Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 17 – Volume 16 - Anime Center BR

Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 17 – Volume 16

Capítulo 17

Xeque-mate.

Haruhiro deixou sozinho o alojamento dos soldados voluntários para voltar à praça. Ele pretendia voltar para seus companheiros, mas antes que pudesse alcançá-los, foi descoberto e parado por Neal.

— Onde você foi?

— Fui no banheiro.

— Você demorou.

— Estou com dor de estômago.

— Você comeu algo que não gostou?

Neal estava sendo abertamente sarcástico enquanto o questionava. Haruhiro franziu a testa e esfregou a barriga.

— É… Quase todos os dias, sabe?

— Como diz.

Neal riu e deu um tapinha no ombro de Haruhiro. Ele desejou que o cara não o tocasse tão casualmente. Mas ele poderia suportar. Foi fácil.

— Tanto faz, eu vou voltar.

— Claro.

Neal não o seguiu. Não, isso não era inteiramente verdade. Embora ele não tenha ficado perto de Haruhiro, ele o seguiu à distância. Quando Haruhiro se virou e encontrou seus olhos, Neal levantou as mãos. Ele nem estava tentando esconder que o estava observando. Nada havia realmente mudado desde antes.

Kuzaku e o resto do grupo se moveram para a beira da praça.

— Então alguns soldados bêbados tentaram mexer com Setora-san e Mary-san, Kuzaku disse a ela, parecendo indignado. Fiquei chateado com eles. Mas obviamente eu me contive.

— Scum… Mary parecia mais desanimada do que zangada, enquanto Setora parecia completamente imperturbável.

— E bem? Setora perguntou.

— Sim… Haruhiro olhou para cada um de seus companheiros. Quero que todos me ouçam como se estivessem ouvindo a história mais chata de todas.

— O que isto quer dizer? Agora você me deixou muito interessado, infelizmente! Kuzaku foi interrompido por um golpe na mandíbula de Setora e fez beicinho triste. Eu não entendo o que você quer dizer. Eu não sou tão burro. Eu estava apenas brincando.

— Fale conosco como se estivesse dizendo o tipo de anti-humor inútil que Kuzaku costuma jorrar, Haruhiro.

— … Eu entendo.

Haruhiro revelou o plano com a mesma cadência que Kuzaku usaria ao contar uma piada da qual ninguém iria rir. Mary lutou para esconder como isso a afetou quando o nome de Yume surgiu. O resto do grupo, no entanto, ouviu como faria quando alguém contasse uma piada sem graça.

— Não é uma questão de fazer ou não fazer, disse Setora, com um suspiro que dizia que ela não queria mais nada com o absurdo que ele acabara de vomitar. É se terminaremos as coisas aqui ou não.

— Eu concordo, Mary concordou.

— Sim, disse Kuzaku, parecendo ainda mais bobo.

Kiichi soltou um miado curto e suave.

À distância, eles ouviram homens exultantes em Jin Mogis.

— Jin Mogis!

— Exército da Fronteira!

— Não somos mais a Força Expedicionária!

— Exército da Fronteira! Exército da Fronteira!

— Pelo Comandante Mogis!

— Mo-gis!

Os soldados bêbados entoavam seu nome.

— Mo-gis!

— Mo-gis!

— Mo-gis!

As vozes se espalharam como uma onda pela praça.

Mogis caminhava em um ritmo vagaroso, os mantos negros a reboque.

No momento, havia apenas um manto negro perto do portão principal da Torre Tenboro. Ele também estava olhando na direção de Mogis.

Neal e o batedor que trabalhava com ele observavam Haruhiro e o resto do grupo, como sempre.

Fingindo olhar para Mogis como se estivesse atordoado, Haruhiro pensou: Eles estão lá dentro.

Ranta e Yume se infiltraram na Torre Tenboro. Tudo de acordo com o plano. Se não houvesse confusão até agora, eles conseguiram passar sem serem detectados pelos mantos negros.

Mogis se dirigia para uma mesa especialmente preparada para ele em frente à porta de entrada. No entanto, parecia que ele não tinha intenção de se sentar ali. Era hora de ele se retirar para a Torre Tenboro? Não, isso também não. Ele parou em frente à porta e se virou para olhar os soldados.

— Bem-vindos.

Sua voz sonora silenciou todos os soldados.

Mogis arqueou as costas e abriu os braços.

— Convido todos vocês a pensar sobre o que podem ganhar nesta admirável nova terra. Todos. Aqui terão tudo o que quiserem. A fronteira é sua para ser tomada.

— Moooooogis! um soldado gritou.

Com esse catalisador, o fervor que enchia a praça explodiu.

— Mogis!

— REI Mogis!

— Tome o trono!

— Mogis!

— Viva Jin Mogis!

— Viva Jin Mogis!

Mogis assentiu uma vez, então se virou para sair.

Ele entrou na Torre Tenboro.

Três dos mantos negros que estavam com ele permaneceram na entrada principal.

— Apenas um, hein? Setora sussurrou.

— Sim, Kuzaku concordou com um olhar bobo em seu rosto, e se espreguiçou. Sabe, eu me sinto muito cansado. Também temos coisas para fazer amanhã. Além disso, já estou cheio. Por que não dormimos um pouco?

— Bom ponto. Mary olhou para Haruhiro. Por que não voltamos para o nosso quarto?

— Sim.

O grupo abriu caminho entre a multidão animada em direção à torre Tenboro. Neal e o outro batedor moveram-se para segui-los. Eles não haviam perdido o grupo de vista, mas a multidão de soldados bêbados os atrasou um pouco.

Havia quatro mantos negros na porta, incluindo o que estava lá o tempo todo. Era questionável se eles os deixariam passar facilmente.

Como esperado, os mantos negros se moveram para bloquear seu caminho.

— Estamos cansados ​​e já queremos dormir, disse Haruhiro, mantendo a calma.

Os mantos negros se entreolharam. Kuzaku lambeu os lábios. Mesmo depois de chegar tão longe, Haruhiro se perguntou: ele está bem?

Sim, isso é bom.

— Aqui está a questão de tomar uma decisão, Ranta havia repreendido. Basicamente, você tem que classificar suas prioridades e então aceitar que terá que desistir de todas, menos da primeira. Porque, na maioria das vezes, você só pode escolher uma coisa. Você não pode estar dizendo que eu quero isso e eu quero aquilo.

Ele não conseguia se forçar a gostar de Ranta. Esse provavelmente foi o caso antes de Haruhiro perder a memória também.

— Haruhiro, qual é a coisa mais importante para você agora? O que devemos fazer?

Por que eu deveria fazer o que você me diz? Haruhiro não pôde deixar de deixar aquele sentimento entrar em seu caminho.

— Você é o líder, não é?

Mas Ranta disse isso a Haruhiro:

— Se você tomar uma decisão, seja ela qual for, nós a seguiremos.” Portanto, não seja indeciso. Mostre-nos o caminho. Faça isso e nós o levaremos ao destino.

Cara, que diabos?

Como você pode soar tão confiável?

Você é Ranta, caramba! 

Um dos mantos negros ergueu o queixo. Todos abriram caminho. Isso aparentemente significava que eles seriam deixados passar.

O grupo entrou na Torre Tenboro pelo portão principal e se dirigiu para o quarto. Ou eles fizeram parecer assim e, em vez disso, verificaram as escadas para o segundo andar. Não havia mantos negros.

Os que estavam na porta da frente estavam olhando para fora.

Haruhiro olhou escada acima. Os outros concordaram.

Qual é o mais importante? Meus camaradas. Obviamente. Vamos salvar Shihoru. Essa é a prioridade máxima .

Seu relacionamento com Jin Mogis era complicado e também estava ligado aos interesses do Corpo de Soldados Voluntários. Além disso, independentemente de merecer ou não o título, Haruhiro era um mentor da guilda dos ladrões. Ele precisava se abster de ações precipitadas. Se ele pensou em tudo, ele foi forçado a chegar a essa conclusão.

Eu estava sendo controlado. Mogis provavelmente tinha visto. Ele sabia que Haruhiro não poderia se comprometer a agir. Ele não conseguia tomar decisões. Mogis o via fraco e indeciso. E pateticamente, ele estava certo. Sem Ranta para incitá-lo a agir, Haruhiro não seria capaz de se mover, ele só poderia aceitar as coisas como elas vieram.

O grupo subiu as escadas. Agora não havia como voltar atrás. Ele também não tinha intenção de fazê-lo.

Quando chegaram ao segundo andar, o homem mascarado estava esperando. Yume também.

— …!

Quando Mary viu Yume, ela cobriu a boca com as duas mãos. Os olhos de Yume brilharam e ela acenou com as duas mãos para ela.

Haruhiro se aproximou do homem mascarado e sussurrou: — Tire essa coisa.

— Foda-se… Nós revistamos o quarto daquele cara, mas nada.

— Onde está Mogis?

— Ele definitivamente não subiu ao terceiro andar.

— A sala com a lareira?

— Onde quer que esteja, temos que ser rápidos.

— Sim.

Haruhiro tentou continuar. Suas pernas não se moviam. Antes que Haruhiro pudesse dizer qualquer coisa, Ranta expressou sua preocupação por ele.

— A segurança está frouxa. Isso te incomoda?

— … Bom, sim.

— Se vamos recuar, agora é a hora.

— Não… nós vamos fazer isso.

— Você não pode dizer isso com mais confiança?

— Fique quieto.

Com um sorriso escondido sob a máscara, Ranta deu um soco no ombro de Haruhiro.

Eles seguiram pelo corredor silencioso em direção à sala da lareira. Não havia mais ninguém por perto. Sempre que Mogis estava na sala da lareira, um manto negro era colocado na porta. Agora não havia nenhum. Só para ter certeza, ele abriu a porta e olhou para dentro. A sala estava vazia, como ele havia pensado.

Isso tinha que significar que ele estava no grande salão.

A porta do grande salão estava escancarada. Isso não era incomum. As portas foram ainda equipadas com uma engenhoca que poderia ser usada para impedi-las de fechar. Mas o que significava que elas estavam abertas agora?

— Ele está nos convidando a entrar, sussurrou Setora.

Isso parecia uma suposição segura.

Mogis provavelmente esperava que Haruhiro fizesse um movimento. Os mantos negros restantes estariam protegendo-o, sem dúvida.

— Não é grande coisa, sugeriu Ranta. Se tomarmos o rei, ganhamos.

Mogis não deveria saber sobre Ranta e Yume. Tanto quanto ele sabia, eram apenas Haruhiro, Kuzaku, Setora e Kiichi. Haruhiro exalou.

— Vamos

— Oh, Luz, que a proteção divina de Lumiaris esteja com você…

Mary ativou dois feitiços de suporte mágico de luz, Protect e Assist, em rápida sucessão.

Kuzaku assumiu a liderança quando eles invadiram o grande salão. Haruhiro, Ranta, Yume, Setora, Kiichi e Mary seguiram.

Mogis estava sentado na plataforma elevada contra a parede oposta, na cadeira semelhante a um trono. Ele estava flanqueado por dois mantos negros de cada lado. Isso fez quatro deles no total. Menos do que o esperado.

— Então eles vieram. Mogis se levantou de seu assento. Os mantos negros tentaram desembainhar suas espadas. Mogis, porém, não permitiu. Ele ergueu a mão para que parassem. Ele desceu da plataforma sozinho.

— Devolva Shihoru-san para mim…! Kuzaku colocou a mão no punho de sua grande katana, então investiu direto contra Mogis. Ele parecia pronto para cortar o homem em dois com o mesmo movimento que usou para tirá-la.

Setora, Kiichi e Mary seguiram Kuzaku.

Haruhiro usou Stealth para se aproximar pela esquerda, enquanto Ranta saltou para a direita com movimentos de gafanhoto. Yume correu atrás de Ranta, mirando com seu arco.

Mogis sacou sua arma. A mesma espada que ele sempre carregava.

Kuzaku sacou sua grande katana e imediatamente partiu para um corte diagonal.

— Hah…!

— Ngh…!

Mogis tentou desviar, mas deve ter sentido que não conseguiria sair do caminho a tempo. Segurando sua espada com as duas mãos, ele aparou a grande katana de Kuzaku.

Seu corpo afundou. Mogis se levantou o mais forte que pôde e conseguiu parar a grande katana de alguma forma, mas Kuzaku era mais forte.

Com um “yahh!” Mogis chutou Kuzaku no estômago e o forçou a recuar.

— Gwah…!

Kuzaku deu apenas dois passos para trás. Mogis imediatamente atacou, mas foi facilmente parado por Kuzaku.

— Isso é tudo o que você tem?

— Grr…!

Mogis aproveitou o embalo da batida para pular para trás.

Mogis tinha que ser mais experiente. Isso o tornava tenaz. Mesmo que Kuzaku pudesse dominá-lo com força absoluta, Mogis ainda seria capaz de se defender de alguma forma. E se Kuzaku mostrasse a menor abertura, partiria para o contra-ataque. O momento em que Kuzaku pensasse que havia vencido seria o momento mais perigoso.

Não sei como essa batalha terminaria. 

Se fosse um a um. 

Mas não é. 

Ranta já estava tentando pegar Mogis. Yume havia se ajoelhado. Ela poderia atirar a qualquer momento. Embora dependesse da situação, Haruhiro também poderia enfrentar Mogis. Mary iria apoiá-los com magia de luz. Mesmo que Mogis adotasse a tática incomum de mirar em Mary, Setora e Kiichi estavam lá para protegê-la.

Eles o encurralaram. Jin Mogis não tinha para onde correr. Não havia esperança de mudar isso. Por que ele impediu que os mantos negros se aproximassem?

Mesmo que interviessem, o resultado não seria tão diferente. Os mantos negros eram soldados endurecidos pela batalha, mas isso era tudo o que eles eram. Mesmo que todos se unissem contra Kuzaku, ele não cairia com pressa. Os movimentos de Ranta eram um pouco estranhos, mas ele provavelmente brincaria com eles facilmente. Também havia algo anormal na rapidez e flexibilidade selvagens de Yume. Além disso, eles tinham Mary e Setora. Até mesmo Kiichi poderia encontrar maneiras inesperadas de ajudar. Se isso se transformasse em caos corpo a corpo, Haruhiro poderia deslizar para trás de Mogis e pegá-lo.

A batalha acabou antes de começar. Mogis se recusou a envolver os mantos negros, pois sabia que eles não poderiam salvá-lo. Ele não havia previsto o poder de Ranta e Yume. Ele sabia que não poderia ganhar. Talvez se ele tivesse que morrer, ele quisesse ficar bem fazendo isso.

Claro que não.

Mogis ergueu a mão esquerda à sua frente.

— Conheceríamos o sangue do sacrifício.

O que ele disse? Haruhiro não sabia. As palavras soaram estranhas aos seus ouvidos. Como algum tipo de feitiço.

Mogis tinha as costas da mão esquerda, não a palma, apontando para Kuzaku.

Havia um anel naquele dedo indicador. Ele estava usando uma joia azul claro com algo parecido com flores dentro.

Aquele anel incomodou Haruhiro. Ele provavelmente não o estava usando no início. Ele conseguiu depois de unir forças com Hiyo e seu mestre, certo? Ele tinha emprestado? Ele tinha perguntado? Foi um presente? Se sim, era apenas um anel comum?

— Ahh… A voz de Haruhiro escapou espontaneamente. Parecia estranho. Se seu corpo de repente ganhasse dez ou quarenta quilos a mais, ela poderia se sentir assim. Mas era o contrário, parecia que algo havia sido tirado dele. Era um pouco como aqueles momentos em que ele sangrava demais. Seu corpo estava mais leve, mas ele se sentia mais pesado, mais lento.

Sim. Algo foi tirado de Haruhiro. E não apenas ele. A todos eles.

Ranta quase tropeçou e lutou para recuperar o equilíbrio. Yume abaixou a cabeça e baixou o arco. Mary parecia instável. Kiichi parecia um cachorro ordenado a se deitar, o rabo apoiado no chão. Kuzaku perdeu o equilíbrio e caiu para trás.

Não era só o grupo? Os mantos negros de cada lado do trono estavam curvados e agachados em estranhas posições.

Não era completamente visível, mas havia uma espécie de leve ondulação, como uma névoa de calor, pairando no ar.

A névoa estava indo em direção a Jin Mogis. Estava fluindo para ele?

— Mmm…

Aconteceu em um instante.

Mogis deu um passo à frente e ergueu sua espada.

Ou, para ser mais preciso, do jeito que Haruhiro viu, Mogis levantou sua espada de uma posição baixa, então ficou parado.

— Ugh…!

No chão, Kuzaku tentava agarrar seu braço direito com a mão esquerda. Não podia. Porque aquele braço direito havia sido cortado.

— É maravilhoso, Mogis sussurrou suavemente, endireitando o joelho e movendo a espada como faria para remover o sangue.

— …! Kuzaku soltou um grito sem voz.

Desta vez, foi o braço esquerdo.

Mogis enviou o braço esquerdo de Kuzaku voando para se juntar ao seu direito.

Foi rápido. Mas além de qualquer coisa que as palavras possam descrever. Não havia como ser tão rápido.

— Kuzaku…! Mary tentou correr para o lado dele. Haruhiro queria impedi-la. Não chegou a tempo.

Era como se Mogis avançasse cinco ou seis metros em um passo. Deveria ser impossível, mas era assim que parecia.

— Não…! Haruhiro se forçou a falar. Mesmo quando o fez, apenas uma pequena voz saiu.

A espada de Mogis perfurou o abdômen de Mary.

— Ouça…!

O que Mary tentou dizer?

Quando Mogis desembainhou sua espada sem esforço, Mary caiu no chão. Mogis sorriu.

— Incrível!

Haruhiro nunca tinha visto um sorriso assim antes.

Que tipo de sentimentos ele expressou? Ele não podia imaginar. Seus olhos, suas sobrancelhas, suas narinas e sua boca estavam todos esticados em direções diferentes, depois afrouxados, de modo que dificilmente poderia ser feito um sorriso. Esse era o tipo de expressão que era.

Mogis saltou. Ninguém deveria ser capaz de pular assim. Foi fantástico. Mas Haruhiro não teve escolha a não ser acreditar.

— Guff…?!

Primeiro, Mogis chutou Ranta. Foi rápido demais para Haruhiro dar uma boa olhada, mas provavelmente o atingiu entre o ombro direito de Ranta e seu pescoço. A máscara escorregou de seu rosto e Ranta não caiu no chão, mas foi empurrado em sua direção.

Então, no instante seguinte, Mogis deu um chute circular em Yume.

— Não…!

Parecia que Yume tentou bloqueá-lo com o braço. Se ela não tivesse, ela teria sido atingida na lateral do rosto. Mas espere, seu braço estava quebrado? Ele fez um som aterrorizante e também foi lançado voando e caiu pesadamente no chão.

Haruhiro só podia olhar em espanto mudo.

Setora, no entanto, poderia fazer mais. Ela atingiu Mogis com sua lança.

Mas Mogis não estava mais lá.

Mogis quebrou a lança na mão esquerda. O fato de Setora poder largar sua lança e cair para trás naquele mesmo instante mostrou o quão impressionantes eram seus reflexos.

— …!

Enquanto tentava escapar para a esquerda ou para a direita, de todas as coisas que poderia ter feito, Mogis pisou em seu peito.

Kiichi soltou um uivo incrível e investiu contra Mogis.

— Nn…

Haruhiro estava mais dolorosamente ciente de quão impotentes eram suas palavras?

Não faça isso, foi o que ele tentou dizer. Você não pode fazer isso. Não, não faça isso. Você absolutamente não pode. 

Sem sequer olhar para Kiichi, Mogis facilmente o cortou em pedaços.

— Pare…

As palavras de Setora também foram impotentes e também interrompidas.

Isso foi obra de Mogis. Ele havia mudado sua espada para um aperto de backhand. Então, balançando verticalmente, perfurou sua garganta.

— Agora você.

Mogis se virou para olhar para Haruhiro, o pé ainda no peito de Setora.

— Quantos de vocês eu tenho que matar antes de jurarem fidelidade a mim? Se o fizerem agora, será apenas a morte do animal miserável. A perda é mínima. Com a intervenção de um sacerdote, os outros ainda conseguem sobreviver. Se recusarem…

— … Raaah! Gwahhh…!

Kuzaku, que havia perdido os dois braços, ainda tentava se levantar. O que ele faria se se levantasse? O que poderia fazer?

Ranta estava tendo convulsões. Foi tão ruim depois de um chute?

Yume parecia que seus braços estavam quebrados. Ambos.

— Oh… Luz… que a… proteção divina de Lumiaris… esteja com você…

Mary estava tentando usar Cure em si mesma. Se ela não curasse seus próprios ferimentos primeiro, não seria capaz de salvar seus companheiros.

Mas se Mogis quisesse, ele poderia matar Mary a qualquer momento.

Se ele fizesse isso, nenhum deles sobreviveria.

Haruhiro estava profundamente apavorado com o homem.

Tinha que ser de propósito.

Apenas Haruhiro saiu ileso. Mogis não tinha feito nada para ele. Graças a isso, ele sentiu a dor de seus companheiros com mais intensidade.

Honestamente, para Haruhiro, isso era muito pior do que se ele próprio estivesse à beira da morte.

— Eu entendo.

Haruhiro balançou a cabeça.

É inútil.

Não podemos recusar.

A única opção é aceitar.

— Juro fidelidade, aconteça o que acontecer… Não os mate. Por favor, não mate ninguém.

Mogis fez tut-tut-tut (som de clique). Ele estava deixando claro seu desapontamento.

O que mais você quer?

Haruhiro caiu de joelhos e abaixou a cabeça no chão.

— … Eu juro fidelidade. Por favor, não mate meus camaradas… eu imploro.

— Esta é a última chance.

Jin Mogis finalmente tirou a bota do peito de Setora.

— Não haverá outra.

Fim do capítulo.

Nota: F Kichi, grande guerreiro, nunca será esquecido.

Até agora não vi o grupo apanhar tanto como nesse cap, com isso da para ver que tem muitos personagens fortes na obra.

Na minha mente o grupo já estava em um nível que todos juntos não perderiam para ninguém no grupo x 1.

Imagina quando for contra Jumbo….

Me empolguei nesse capítulo, vou terminar de traduzir o volume amanhã.

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