Capítulo 248
De volta ao lar (1)
Hwang Chae-il estava monitorando a guerra através dos monitores. Ele gritou: — Não podemos perder a barreira!
A barreira sobre o Éden era crucial. Sem ela, o mundo poderia ver o interior do Éden e, ainda mais importante…
— A energia dentro do Éden começou a explodir! — Hwang Chae-il gritou, olhando para as várias cores dançando nas telas.
O Éden estava saturado de Morte e Vida. Essas energias ficariam loucas sem a barreira, e…
‘Os jogadores serão colocados em perigo. Pior ainda…’ Hwang Chae-il entrou em pânico. O maior problema eram os não-jogadores que moravam perto da área. Os jogadores aqui pelo menos tinham alguma imunidade, mas os cidadãos comuns próximos estavam indefesos. A maioria se mudou para longe da região do rio Bukhan, mas a energia dentro do Éden era imensa.
No pior cenário…
As mãos de Hwang Chae-il se moveram rapidamente enquanto ele murmurava: — Muitos morrerão.
Crepita.
O foco intenso fez as chamas arderem com mais intensidade. A dor o fez franzir a testa, mas ele se recusou a parar de trabalhar.
— Ah, isso pode funcionar! — Hwang Chae-il exclamou depois de encontrar uma maneira de recuperar a barreira do Éden.
Mas em troca…
— Vamos perder a vantagem de estar em casa… — O rosto de Hwang Chae-il ficou sombrio. Se ele restaurasse a barreira, seus aliados perderiam o buff e os inimigos o debuff.
Eles estavam prestes a enfrentar os três reis do inferno, então isso não poderia ter acontecido em um momento pior.
Hwang Chae-il perguntou através do canal de comunicação aberto: — Tudo bem fazer isso?
Após um breve silêncio, ele ouviu a resposta de El.
– Vá em frente.
Hwang Chae-il assentiu. Isso tornaria as coisas mais difíceis para eles, mas pelo menos salvariam os não-jogadores inocentes.
Hwang Chae-il estava prestes a ordenar a restauração da barreira quando, de repente, viu algo estranho.
— …!
***
— Como Belphegor está vivo?! — Lou se perguntou.
Depois que Hwang Chae-il anunciou que restauraria a barreira do Éden, os soldados do Éden observaram silenciosamente a situação. A identidade de dois dos três reis infernais finalmente foi revelada.
Para surpresa deles, ambos eram Belphegor.
— Como pode haver dois deles?! — O rosto de Lou ficou tenso.
Os dois Belphegors pareciam exatamente iguais e emanavam energias idênticas. Lou tentou ao máximo entender a estranha situação.
— Eles o clonaram? Mas isso não faz sentido… Clonar um rei do inferno? — Não importa o quanto ele tentasse, Lou simplesmente não conseguia aceitar o que estava bem diante de seus olhos.
Era chocante o suficiente que Belphegor tivesse voltado dos mortos. Mas, agora, havia duas cópias dele.
— Acorda! O como ou o porquê não importa. O importante é que você precisa matá-los! Eles ainda estão cobertos por chamas negras, então esta é sua única chance! — Soo-Jung gritou, pálida por ter usado muito de seu poder.
— Certo. — Lou concordou com a cabeça e observou os três reis infernais se transformarem em gigantes. Leviatã assumiu sua forma de dragão de água, mas os dois Belphegors acabaram ampliando suas formas originais.
— Lou! Precisamos detê-los! — El deu um passo à frente; ela era a única ainda calma. Soo-Jung estava exausta demais para fazer outra coisa senão manter as chamas negras.
El ordenou calmamente: — O resto de vocês tem que nos ajudar também! Os esqueletos e os grifos irão resgatar os jogadores, pois apenas estar aqui pode matá-los.
Os aliados gradualmente recuperaram a calma também.
Se virando para Lim Hye-Sook, El pediu: — Por favor, acorde Yoo-Bin!
Lim Hye-Sook assentiu. Yoo-Bin ainda não conseguia controlar completamente seu poder, mas seria um grande trunfo nesta batalha.
— A barreira está voltando ao normal. — El olhou para o céu. De fato, a barreira estava lentamente reaparecendo.
— Vai ser uma luta difícil. — As energias que uma vez enchiam o Éden desapareceram quando a barreira voltou. Isso também significava que seus oponentes não seriam mais suprimidos dentro do Éden. Eles haviam trocado suas vantagens por essa barreira.
— Isto é para o nosso mestre. — El abriu suas asas brancas como a neve.
Whoosh.
Era difícil imaginar que a corrupção já as tivesse tornado negras, pois não poderiam ser mais puras no momento.
El voou e gritou: — Vou pegar um Belphegor! Lou, vá derrotar Leviatã. Yoo-Bin e Baal, por favor, cuidem do outro Belphegor! Botis, Hal e o resto, vocês…!
Botis respondeu: — Vamos cuidar do resto dos demônios e criaturas desconhecidas.
El assentiu e olhou para frente. A essa altura, os dois Belphegors haviam completado sua transformação. As chamas negras de Lúcifer os cobriram e todos os inimigos no campo.
— Kwerrrrk! — Os dois Belphegors rugiram como bestas irracionais.
Decidindo sobre um deles, El murmurou: — Luminosidade.
Um halo brilhante floresceu atrás de El.
Boom!
Esta luz cegou a todos. A batalha estava em sua fase final.
***
— O…ppa… — Seus ouvidos estavam zumbindo, mas ele ainda podia ouvir uma voz através do barulho.
‘Eu…’
Ele se lembrou de estar em…
— Oppa! — Desta vez, ele ouviu a voz alta e clara.
Ele se lembrava de estar dentro do helicóptero e filmar Éden do céu. Então, de repente, a barreira desapareceu e alguma energia estranha criou um vendaval forte o suficiente para derrubar o helicóptero.
— Min-Hee! — ele gritou, lentamente recuperando sua consciência. Quando o helicóptero caiu, ele usou tudo o que tinha para proteger Kim Min-Hee. Graças à sua experiência como tanker, ele tinha certeza de que havia conseguido protegê-la.
— Ugh…! — Ele finalmente sentiu a dor horrível.
Com o rosto coberto de sujeira, Kim Min-Hee gritou: — Oppa! Oppa! Você está bem?!
‘Meu braço…’ Tudo o que ele podia sentir era dor e nada mais. Finalmente, ele viu Kim com os olhos marejados olhando para ele.
— Oppa, seu braço…
— Está… está tudo bem — respondeu ele, percebendo que seu braço havia sumido. Ele não estava bem, mas era tudo o que podia dizer.
— Hng…
Ele ouviu Kim Min-Hee chorar e percebeu que precisava ser forte agora. O helicóptero havia sumido, então agora ele tinha que avaliar a situação. Usando seus instintos de jogador, ele tentou descobrir seu próximo passo.
‘Onde estamos…?’ Ele olhou em volta para ver se havia algum inimigo por perto. O Éden havia se tornado um portal e os jogadores entraram para fechá-lo. Isso significava que eles estavam em uma zona de guerra ativa.
Havia uma chance de eles sobreviverem à estranha energia aqui, mas…
— Oppa… — Kim Min-Hee soluçou.
Quando ele olhou para cima, ele viu seu rosto pálido.
‘A magia aqui é volátil’, ele pensou em pânico. Como ele nunca foi um grande jogador, não conseguiria proteger Kim Min-Hee desse tipo de energia. E perder um braço também não estava o ajudando.
— Ugh — ele gemeu de dor enquanto avaliava seus arredores. Ele podia ver uma grande quantidade de fumaça e fogo ao longe.
‘Deve ser onde o helicóptero caiu…’ Teria sido ótimo se ele pudesse salvar o piloto também, mas já era um milagre ele ter salvado Kim Min-Hee. E isso lhe custou um braço.
— Oppa… eu não consigo respirar — Kim Min-Hee sussurrou enquanto ofegava por ar.
Boom!
Só então, ele ouviu uma explosão alta de longe. Este tinha que ser o maior furo de reportagem de sua vida, mas ele não conseguia ver sua câmera em lugar nenhum. Além disso, Kim Min-Hee estava ficando azul.
— Tente não respirar muito! — ele pediu. Em circunstâncias normais, inspirar e expirar profundamente seria a coisa certa. Mas Kim Min-Hee era uma não-jogadora. Se ela respirasse muito dessa energia, poderia morrer.
Ele segurou a mão de Kim Min-Hee usando seu único braço e se desculpou: — Sinto muito.
Ele estava em agonia, mas precisava se desculpar com ela. Afinal, Kim Min-Hee foi uma vítima. Sua ambição por uma reportagem exclusiva criou esse desastre.
— Tudo bem…! — Kim Min-Hee enxugou as lágrimas e sussurrou: — Oppa, você tem que viver… Você precisa viver e…
Seu rosto pálido estava agora quase branco. Arrastando seu corpo para mais perto, ele abraçou Kim Min-Hee com força.
Eles iriam morrer aqui? As explosões de longe foram seguidas por rajadas de energia que avançavam em direção a eles. Já era bastante difícil para ele apenas se manter vivo, mas agora estava ficando sonolento. Ele percebeu que provavelmente havia perdido muito sangue. Ele trouxe algumas poções de cura, mas não tinha ideia de onde elas estavam agora.
Mas ele estava pelo menos feliz por uma coisa.
— Min-Hee.
— Oppa?
Ele se consolou por pelo menos ter passado seus últimos momentos com Kim Min-Hee. Ele se desculpou com ela, mas estava feliz por ela estar aqui com ele.
Ele fechou os olhos.
— Oppa… — A voz de Kim Min-Hee soou mais fraca também.
Então, de repente, ele sentiu uma presença ao lado deles.
— Isto é seu? — o estranho perguntou.
— Haa! Haa! — A magia opressiva desapareceu e ele podia respirar muito melhor agora. Ele rapidamente checou Kim Min-Hee. Ela estava inconsciente, mas seu rosto estava recuperando a cor rapidamente. O estranho estava aparentemente bloqueando a magia para ajudar Kim Min-Hee.
O cinegrafista olhou para cima para ver o estranho segurando sua câmera levemente danificada.
— Acho que também protegi minha câmera muito bem. — Ele percebeu que também havia salvado inconscientemente seu equipamento.
— Hm? — De repente, ele engasgou, descobrindo quem estava segurando sua câmera.
— Tao Chen?
— Hmm… Como você chegou aqui? — Tao Chen, codinome Barba Bonita, murmurou. Ele era um chinês de alto rank mundialmente famoso.
O cinegrafista perguntou: — Por que você está aqui…?
— Você deve ser um repórter… — Tao Chen ignorou a pergunta e perguntou: —Gostaria do maior furo da sua vida? — Ele apontou para o lugar distante onde todas as explosões estavam ocorrendo.
***
Gi-Gyu estava parado para se concentrar.
— Os Egos estão instáveis — ele murmurou. Isso sugeria que algo havia acontecido no Éden. A frágil sincronia que o conectava a todos estremeceu um pouco. Ele quase podia ouvir seus gritos.
Ele gradualmente aumentou sua concentração.
À medida que seus sentidos se centraram, as informações sobre a situação do Éden entraram em seu cérebro por meio de sua conexão com seus Egos.
Gi-Gyu abriu os olhos. Ele havia descoberto tudo o que precisava saber em uma fração de segundo. Enquanto ele estava fora, parecia que seus Egos haviam se tornado muito mais poderosos. Gi-Gyu também descobriu sobre a guerra em andamento dentro do Éden.
Mas a notícia mais séria era…
— Existem dois Belphegors? — Gi-Gyu não conseguia entender. Por ter recebido a maça de Belphegor como recompensa da Torre, ele assumiu que Belphegor estava morto.
Então, como poderia haver dois deles agora?
Quando a calma entrou em seus olhos, ele reconheceu que o “como” não importava. Ele deveria estar mais preocupado com a instabilidade de seus Egos. Eden estava sob ataque e precisava dele.
-Mestre!-
Finalmente Brunheart acordou.
— Brunheart, abra o portal — ordenou Gi-Gyu.
-Hng… Não temos nem tempo de trocar ‘ois’? Tudo bem!-
Brunheart abriu o portal azul brilhante bem na frente de Gi-Gyu.