tornou-se entediante.”

“Mas… Após perder à morte aqueles que eu chamei de camaradas no campo de guerra, incapaz de protegê-los, eu percebi a verdade. A imortalidade em si não me incomodava mais. O que me fazia cair de joelhos eram os pensamentos sobre quando todo mundo além de mim sucumbir e eu for engolido em escuridão completa.”

“Não era diferente. Nem um pouco. Apesar de que eu pensava que perder aqueles queridos para mim fosse a tragédia da imortalidade, aprendi que esse pensamento era tolo. Imortal ou mortal, não há diferença. O número de perdas não significa nada. É sempre o mesmo.”

“Ainda assim… Havia algo que tinha mudado. Meu rosto. Eu chorei por minha própria incapacidade. Eu pensei que minha mente iria explodir de raiva, ou ser esmagada por tristeza. Mas o rosto que me encarava de volta na superfície espelhada do lago era… Quase inexpressivo, com apenas um pingo de amargura.

“Eu estava aterrorizado. Pensar que me jogar na guerra para me lembrar da morte, para continuar existindo como um humano… Ao invés disso iria me deixar acostumado com ela. E é por isso que estou com medo. Com medo de olhar para meus rosto com meus próprios olhos.”

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O sujeito, que veio falar comigo durante a Guerra Fria, relatou tudo em um tom de voz exausto e desapareceu. Ao invés de prendê-lo, eu ri calmamente e o enviei embora.

… No fim, entregar esse relatório iria acabar colocando minha posição em risco, então no momento eu irei tornar esse relatório meu diário secreto. Não estou com saco para essas coisas. Merda, merda, merda. Esses… (O que se seguiu foi nada além de diversos xingamentos contra executivos do FBI)

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O Acordo Feito Pelos Imortais Isaac e Miria

Verão de 2001

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“Ei, Miria. Sou só eu, ou… Nós não estamos envelhecendo?”

“…”

“…”

“Ei, você está certo!”

“… Hmmm. Eu não sei como isso aconteceu, mas desse jeito nós vamos acabar tendo que comparecer nos funerais de todos os nossos amigos. Sabe, como na televisão. Aqueles que vivem para sempre são os mais infelizes.”

“Eu não quero isso…”

“Está tudo bem! Pense nisso. Entes queridos morrem toda hora mesmo se você viver uma vida normal, certo?”

“Sim… Você está certo.”

“E não apenas isso, mas sofrer pelo nosso infortúnio seria apenas um desrespeito aos mortos. Afinal, o fato de que estamos tristes pelos mortos apenas significa que eles nos deram muito mais felicidade enquanto estavam vivos!”

“…”

“No leste, eles dizem que você tem que soar um sino 108 vezes para uma pessoa renascer. Eles chamam isso de bonnou; Isso é uma abreviação para ‘bom novo’. Em outras palavras, eles estão felizes pela nova vida! Então ao invés de só assistir as pessoas morrerem, vamos aproveitar a vida com as novas pessoas que estão vindo ao mundo!”

“… É isso! Nesse caso, nossa tristeza e felicidade vai cancelar uma a outra!”

“Na mosca! É por isso que temos que aproveitar cada novo encontro ainda mais!”

“Uau, Isaac, você está certo!”

“Vamos bordar 108 sinos em nossas roupas para mostrar nossa determinação!”

“54 para cada um de nós!”

“Isso significa que as pessoas vão renascer o tempo todo!”

“Estamos restaurando eles! É como se todo dia fosse um aniversário!”

“Então todo dia é uma festa!”

“Eba! Feliz aniversário, Isaac!”

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