Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 3 (Parte 3) – Vol 6 - Anime Center BR

Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 3 (Parte 3) – Vol 6

Capítulo 3 – Com todo o meu coração. (Parte 3)

Tradução: Tinky Winky

 

— Idiota! — gritou Anna-san, apontando o dedo para Haruhiro. — Você é burro?! Tá na idade de só pensar nessas coisas o tempo todo! Dia e noite, só pensa nisso! Esse é você, jovem! Por que não sai com ela e faz o que tem que fazer? Pode, não pode? Tá na fase do acasalamento, é ou não é?!

— Tá ficando um pouco vulgar aí, Anna-san — disse Haruhiro.

— Cala a boca, tá?! Olha! As peitolas da Mimorin! Boing! Ela tem um corpão, não tem?! Não dá vontade de morder aquilo?!

— Não, eu não vou fazer isso — respondeu Haruhiro. — Não sou o Ranta. Bom, ele só fala da boca pra fora também, então duvido que fizesse algo de verdade.

— A Mimorin tá caidona por você! Completamente! — insistiu Anna. — Com suas sexniques infinitas, ela vai te servir eternamente, sem dúvida!

— …Sexniques?

— Técnicas sexuais são sexniques, tá entendendo?! Special technique! Sacou?!

 

( Sexual+techniques = sexniques)

 

— É… Mais ou menos. Mas você tá falando um pouco alto…

— E mais, ela é virgem! Virgem! Nem deu o primeiro beijo ainda!

— Isso é verdade — confirmou Mimorin, com uma expressão séria.

Isso era um ponto importante? Haruhiro não entendia muito bem, mas algo parecia estranho se aquilo fosse verdade.

— Huh? …Então e essas special… technique…?

— Eu vou estudar — disse Mimorin, assentindo de novo. — Tá tudo bem.

— Deixa com a Anna-san, tá?! — Anna-san bateu uma mão em seu próprio peito, que, apesar de grande, não era tão grande quanto o de Mimorin. — A Anna-san vai pegar ela pela mão e ensinar cada uma das técnicas, uma por uma, tá?!

— Você tem bastante experiência… então? — perguntou Haruhiro, hesitante.

— Não seja bobo, pervert boy! Eu sou claramente uma virgem fresquinha, tá?!

— Não, mas então—

— Heh heh — Anna-san deu um sorriso ousado e beliscou o próprio lóbulo da orelha. — A Anna-san sabe muito sobre sexo. Sou o tipo de garota que só aparece uma vez a cada século, sabia? Vai ser fácil.

— …Entendo.

— Na minha imaginação, eu faço mais de um milhão de caras chegarem ao clímax, sabia?

— Acho que você tá fantasiando um pouco demais.

— Foi óbvio que era uma piada, tá?! Porque a Anna-san é uma virgem pura, decente e sagrada!

— Certo, tá bom. Tudo bem…

Haruhiro tomou um gole da sua cerveja de ervas e olhou para baixo. O restaurante não estava mais silencioso como antes, mas ainda assim eles estavam atraindo atenção, e mais de alguns clientes estavam ouvindo a conversa. Anna-san gostava bastante de piadas sujas. Haruhiro não odiava essas piadas, mas também não gostava tanto delas.

— Então, que tal?! — Anna-san tomou um longo gole de sua cerveja de ervas, soltando um suspiro satisfeito. — Por enquanto, por que não tenta sair com ela? Tenta, vai? Não é um mau negócio, tá? Porque, com esse corpão, você vai se afogar no desejo sujo todo dia!

— Não, eu passo.

Fuck you! — Anna-san mostrou o dedo do meio.

Não importava o que dissessem, ele não ia ceder nisso. Especialmente porque elas eram suas aliadas—mas mesmo que não fossem, ele sentiria o mesmo. Ele não estava disposto a sair com alguém por quem não tinha sentimentos românticos. Ou melhor, Haruhiro sentia que isso era impossível para ele. Mesmo que lhe pagassem, ele ainda pensaria assim. Na verdade, se lhe oferecessem dinheiro, isso poderia até piorar.

Talvez eu só esteja sendo teimoso? pensou. Não podia negar essa possibilidade, mas a questão era que ele era assim, simplesmente.

— Existe alguma… — começou Mimorin, mas as lágrimas começaram a rolar de novo, e ela as enxugou com a mão. — Desculpa… por chorar.

— …Não — murmurou. Não sabia por que, mas aquilo fez seu coração disparar. Por que será? Por que seu coração acelerou? Haruhiro não fazia ideia. — V-Você não precisa se desculpar. Erm, ajudaria se você parasse de chorar. Não é como se eu quisesse te fazer chorar. Eu não quero que você chore…

— Isso é uma novidade pra mim — disse Mimorin. — Estou tão triste que dói.

— …Desculpa.

— Não se desculpe. Não é sua culpa, Haruhiro. Eu que me apaixonei por você sozinha.

— Er, é, isso é verdade, mas..

— Posso continuar com minha pergunta? — perguntou Mimorin.

— Ah, claro.

— Existe alguma possibilidade?

— …De quê?

— Mesmo que não agora. Algum dia…

— Hm, você quer dizer em algum momento no futuro? — ele perguntou.

— Sim.

— Hrm…

Haruhiro queria se contorcer, mas se controlou desesperadamente.

Não sei. Essa é realmente difícil. Estou encurralado.

Ele achava que talvez dizer: Não, em nenhum momento no futuro isso seria possível seria a coisa certa a fazer. Era errado ela se apaixonar por alguém como Haruhiro em primeiro lugar. O tempo não era infinito. Mesmo agora, ele estava passando. Não era como se ele não achasse que ela deveria desistir dele e encontrar outra pessoa—mas, sabe?

Era algo que Haruhiro devia decidir? Mimorin, à sua maneira, tinha encontrado algo atraente em Haruhiro. Como resultado, ela se apaixonou por ele. Haruhiro tinha o direito de negar esses sentimentos?

Tendo trabalhado junto com os Tokkis, Haruhiro já havia pegado uma noção de como Mimorin era. Sim, ela era estranha. Era uma maga, mas não conseguia abandonar os hábitos que adquiriu como guerreira. Ele ficava apavorado quando a via correndo na linha de frente, balançando sua espada. No entanto, ela era forte, e também era boa com a espada. Além disso, se importava muito com seus companheiros.

Às vezes, ela era adorável.

Ele realmente não a odiava como pessoa. Na verdade, até gostava dela. O problema era o jeito como ela se jogava para cima dele e forçava seus sentimentos. Se não fosse por isso, ele honestamente não teria nenhum problema com ela.

Ele até tinha uma visão positiva da personalidade de Mimorin. Pelo menos, gostava o suficiente para querer respeitar seus pensamentos e sentimentos.

Haruhiro não sabia o que fazer com os sentimentos de Mimorin e pensou: Se fôssemos apenas amigos, seria mais fácil, mas, mesmo assim… não seria errado tentar mudar os valores ou sentimentos dela só para se livrar dessa situação incômoda? No final das contas, ele estava pensando apenas em sua própria conveniência.

Além disso, se ele dissesse que não havia possibilidade de eles ficarem juntos, ele poderia até dizer isso, mas não seria uma mentira? Ninguém sabia o que o amanhã traria. Era questionável até se eles ainda estariam vivos.

Apesar disso, será que o melhor seria contar essa mentira? Ou ele deveria ser completamente honesto?

O que era o certo? O que ele deveria fazer por Mimorin? Será que ele realmente estava pensando em Mimorin? Ou estava apenas fingindo se importar? Não estaria sendo um hipócrita?

— Posso ser direto? — Haruhiro perguntou finalmente. — Bem, eu vou ser. Eu não sei o que é possível. Não sei o futuro. Isso não é só comigo, é com todo mundo. Só que, agora, sinceramente, eu acho você uma pessoa interessante. É divertido te observar, e eu não me importo de conversar de jeito nenhum, mas eu não consigo pensar em um relacionamento romântico. Eu realmente sinto como se fosse algo do tipo: Não podemos ser apenas amigos? Eu não consigo fazer mais do que isso agora. Talvez, daqui a alguns anos, eu decida que gosto de você dessa forma, mas eu não quero pensar nisso. Não é algo confiável. Mesmo que eu começasse a sentir algo, talvez você já tivesse um namorado até lá, e eu não poderia fazer nada. É uma questão de tempo, sabe? Eu só consigo falar sobre o agora, desculpe. Já estou com as mãos cheias apenas me preocupando com o presente.

Mimorin encarou profundamente os olhos de Haruhiro, ouvindo com atenção. Não era que ele não achasse isso intimidador, mas fez o máximo para não desviar o olhar. Quando terminou, toda a sua força se esvaiu.

Com certeza devo estar com uma cara de sono agora, ele pensou. Não estava com sono, mas estava exausto.

— Eu entendo — disse Mimorin, com o rosto todo se contraindo. Ela estreitou os olhos, erguendo os cantos dos lábios num sorriso que parecia forçado.

Ela entendeu. Graças a deus. Haruhiro fechou os olhos e soltou um suspiro. Isso tira um peso dos meus ombros.

Sabe, meu corpo não é grande, e minha barriga também não é, então há um limite para o quanto eu posso carregar. Eu só consigo carregar tantas responsabilidades. Eu lidero a party, e faço meu trabalho como ladrão. Esse é meu limite. Não tenho tempo para pensar ou fazer algo além disso.

Isso mesmo. Como romance. Eu não tenho tempo para isso. O mesmo vale para a Mary. Se eu tivesse espaço para isso, teria dito alguma coisa—Não. Talvez não. Não, de jeito nenhum. Isso não teria acontecido. Nunca. Eu não teria conseguido.

É algo pelo qual devo ser grato, ele percebeu. Apesar de suas falhas, Mimorin se apaixonou por ele. Esse tipo de sorte provavelmente não acontecia com frequência. Talvez nunca mais acontecesse. Essa poderia ser a última vez. Rejeitar isso poderia ser um desperdício terrível.

Mas o que mais eu poderia fazer? Era verdade que ele não sentia o mesmo por ela agora. Ele realmente não podia mentir sobre isso. Não queria enganar a si mesmo, nem enganar Mimorin. Ele não podia.

— Bem, é isso — ele disse.

— Mas eu te amo.

— …O quê? — ele perguntou.

Quando abriu os olhos, Mimorin estava olhando diretamente para Haruhiro. Sem um pingo de dúvida, seus olhos estavam sérios e cheios de sinceridade.

— Agora, eu te amo. Eu te amo Haruhiro. Isso é errado?

— Uau… — Anna-san assobiou, encolhendo os ombros até que tocassem sua cabeça. — Mimorin é teimosa, hein? Como uma rocha, sim? Não, como aço, talvez?

Haruhiro olhou para o chão e coçou a parte de trás da cabeça. Não… Isso é errado? Não sou eu quem deve decidir. Não é uma questão de estar certo ou errado. Eu não tenho o direito de dizer a ela para não sentir isso. Essa é uma escolha dela. Tenho que respeitar isso.

No fim, dizer algo como: Obrigado por entender. Vamos ser amigos, seria só uma forma conveniente de resolver a situação para Haruhiro. Se Mimorin aceitava isso ou não, era uma decisão dela.

Da mesma forma, se Haruhiro aceitava ou não os sentimentos de Mimorin, isso era uma escolha dele, mas ele não podia mudar os sentimentos dela. Os sentimentos de Mimorin pertenciam apenas a ela.

— Não está errado — ele disse.

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