Death God of the Drifting Moon

Capítulo 47

 

Os olhos de Oh Won-hoo tremeram.

A figura de Pyo-wol apareceu de repente na frente dele.

Pyo-wol apareceu de repente, sem nenhum sinal. Oh Won-hoo era um mestre bem conhecido em Sichuan. Mas tal mestre não conseguiu sentir o movimento de Pyo-wol.

O adversário à sua frente era mais forte do que ele esperava.

Pyo-wol perguntou novamente.

— Por que eu deveria parar?

— Isso não é suficiente? Eles devem estar refletindo também.

— Quem decide isso?

— Ahn?

— Quem decide que já é o bastante?

— Isso…

— Este é um assunto entre mim e eles, mas por que você está dizendo que é o suficiente? Este assunto só pode acabar quando eu achar que está bom o suficiente.

— Bem, há uma linha em tudo. Eu só queria que você mantivesse esse limite.

— Linha?

— Existe uma linha de bom senso, uma linha de disciplina, e há linhas que precisam ser traçadas de alguma forma.

— Mas por que você não manteve essa linha?

Em um instante, os olhos de Oh Won-hoo se voltaram para Gong Jin-Hyeok.

Ele interferiu por causa de sua amizade pessoal com eles, mas realmente não esperava que Pyo-wol fosse uma pessoa tão não comunicativa.

Ele se arrependeu de ter interferido. Mas agora não podia retirar suas declarações. Porque todos na pousada estavam olhando para eles.

Em Jianghu, a reputação era mais importante do que qualquer outra coisa.

A razão pela qual ele foi capaz de receber tratamento e trabalhar até agora foi porque nunca sofreu nenhuma perda de sua reputação.

“Merda!”

Em sua mente, ele queria sacar sua espada e acertar o pescoço de Pyo-wol imediatamente. Mas seu oponente não parecia fácil.

Os líderes do Corpo de Escolta dos Nove Tesouros também eram mestres com excelentes habilidades em artes marciais. Mas essas pessoas foram imediatamente reprimidas usando pauzinhos lançados por seu oponente, e agora, ainda estavam gemendo de dor.

Era verdade que as artes marciais de Oh Won-hoo eram superiores às do Corpo de Escolta dos Nove Tesouros, mas não era suficiente para subjugar todos os membros em um instante.

Pyo-wol perguntou novamente.

— Por que você não manteve a linha?

— Isso…

Seu destino dependerá do tipo de resposta que der aqui.

Uma expressão de conflito apareceu no rosto de Oh Won-hoo.

Um arco foi desenhado nos lábios de Pyo-wol. No momento em que os dentes brancos de Pyo-wol foram expostos através de seus lábios vermelhos, Oh Won-hoo sentiu uma sensação ameaçadora.

Ele tinha a ilusão de que os pauzinhos na mão de Pyo-wol perfurariam sua cabeça a qualquer momento.

— Hiic! Não me olhe assim.

Oh Won-hoo de repente sacou sua espada e tentou empunhá-la.

Shiik!

Antes que sua espada pudesse ser puxada, ela já estava bloqueada por Pyo-wol.

Todas as partes do corpo humano estão conectadas como uma. Embora possa parecer que as mãos e os pés estão agindo de forma independente, mas na realidade, ambos podem se mover organicamente se os dois mostrarem cooperação.

Com o leve tremor ao redor dos olhos de Oh Won-hoo e o espasmo dos músculos do ombro, Pyo-wol foi capaz de prever a próxima ação dele.

Acima de tudo, Pyo-wol foi capaz de entender suas intenções através dos olhos de seu oponente.

Pyo-wol chamava essa habilidade de seu próprio bom senso.

Durante seu tempo no escuro, seus sentidos apurados se desenvolveram extremamente.

Seu par de olhos pode estar olhando para o Oh Won-hoo que está bem na frente dele, mas seus outros sentidos ainda estavam espalhados o suficiente para sentir até mesmo a respiração de cada pessoa na sala.

— Heuk!

Oh Won-hoo elevou sua energia interna para puxar a espada.

Tuk!

Naquele momento, o dedo de Pyo-wol tocou seu cotovelo.

— Ergeugh!

De repente, Oh Won-hoo soltou um grito. Seus braços estavam dobrados para o lado oposto. Os movimentos simples da mão de Pyo-wol destruíram a articulação do seu cotovelo.

As pessoas próximas arregalaram os olhos. Eles não conseguiam compreender a situação que estava diante de seus olhos.

Oh Won-hoo era um mestre que podia proteger seu corpo com sua força interna. Mas ele não podia acreditar que seu cotovelo havia sido destruído por apenas um simples toque de Pyo-wol.

O que estava acontecendo bem diante de seus olhos estava completamente além de seu senso comum.

Mas não foi coincidência.

Foi o produto do trabalho duro de Pyo-wol.

Preso sozinho no escuro, Pyo-wol se perguntou como efetivamente neutralizar ou destruir humanos.

Ele pensou e pensou, e continuou a imaginar.

Ele fundiu as artes marciais que já conhecia em uma, e fundiu os métodos de cultivo. Ele até se inspirou no poço das cobras.

A arte marcial que nasceu dessa forma foi o ‘Agudo’

São as artes marciais de um homem faminto.

Pyo-wol não esqueceu a fome que sentiu quando entrou pela primeira vez na caverna subterrânea.

As memórias desesperadas de ter que raspar o musgo na parede para sobreviver.

Então, ele nomeou as artes marciais que criou de ‘Agudo’.

A técnica que Pyo-wol usou para destruir o cotovelo de Oh Won-hoo foi a técnica de destruição do corpo humano, que era a base do Agudo.

Pyo-wol pensava que a estrutura do corpo humano era complexa, mas simples.

Seria infinitamente complicado se você se aprofundasse, mas em termos simples, o corpo humano era composto de eixos e articulações.

Ele pensou que, se destruísse a articulação que conecta um eixo ao outro, poderia facilmente incapacitar o oponente. A partir de então, Pyo-wol pensou em como destruir efetivamente as articulações do oponente.

Assim nasceu este tipo de técnica de destruição do corpo humano.

Ele ataca e destrói partes que os humanos não podem treinar.

O cotovelo de Oh Won-hoo foi destroçado. Não importa quão bom seja um médico, seu cotovelo não pode ser completamente curado.

— Esse desgraçado!

Oh Won-hoo estendeu seus braços trêmulos e usou sua técnica.

Era uma técnica chamada Mayeonggak.

No entanto, seu ataque não atingiu Pyo-wol. Porque o punho de Pyo-wol disparou e esmagou seu joelho.

Pergioc!

— Ugh!

Oh Won-hoo caiu com um grito.

No entanto, quando Oh Won-hoo caiu neste momento, o interior da pousada ficou quieto.

Muitas das pessoas na pousada eram guerreiros que dominavam as artes marciais. No entanto, mesmo com os olhos, eles não podiam dizer qual método Pyo-wol havia usado para destruir Oh Won-hoo.

Um artista marcial não identificado que destrói instantaneamente um mestre como Oh Won-hoo e que arranca os olhos de seu oponente só por ele tê-lo dito obscenidades.

Aos olhos deles, Pyo-wol não parecia mais bonito.

Atrás dessa bela e sedutora aparência, as mãos cruéis e a sede de sangue os assustavam.

“A Estrela do Assassinato apareceu.”

“De onde diabos esse cara…”

Eles nunca ouviram falar de tal homem em Jianghu.

Pelo menos em Sichuan.

Pyo-wol agarrou o colarinho de Oh Won-hoo e olhou em seus olhos.

— Ugh!

Os olhos de Oh Won-hoo tremiam incessantemente de medo.

Suas calças estavam ficando molhadas.

Ele estava urinando sem perceber com medo extremo.

Pyo-wol perguntou.

— Você ainda quer se intrometer?

— Ah, ah, não…

Oh Won-hoo balançou a cabeça violentamente. Por causa disso, ele gaguejou, mas não achou que fosse vergonhoso. Sua mente estava cheia apenas com o pensamento de não querer ver os olhos de Pyo-wol novamente.

Foi então que soltou a mão que o segurava.

Talcuck!

O corpo de Oh Won-hoo caiu.

Lágrimas escorriam de seus olhos. Vergonha e dor tardiamente vieram de repente como uma maré.

Vendo Oh Won-hoo chorar, a atmosfera dos guerreiros era sombria.

Eles não disseram nada. Mas no fundo achavam que eram sortudos por não terem se intrometido.

Já que ele foi humilhado assim, a vida de Oh Won-hoo como guerreiro estava praticamente acabada. Ele sofreu feridas irrecuperáveis não apenas fisicamente, mas também mentalmente, impossibilitando a recuperação.

Pyo-wol olhou para dentro da pousada.

Os guerreiros ansiosamente se viraram ou inclinaram a cabeça para evitar fazer contato visual com ele.

Em um instante, algumas pessoas tiveram suas vidas encerradas como artistas marciais, mas ninguém mais queria se intrometer.

Ver Oh Won-hoo foi o suficiente para eles saberem que se intrometer era inútil.

Pyo-wol não disse nada e voltou ao seu lugar. E casualmente comeu o resto de sua comida. A figura de Pyo-wol deixou uma forte impressão nas pessoas.

“Um homem louco apareceu.”

“Ele é uma pessoa que nunca será igualada.”

“A atmosfera de Chengu é tão ruim que até loucos aparecem assim.”

Quer conhecesse ou não os pensamentos de tais pessoas, Pyo-wol continuou a usar seus pauzinhos.

Clack! Clack!

Apenas o som dos pauzinhos batendo na tigela ressoava na pousada silenciosa.

* * *

— Huu… A atmosfera em Chengdu com certeza é brutal.

Daoshi Goh olhou ao redor de Chengdu e murmurou.

Metade dos que andavam nas ruas pareciam estar armados.

Em geral, não importa quão grande seja uma cidade, a proporção de artistas marciais é pequena. Se havia cem pessoas, havia apenas um ou dois guerreiros. No entanto, a porcentagem em Chengdu era excessivamente alta.

Era a prova de que a segurança pública era tão instável que até pessoas comuns portavam armas.

Heo Ran-ju disse com um sorriso.

— É uma grande oportunidade para nós.

— O infortúnio dos outros é fortuna para nós. O que poderia ser mais trágico do que isso? Namu Amida Butsu!

— Eu não quero ouvir isso de você, seu monge maluco!

— Por que não?

— Quem você acha que é a pessoa mais faminta por dinheiro entre nós?

— …………..

— Por que você está tão ansioso para economizar dinheiro que nem dedica ao Buda?

— Namu Amida Butsu Buddha! Bendito Sakyamuni. Por favor, perdoe este ser maligno.

— Você é um merda.

Heo Ran-ju bufou, e Daoshi Goh disse:

— Parem com a besteira. Vamos para o lugar onde nosso capitão está. Vocês sabem que ele não tem muita paciência.

Quando ele mencionou o capitão, as expressões de Heo Ran-ju e Hyul Seung ficaram sérias.

Eles apressadamente seguiram Daoshi Goh.

O lugar onde o Daoshi Goh os trouxe foi a maior pousada em Chengdu. Ainda era de manhã cedo, mas havia vários clientes tomando café da manhã na pousada.

Uma luz agradável brilhou nos olhos de Heo Ran-ju enquanto ela olhava ao redor da pousada.

— Capitão!

Ela se aproximou de um homem que estava ocupado comendo. O referido homem que levantou a cabeça olhou para ela

O homem parecia estar em seus quarenta e poucos anos. Ele falou:

— Vice capitã! Você chegou na hora.

— Uau! Já faz um tempo, capitão.

Heo Ran-ju abraçou o homem com força.

O homem deu um tapinha nas costas de Heo Ran-ju. O Daoshi Goh e Hyul Seung, que chegaram depois, também cumprimentaram o homem.

— Parece que você ficou mais bonito nesse pouco tempo que eu não te vi, capitão.

— Há quanto tempo, capitão!

O homem se afastou de Heo Ran-ju e disse:

— Finalmente nos encontramos novamente depois de tanto tempo.

— Hehe! Há muito trabalho par fazer?

— Você já não descansou bem graças a mim?

— Por isso já é um problema. Fiquei sem dinheiro depois do longo intervalo.

— Não é por isso que todos nós nos reunimos desse jeito?

— Você realmente vai se envolver neste assunto?

— Por quê? É incômodo? Então saia.

— Eeh! Não diga isso… Quem disse alguma coisa sobre isso?

Daoshi Goh balançou a cabeça e sentou-se rapidamente. Hyul Seung e Heo Ran-ju também se sentaram nos assentos vazios. Havia uma firme confiança nos olhos dos três que olhavam para o homem.

O nome do homem era Jang Mu-Ryang, o líder da Corporação da Nuvem Negra.

A Corporação da Nuvem Negra era uma espécie de grupo mercenário.

Eles vendiam suas forças por dinheiro.

Seu palco principal era na área disputada da fronteira.

Não importava quem fosse o cliente. Eles lutavam em seu nome confiando-se a um lugar que lhes dava um pouco mais de dinheiro.

As pessoas os chamavam de um grupo de assassinos loucos por dinheiro.

Ladinos que só perseguem dinheiro sem qualquer justiça ou causa.

Eles se reuniram em Chengdu porque Jang Mu-Ryang sentiu o cheiro do dinheiro.

Daoshi Goh esfregou as palmas das mãos e disse:

— É por causa da seita Qingcheng e Emei?

— Você deve ter ouvido os rumores.

— Todo mundo não sabe que as duas seitas estão em desacordo desde sete anos atrás?

— Isso mesmo. A atmosfera dá a entender que haverá um confronto massivo mais cedo ou mais tarde.

Jang Mu-Ryang acenou com a cabeça.

Ninguém sabe exatamente o que aconteceu, mas a seita Qingcheng e a seita Emei tiveram muitas disputas nos últimos anos.

No início, foram apenas alguns confrontos entre artistas marciais, mas logo se transformaram em uma batalha total. Eles colidiram um contra o outro fortemente, infligiram muitas baixas, recuaram e lutaram novamente várias vezes.

O confronto entre as duas maiores seitas de Sichuan naturalmente resultou em uma divisão em toda Jianghu em Sichuan.

Entre as seitas em Sichuan, não havia clãs que não tivessem uma conexão com as duas seitas.

Muitas seitas tentaram ficar no meio termo no início, mas à medida que o confronto entre as duas se tornou mais longo, elas foram cada vez mais forçadas a escolher entre as duas.

Eventualmente, as seitas de Sichuan foram divididas em duas.

Heo Ran-ju perguntou a Jang Mu-Ryang,

— Por que diabos eles estão lutando? Ambas são seitas de prestígio reconhecidas por Jianghu.

— Vice capitã, não importa o porquê eles lutam. O que importa é que temos a chance de realizar nossos sonhos.

Jang Mu-Ryang sorriu.

A batalha entre a seita Qingcheng e a seita Emei foi um grande desastre para todos que vivem na província de Sichuan.

Mas era uma oportunidade de ouro para a Corporação da Nuvem Negra e Jang Mu-Ryang.