Little Tyrant – Capítulo 72 – (PT-BR) - Anime Center BR

Little Tyrant – Capítulo 72 – (PT-BR)

Capítulo 72: Crianças Santas

Tradutor: qa1nn

pensamentos: m0NESY!!! (Sublinhados)

Itálico : Indicações do Sistema: ( +100 pontos de afeição) & outros sons / coisas que merecem ser destacadas de algum jeito

Roel nunca se preocupou em mostrar uma expressão feliz intencionalmente para Nora antes. Na verdade, ele estava mais do que feliz em evitar a princesa sempre que possível. No passado, Nora tinha atribuído isso a sua falta de carisma, mas agora que ela estava sendo protegida por ele nesse labirinto de desespero, ela percebeu que algo mais estava em jogo.

Ela podia sentir que não é que Roel não gostasse dela. O que ele não gostava era de estar aos seus pés. De certa forma, ele era uma pessoa bem obstinada, ou melhor, talvez seja mais preciso dizer que ele era orgulhoso. Mesmo a exaltada princesa da Teocracia, nem mesmo ela poderia esperar a subserviência dele.

Ainda assim, em momentos de perigo, ele era uma pessoa digna de confiar.

Nora sentiu que ela e Roel, lá no fundo, eram muito parecidos.

Justo, gentil e orgulhoso, eles não iriam se permitir desistir em nenhuma circunstâncias. Na verdade, Roel poderia ter feito escolhas bem diferentes essa noite, especialmente lá no estúdio de arte de Peter Kater. Não era apenas o caráter de Nora que estava sendo testado lá atrás.

De frente com um assassino mortal que possuía uma força aterrorizante e de longe superior, mesmo a poderosa Nora teve dificuldades em manter seu medo em cheque, quanto mais o fraco Roel. Ainda assim, ele teimosamente decidiu se manter fiel a sua natureza, o que deixou Nora extasiada de saber que não tinha escolhido o homem errado.

Isso não era mais só sobre seus desejos de pisoteá-lo e obter prazer com suas tendências sádicas. Seus sentimentos por Roel já estavam avançando em uma direção que nem mesmo ela conseguia ver o fim.

Era um sentimento caloroso, às vezes até um tanto quanto demais. Sua mente iria repentinamente queimar de tempos em tempos, mas isso não era uma doença. Ela percebeu que ela estava gradualmente perdendo o controle de dominá-lo, mas apesar de toda sua inteligência, ela se encontrou incapaz de fazer algo sobre isso.

De algum jeito, havia esse sentimento misterioso dentro dela de que enquanto os dois permanecessem juntos, eles seriam capazes de superar a crise atual. Tendo sido uma pessoa lógica por toda sua vida, ela estava um tanto perplexa do como essa noção inexplicável foi capaz de facilmente dominar seus pensamentos.

Os passos de Roel pararam repentinamente. Trazendo-a de volta à realidade, Nora levantou a cabeça e percebeu que as formas turvas de edifícios estavam aparecendo em sua frente.

Era um monastério.

Parecia ser bem humilde, sendo pequeno em tamanho e possuindo um design arquitetônico antigo. Ele era feito principalmente de pedra, apesar das maiorias de suas renovações consistiram em madeira que apesar de ser desconhecida não parecia ser cara.

Na porta principal estava um painel de madeira possuindo a insígnia da Igreja da Deusa Gênese. A lâmpada a óleo na entrada estava apagada, e o prédio inteiro parecia querer voar na menor brisa.

Nora começou a escanear o edifício cautelosamente, enquanto Roel franzia a testa.

“Qual é a desse monastério?”

No meio das sombras escuras e da onipresente neblina, esse edifício sinistro parecia ter saído do inferno. A atmosfera ao seu redor era tão assustadora que ela iria fazer com que qualquer humano que se aproximasse parasse.

Roel olhou os arredores e percebeu uma placa demarcando o local: Rua Locke 42.

“Parece ser um monastério menor,’ disse Nora enquanto dava um passo para frente, ficando ao lado de Roel.

Em contraste com a testa franzida do moreno, havia um sorriso satisfeito em seus lábios. Ela parecia pensar que esse monastério não era tão ruim.

A Igreja da Deusa Gênesis era incrivelmente grande, envolvendo toda a humanidade, com costumes que variavam bastante de país para país. Por conta disso, haviam muitas interpretações diferentes das doutrinas das igrejas também. Além dos princípios fundadores da religião, a igreja ainda era relativamente relaxada quanto aos outros assuntos.

No fim, era possível segmentar o clero da Igreja da Deusa Gênesis em dois tipos.

Um eram os ascéticos devotos que se mantinham nos monastérios. Eles viviam uma vida de abstinência, colocando todos seus esforços em decifrar os ensinamentos da igreja e iluminar as massas.

Os outros eram sacerdotes. À eles eram permitidos casamentos, e não havia quase nenhuma restrição quanto às suas ações. Contudo, se uma situação emergencial ocorresse, era esperado que eles respondessem obedientemente o chamado da igreja.

Essencialmente, o clero da igreja podia escolher entre viver independentemente por eles mesmos ou se tornarem subordinados pagos. Esse edifício na frente deles era um monastério para os ascéticos… para simplificar, era basicamente uma escola do fundamental.

Seu tamanho era bem pequeno, e o conhecimento que eles traziam era relativamente ralo. Os monges e freiras que viviam em tais lugares ensinavam aqueles que viviam na vizinhança como ganha-pão. Era uma boa opção de educação para aqueles na base da pirâmide societária.

“Esse design arquitetônico parece vir da era do Paulo III. Ele deve ter ao menos 300 anos de idade julgando pelo ano que nós estamos atualmente. É raro para um monastério pequeno como esse viver tanto tempo.”

As bochechas do herdeiro Ascart se mexeram um pouco após ouvir as palavras de aprovação da princesa. Era desnecessário dizer que a Jovem Senhorita Anjo, que era dos cargos mais altos na igreja, teria uma impressão positiva inerente das igrejas e monastérios da mesma afiliação, mas o mesmo não se aplicava a ele.

Ele podia sentir apenas arrepios de olhar para esse velho e moribundo edifício.

“Você sugere que nós entremos nesse monastério?”

“Uhun, eu acho que é um bom lugar para nos abrigarmos. A construção pode ser antiga, mas é firme. Não parece ter nenhuma marca de batalha, então não deve ter tido nenhum conflito na área. Eu acredito que será mais seguro aqui. Além disso, um monastério antigo como esse tende a não ter falta de ração. Nós devemos ser capazes de adquirir o que precisamos aqui.”

A análise detalhada de Nora do porquê entrar no monastério deixou Roel sem palavras para refutar. Ele respirou fundo antes de juntar sua coragem para seguir em frente.

“Siga-me.”

“Certo.”

Roel se aproximou com cuidado do monastério. Ele passou pelas lâmpadas a óleo, que estavam balançando assustadoramente com o vento, e escaneou seus arredores com a maior cautela. Então, ele levantou sua mão e tentou abrir as portas do edifício.

“Está trancado. Parece que ainda tem gente dentro.”

“Eu não acho que seja provável serem soldados, caso contrário teria algum sentinela de vigia no lado de fora.”

Depois de uma rápida conversa, o par deduziu que as pessoas dentro poderiam ser monges e freiras que estavam vivendo originalmente no monastério, e que o risco não era muito alto. Nora deu um passo à frente e colocou sua mão no meio das portas. Luz saiu de suas mãos para formar uma lâmina extremamente fina, e ela usou para cortas as amarras de madeira que trancavam as portas.

Bam!

As obras abriram-se por dentro.

“Ah! Vo-você…”

Antes que os dois pudessem entrar no monastério, um gritinho surpreso soou de trás da porta. Roel se virou para a origem do som, e ele viu um homem de meia idade de cabelos alaranjados vestidos nos robes de um monge. Ele parecia um pouco magro demais.

“Nã-não me mate…. Ah? Vocês dois… não são soldados?”

O monge, Klaude, estava ajoelhado no chão enquanto implorava por misericórdia, mas no meio de suas palavras, ele percebeu que as duas figuras que entravam pela porta eram menores e mais finas do que ele esperava. Eles não eram soldados, mas sim crianças!

Uma luz gentil dentro do recinto trouxe foco para as roupas elegantes que o par vestia. O lindo garoto de cabelos negros e olhos dourados carregava uma espada curta, e a garota de cabelos dourados e olhos cor-de-safira- carregava o ar da graça com fracas faíscas de luz ao seu redor.

A aparência do duo deixou Klaude estupefato por um momento. Seu corpo tremeu enquanto um pensamento surgiu em sua mente.

Espera um minuto. Essa cena me parece estranhamente familiar… Ela não é a mesma do mito das Crianças Santas.

Klaude não pôde evitar de se lembrar de um certo mural representando as Crianças Santas na igreja.

O mural contava uma lenda na qual, durante uma era em que o mundo estava repleto de dor e sofrimento, Sia despachou dois emissários para o mundo mortal para ouvir as dificuldades  da humanidade. Esses emissários eram um garoto e uma garota, eles eram lindos, sábios, e gentis. O casal partiu em uma jornada para ouvir as desgraças dos mortais e oferecer a eles a salvação.

Klaude olhou para o par de crianças bizarras em sua frente. E de repente, um olhar excitado apareceu em seu rosto, e em sua cabeça uma cor verde começou a brilhar… ou pelo menos, foi assim para Roel.

(Pontos de Afeição +100)

(Pontos de Afeição +100)

Para tornar a situação ainda mais aterrorizadora, Klaude até mesmo começou a louvar Sia, falando do quão benevolente a grande Sia era por enviar as Crianças Santas ao mundo e todo o tipo de besteira incompreensível.

Suas ações histéricas deixaram o par sem reação alguma.

“Não, por favor, espera um minuto…”

Levou um bom tempo e esforço para que as duas crianças conseguissem explicar sua situação e colocar um fim na histeria de Klaude. O monge depois de ouvir a explicação, pareceu aceitar a história, mas na verdade, a reverência que ele carregava para com os dois continua inabalada.

A razão por trás disso era porque ele percebeu a evidência que provava que essas duas crianças não eram mortais ordinários–a espada curta que o menino carregava!

Enquanto o garoto escondeu bem, Klaude ainda foi capaz de discernir a identidade verdadeira da espada que ele carregava. Era uma das armas sagradas que ele teve a honra de ver dez anos atrás, quando a igreja deu um grande sermão para todo o clero da Capital Sagrada.

E a garota era ainda mais formidável. Enquanto Klaude era um mortal impotente, ele ainda foi capaz de perceber a luz divina que envelopou a garota no momento que ela abriu a porta. Tal controle de mana adepto só podia ser alcançado por um transcendente que possuía um Atributo de Origem, o que significava que ela tinha que estar no mínimo no Nível de Origem 5. Além de tudo isso, a pureza de sua luz era ainda maior do que os alto-sacerdotes que ele conhecia.

Tais poderes exuberantes em meras crianças que não podiam ter mais do que dez anos?

Heh, uma arma sagrada e poderes transcendentes superiores, e vocês ainda clamam ser apenas crianças nobres ordinárias? Sim sim, é claro que sim.

(Pontos de Afeição +100!)

Klaude acenou quietamente para tudo que o casal em sua frente dizia, mas no fundo, ele estava se sentindo muito bem 

O’ grande Sia, vossa graça ilumina meu ser!

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