Midas empurrou as pessoas para fora do caminho. Pensavam que ele estava indo à casa de leilões, mas o alvo dele era Zich, presente em um terraço, não o prédio.
“Vai sumir em breve, então devo degustar da visão com cuidado. É, adeus, maravilha!” Tirou uma barra de ouro da sua caixa mágica. Era a que ele recebera de Midas. “Como brilha!”
Midas sentiu a barra de ouro aparecer de repente perto dele. Ele parou de se mover e levantou a cabeça para olhar para o terraço. Zich claramente entrou em sua vista, acenando para ele enquanto tomava uma bebida.
O pedaço ambulante de ouro de Midas se alongou e atingiu o terraço. Trilhos de pedra desmoronara, e o ataque fez um grande amassado na moldura da janela. No entanto, não conseguiu atingir seu objetivo. Zich se moveu e agora estava sentado do outro lad. Como se ele estivesse exagerando o quão bem ele estava indo, pegou a garrafa de álcool de seus lábios e arrotou.
A peça de ouro começou a se mover novamente. Com seu corpo alongado, ele tentou envolver Zich — em vez de cercar a garganta de Zich, parecia que estava tentando espremer todo o seu corpo. Mas como se alguém o puxasse por trás, Zich se moveu naturalmente e escapou da peça de ouro novamente.
Ele se levantou e abriu a metade restante da porta do terraço. Então, acenou. Pedaços de ouro se aproximaram outra vez, entretanto, ele não estava mais no terraço, mas sim dentro do prédio. Logo, a perseguição voltou.
A perseguição de gato e rato continuou. Midas perseguiu Zich enquanto esmagava tudo ao seu redor. No entanto, se manteve na falha, destruindo mais e mais o local.
“Ainda não é muito.” pensou, evitando a lança de ouro que vinha em sua direção.
Midas só foi capaz de controlar uma quantidade de ouro do tamanho de uma carruagem e não tinha o poder destrutivo que possuía nos dias de pré-regressão de Zich. Quando Midas era chamado de — Áureo Castelo —, as pessoas costumavam dizer que um punho dourado que se estendesse de seu castelo poderia destruir uma aldeia sem deixar vestígios.
“Mas, bem, é o suficiente para destruir a casa de leilões.”
O ouro escorria como chuva e fazia buracos no chão. Depois que o chão tremeu em seu estado desgastado, ele finalmente desmoronou.
— Ah, que desperdício — disse Zich, enquanto o mármore reluzente se transformava em pó e se espalhava — Mesmo que você saiba como fazer ouro, você não está desperdiçando muito?
Enquanto falava, os ataques de Midas continuaram. As paredes e tetos quebraram e decorações caras se tornaram pilhas de lixo. Ainda assim, não acertaram o alvo.
“Deixe-me ver…” Observou os arredores, procurando o lugar de onde veio. Era um espaço bastante amplo apoiado por pilares grossos. “Devo quebrar isso aqui?”
Ele correu e se escondeu atrás de um dos pilares, deixando a cabeça saindo ligeiramente. Seus movimentos leves por si só foram suficientes para despertar a raiva de Midas. Ele gritou:
— Por que você está ficando tão bravo? Você também não queria que eu colocasse meu item em leilão?
Pedaços de ouro voaram e esmagaram os pilares grossos. Zich penetrou através da nuvem dispersa de poeira e pedra e se escondeu atrás de outro pilar.
— Não foi você quem me ajudou a colocar esse item à força para o mercado negro quando ele nem seria aceito em um leilão normal? Não pense que foi enganado. É mesmo verdade que o que conseguiu foi a Lágrima da Terra, afinal, é o nome que dei à pedra. Se pensar em todos os problemas que a minha companheira passou para fazer isso, não teria por que ficar tão bravo… Ah, agora que penso nisso, ela não teve tanto trabalho para conseguir.
Os pilares foram destruídos um a um. A casa de leilões era um edifício gigantesco, feito completamente de pedra. Assim, seu peso era inimaginável. Então, se os pilares que o sustentavam se romperem…
Craaaaaash!
… Significava que “pura destruição” ocorreria. Todo o prédio não desabou, pois eram apenas alguns pilares, mas o topo da casa de leilões, que era o símbolo de Tungel, desabou. Zich não planejava terminar o assunto apenas com isso, no entanto.
As pilhas de rocha que se formaram a partir da destruição do edifício explodiram. Zich saiu enquanto segurava seu Windur.
Midas penetrou pelos restos mortais do prédio, e o ouro que envolvia seu corpo afastou as peças de pedra circundantes. Ambos se confrontaram. Windur exalava um espírito agudo, enquanto o ouro procurava por aberturas.
Então, Zich se virou e corre. Por ter erguido a espada como se fosse lutar, Midas congelou em choque por um momento. No momento seguinte, gritou: “vou te matar!” ao perceber que foi enganado.
A destruição não acabou.
Zich havia compreendido os poderes de Midas na luta; usou o conhecimento para escapar e fazê-lo destruir o resto da casa de leilões. Contudo, não deixou todo o trabalho para ele.
— Ah, erro meu!
Os movimentos dele com a Windur eram incrivelmente lentos e estranhos. Havia uma quantidade considerável de mana imbuída no ataque, porém era desleixado. Como esperado, foi evitado sem dificuldades, acertando um pilar ao lado.
O prédio começou a desmoronar ainda mais. O teto caiu e uma parte da parede também, jogando destroços por toda parte. Zich logo recuou e fugiu em direção à lateral da casa que ainda estava intacta.
“Merda, ele destruiu também.”
Zich suspirou, a voz estranha. Parecia um estudante de teatro que tinha acabado de começar as aulas. Em outras palavras, a atuação superconstrangedora dele era proposital para humilhar o oponente atual.
“Eu não queria fazer isso.”
Whish!
Ele ergueu a Windur mais uma vez. Como da última, se moveu com desajeito e acertou outro pilar.
“O inimigo está na minha frente!”
Whosh!
— É tão assustador!
— Oh, não! Alguém me salve!
A partir de certo ponto, ele começou a destruir o lugar ainda mais do que Midas. O prédio começou a desmoronar em um ritmo mais rápido. Por outro lado, os olhos de Midas estavam cheios de sede de sangue, e ele não conseguia pensar em nada além de atacar.
Zich pisou nas pedras colapsadas e observou os arredores.
— Hmmm, todo o lugar foi mais ou menos destruído.
Ele fez um trabalho tão bom liderando a luta que a casa estava destruída por completo. Manteve apenas a forma mais básica e mal pôde ficar de pé.
“Devo parar por enquanto? Mais já não seria exagero?”
Quão generoso e mole o coração dele era para pensar em tais pensamentos. Estava realmente se tornando uma pessoa gentil?
“Maldito louco, pare de brincar.” Se insultou, rindo.
Ele ouviu um som alto por trás; de imediato, balançou a Windur e se virou. Midas havia atirado um pedaço de ouro, e o último havia cortado. O ouro cortado saiu voando e depois parou, dando origem a torrões esticados se movendo após perderem parte de si mesmos.
O ouro que havia sido cortado se transformou em líquido e rastejou de volta para Midas. Logo se fundiu ao corpo principal.
— Sua habilidade é bastante útil — falou, sincero.
Ele achava útil de verdade uma habilidade que fizesse ouro e permitisse que o usuário controlasse por inteiro uma parte do ouro feito. Os guarda, que eram experientes no campo, também foram aniquilados pela habilidade.
— Desgraçado! — gritou Midas, espalhando o mineiro por toda parte.
Zich já havia destruído a casa de leilões o quanto queria, então não sentia mais a necessidade de continuar a atuação estranha e desajeitada enquanto fugia. “Eu também preciso pegar a ‘Lágrima do Lago’ dele.”
Os pilares de ouro saltaram da lâmina dele. Midas parecia ter aumentado a durabilidade, já que o ouro havia parado de ser dividido quando atingido. Ainda sem efeitos em Zich, todavia.
Zich parou de se mover por um tempo. Como se para se preparar para outro ataque, voltou para o lado de Midas.
“Eu deveria acabar com isso.” pensou. “O plano está quase terminado. Foi muito divertido, ao menos.” Para expressar o agradecimento, infundiu mana na Windur para dar uma morte limpa ao homem.
— Maldito… Como pensei, você estava trabalhando com aqueles caras — murmurou Wips — Porra! Acharam que eu ia roubá-los?!
“Que diabos esse cara está dizendo?” Zich inclinou a cabeça, confuso.
— Se não estavam trabalhando juntos, como poderia conhecer minha habilidade tão bem?! Não admira que tenha sido estranho! Você deu uma habilidade perfeita a um estranho! Eu deveria saber desde o início!
Por “habilidade perfeita”, ele devia estar falando da alquimia. Zich sorriu.
— É, sim, uma habilidade perfeita.
Nem o ainda imaturo Midas ou o Áureo Castelo, no auge, jamais estiveram acima de Zich em questão de poder. Mas dizia que a sua habilidade era perfeita com tanta confiança que fez Zich bufar.
— Eu nunca deveria ter acreditado em vocês! Eu sou o estúpido por acreditar em pessoas que usavam mantos e escondiam as habilidades!
“Esse cara também foi criado por aquela galera? Bicho, é todo mundo, mesmo?”
— Mas acham que tudo vai correr de acordo com seus planos?! Eu vou matar vocês usando todos os meios possíveis! E também vou encontrar os caras que me enganaram e matá-los! Eu vou matar todos na sua organização!
— Ah, isso é impossível. Quem vai matar eles não vai ser você, mas sim eu. Você vai morrer aqui. — Fixou o aperto na Windur.
— Você, você…! — Com olhos vermelhos, olhou para Zich — Morraaaaaaa!
O ouro se mexeu de novo. Zich, que olhava friamente para o inimigo, também brandiu a espada.