Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 01 (Parte 2) – Vol 06 - Anime Center BR

Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 01 (Parte 2) – Vol 06

Capítulo 1 – Um quarto de um dia. (Parte 2)

Tradução: Tinky Winky

Mais alto que Mimorin, a Giganta, mais alto que Kuzaku, com seus 1,90 metros. Provavelmente mais que o dobro do tamanho deles. Tinha quase quatro metros de altura. Sua cabeça era semelhante à de um leão, mas tinha apenas um olho.

— Wahaha! Hora de eu mostrar minhas habilidades! — Ranta pegou a Lightning Sword Dolphin do Tori-san. — Lá vou eu! Com minha Super Estratégia Atordoante de Sempre!

— Esse nome… — Shihoru parecia completamente desinteressada.

— Fiu! — A flecha que Yume soltou disparou em direção ao único olho do gigante branco de quatro metros, mas—não acertou. Apenas arranhou o lado de seu rosto.

— Ahhh! Quase!

Haruhiro respirou fundo, soltando a tensão dos ombros, e então olhou para Tokimune.

— Okay, vamos fazer do jeito de sempre.

— Haha! — Tokimune deu uma risada amigável e deu um tapa nas costas de Haruhiro. — Beleza, beleza. Vamos fazer como sempre.

— Delm, hel, en, — Mimorin começou a entoar enquanto desenhava sigilos elementais com seu cajado, ainda segurando a espada desembainhada na mão esquerda. — Ig, arve.

Ela era uma ex-guerreira, e parecia que ainda estava mais acostumada a lutar em combates corpo a corpo, mas agora era uma maga. Esse era o mais básico dos feitiços de magia Arve, Fireball. O elemental formou uma bola de fogo maior que o punho de uma pessoa, e então acelerou em direção ao gigante branco. O gigante branco não fez nenhuma tentativa de evitá-la. A bola de fogo atingiu o peito do gigante branco e… desapareceu.

— Não deixem ele pisar em vocês! — Haruhiro gritou uma ordem que percebeu que todos já sabiam, mesmo enquanto falava, e então olhou para Kuzaku. — Kuzaku, você vai na frente. Tokkis, formem a linha de frente, por favor.

— Estamos nessa! — Tokimune bateu no escudo com o punho direito enquanto segurava a espada com a mesma mão. — Kikkawa, Inui, Tada, vamos fazer isso com estilo!

— Certo! — gritou Kikkawa.

— Heh… Que seja! — acrescentou Inui.

— Sim — retrucou Tada. — Vou mostrar que sou o mais forte.

Tokimune avançou, seguido por Kikkawa, Inui, Tada e um silencioso Kuzaku.

Haruhiro mexia os quadris para cima e para baixo, sem mudar de posição. Yume, Shihoru e Mary se posicionaram logo atrás dele. Anna-san e Mimorin também vieram para perto dele.

Provavelmente estou com olhos de sono agora, pensou. Sua respiração não estava ofegante, e ele estava relativamente calmo, de certo modo.

Tokimune, Kikkawa, Inui, Tada e Kuzaku formaram uma linha horizontal com o máximo de espaço entre eles que a estrada permitia. Mesmo assim, não era exatamente uma estrada larga. Tinha pouco mais de três metros de largura, talvez.

Será que devíamos ter escolhido outra rua?, Haruhiro pensou. Mas, se tivessem escolhido, não teria funcionado tão bem para emboscar os cultistas e derrotá-los rapidamente.

Dessa vez, os cultistas formaram um grupo junto com o gigante branco, então havia, em linhas gerais, duas opções: desistir ou bolar um plano.

Se fosse apenas Haruhiro e sua party, teriam escolhido a primeira opção. Ranta (o pedaço de lixo) poderia ter berrado o quanto quisesse, mas Haruhiro teria usado toda a sua autoridade como líder para fazer a party recuar.

Mas, como, para o bem ou para o mal, estavam trabalhando com os Tokkis, já não era tão fácil para ele. Se Haruhiro dissesse: Ei, isso é perigoso, vamos sair fora, os Tokkis não eram do tipo que ouviria e recuaria sem mais nem menos.

No fim, elaboraram um plano em que Haruhiro agiria como isca, correndo para separar os cultistas do gigante branco. Assim que derrotassem os cultistas, lidariam com o gigante.

Bem, já me acostumei a isso, pensou Haruhiro. Um mês havia passado desde que encontraram essa nova área, NA para abreviar, e descobriram o Reino do Crepúsculo.

Muita coisa aconteceu nesse tempo, pensou. Muita, na verdade. Não, talvez nem tanto, será?

Aconteceu? Sim. Aconteceu.

Pelo menos, pelos padrões de Haruhiro, tinha sido um mês bem agitado. Não era exagero dizer que os Tokkis foram metade do motivo disso.

Afinal, encontraram esse lugar juntos. Na verdade, Haruhiro e sua party haviam encontrado a entrada primeiro, mas, no geral, era considerado que a galera dos Tokkis, os palhaços, haviam descoberto o lugar, enquanto os Matadores de Goblins, a party de Haruhiro, apenas seguiram o fluxo. Desde então, muitas coisas aconteceram que os tornaram mais próximos. Foi por isso que, porque Haruhiro e os outros estavam preocupados demais para continuar sozinhos, as duas party acabaram explorando o Reino do Crepúsculo juntos regularmente, sem realmente terem discutido sobre isso.

Muita coisa aconteceu. Todo dia, às vezes várias vezes ao dia, surgia algum incidente ou outro. Afinal, os Tokkis eram loucos.

A menos que Haruhiro, o cara que se achava sensato, fosse na verdade o maluco? Será que os Tokkis eram normais? Ele ficou um pouco preocupado com isso, mas era tudo bem ridículo.

Os Tokkis eram malucos. Haruhiro era são. Ranta à parte, havia um abismo quase intransponível entre a party de Haruhiro e os Tokkis. Não, não quase intransponível, completamente intransponível. Não dava pra fechar essa lacuna de jeito nenhum. Quando começou a pensar assim, as coisas ficaram um pouco mais fáceis. Só um pouco.

Se ele soubesse que não dava pra fechar esse abismo, não precisava tentar. Era inútil.

Ele tentava não pensar: Por que as coisas são assim? Mas, de qualquer forma, acabava pensando nisso, só que não deixava que isso o atormentasse. Não havia como evitar. Era o tipo de pessoa que eles eram. Quando aceitou isso, quando apenas entendeu, conseguiu prever o que provavelmente fariam em cada situação. Dessa forma, não precisava ficar irritado ou surpreso toda vez que eles mostrassem suas loucuras.

Além disso, eles certamente não eram incompetentes, então era possível aproveitá-los bem. De fato, embora fossem um pouco tendenciosos demais para o ataque, eram uma força a ser considerada em combate. Tokimune e Tada, em particular, eram atacantes de primeira linha. Tokimune era um paladino, então isso estava dentro do esperado, mas, mesmo sendo um ex-guerreiro, Tada deveria ser um sacerdote…

De qualquer forma, se eles conseguissem apenas se dar bem com os Tokkis, poderiam fazer juntos coisas que a party de Haruhiro não conseguiria fazer sozinha. Não seria impossível passar por situações que pareciam mortais.

Além disso, e este era o ponto mais importante de certa forma, eles poderiam ganhar dinheiro. Mesmo dividindo metade dos ganhos com os Tokkis, Haruhiro e sua party estavam ganhando de forma muito mais eficiente do que jamais conseguiriam se tivessem trabalhado lenta e constantemente por conta própria.

— Jess, yeen, sark, kart, fram, dart! — Shihoru lançou Thunderstorm, e um feixe de raios atingiu o gigante branco.

Houve um barulho estrondoso, e o corpo inteiro do gigante branco se contorceu. Seus pés pararam. Claro, ele logo voltaria a andar, e, mesmo apenas andando, o gigante branco era enorme. Suas pernas eram longas. Ele se aproximaria com passos gigantescos.

— Ei, ei, eiiiiii! — Tokimune bateu no escudo para provocá-lo. — Vamos, vamos, vamossssss!

— Go, go, go, go! — O gigante branco desceu o punho em direção a Tokimune.

— Ágil! — Tokimune saltou para trás, escapando.

— Go, go! — O gigante branco balançou o punho novamente.

— Gira! — Tokimune dançou para fora do alcance.

— Go! — O gigante branco estendeu ambos os braços para tentar agarrá-lo.

— Uhul! — Tokimune deu um mortal para trás, escapando mais uma vez.

— Rahh! — Tada imediatamente desferiu um golpe no braço do gigante branco com seu martelo de guerra.

— Go, go… — O gigante branco recuou o braço, focando seu único olho em Tada.

Tada, intencionalmente, sem dúvida, descansou o martelo no ombro e mostrou o dedo do meio para o gigante branco. Ele provavelmente queria dizer algo como: Vem cá, seu pedaço de lixo. Não era claro se o gigante branco entendia o gesto. Isso era incerto, mas o gigante branco dobrou os joelhos e abaixou os quadris. Estava se preparando para pular.

— Recuem! — Haruhiro gritou.

Provavelmente isso não precisava ser dito, mas ele gritou só para garantir.

Sim, todo mundo já sabe disso! Não precisa falar! Ele não queria que pensassem algo assim, ou Já sabemos disso, seu idiota, mas… Mesmo que o chamassem de idiota, Haruhiro tinha que fazer isso. Esse era o seu jeito.

— Beleza! — gritou Tokimune.

Os combatentes da linha de frente, incluindo Tokimune, Tada, Kikkawa, Inui e Kuzaku, recuaram juntos. Quase ao mesmo tempo, o gigante branco deu um grande salto.

— Faraó?! — Kikkawa exclamou de maneira estranha.

O que é um faraó?, Haruhiro pensou.

O gigante branco saltou uns sete ou oito metros e aterrissou com um impacto tremendo. Ninguém foi esmagado, mas se tivessem recuado um pouco mais tarde, havia o risco de que pudessem ser atingidos.

Agora. Haruhiro nem precisava dar a ordem.

— Yeaahhhhhhhhhhhhhh! — Ranta, que estava escondido no beco, levantou sua Lightning Sword Dolphin e investiu contra o gigante branco.

Ranta não cortou exatamente; ele mais bateu com a espada. Ele mirou na perna direita do gigante branco.

— Hah, hah, hah, hah, hah, hah, hah, hah, hah, hah, hah! — Sem dar tempo para o gigante respirar, Ranta atacava repetidamente.

Cada vez que o gigante branco era atingido com a Lightning Sword Dolphin, mesmo que por um curto período, seu corpo enorme e escultural se convulsionava.

Essa era a Estratégia do Super Atordoamento. Que nome horrível.

Mas, nome à parte, a tática era altamente eficaz, e ao parar seus movimentos assim, criava uma oportunidade de derrubar o gigante branco. Só uma oportunidade, no entanto. A partir de agora, a batalha seria decidida por pura força de ataque… ou poder destrutivo, na verdade.

— Tada-san! — chamou Haruhiro.

Tada lambeu os lábios e avançou. — Não precisa me dizer tudo. Basta presenciar meu poder pra te mandar pro céu.

Não, eu não vou pro céu, Haruhiro queria murmurar, mas se conteve. Se ele fizesse uma piadinha a cada comentário dos Tokkis, nunca acabaria.

— Agora, meu golpe fatal — Tada tomou distância, fez um mortal para frente e desceu seu martelo de guerra com ambas as mãos no joelho esquerdo do gigante branco. — Somersault Bomb! (Bomba de salto mortal)

Mas falando sério, o Tada-san é realmente incrível, pensou Haruhiro.

O martelo de guerra de Tada afundou no joelho esquerdo do gigante branco, lançando muitos estilhaços para o ar.

— Toma, toma, toma, toma, toma, toma, toma, toma, toma! — Ranta gritou. Ele continuava balançando sua Lightning Sword Dolphin, atordoando o gigante branco.

Tada deu uma respirada, ajustou os óculos, e tranquilamente se afastou do gigante branco.

— Uo, uo, uo, uo, uo, uo! — Ranta gritou, olhando para Tada enquanto batia a Lightning Sword Dolphin contra a perna do gigante branco. — Anda logo, cara! Isso aqui tá difícil pra caramba, droga! Waaaahhhhhh!

Tada inclinou a cabeça para o lado, girando o martelo. — Você acabou de me xingar?

— Não, senhor, não xinguei! Você tá ouvindo coisas, cara! Só ouvindo coisas! Waaaaahhhhhh!

— Ah, é? Então, tá difícil?

— Tá super, super difícil, cara! Anda logo! Sério, sério, dá outro golpe!

— Como se eu me importasse — disse Tada.

— Heeeeeeiiiiin?!

— Se tá difícil pra você, é problema seu, não meu.

— Ei, seu—!

— “Seu…”? — Tada repetiu.

— Tada-san! Tada-sama! Tada, o Deus!

— Tô gastando. — Tada sorriu maliciosamente e então avançou rapidamente.

É… pensou Haruhiro. Eu não entendo. As piadas do Tada são sempre incompreensíveis.

— Ahaha! Essa foi demais! Eu adoro as piadas surreais do Taddachi! — gritou Kikkawa.

Se o único que está rindo é o Kikkawa, e ele tem habilidades sociais ridiculamente boas, isso provavelmente significa que nem os Tokkis entendem as piadas do Tada, pensou Haruhiro. Isso é um pouco reconfortante. Se fossem o tipo de pessoas que se desmancham de rir com isso, eu nunca conseguiria aturá-los.

— Kwahhhh! Kwahhh! Kwahhh! Kwahhhhh! Kwahhhhh! Uwahhhh! — Ranta soltou o que pareciam ser gritos de morte, exaurindo suas últimas forças para continuar golpeando a perna direita do gigante branco.

— Agora que eu penso nisso… — Tada fez outro mortal para frente e desferiu mais um Somersault Bomb. — Esse golpe mortal não tá matando nada, né?!

Dessa vez ele mirou no joelho direito. Houve um som alto de estilhaçamento.

Tada olhou de relance para ver que Ranta ainda estava se esforçando, então desferiu mais dois ou três golpes.

— Yume! — Haruhiro gritou, ao que ela respondeu:

— Miau! — e começou a disparar flechas.

Era a habilidade de arquearia, Rapid Fire. Sem intervalo entre os tiros, ela encaixava flechas no arco composto e disparava. Ela disparava, e disparava.

Inui também é caçador, e ele tem um arco, mas eu nunca o vi usar—acho. Esse pensamento ocorreu subitamente a Haruhiro. Talvez eu devesse perguntar na próxima vez que tiver a chance. “Você não vai usar o arco?” Não, talvez devesse ser, “Você não consegue usar o arco?” Claro, Inui poderia se irritar. Mas talvez ele lutasse com mais afinco por causa disso. Será? Não sei. Quero dizer, é o Inui.

Yume disparou seis flechas em rápida sucessão, duas das quais acertaram o olho do gigante branco. Foi um bom resultado, considerando que Yume era uma arqueira ruim, apesar de ser uma caçadora.

— Gwah! — Ranta recuou, tropeçando. — Estou no meu limite!

Good job, Ranta! Você tem um belo cuzinho, yeah! — Os elogios de Anna-san eram bem eficazes. Não era de se estranhar que os Tokkis a mantivessem como mascote e ídolo. Embora fosse questionável o porquê de ela elogiar justamente o… buraco dele.

— Beleza! Deixa comigo! — A voz de Tokimune veio de cima—

Espera, desde quando ele tá lá?

Ele estava na rua até poucos momentos atrás, mas agora Tokimune estava no topo de um prédio à frente de Haruhiro à esquerda.

— Hahhh! — Tokimune gritou. Ele saltou do prédio com um grito.

Ou melhor, ele saltou do telhado para algo mais. Do telhado para o ombro do gigante branco.

Ranta estava exausto, e o efeito paralisante de sua Lightning Sword Dolphin havia se dissipado.

— Gu, go, ga, go! — O gigante branco tentou se debater.

Antes que pudesse, Tokimune enterrou sua espada no olho único do gigante. Tokimune não apenas cravou a espada, mas também a girou.

— Aí está! A técnica mortal do Tokimune-san, Arpejo Sagrado! — gritou Kikkawa.

Kikkawa estava dizendo alguma coisa, mas se Haruhiro começasse a se perguntar por que era chamado de arpejo, de todas as coisas, ele não conseguiria dormir à noite, então preferiu fingir que não tinha ouvido o comentário.

Não, mas sério, por que é um arpejo? Virou música agora?

— Hah! — Tokimune imediatamente saltou para longe do gigante branco, voltando para o prédio.

Entre as flechas de Yume e o Arpejo Sagrado de Tokimune, ou seja lá como aquilo se chamava, o gigante branco havia sofrido mais dano no olho do que conseguia suportar.

— Recuem! — Haruhiro gritou enquanto recuava também.

Yume e as outras garotas, Ranta, e todos na linha de frente, exceto Tokimune, se distanciaram do gigante branco. Tokimune, no entanto, era diferente. No topo do prédio, ele literalmente observava tudo de cima.

— Go, go, go! — O gigante branco balançou os braços ao redor, cambaleando. Ele provavelmente queria atacar Haruhiro e os outros de algum jeito, mas estava cego. Além disso, seus joelhos estavam destruídos. O gigante branco caiu sobre um prédio à direita, oposto de onde Tokimune estava. A parede externa, embora não tenha desmoronado completamente, sofreu danos.

— Go, go! — O gigante branco tentou se equilibrar, mas não conseguia firmar as pernas, então estava com dificuldades. Parecia que ele ia tropeçar.

— Ata— — Haruhiro começou a gritar, mas engoliu a palavra. Tada já estava avançando em direção ao gigante branco.

O gigante branco não caiu completamente, mas se ajoelhou em uma das pernas. Tada saltou em direção a esse joelho com um mortal à frente e…

Somersault Bomb!

Foi um golpe único—não, uma explosão única. Depois de ser atingido pelo segundo Somersault Bomb, o joelho esquerdo do gigante branco estava meio destruído. Provavelmente não conseguiria se levantar mais.

— Go! — O gigante branco estendeu a mão para agarrar Tada, mas nem chegou a tocá-lo.

— Viu só como eu sou incrível! — gritou Tada. Enquanto se gabava, ele não só não recuou, como também acertou um golpe sólido na mão direita do gigante branco com seu martelo de guerra.

Tendo localizado Tada com base nisso, o gigante branco tentou alcançá-lo com a mão esquerda. Tada a rebateu com o martelo de guerra também.

— Se acha que pode me vencer, tenta de novo daqui a um milhão de anos! — berrou Tada.

— Nada para fazer… — murmurou Kuzaku.

Ah, será mesmo? Haruhiro virou-se para olhar atrás de si. As coisas às vezes aconteciam de repente, então ele nunca baixava a guarda. E, como esperado, do outro lado da rua, vários Pansukes estavam correndo em sua direção com suas lanças prontas.

— Reforços inimigos! — ele gritou. — Três Pansukes! Kuzaku, Kikkawa, Inui-san!

— Entendido! — chamou Kuzaku.

— Beleza! — gritou Kikkawa.

— Tch… Que escolha eu tenho? — respondeu Inui.

Kuzaku, Kikkawa e Inui imediatamente se afastaram da linha de frente, passando por Haruhiro e as garotas que estavam na retaguarda para enfrentar os reforços inimigos. Mary olhou rapidamente naquela direção, mas logo voltou sua atenção para o gigante branco. O poder do Deus da Luz, Lumiaris, não alcançava o Reino do Crepúsculo, então ela não podia usar magia da luz ali. Mesmo que tudo o que pudesse fazer fosse atuar como guarda-costas de Shihoru, Mary permanecia concentrada.

Isso não é o que me preocupa, pensou Haruhiro. Mary é séria por natureza. Por causa disso, uma vez que ela faz o que deve, ela tende a pensar: “Isso é o suficiente?” ou “Será que não tem mais nada que eu possa fazer?” Eu preciso ficar de olho nisso e cuidar dela. Naturalmente, eu quero dizer isso como líder. Nada mais. Não há outros sentimentos envolvidos. Nenhum. Zero, entendeu? Zero.

— Agora vocês dão o empurrão final, hein! Lutem com tudo! Entendido? Fight! — Anna-san deu um incentivo bem-vindo.

— Delm, hel, en, rig, arve! — Mimorin entoou enquanto desenhava símbolos elementais com seu cajado.

Fire Pillar (Pilar de Fogo). Esse era o feitiço mais forte que a ex-guerreira Mimorin possuía. Um pilar de chamas se ergueu aos pés do gigante branco. Dito isso, era menor do que a própria Mimorin e, na verdade, um tanto fofinho. Considerando o tamanho enorme do gigante branco, não parecia que teria muito efeito.

Se ela quer se tornar uma usuária de Magia Arve, não deveria pelo menos adquirir o feitiço Blast (Explosão)?, pensou Haruhiro. Não era algo que um ladrão, e ainda por cima membro de outra equipe, devesse opinar, e Haruhiro tinha uma relação um tanto complicada com Mimorin, então, embora pensasse nisso, ele não disse nada. Mesmo que às vezes quisesse falar, ele realmente não podia.

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