Capítulo 8 – Seu maior na vida.
Tradução: Tinky Winky
“Meu nome é Unjo”, disse o homem na mesma linguagem usada por Haruhiro e os outros.
Para sua surpresa, este homem, Sr. Unjo, explicou-lhes que “a noite chegou mil vezes” desde que ele se perdeu neste mundo.
Os dias ali tinham a mesma duração que os do outro mundo ou eram diferentes? Isso era incerto, mas se eles trabalhassem na suposição de que são iguais, mesmo dois mil dias seriam cinco anos e meio, e se fossem três mil, então o Sr. Unjo estava neste mundo há mais de oito anos. Ele havia sobrevivido todo esse tempo.
“É difícil de acreditar,” Unjo disse em uma voz rouca que parecia ter um tom irônico e risível. “Isso é o que eu estou vendo… humanos. Faz tanto tempo. Muito, muito tempo desde que esses olhos viram pela última vez um humano vivo. Eu não achava que veria humanos novamente. Mas agora olhando são alguns.»
Haruhiro entendeu as palavras que Unjo falou. No entanto, seu sotaque era estranho, e sua ordem de palavras pode ser estranha. Talvez ele não falasse a língua humana há muito tempo.
Assim que descobriu que o Sr. Unjo era humano, assim como eles, Ranta o encheu de perguntas sem fim. “Senpai, Senpai, Senpai, por favor, nos ensine! Você também era de Altana? Você era um soldado voluntário? Como você veio a este mundo? Sério, o que há de errado com este mundo?
“Altana…” O Sr. Unjo sussurrou para si mesmo, depois ficou em silêncio por um longo tempo.
Como Ranta continuou: “Sim, sim, Alneta! sim Ana! Não, Atana! Não, Altana! Cara, eu quero voltar para Altana! Para mim, Altana é a casa onde meu coração está, mas e você, Senpai? Se você pudesse voltar, você voltaria? Existe um caminho de volta? Se houvesse, você já o teria usado, certo? Não, mas, você sabe, se você tem uma pista ou algo assim, você pode nos dizer, ok? Que tal?”
Ranta apenas continuou divagando.
Sério, deixa pra lá, idiota, Haruhiro pensou, e tentou detê-lo, mas, como sempre, Ranta o repreendeu quando o fez.
“Eh?! Eu não estou falando com você, amigo! Estou perguntando ao nosso Senpai aqui! Cala a boca e vai dormir, idiota! Você tem olhos sonolentos, então vá dormir para sempre seu idiota! Além disso, espero que você fique careca e exploda também!”
“Um.” Haruhiro ignorou o pedaço de merda e abaixou a cabeça se desculpando para o Sr. Unjo. “Sinto muito. Nosso inútil pedaço de lixo deve incomodá-lo.”
“Você é o lixo! Haruhiroooo! Espero que você vá direto para o inferno!” Ranta gritou.
“Ele é comunicativo.” De repente, o Sr. Unjo estendeu a mão e agarrou Ranta pela cabeça.
“Nossa?!” Ranta congelou.
O lixo de Ranta estava usando o capacete para esconder o rosto, mas o Sr. Unjo agarrou sua cabeça, capacete e tudo. Ele não era tão alto quanto Kuzaku, mas suas mãos eram muito maiores.
Altana… Sr. Unjo sussurrou a palavra mais uma vez, empurrando com tanta força que era como se ele estivesse tentando esmagar Ranta. “Eu tinha me esquecido de Altana. Sim. Porque nunca poderei voltar.»
“Ai, ai, aaaa… PP-Por favor, me perdoe, Senpai…”
“Seu-!” Yume deu um passo à frente, engolindo em seco. “Deixa para lá! Ranta não quis ofender, ok, talvez sim, mas ele é um camarada de Yume e todo mundo…”
“Camarada…” Sr. Unjo pigarreou dolorosamente, então soltou Ranta. “Camaradas, hein. Esses eu não tenho. Nem.”
“Ahhh!” Ranta se virou e colocou alguma distância entre ele e o Sr. Unjo. “E-estou, e-estou vivo… certo? N-eu não estou morto, estou?”
“Infelizmente, não,” Mary disse sem emoção.
“Você veio até aqui?” Shihoru perguntou com a voz trêmula, segurando firmemente seu cajado. “S-Sozinho…?”
O Sr. Unjo não respondeu, levantando o lenço para cobrir a metade inferior do rosto. “Não posso voltar. Nem vocês. Este é um túmulo. Meu. E o de vocês.”
“A sério?” Kuzaku exalou levemente,
Haruhiro sentiu vontade de abaixar a cabeça, mas se forçou a continuar olhando para cima. Se ele olhasse para baixo agora, ele nunca se recuperaria. Ele tinha sido dominado por esse sentimento. Eu tinha que dizer alguma coisa. Menos para o Sr. Unjo e mais para o grupo em geral.
“Mas, Unjo-san, você ainda está vivo, certo?”
O Sr. Unjo virou-se para Haruhiro, levantando um pouco o chapéu trançado. Ele viu os olhos do Sr. Unjo.
Ele é humano, Haruhiro pensou mais uma vez. Este era um humano de boa-fé. Ele provavelmente era muito mais velho, literalmente seu superior, mas era humano, assim como eles. Ele tinha vivido sozinho neste mundo, sobrevivendo sozinho. Quão difícil deve ter sido?
Deve ter sido difícil. Deve ter sido solitário. Mas ainda assim, o Sr. Unjo estava vivo.
O Sr. Unjo podia não se sentir assim, mas era a prova viva de algo.
Este lugar não era um túmulo.
Poderia se tornar um algum dia, mas todos eles tinham que morrer algum dia. No momento em que uma pessoa morria, aquele lugar se tornava o local de sua morte. Mas esse momento ainda não havia chegado. Cabia a Haruhiro e os outros, mas se eles fizessem as coisas direito, eles poderiam sobreviver ali.
“É uma honra conhecê-lo”, disse Haruhiro. “Se você não se importa, eu gostaria de vê-lo novamente e aprender todos os tipos de coisas com você.”
“Ensinar. Mim.” Os ombros do Sr. Unjo tremeram de novo e de novo. “A todos vocês.”
“É porque não sabemos nada sobre este lugar”, Haruhiro disse a ele.
“Rio abaixo.” O Sr. Unjo apontou na direção em que o Rio Morno corria. “Eles estão ali. Os mortos. É uma cidade. ruínas. Eles não estão mortos, mas estão mortos.”
“…O que há ai?” Haruhiro perguntou.
“A cidade dos mortos. Permanece. Vocês são soldados voluntários.” Sr. Unjo virou as costas para Haruhiro e os outros. “É uma boa opção. Para vocês humanos…”
Haruhiro queria ir atrás do Sr. Unjo que estava saindo e perguntar mais duas ou três coisas. No entanto, ele não podia. As costas do Sr. Unjo claramente rejeitavam Haruhiro e os outros.
Me deixem em paz. Isso era o que ele parecia estar dizendo, e Haruhiro sentiu que era isso que eles deveriam fazer.
Esta reunião provavelmente teve tanto impacto sobre o Sr. Unjo quanto sobre eles. Não, considerando quanto tempo ele viveu sozinho, ele deve ter ficado ainda mais surpreso. Se sim, ele pode ter ficado incrivelmente confuso.
O Sr. Unjo entrou no prédio feito de pedras empilhadas. Havia luz vazando da janela, como sempre, então os moradores tinham que estar lá dentro. O Sr. Unjo pode estar familiarizado com eles.
“A cidade! Dos mortos!” Ranta ficou subitamente otimista, soltando uma risada brega e travessa. “Ninguém esperava isso! Não! É como eu previa! Nosso caminho foi revelado! Yahoo! Eu sou tão incrível!”
“Isso não tem sentido!” Yume cutucou Ranta. “Não teve nada a ver com você, Ranta! Foi tudo por causa de Kampyo-san!”
“Você quer dizer Unjo-san,” Haruhiro a corrigiu, suspirando. “A cidade dos mortos, hein…”
“… Parece assustador.” Shihoru abaixou a cabeça, abraçando a si mesma, incluindo seu cajado.
“Os mortos, hein…” Kuzaku estava olhando para o prédio de pedra.
“‘Eles não estão mortos’, disse ele.” Mary inclinou a cabeça em confusão. “Que quis dizer? Desde que ele os chamou de mortos, eu esperaria cadáveres que ainda estão se movendo por algum motivo, ou fantasmas de algum tipo.”
Quando Ranta foi a favor de fazer isso, Haruhiro quis recusar categoricamente, mas… Sr. Unjo os chamou de soldados voluntários. O passado do Sr. Unjo permaneceu um mistério, mas talvez ele realmente tenha sido um soldado voluntário em algum momento. O Sr. Unjo poderia estar cuidando de Haruhiro e dos outros como seus menores. Ele também disse que era uma boa opção para eles.
Era um lugar que era uma boa escolha para soldados voluntários.
A cidade dos mortos.
Isso fez Haruhiro pensar: eu não sei sobre isso. Mas por alguma razão, seu coração estava acelerado. Não porque pensava que seria divertido. Ele não era como Ranta. Ele estava apenas um pouco animado. Ele não podia negar isso.
Mesmo tendo chegado a este mundo sem sentido, sem como voltar para casa, e sem saber o que será de nós no dia seguinte, ainda somos soldados voluntários, pensou Haruhiro. Tornou-se uma segunda natureza para nós agora? Não, não gosto. Me dá um tempo. Ainda assim, mesmo quando Haruhiro pensou isso, ele tomou a decisão imediatamente.
“Vamos lá.”
Haruhiro não estava sozinho. Ranta também queria ir, é claro, mas Yume, Shihoru, Mary e Kuzaku também. Parecia que, no final, o modo de vida do soldado voluntário havia se infiltrado em seus ossos.
Alguns deles eram proativos, outros passivos. Cada um deles tinha suas próprias atitudes e tendências diferentes, mas todos chegaram à mesma conclusão. Na verdade, nenhum deles levantou uma objeção.
Cavar na lama nunca foi o melhor trabalho para eles como soldados voluntários. A cidade dos mortos. Por que não ir dar uma olhada nisso?
Haruhiro e os outros tomaram café da manhã e saíram da Vila do Poço. O lugar ficava a jusante do rio Morno, mas eles decidiram seguir o rio sem descer até o leito do rio. Havia uma fera perigosa vivendo lá que provavelmente se aproximaria deles silenciosamente e os atacaria. Eles não sabiam o que mais poderia estar lá, ou de onde poderia vir.
A princípio, a luz que queimava no cume distante tinha sido muito fraca, oferecendo pouca segurança. Quando o fogo que não era o sol se levantou, deixou de estar completamente escuro, mas não se tornou tão claro como o dia. A escuridão estava diminuindo um pouco, mas em algum momento eles já haviam se acostumado. Seu senso de profundidade no escuro parecia estar se tornando mais agudo. Não estava claro, mas também não parecia escuro para eles. A escuridão do meio-dia foi um pouco mais fácil para Haruhiro do que antes.
Ele sentiu que sua audição havia melhorado também. Ele tinha uma ideia clara das mudanças no ar e nos cheiros. Mesmo sem olhar, ele podia determinar as posições de seus companheiros, seus passos, e ter uma vaga noção de quão exaustos eles estavam.
Eventualmente, uma névoa rolou do Rio Morno, cobrindo toda a área.
“Khehe… Kehehe… Kehehehehehehe… Kehe…” Zodiaco, que não tinha dito nada desde que Ranta tinha invocado o demônio na Vila do poço, de repente começou a rir.
“O-O que foi isso, do nada? Zodíaco?” Ranta estava claramente com medo.
“Ehe… Nada… Ehehe… Realmente… Nada… Ehehehe…”
“Agora você me deixou realmente preocupado!”
“Keje… Não se preocupe… Ranta… Não é nada… Kejeje… Você não tem com o que se preocupar…”
“Não, é por isso, viu? Preocupa-me porque você diz as coisas de uma maneira que me preocupa. É um pouco assustador, você não poderia fazer isso? Está bem? Oi Zodíaco? Ei? Porque você está tão quieto? Me responda. Ei? Zodíaco?”
“Cala a boca também, Ranta.” Haruhiro estava tentando detectar qualquer presença na escuridão cheia de névoa à frente deles. “O Zodíaco está tentando nos dizer alguma coisa.”
“Sim, e ele estava tentando, não estava?” Ranta exigiu.
“Khehehe… Como se eu fosse te contar… Kehehehe…”
“Ouça Zodíaco!” Ranta gritou: “Você esqueceu qual de nós está no comando aqui? Eu, o cavaleiro das trevas, sou o mestre, e você é meu servo demônio, ok?
“De jeito nenhum…” Shihoru disse.
“É o contrário”, acrescentou Mary.
Yume interveio seriamente: “Talvez se você fosse quinhentos centésimos tão fofo quanto Zodiaco-kun.”
“Um lindo Ranta-kun, hein…” Kuzaku ponderou para si mesmo, então soltou um pequeno suspiro.
“Eiiii!” Ranta uivou. “Não diga o que você quer sobre mim!
Quando Haruhiro parou e levantou a mão, Ranta imediatamente fechou a boca.
Todos pararam e prenderam a respiração.
Agora que? Haruhiro não tinha certeza sobre isso. Por causa do nevoeiro, ele não sabia o que era, mas havia algo à frente. Ele sentiu que poderia ser um edifício.
Devem todos ir conferir juntos? Ou Haruhiro deveria ir sozinho? Como ladrão, era mais fácil ir sozinho de várias maneiras. Era mais fácil, sim, mas também aterrorizante.
“…Eu já volto,” Haruhiro disse, com seu medo o fazendo falar em um tom mais educado do que o normal.
“Tenha cuidado”, Mary disse a ele. “Não faça nada imprudente.”
Obrigado, pensou. De alguma forma, isso me dá forças para tentar. Além disso, sinto muito, Kuzaku.
Bem, não há motivo para se desculpar, tenho certeza. Mary está preocupada comigo como camarada. Isso é um fato. Mesmo que seja isso que tem que ser, isso me dá encorajamento. Onde está o problema nisso?
Haruhiro se afastou de seus companheiros, usando Sneaking para se mover em direção ao prédio aparente.
Existe algo mais do que eu em movimento? Não acredito. Pelo menos não por enquanto .
A direção da névoa, do ar e do vento havia mudado. Havia algum obstáculo bloqueando o vento e fazendo-o mudar de direção.
Haruhiro se aproximou. Ele veio à tona. O edifício.
Era um edifício feito de pedras empilhadas. Mas estava desmoronando. Podia ter a forma de uma caixa, mas restavam apenas cerca de dois terços.
Ele não viu um teto. Será que desmoronou? Era um prédio em ruínas.
Este não foi o único edifício em ruínas aqui. Houve outro. Não, ainda mais do que isso. Aqui, ali e em todo lugar. Havia muitos.
O Sr. Unjo havia mencionado as ruínas. Este era o lugar. A cidade dos mortos. Este era o seu destino. O que significava…
Que eles estavam aqui, ele tinha que aceitar. No lugar com os seres que lhes permaneciam desconhecidos, os mortos que não estavam mortos.
Haruhiro pressionou a palma da mão contra a parede externa do primeiro prédio em ruínas. Ele tentou empurrar. Não se moveu. Depois de tentar, ele encostou as costas na parede. Ele respirou fundo.
Primeiro, vou tentar contornar este edifício em ruínas. Se parece que posso entrar… devo tentar? Está bem? De qualquer forma, vou dar uma volta.
Ele olhou em volta, escutou atentamente e, quando circulou o prédio, procurando os mortos, encontrou uma abertura.
Uma entrada? Havia uma porta aqui?.
Metade de sua cabeça apareceu. Estava escuro demais para ver, mas havia algum tipo de detritos espalhados por toda parte. Não havia lugar para caminhar. Parecia perigoso entrar.
Agora, quanto aos mortos, eles não estão aqui, eu acho. Não há nenhum, certo?
Seguindo. No próximo prédio em ruínas. Haruhiro decidiu procurar no prédio mais próximo. Era um pouco maior que o anterior. Ele tinha metade do seu telhado também. Não havia porta na abertura que parecesse uma porta.
Eu tive um mau pressentimento. Não, não apenas um palpite. Havia sons. Eu podia ouvi-los.
Quais eram aqueles sons?
Quebra. Mastigar. Morder. Mastigar. Ah. Nngh. Crunch. Crunch. Engolir. Morder. Ofegar.
Eu tinha algumas idéias do que esses sons poderiam ser. Não ficarei feliz por estar correto, mas ainda assim tenho que verificar.
Uau, olá, Sr. Morto, ele cumprimentou silenciosamente em sua mente, tentando soar o mais alegre possível enquanto olhava ao redor do prédio pela abertura.
Houve. Ele havia encontrado um. Não muito longe. Era uma criatura humanóide com cauda, agachada e comendo alguma coisa.
Aquele era um dos mortos? Parecia surpreendentemente normal. Agora, o que o Sr. Morto estava fazendo?
Haruhiro estava interessado. Mas talvez fosse melhor recuar por enquanto? Haruhiro tentou usar sua cautela natural, mas por algum motivo o Sr. Morto se virou para ele, gemendo…
Eu fui visto?
Em um momento como esse, gritar e correr seria um plano ruim. Primeiro, você deve ver como ele reage. Haruhiro se certificou de que estava mental e fisicamente preparado para que pudesse reagir rapidamente se fosse atacado. Ei, não era certo que ele era seu inimigo, sabe? Poderia até ser amigável? Sim, pouco provável…
O morto pegou um objeto parecido com uma arma e se levantou. Como uma arma? Não, era uma arma. Com uma lâmina grossa e curva na mão, o morto começou a andar.
Veio. Para aqui. Com passos lentos. O morto usava algo parecido com cota de malha, com um protetor de ombro apenas no ombro direito, junto com manoplas e grevas. Ele estava usando um capacete, mas seu rosto não estava escondido.
Os olhos… o que eram aqueles olhos? Brancos. Eles não pareciam brilhar, mas ambos os olhos eram muito brancos. Sua grande boca estava molhada com um líquido viscoso e pegajoso.
Haruhiro olhou para a coisa deitada onde o morto estava agachado. Ele não estava surpreso. Isso não o abalou tanto. Ele estava certo. Isso foi tudo.
Aquela coisa parecia ser outra criatura. Ele provavelmente era de forma humanóide, mas ele deu a ela uma chance de oito ou nove em dez de que ele não estivesse mais vivo. Haruhiro não olhou por muito tempo, e ele não seria capaz de ver bem no escuro, mas ele particularmente não queria ver, então talvez ele estivesse bem com isso.
Oh, Sr. Morto, você estava comendo? Eu te aborreci?, Haruhiro pensou. Se ele o deixasse com um pedido de desculpas, ele não estaria disposto a aceitá-lo, mas o morto já estava ganhando velocidade. Não era hora de se desculpar.
Haruhiro rapidamente jogou a cabeça para trás, correndo para se esconder na sombra do prédio vizinho. Mesmo que ele fugisse, ele tinha que fazer isso silenciosamente, muito silenciosamente.
“Shaah!” O morto gritou.
Onde ele foi ?!, é isso que significava?
Haruhiro podia ouvir os passos do homem morto. Ele se moveu em sincronia com aqueles passos.
Talvez eu deva levá-lo de volta? Atraí-lo para os outros? Vale a pena tentar?
Esta era a cidade dos mortos. Se aquela coisa era um dos mortos, não estava necessariamente sozinho. Pode haver outros. Mas este foi o único que sentiu sua presença. Por agora.
Ele já havia encontrado Haruhiro e, como soldado voluntário, Haruhiro e seu grupo não tinham vindo aqui para passear e se divertir. Eles tinham um objetivo aqui, sim, caçar. Eles vieram para caçar os mortos, como soldados voluntários deveriam.
Os mortos com caudas.
Pode ser um bom teste de suas habilidades.
Haruhiro parou. O morto estava se aproximando. Ele apareceu na esquina.
Quando aqueles olhos brancos viram Haruhiro, sua boca se abriu. “Kah!”
Ele estava correndo em direção a ele.
Bom, Haruhiro pensou. venha.
Quanto a encontrar o lugar onde todos estavam esperando, tudo bem. Ele lembrou-se da direção e da distância aproximada. Ele não estragaria isso. Ele se virou naquela direção e correu. O inimigo era bastante rápido, mas se Haruhiro corresse a toda velocidade, ele nunca os alcançaria.
“Haru-kun?!” Ele ouviu a voz de Yume.
“Há um inimigo!” Haruhiro gritou. “Eu trago comigo!” Depois acrescentou: “Apenas um!”
“Deixe isso para nós!” Kuzaku respondeu.
Ali. Eu posso ver. Kuzaku estava saindo com seu escudo pronto.
“Conto com você!” Haruhiro correu em direção a Kuzaku.
Imediatamente depois que eles se cruzaram, Kuzaku usou Block contra a espada curva do morto, então o acertou com um Thrust. O morto continuou, indiferente. Kuzaku também não recuou. Eles colidiram.
” Leap Out!” Ranta rapidamente pulou para o lado do homem morto e balançou sua espada longa em um movimento de oito. “Seguido por Slice!“
O efeito da Espada relampâgo havia se esgotado e ela havia sido vendida para o ferreiro, então Ranta estava usando seu antigo padrão, Betrayer Mk. II. O morto se esquivou como se fosse para o chão, mas a espada de Ranta ainda o atingiu em algum lugar.
Ela não conseguiu passar. Ele usava cota de malha.
Quando o morto caiu e se levantou, Kuzaku se aproximou. “Toma isto!” Ele o atingiu com sua longa espada. Kuzaku pegou esta espada longa no Pântano dos Cadáveres e a consertou pelo ferreiro.
Ele bateu com força no capacete do morto que o morto gemeu: “Nguoh!” Mas ele não hesitou. Sem perder o ritmo, ele ergueu sua espada curvada e continuou o contra-ataque.
Agora, Kuzaku foi o único forçado a voltar. “Awww, porra! Estou tão fraco!”
“Não entre em pânico!” Haruhiro gritou para Kuzaku, olhando para as costas do morto.
Yume e Mary estavam de prontidão, defendendo Shihoru. Era apenas um inimigo, então a formação fazia sentido. Afinal, poderia haver reforços.
Se isso acontecesse, Haruhiro queria que Yume e Shihoru respondessem imediatamente. Mary tinha que proteger Shihoru como sua principal prioridade. Todos eles sabiam o que deveriam fazer.
“Eh…” Zodiaco-kun estava apenas flutuando. “Ranta… Você não é tão bom quanto pensa… Ehehe… Acabe com isso… Ehehehehe…”
“Eu não preciso que você me diga isso!” Ranta lançou uma estocada violenta no homem morto. Era Hatred, seguido por um combo de dois hits. Em seguida, cortes diagonais do canto superior esquerdo e do lado direito.
Ele cruzou a espada curvada do morto, e usou Reject. O cavaleiro das trevas era valioso quando não estava enfrentando diretamente seus inimigos. Onde um guerreiro cruzaria espadas com o inimigo, um cavaleiro das trevas não. Ele iria afastá-los em um instante, ou aparar o golpe.
Desta vez, Ranta habilmente o empurrou para trás. Então, ao mesmo tempo, ele deu um passo para trás. Embora ele estivesse recuando, ele o fez com uma velocidade incrível.
“Exhaust!”
O morto cambaleou um pouco, mas conseguiu se equilibrar. Ranta chutou o chão.
Desta vez, Ranta partiu para o ataque. Mais uma vez, a uma velocidade incrível.
“Toma isto! Leap Out! »
Ranta atacou diretamente ao homem morto. Com aquela velocidade, o morto não conseguiu se esquivar.
Betrayer Mk. II. Colidiu com o plexo solar do morto. Ele passou, ou talvez não. Ranta estava em posição de empurrar o morto para baixo. Mas em vez disso, ele imediatamente pulou para trás.
“Xingamento!”
“Haha!” O morto se levantou, brandindo sua espada curva. Ele parecia mais enérgico do que antes.
Kuzaku desviou a espada curvada com um tinido alto, então atacou o morto com um grito. O morto foi jogado no chão, mas mesmo assim se levantou.
“Shi! Hyahhhh!”
“Puxa, o que é isso?!” Yume gritou.
Sério, o que foi?
“Como essa coisa deveria estar morta?!” Ranta estalou a língua. “Ele me parece muito animado!”
Seus ataques não estavam funcionando, talvez? O morto tinha uma mancha preta na barriga. Betrayer Mk. II. Tinha perfurado sua cota de malha, ferindo o homem morto. Ele também levou um golpe na cabeça da espada longa de Kuzaku. Mas ainda estava bem.
Ele não estava com dor? Você não sentiu dor? Porque ele estava em um estado de frenesi? Ou era muito forte? De qualquer forma, provavelmente era melhor presumir que aquela coisa não tinha nenhuma sensação de dor.
Primeiro, eles tiveram que quebrar sua postura. Então eles tiveram que espancá-lo até que ele parasse de se mover.
Há muito tempo, Haruhiro e os outros faziam viagens regulares para a Cidade Velha de Damuro, caçando goblins que pareciam mais fracos do que eles. Essa estratégia de atacar um inimigo e pulverizá-lo lhes rendeu o apelido de Matadores de Goblins. Eles só tinham que fazer isso aqui.
Haruhiro, por acaso, estava atrás do morto. O morto estava tão distraído com Kuzaku e Ranta que provavelmente havia esquecido que Haruhiro existia.
Isso não foi uma coincidência. Haruhiro estava se esgueirando para ter certeza de que ele esqueceu.
Backstab? Spider? Não. Haruhiro escolheu outro movimento. Ele correu para frente, mantendo seus passos o mais silenciosos possível. Ele ainda não tinha notado.
Então, como se pensasse “tudo bem”, Haruhiro interveio com força. Ele executou um chute com salto. Ele chutou o morto nas costas com os dois pés.
“Fungoh!” O morto foi jogado para a frente.
“Agora!” Haruhiro gritou, mas Ranta já estava em movimento. Kuzaku não estava muito atrás dele. Haruhiro também se juntou.
Você não deve deixá-lo se levantar. Tire sua arma de suas mãos. Tire toda a resistência. Não pense em cortar, esfaquear ou qualquer coisa assim. Ignore o fato de que estamos usando espadas e punhos.
Dos três, Ranta era o mais acostumado com isso. Ele usou a ponta de sua espada para remover o capacete da coisa.
Esmague-o. A sua cabeça. Faça uma bagunça sangrenta e polpuda. Não se mova. Pare de lutar. Você está fazendo isso de novo? Você vai fazer isso de novo? Bem, não vai adiantar nada. Teremos que fazer isso.
Kuzaku pressionou seu escudo para baixo. “Ahhh!”
“Rrrrrrrrrrrrrrrrgh!” Ranta esfaqueou o Betrayer Mk. II no pescoço. Então, depois de torcê-lo e cortar seu pescoço com força bruta, ela finalmente parou de se mover.
Respirando fundo, Haruhiro deu um passo para trás, olhando ao redor da área. Ele viu Yume, Shihoru e Mary. Mary fez o sinal do hexagrama, fechou os olhos por um momento, depois assentiu. Isso aparentemente significava que tudo estava bem.
“Simmm” Ranta levantou o Betrayer Mk. II Eu me segurei muito, soltando um grito de vitória. Então, em um instante, ele pulou sobre o cadáver do homem morto. “Pegue, saque! Meu, meu, miiiio! Se você não tem nada, eu vou fazer você pagar por isso, morto inútil! Eu vou matar você seriamente!”
“…Vamos homem.” Haruhiro queria dizer alguma coisa, mas percebeu que realmente não tinha o direito de fazê-lo.
Ainda assim, a técnica com que Ranta perfurou a cota de malha foi mais do que impressionante. Haruhiro poderia até tê-la chamado de brilhante, mas ela não queria parabenizá-lo.
“Hum?” Ranta pegou algo entre os dedos. “Ei, ei, ei, ei, eeeeee?!”
Kuzaku levantou o visor, soltando um suspiro. “O que? Encontrou algo bom?
“Surpresa!” Ranta exibiu com orgulho. “Não é apenas alguma coisa!”
Sério, o coração de Haruhiro pulou uma batida.
Isso poderia ser amor, ele pensou. Se não é.
Havia mais de uma das coisas que Ranta tinha apertado em sua mão. Havia várias delas. Pretas e redondas…
“Uau…” A boca de Yume caiu aberta.
“…Ei?” Shihoru ainda estava meio duvidando do que viu.
“O que é?” Mary inclinou a cabeça.
“São moedas pretas, bobo! Óh, e…!” Neste momento, Ranta estava sorrindo mais do que nunca em sua vida. “São quatro! Rumas! Quatro delas! Obrigado!”
Haruhiro quase sorriu, mas parou. Antes de relaxar e comemorar, havia coisas a fazer primeiro. Se não se forçasse a pensar assim, perderia toda a tensão.
Ainda assim, quatro moedas pretas, hein?, pensou. Olhando para eles, são moedas de tamanho médio. São 4 rumas.
Haruhiro teve que se controlar.
Fique calmo. Acalme-se, disse a si mesmo. Devo usar métodos que forneçam certeza.
Eu não queria comemorar sem motivo. Ele não queria explodir suas esperanças e depois destruí-las. Ele teria que se dar bem com esse lado frágil de si mesmo e seguir em frente.
Fim do capítulo…
