Hunter Academy’s Battle God
Capítulo 90
YuSung caiu em um sono profundo, possivelmente devido ao uso excessivo das reservas físicas e mentais.
‘Que… horas são agora?’
Havia acabado de acordar, mas conseguiu recuperar um pouco de consciência, por isso que sabia que tinha alguém preparando comida do outro lado da porta fechada do seu quarto.
— Hmmhmhm~♪ Hmhmhm… hmhmm!
Alguém estava cantando bem baixinho. YuSung sorriu e saiu da cama.
‘Então… é a Sumire.’
Crik~
Ele abriu a porta do quarto. Sumire começou a gesticular.
— Ah…! V-você acordou?! Bem na hora. A-aposto que acordou por causa do tanto de barulho que fiz, não foi?
— Não, está tudo bem, gostei do som. E já tava na hora de me levantar, de qualquer jeito.
YuSung verificou a hora usando o Bolso; eram 9:10, bem depois da hora marcada.
‘Ainda… bem que contei minha senha para a Sumire.’
Depois de cuidar da higiene matinal básica, YuSung se sentou na cadeira. Em seguida, Sumire colocou um prato cheio de comida na mesa e tirou o avental.
Fatias grossas de bacon, fatias crocantes de torrada, uma xícara de leite quente e ovos fritos.
Sumire se sentou na frente do YuSung e o observou com uma expressão bem ansiosa no rosto.
— E… já que é café da manhã, preparei o que desce mais fácil!
Sua expressão mudou para nervosismo. Sumire só queria uma coisinha, apesar de ter passado a manhã trabalhando no fogão.
‘E-ele vai gostar do sabor?’
Tudo o que ela queria era que YuSung dissesse uma única frase: “uma delícia”.
Em meio à expectativa dela, YuSung esfaqueou uma fatia grossa de bacon com o garfo e mordeu. Só fez isso porque não estava acostumado a usar facas nas refeições, visto que cresceu na Montanha dos Espíritos Marciais.
— C-como está? — perguntou Sumire, esperando pelo YuSung. Era o momento angustiante da verdade para ela.
— Uma delícia.
Isso fez Sumire morder os lábios e conter as lágrimas.
Ser capaz de cozinhar para YuSung pela manhã era um dos momentos mais felizes da sua vida.
‘Isso é exatamente como…’
Por causa disso, seu interruptor de paranoia foi ligado.
‘uma lua… de mel?’
Uma risada saiu da boca da Sumire.
YuSung, depois de provar tudo — incluindo a torrada — olhou para Sumire, só então pensando em perguntar algo.
— E o seu café da manhã, Sumire?
— A-ah? Estava pensando em comer o meu depois de você terminar, YuSung…
Foi porque ela preparou a comida dele antes da dela. Sumire, obviamente, não queria perder a cena do YuSung comendo sua comida, porque ficaria muito ocupada cozinhando a sua própria.
— Não… está com fome?
Seu tom de voz era o mesmo de sempre, mas YuSung ficou realmente bastante preocupado com a outra garota.
— U-um… pouco? — Sumire ficou incrivelmente feliz em ver a consideração dele. — Ah, mas…! Só um pouquinho! Não o suficiente para você se preocupar, YuSung… Posso fazer mais agora, afinal!
Ela acabou respondendo de uma maneira confusa no calor do momento, apesar do fato de que realmente não estava faminta.
— Então, Sumire, por que não comemos juntos? Só preciso comer metade disso no café da manhã.
— Oi? Hã? Mas…
Ela gostava quando YuSung dava cada mordida na comida dela, mas o pedaço de bacon estendido na sua direção era uma história completamente diferente.
Dava para ver o manuseio brusco dele de faca nas bordas da carne.
— Aqui, Sumire.
YuSung sorriu sutilmente e estendeu o garfo para ela.
‘Sh-Shin YuSung… está me alimentando pessoalmente?’
Era algo que Sumire nunca poderia recusar. Sem pensar, abriu a boca.
Nham. Nhac Nhac~
Ela inclinou a cabeça depois de saborear o bacon. Não dava para ver a expressão dela, mas os ouvidos ficaram vermelhos brilhantes.
— E aí? Tá bom, né?
— S-sim, está delicioso…
— Quer leite e torrada, também?
YuSung estava inexpressivo quando olhou para a garota.
A própria Sumire já sabia que as ações dele não passavam de uma boa vontade simples. O pensamento a trouxe de volta à realidade, trazendo uma sensação estranha de imoralidade.
Mas, mesmo assim, decidiu ser um pouco mais egoísta.
— Yu-YuSung! En… então… Quero um p-pouco de torrada…
Por alguma razão, pediu um pedaço da própria comida, bem parecido com um pecador pedindo perdão. Ela nem mesmo se moveu para pegar a torrada, apesar de estar perto dela.
— Aqui. Afinal, o pão é mais delicioso quando se come quente.
No fim, YuSung facilmente pegou o pão e o entregou para Sumire. Ela mastigou a fatia de torrada com o rosto inundado numa felicidade inimaginável.
— E… tá… mu… to… go… toso…
Ela gostou tanto disso, que lágrimas de felicidade brotaram dos olhos. YuSung sentiu seu humor melhorar só de observar a garota.
Precisava de força até mesmo para proteger momentos preciosos como esse.
No festival do “Dia da Torre”…
O evento que a Turma F tinha preparado no auditório vazio não era outro senão uma casa mal-assombrada. O tema era um cemitério de mortos-vivos.
— Grr…
SiWoo ficou genuinamente impressionado com a visão do ghoul, enquanto se babava por todo o lugar.
— Vocês… trouxeram terra? E como vão limpar isso tudo depois?
Renia, que estava no comando da casa mal-assombrada, respondeu gritando com toda confiança.
— Ei! Pense no depois só depois! Nosso instrutor falou para tratar a prática como se fosse real, lembra?!
— Do que você está falando? Como um evento conta como prática?
Entre a agitação da multidão de estudantes, Sumire estava no canto do auditório, invocando mortos-vivos do anel.
— V-você, vá até lá… e assuste qualquer um que apareça daquele canto. Consegue fazer isso?
— Clack! Clack!
O esqueleto chacoalhou as mandíbulas energicamente sob o comando.
Sumire apertou o anel na mão e murmurou; em seguida, outro círculo mágico foi desenhado no chão, invocando um cavaleiro da morte vestido de armadura.
Flaaash~
— Glória a… minha mestra! Me dê uma ordem… por favor!
— Ah! C-Cavaleiro da Morte… pode ir para aquele canto…
— Então, devo cortar… as cabeças dos inimigos que… aparecem daquele canto! Sangue pela… minha mestra! Destruição para… o inimigo!
O cavaleiro da morte ergueu seu espadão no ar, mostrando uma pose agressiva de luta.
— Hieek! — Sumire, assustada, acenou freneticamente com as duas mãos. — N-não pode! Tudo o que precisa fazer é dar um susto neles!
— E-eu enten… di! Um medo mais aterrorizante… do que a morte para… o inimigo!
Parecia que o cavaleiro da morte tinha conseguido entender as intenções dela.
Sumire começou a invocar seu familiar, que estava descansando no Castelo dos Fantasmas. Logo, uma luz emitiu da mão direita dela.
Lampejo~
— Nhac. Nhac.
Lilith estava em uma posição bem relaxada e comendo batatas fritas, mas só durou um momento, pois deixou cair o saco de batatas fritas e se levantou rapidamente.
— Me-mestra?!
— Ah, f-foi mal! Estava ocupada?!
— Não, não! Eu não estava! Eu, Lili, farei qualquer coisa e irei a qualquer lugar em qualquer situação se for a vontade da minha mestra! Por favor, me dê uma ordem!
Lilith parecia estar bem vigorada por algum motivo! Parecia que ela foi invocada quando estava comendo batatas fritas.
— E… essa é a súcubo? Que tipo de monstro chefão de rank 5 come lanches humanos?
Naquele momento, SiWoo se cansou de buscar uma resposta para tudo; as invocações da Sumire desafiavam o senso comum. Apesar desse fato, a presença dela na casa mal-assombrada fez um tremendo sucesso.
— Kyaaaaa…
— Ack! Ele me pegou! O monstro me pegou!
— Não é um objeto de cenário! O-o cadáver está se movendo?!
— O esqueleto está falando comigo!
Dava para ouvir vários gritos em todo o local. Sumire ficou orgulhosa.
Renia era uma oportunista nata, satisfeita com o tema principal da atração. Ela se aproximou da Sumire.
— YuSung, sua ideia foi incrível! E, Sumire, suas habilidades com mortos-vivos também são incríveis!
— Oi? O-obrigada! Mas é só porque todos se esforçaram…
— Pare! Não precisa ser humilde em dias assim! Awnt, sua porquinha de ouro…!
Renia deu um abraço apertado na Sumire. YuSung sorriu sutilmente ao vê-las ficando próximas.
— Renia, como está indo o festival até agora?
— Já temos 300 clientes! E ainda é de manhã! Não falei que esta é uma das melhores ideias de todos os tempos?
De fato, a casa mal-assombrada construída pela Turma F foi um grande sucesso. Por outro lado, a da Turma D não passava de um deserto.
Os rumores sobre o local da Turma F não se espalharam apenas pelos alunos…
— Então, ouvi dizer que este lugar é popular?
— Professora So HaeJung. Que surpresa, eu não esperava ver a senhora aqui.
Instrutor Lin Xiao e Professora So HaeJung…
Parecia que a casa mal-assombrada também tinha chegado aos ouvidos do corpo docente.
— Ei, vocês! — Renia gritou com alegria: — Vamos continuar assim até o meio-dia! Mesmo com isso, já atingimos nossa cota! Muito mais do que suficiente!
Os alunos da Turma F comemoraram.
— Aêêê! Estamos livres!
— Porra, é isso aí! Tudo graças à Sumire!
— Não, foi graças à ideia do YuSung.
YuSung voltou o olhar para Sumire, que estava parada. Ele tinha gostado do festival, mesmo enquanto quebrava a cabeça com o problema da Shin HaYoon.
Ainda tinha muito tempo até as seis horas, quando prometeu se encontrar com a EunAh.
— Quer fazer alguma coisa no festival? — ele perguntou.
— Uh, eu? Bem, humm…
Sumire abriu a boca para responder.
— Quero muito…
Sua resposta foi surpreendentemente rápida.
Sumire provavelmente tinha decidido com antecedência o que queria fazer com o YuSung.
