Capítulo 9: Paraíso Perdido.
Tradução: Tinky Winky
As coisas tinham ido mal.
Bem, eles estavam muito mal desde o momento em que acordaram sem suas memórias, então entrar em pânico agora não iria ajudar.
Ainda assim, quando você tem uma sequência tão longa como esta em que absolutamente nada dá certo, não há como evitar o fato de que é exaustivo.
Haruhiro e os outros assumiram sua posição única no acampamento da Força Expedicionária.
Eles receberam uma tenda na mesma área que Jin Mogis, o general ruivo e seus associados, bem como Anthony Justeen, que foi tratado como oficial do estado-maior visitante e precisava de permissão para deixar aquela área.
Quando a Força Expedicionária se moveu, o grupo foi, é claro, forçado a se mover com eles.
Anthony tinha cinco subordinados que vieram com ele para proteger o mensageiro. Formalmente, esses homens eram iguais a Haruhiro e seu grupo. Basicamente, todos eram membros do regimento, reportando-se diretamente ao Oficial de Estado-Maior e Comandante do Regimento Anthony.
Eles estavam sob vigilância constante, mas se eles pensassem juntos, não era impossível para eles falarem em segredo.
Haruhiro esperou até a noite para falar com o grupo.
— Então sobre as memórias.
— Acho que não devemos dizer nada, disse Mary.
— Faz sentido, concordou Setora. Minha opinião é a mesma da Mary.
— O que você acha que eles vão nos obrigar a fazer? Kuzaku perguntou. A Força Expedicionária está aqui para retomar Altana, certo?
—…Então nós devemos… ajudá-los? Shihoru sugeriu.
Setora deu um bufo não convencido. — Você quer que nos infiltremos em Altana, não é? Eu não era daqui para começar, mas originalmente vocês seriam muito adequados para o trabalho.
— Não, mas o lugar está cheio de goblins, certo? Não há como entrarmos lá…” Kuzaku apontou.
— Se eu fosse sozinho, eu poderia lidar com isso, Haruhiro murmurou.
— Mas você não se lembra da aparência de Altana, não é, Haru? Mesmo que você pudesse se infiltrar…
— Não faria muito sentido, hein?
— Mesmo assim, tenho certeza de que seremos úteis para eles. Eles podem nos usar como peões descartáveis.
— Setora-saaan… Kuzaku reclamou.
— O que?
— Você poderia escolher suas palavras um pouco melhor…?
— Não pretendo mudar minha forma de falar ou agir. Você terá que se acostumar com isso.
— Não, eu estou bem com isso, sabe? Quer dizer, eu aguento uma surra verbal.
— Então qual é o problema?
— Eu não sou o único aqui.
— Eu também não me importo, Mary interveio. A maneira como Setora nunca se detém, na verdade é bom.
— …Eu acho que é melhor do que tentar adoçar as coisas… Shihoru concordou.
— Sim, eu concordo, disse Haruhiro.
— Ei? E que? Então não há problema?
— Você estava fazendo uma cena para nada. Agora reflita sobre o que você fez e cale a boca por um tempo.
— … OK me desculpe…
Mesmo sendo maior que qualquer um deles, Kuzaku era como o irmão mais novo de todos. Talvez ele tivesse a posição de filho mais novo em uma família. No entanto, não estava claro se ele realmente tinha irmãos.
Ser vigiado era desagradável, mas a Força Expedicionária tinha suprimentos abundantes, então, felizmente, o grupo recebeu rações e água suficientes para cada um deles. Havia um corpo de logística e pessoal capaz de consertar armas e roupas. Mogis disse que eles eram uma unidade improvisada, mas nesse sentido eles eram uma força militar organizada.
Ao amanhecer, a Força Expedicionária começou a se preparar para se mover.
Segundo seu superior, Anthony, a Força Expedicionária estava atualmente localizada a quarenta quilômetros a oeste de Altana. Eles fechariam os próximos três dias e então lançariam uma operação para retomar a cidade.
— Quarenta quilômetros em três dias…
— Vamos com um exército, lembre-se, explicou Anthony. E vamos cruzar montanhas ao longo do caminho.
— Montanhas? Você quer dizer as Tenryus? Haruhiro perguntou.
— É uma cadeia de montanhas que se projeta ao norte da Cordilheira Tenryu. Existe o risco de ser comido pelos dragões, mas é inevitável. Se fôssemos fazer uma rota ao redor das montanhas, passaríamos pelas planícies do vento rápido. Com uma força desta escala, é muito provável que o inimigo nos descubra.
Para ser honesto, Haruhiro não tinha nada além de sentimentos ruins sobre tudo isso.
A Força Expedicionária era tecnicamente um exército, mas mesmo um amador como ele podia ver que era um grupo improvisado reunido às pressas.
Primeiro, havia o baixo moral das tropas. O general Mogis havia dado ordem para se prepararem para a mudança, então era de se esperar que eles armassem suas barracas imediatamente, mas alguns dos homens ainda dormiam e outros demoravam comendo e bebendo. Houve até um soldado que levou uma surra de um oficial superior por se despir e ficar seminu, e outro que caiu ao subir em uma árvore e se feriu.
Os soldados da Força Expedicionária eram tão indisciplinados que deixaram Haruhiro um tanto surpreso. Esses caras nem eram minoria. A maior parte da força era assim, e mesmo os oficiais, que se gabavam de ser mais importantes, não eram muito melhores. Então, desde que não fizessem nada especialmente flagrante, como correr nus e gritar, eles não seriam repreendidos.
O General Mogis deve ter desistido deles, porque não disse nada até muito tempo depois de dar a ordem. No entanto, ele deve ter ficado impaciente. Ele caminhou até um soldado e de repente o chutou na bunda.
— Vamos nos mover. prepare-se.
Agora, se isso fez com que os soldados se movessem imediatamente, não. Houve alguns que começaram a desmontar suas tendas sem muito entusiasmo, mas mais da metade sentou-se tristemente, chutando árvores ou arrancando grama.
— Ugh… Kuzaku começou a sorrir, mas não conseguiu. Você acha que está tudo bem?
Claramente não.
Quando Haruhiro viu os soldados pela primeira vez, sua impressão foi que havia muitos jovens. Mesmo assim, todos usavam armaduras e tinham espadas ou lanças. Ele imaginou que, embora não fossem necessariamente experientes, presumivelmente eram todos soldados profissionais.
Isso pode não ter sido verdade.
Ele queria estar errado sobre isso, mas a maioria deles pode ser menos capaz do que Haruhiro e seu grupo.
Com base em sua aparência e na maneira como se moviam, a maioria desses soldados parecia nada mais do que novatos. A ideia deles enfrentando bravamente o inimigo, de armas em punho, enquanto travavam uma intensa batalha de vida ou morte era algo que Haruhiro não poderia imaginar.
Já passava do meio-dia quando a Força Expedicionária estava mais ou menos organizada o suficiente para se mover. Quando isso aconteceu, os soldados começaram a reclamar que estavam com fome e exigiram algo para comer. O General Mogis era um homem paciente. Sem criticá-los, ele decidiu que eles iriam sair depois do almoço. Mas, no final das contas, quando o sol se pôs, a Força Expedicionária havia rastejado apenas três milhas.
No segundo dia, eles começaram a se mover no início da manhã e mal percorreram 12 quilômetros. Parecia que eles provavelmente cruzariam as montanhas amanhã, não, depois de amanhã.
Naquela noite, Anthony reuniu Haruhiro e o resto do grupo.
— Eles devem estar exasperados, hein?
— Bem… Haruhiro evitou dizer qualquer coisa.
— Também não sabia nada sobre a situação no continente. Afinal, nasci na fronteira. Anthony estava se autodepreciando ou desprezando as pessoas que nasceram no continente? Seu sorriso poderia ter sido lido de qualquer maneira. No entanto, nos disseram o quão grande era o continente. Que era um paraíso, nada como a fronteira selvagem.
— Você foi lá, certo, Anthony…-san? Kuzaku perguntou.
Anthony baixou os olhos e assentiu com o cenho franzido.
— Quando deixamos o Caminho da Aorta do Dragão de Terra, entramos em uma fortaleza chamada Spezia… e lá eles nos pararam.
Eles o discriminaram por ser um homem da fronteira. Isso foi o que Anthony pensou a princípio, mas aparentemente não era. O número de habitantes do continente que interagia com Anthony e seus homens da fronteira era pequeno, e eles não falavam nada sobre o continente, nem mesmo respondiam a perguntas.
— Quando me juntei a esta Força Expedicionária, no caminho de volta pelo Caminho da Aorta do Dragão de Terra, o General Mogis me disse a verdade, disse Anthony com um suspiro. Fomos detidos em Spezia porque não queriam que as pessoas na fronteira soubessem da situação no continente, porque não era um paraíso…
Aparentemente, cerca de 130 anos se passaram desde que os humanos do reino de Arabakia escaparam ao sul das montanhas Tenryu.
Desde então, o reino colonizou o sul e gradualmente expandiu seu território. Eles retornaram à fronteira há aproximadamente 100 anos e construíram Altana.
Pessoas de Arabakia, como Anthony, que nasceram na fronteira, ou seja, em Altana, disseram o seguinte:
Não havia dezenas, mas centenas de cidades com grandes populações nas terras do sul.
Os campos se estendiam até onde a vista alcançava, e mais gado do que jamais poderia ser contado pastava nas colinas e na base das montanhas.
Como havia minas por toda parte que produziam ferro, ouro e prata, o reino mantinha um exército de dezenas de milhares, e até mesmo os plebeus usavam joias fabulosas.
Ainda mais ao sul, nas terras do sul, havia tribos bárbaras que não se submeteram ao reino. Mas esses primitivos não passavam de selvagens. Os habitantes do continente os chamavam de macacos e convocavam a guerra para subjugá-los em uma caçada. Era raro um soldado morrer enquanto caçava. Os bárbaros lutaram entre si, e o reino até interveio para mediar entre eles às vezes. O rei era um pai misericordioso.
O continente tinha desenvolvido a indústria e as pessoas viviam em prosperidade, então música, teatro e outras formas de entretenimento eram abundantes. A Deusa da Luz, Lumiaris, era amplamente adorada e as bênçãos da luz enchiam a terra.
A moeda usada em Altana era a mesma do continente. No entanto, seu valor era completamente diferente em cada lugar. Um item que custava uma moeda de ouro na fronteira podia ser comprado por dez moedas de prata no continente.
De certa forma, não havia pobreza no continente. Mesmo que você perdesse toda a sua riqueza jogando, havia instituições que forneciam ajuda aos pobres nas cidades e, se você fosse a uma delas, elas lhe garantiam comida, água e um teto sobre sua cabeça.
— Foi tudo uma grande mentira, disse Anthony, apontando para os soldados da Força Expedicionária que estavam deitados no escuro, bebendo e festejando. O que esses miseráveis estariam fazendo no paraíso?
Segundo o general Mogis, a Força Expedicionária era formada pelo segundo e terceiro filhos de camponeses, bandidos e desertores capturados.
Só havia uma cidade no continente que poderia ser chamada de cidade: a capital. O rei, a família real, seus servidores mais próximos e mil outros nobres, juntamente com entre mil e dez mil pessoas para sustentar essas classes privilegiadas, viviam na Nova Rodésia, capital do Reino de Arabakia.
Havia inúmeras aldeias agrícolas, mas eram pesadamente tributadas e a vida das pessoas era difícil.
A guerra com os “macacos” no sul foi incrivelmente intensa. Esses selvagens foram a razão pela qual eles não conseguiram construir cidades maiores. O povo do continente estava sob constante ataque dos bárbaros e viviam com medo de serem saqueados.
O Reino de Arabakia esteve em guerra com os selvagens por mais de um século, e eles não apenas falharam em exterminá-los, como nem mesmo colocaram os pés em suas fortalezas ao sul. Os bárbaros foram divididos em muitas tribos, então o reino trabalharia com uma tribo e os faria lutar contra outra. Negociação astuta foi a maneira que eles conseguiram de alguma forma manter o controle de seu território.
Nas aldeias agrícolas, o filho mais velho herdava a fazenda, então o segundo e o mais novo ganhavam a vida trabalhando para outros ou tinham que deixar a aldeia.
Jovens de aldeias agrícolas afluíam à Nova Rodésia sem meios de se alimentar. No entanto, apenas alguns poucos conseguiam encontrar qualquer tipo de trabalho. No final das contas, as únicas opções disponíveis para eles eram ingressar em uma gangue criminosa ou ser voluntário nas forças armadas.
A dureza dos campos de batalha do sul causou deserções constantes.
Havia cães encarregados de perseguir os desertores em fuga.
Os Cães Negros.
Esse era o nome de uma unidade de operações especiais, especializada em capturar e reeducar, devolver ou mesmo executar desertores.
— Depois de dez anos matando selvagens em todo o sul, o General Mogis foi nomeado comandante dos Cães Negros, disse Anthony com um olhar de soslaio para a tenda do general. Não sei o que ele fez para acabar comandando a Força Expedicionária. Mas, a julgar pela qualidade das tropas que lhe foram atribuídas, não se pode dizer que tenha sido um passo em frente para ele.
Segundo Anthony, a Força Expedicionária era composta por mil homens, incluindo o corpo logístico que os apoiava pela retaguarda.
No entanto, com exceção de algumas dezenas de homens como Neal, o batedor, que havia sido um dos protegidos do General Mogis desde seu tempo nos Cães Negros, não havia soldados decentes na Força Expedicionária. Mesmo aqueles com experiência militar eram desertores do sul. Um grupo de covardes que fugiu para salvar suas vidas foi capturado e enviado para a fronteira.
Setora suspirou.
— Isso vai ser um verdadeiro pé no saco.
— Com base em seu registro militar, acho que o general é capaz, disse Anthony calmamente. Você deve ter algo em mente.
Parecia que havia uma variedade de pessoas com suas próprias intenções e situações, e Haruhiro e seu grupo foram pegos no meio disso. Ele preferia não ter se envolvido, mas agora era tarde demais para isso.
O general havia feito uma clara ameaça a Haruhiro. Se não cooperassem, seriam mortos.
Os soldados desmotivados eram numerosos, mas não eram muito assustadores. No entanto, as dezenas de subordinados leais do general provavelmente eram todos homens experientes como Neal. Por enquanto, eles teriam que fazer o que ele disse.
— Ele disse algo sobre como eles vão destruir o Caminho da Aorta do Dragão de Terra se a Força Expedicionária não puder tomar Altana? Haruhiro perguntou.
Anthony assentiu.
— O general mencionou isso. Ele provavelmente nos revelou porque não somos do continente. Parece que há agentes do rei escondidos entre as tropas.
Esses agentes tinham ordens secretas de observar as ações da Força Expedicionária e retornar ao continente para informar o rei se a situação o justificasse.
Para o rei da Arabakia e a nobreza, não era o sul que era o paraíso, mas sim a fronteira. Se possível, eles queriam voltar aqui triunfantes. Mesmo agora, mais de 100 anos desde que foram expulsos pela Aliança dos Reis, eles não desistiram desse sonho.
Mas um sonho é um sonho.
O reino estava muito ocupado lidando com os bárbaros que corriam desenfreados. Mesmo quando Altana caiu, tudo o que conseguiram reunir foi uma multidão desonesta como esta Força Expedicionária.
— Se o inimigo descobrisse e tomasse o Caminho da Aorta do Dragão de Terra, nosso Reino de Arabakia estaria acabado, Anthony disse em um tom cínico. Tenho certeza que eles estão se preparando para se render e destruir a estrada antes que isso aconteça, como último recurso.
Se a Força Expedicionária fosse completamente derrotada, os homens do rei se dividiriam secretamente e retornariam ao continente.
Se o rei tomasse a decisão após ouvir seu relatório, o sonho do reino terminaria, mas os pouparia de uma invasão da Aliança dos Reis.
Kuzaku olhou em volta.
— Então você está dizendo que existem espiões…?
— Mesmo sendo alguém nascido na fronteira, fui criado para ter orgulho de ser um homem do Reino de Arabakia, disse Anthony em um tom de voz dolorido. Por enquanto, só quero Altana de volta. Afinal, é minha cidade natal. Meus camaradas que morreram não podem descansar em paz assim.
Haruhiro não sabia muito sobre o rei, a nobreza ou o povo do continente, mas não era completamente incapaz de simpatizar com Anthony.
Ainda assim, eles poderiam realmente retomar Altana?
No dia seguinte avançaram cinco quilômetros para leste e a Força Expedicionária preparou-se para cruzar as montanhas.
No entanto, não havia nada específico que precisasse ser feito. Iam descansar cedo agora que havia uma cordilheira que parecia abrigar dragões à sua frente.
O general Jin Mogis estava realmente planejando retomar Altana?
No dia seguinte, a Força Expedicionária começou a escalar as montanhas.
Os homens agiam com medo, ou disfarçavam sendo tolos, ou reclamavam da dificuldade da subida. Aqueles ao redor do General Mogis eram quietos, então deviam ser os Cães Negros, ou outros soldados adequados que não eram desertores.
Quantos deles estavam lá que poderiam lutar adequadamente?
Ele tentou contar, mas excluindo Anthony, seus cinco subordinados e o grupo de Haruhiro, havia talvez 50 deles no máximo.
Enquanto ele subia mal-humorado, Neal, o batedor, se aproximou dele.
— Você já conheceu um dragão?
Haruhiro olhou para Mary.
Segundo ela, eles foram atacados por um dragão cuspidor de fogo incrivelmente aterrorizante e lutaram contra um pequeno dragão chamado wyvern. Quanto a Haruhiro, aparentemente ele montou um dragão em algum lugar chamado Arquipélago Esmeralda.
Naturalmente, ele não se lembrava de nada disso.
Enquanto ele se perguntava como responder, “Bem, sim, às vezes”, Kuzaku respondeu por ele.
— Os dragões nas Montanhas Tenryu? Neil perguntou.
— Não. Kuzaku deu de ombros. Mas um dragão é um dragão, certo?
— Não me diga que mataram um.
— Matar não, mas montar sim.
— … O que?
— Mas eu não. Haruhiro. Kuzaku estava se gabando por algum motivo.
Neal olhou para Haruhiro.
— Você?
— Pode não parecer muito, mas nosso líder é incrível. Kuzaku parecia orgulhoso desta vez.
Não, não sou tão incrível, e como assim não pareço muito? Além disso, cara, você nem se lembra do que aconteceu.
Havia tantas coisas para discutir que Haruhiro não sabia o que fazer. Mas como eles estavam encobrindo o fato de que não tinham memória, ele manteve seus comentários cômicos para si mesmo.
— Eu pensei que você parecia terrivelmente calmo, mas isso explica tudo, hein? Neal sorriu ironicamente. Se um dragão aparecer, é todo seu. Eu só os vi de longe. No fundo, estou com muito medo.
— Você não parece estar com medo, Haruhiro apontou.
— Estou agindo duro na frente das mulheres, disse Neal casualmente.
De repente, Setora parou.
Ela olhou para o sul e estreitou os olhos.
O rosto de Neal se contorceu.
— Ei, o que é isso? Não me diga…
Setora sorriu.
— É uma piada.
Fim do capítulo…
