I Don’t Want This Reincarnation – Capítulo 183
Criando um Conflito (3)
[Acontece que as pessoas que atacaram a sede de administração das guildas são o mesmo grupo que bombardeou a Área D45 da última vez. Eles pertencem a uma religião desconhecida chamada ‘Praus’…]
[A taxa de criminalidade entre pessoas talentosas e pessoas comuns aumentou drasticamente. Se você olhar para o gráfico, mesmo no mês passado…]
[Ontem à noite, o Senhor A., que foi agredido, acabou morrendo. O culpado que atacou o Senhor A. é um homem talentoso de rank B, e uma máscara preta foi encontrada em sua casa…]
[O ódio entre as pessoas talentosas e comuns está piorando a cada dia. As autoridades mencionaram o último ataque à sede de administração das guildas…]
Depois de mudar de canal, finalmente suspirei e desliguei a TV.
— É por isso que eles visaram a sede de administração das guildas?
— Não. Kang Seung-geon e essas pessoas devem ter sido o motivo da escolha da sede de administração.
Toquei o canto da boca com a resposta de Elohim e organizei calmamente a situação.
— Parece que eles atacaram a sede de administração para chamar a atenção das pessoas e também levaram Kang Seung-geon junto.
— Certo.
— Por que Kang Seung-geon? Eu sei que essa pessoa não pode mais usar sua habilidade.
— Bem. É a primeira vez que eles visam um humano chamado Kang Seung-geon, então não podemos dizer com certeza…
Elohim, que estava alongando levemente suas palavras como se estivesse contemplando, continuou.
— Mesmo que ele não possa usar sua habilidade, ele tem um corpo de rank S, então há muitos lugares para usá-lo. Ele também é o filho único de um membro da Assembleia Nacional.
Ah, verdade. Eu esqueci.
— De acordo com Elahah, que deu uma olhada rápida, disse que estava pressionando a sede de administração das guildas para encontrar seu filho. Claro, não foi porque ele se importava com seu filho, mas porque sofreu muita humilhação durante o incidente de Gangnam, então estava deliberadamente fazendo barulho mais alto.
— A situação é muito complicada.
— Não é bom.
Eu estava muito frustrado. A sede de administração das guildas, que perdeu o equilíbrio devido ao ataque, e a questão do ódio entre os talentosos e as pessoas comuns, que esquentava cada vez mais. Tudo isso aconteceu por causa de um grupo de máscaras negras chamado Culto Praus.
A última coisa que vi foi a figura de Cheon Sa-yeon, que piscava diante dos meus olhos. Depois de pensar por um tempo, finalmente perguntei a Elohim.
— Cheon Sa-yeon… Ele está bem?
— Hum. Eu também estava preocupado, mas ele disse que estava melhor do que pensava.
Então isso é um alívio…
— Houve várias vezes em que os crentes de Praus vieram a público. Mas é a primeira vez que saem tão rápido e agressivamente assim.
— Parece que você está acostumado.
Elohim, que explicava com voz pesada, baixou ligeiramente a cabeça.
— Não me sinto bem. Eles parecem… Ter notado.
— O que isso significa?
— O mundo enfraqueceu tanto que restam poucas oportunidades de tocar o tempo.
— Ah…
— Deve haver uma razão pela qual eles se movem de forma diferente do que antes. Cheon Sa-yeon também estava pensando assim.
Um canto do meu peito latejava e parecia desconfortável, como se um espinho tivesse me perfurado. Foi diferente de quando encontrei o fantoche chamado Abel na Área D45.
Eu não sabia se era porque aprendi o quão sensível Cheon Sa-yeon podia ser contra Samael ou porque fiquei pensando sobre isso.
“Deve ter sido algo diferente de Abel…”
Eu poderia saber disso olhando para o passado de Cheon Sa-yeon? Era a parte que Elohim não explicou…
Elohim, que ficou parado por um momento ao me ver em silêncio, porque eu estava perdido em pensamentos de Cheon Sa-yeon e Samael, imediatamente abriu a boca e fez uma proposta inesperada.
— Se é com isso que você está preocupado, por que não vê a criança, Cheon Sa-yeon, de novo?
— Perdão?
Meus ombros encolheram de vergonha imediatamente. No entanto, Elohim inclinou ligeiramente a cabeça com uma expressão confusa.
— Vai ser mais fácil, porque você já fez isso uma vez.
— Sim?
— Quero dizer quando você entra em um sonho com sua habilidade. Agora que sua energia é mais forte que Han Yi-gyeol, poderá fazer isso sem muito esforço.
— Ah, não, isso…
Não sabia o que responder. Baixei o olhar, cobrindo a nuca com a mão que estava tão quente.
— Não estou… Tão preocupado.
— Sério?
— Sim. Só um pouquinho… Mas é possível me conectar de imediato só porque quero entrar no sonho dele?
— É difícil para outras crianças, mas é possível se conectar com Cheon Sa-yeon.
Elohim se levantou de seu assento e se atrapalhou com a mão para fechar a janela aberta. O céu através do vidro ainda estava um pouco nublado.
— Porque tínhamos um acordo um com o outro. Se for difícil encontrá-lo pessoalmente, a maneira mais rápida é usar o sonho dele.
— Entendo.
— Claro, se você quiser se encontrar com ele, Cheon Sa-yeon tem que dormir, mas… Aquela criança, Se-hyun-ah, desde que você veio aqui, ele dormiu menos de propósito, então não acho que haverá nenhum grandes problemas.
Ele dormiu menos de propósito? Pisquei com as palavras que não consegui entender.
— Não sei o que isso tem a ver com Cheon Sa-yeon dormindo menos e eu vindo aqui.
— Hum…
Elohim com um sorriso estranho pela pergunta se virou.
— Enfim, se você quiser, eu abro o caminho para o sonho dele. O que você faria?
— ……
Depois de hesitar por um tempo, cuspi uma resposta.
Uma reunião da guilda foi realizada em um hotel próximo em nome da sede desmoronada.
Depois de passar pela entrada fortemente guardada, Cheon Sa-yeon, que havia escrito seu nome na lista de presença, atravessou o corredor central e subiu as escadas. Ha Tae-heon, vestido com um terno azul, o bloqueou enquanto ele se dirigia para a sala de seminários no terceiro andar.
— Oh, meu Deus. Você veio me encontrar? Estou comovido.
Ha Tae-heon, que tinha uma testa reta sobre a metade de sua franja, ergueu as sobrancelhas com as palavras astutas. Mesmo sabendo da mudança em seu humor, Cheon Sa-yeon não apagou o sorriso em seus lábios.
— Se você tivesse esperado, eu teria chegado a tempo para a reunião.
— Eu não sabia disso, então esperei aqui.
— Ah.
Com a resposta cheia de insatisfação, Cheon Sa-yeon encolheu os ombros e passou por Ha Tae-heon naturalmente como se fosse água corrente.
— Espere. Aonde está indo?
Claro, não era típico de Ha Tae-heon deixá-lo ir assim. Sem hesitar, agarrou o braço de Cheon Sa-yeon e abriu sua boca em voz baixa.
— Você deve ter algo a me explicar, Mestre Cheon Sa-yeon.
— Bem. Eu?
— Não finja que não sabe.
Cheon Sa-yeon, que olhou para seu braço preso por um momento, imediatamente fez contato visual com Ha Tae-heon.
— Sinto muito, mas realmente não sei.
— O que…
— Se você tiver alguma dúvida, descubra você mesmo, Vice-Mestre Ha Tae-heon. Se quiser obter informações de mim, precisará pagar por isso em troca.
— ……
— Ah, o casaco.
Cheon Sa-yeon, que estava despejando apenas respostas irritantes, acrescentou como se tivesse esquecido tardiamente.
— Eu prometi a Han Yi-gyeol, então deixe-me ajudá-lo. Mesmo se eu dissesse que ajudaria, não haveria nada que eu pudesse fazer além de acrescentar uma ou duas palavras ao me apresentar na Roheon.
Ha Tae-heon olhou para Cheon Sa-yeon com olhos frios e fundos.
— Parece que o lançamento do casaco voltou a ser adiado devido à constante ocorrência de acidentes. A Mestra Lee Joo-ha deve estar com muitos problemas.
— ……
— Seria mais conveniente marcar uma data aberta para esta reunião…
Cheon Sa-yeon, que estava conversando sem interrupção, de repente tropeçou. Se Ha Tae-heon não tivesse agarrado seu braço, ele teria caído.
— Cheon Sa-yeon?
— ……
Em resposta ao chamado de Ha Tae-heon, Cheon Sa-yeon, que piscou enquanto tocava sua testa, perguntou-lhe com uma carranca.
— Quanto tempo até a reunião começar?
— Cerca de quinze minutos.
— Hu… Siga-me, Ha Tae-heon.
Cheon Sa-yeon, que recuperou o equilíbrio, seguiu em frente. Com Ha Tae-heon atrás dele, entrou na sala de espera perto da sala de seminários, verificou se não havia ninguém lá e trancou a porta.
— Preciso dormir um pouco agora.
— O quê?
— Eu ficaria muito grato se você pudesse ficar ao meu lado, Ha Tae-heon.
Depois de verificar se a porta estava trancada corretamente, Cheon Sa-yeon, que caminhou até o sofá, olhou para Ha Tae-heon, que estava parado com a testa franzida, e sorriu enquanto curvava os cantos dos olhos.
— Volto antes da reunião se possível, mas se não, não me obrigue a acordar. Porque isso é mais importante do que reuniões inúteis como essa.
Cheon Sa-yeon, que falava palavras incompreensíveis, deitou-se no sofá como se fosse sua própria cama. Ha Tae-heon, que suspirou com o ato absurdo, perguntou com voz severa.
— Por que eu deveria fazer isso?
— Quando eu acordar mais tarde, darei pelo menos uma resposta à sua pergunta.
— ……
Ha Tae-heon estalou a língua com a oferta que não podia recusar e sentou-se no sofá em frente a ele. Vendo que ele não saiu, Cheon Sa-yeon lentamente fechou os olhos.
Em um espaço cheio de escuridão vazia, coisas brilhando em cores vivas apareceram gradualmente. Flores amarelas podiam ser vistas florescendo entre os campos cobertos de grama verde clara. O amplo prado sob o céu azul era muito estranho para ele.
— ……?
Cheon Sa-yeon, que olhou em volta calmamente, estreitou os cantos dos olhos. Era verdade que ele havia entrado em seu sonho, mas era a primeira vez que via isso. Nunca tinha sido assim antes. Cheon Sa-yeon escovou suavemente sua franja que estava espalhada pelo vento e soltou um suspiro de alívio.
Parecia que algo estava errado. Ele foi com pressa, porque o Profeta enviou um sinal de que havia aberto seu sonho, mas se soubesse que seria assim, teria sido mais cuidadoso…
— Isso realmente funciona…
Uma voz familiar veio de trás das costas de Cheon Sa-yeon enquanto enxugava seus olhos cansados. Ele olhou para trás rapidamente, e o rosto que estava esperando estava parado olhando para ele.
— Cheon Sa-yeon.
Han Yi-gyeol chamou seu nome com uma expressão um tanto estranha. De costas contra o sol no céu alto, seu cabelo castanho brilhava como ouro.
Cheon Sa-yeon olhou para ele sem nem mesmo piscar, como se Han Yi-gyeol na frente dele fosse se tornar uma miragem e se espalhar.
Seus tornozelos e pés brancos eram visíveis sob sua camisa fina e macia e calças de algodão duras que mal eram visíveis. Como que para mostrar sua personalidade não tão delicada, o pulso estava preenchido com o bracelete que deu e que ficou exposto graças às mangas dobradas.
Como Cheon Sa-yeon, Han Yi-gyeol, que tinha sua roupa gravada em seus olhos um por um, perguntou sem jeito.
— Você… Estava em uma reunião?
— Acertou. É uma reunião da sede de administração das guildas. O prédio desabou, então o local foi mudado para um hotel próximo.
— Ah… Devo ser rápido?
— Não.
Imediatamente, Cheon Sa-yeon sorriu brilhantemente.
— Ainda dá tempo até a reunião, então não se preocupe.
— Fico feliz.
— Eu gostaria que você chegasse um pouco mais perto agora. Não é muito longe para uma conversa?
Han Yi-gyeol, que olhou para Cheon Sa-yeon acenando para ele, respondeu com indiferença.
— Se você está insatisfeito, deveria vir até mim.
— Hum?
— Não sou um cachorro que corre atrás de você quando chama…
Cheon Sa-yeon tocou seus lábios em uma insatisfação inesperada. Ele pareceu ponderar por um momento, então gentilmente ergueu a ponta dos lábios.
— Sim. Isso é verdade.
Uma voz cheia de bondade saiu suavemente.
— Estou indo, Han Yi-gyeol.