Genius Warlock – Capítulo 136 - Anime Center BR

Genius Warlock – Capítulo 136

Genius Warlock

Capítulo 136

À medida que a mana roxa no ar se uniu, uma enorme quantidade de energia foi criada.

Quando a energia atingiu seu pico, a mana roxa formou um anel, criando um portal.

— Me siga.

Merlin, o dono da livraria de usados, entrou primeiro e disse.

Rosbane e as outras crianças ficaram assustadas com a visão inacreditável diante deles, mas quando Oliver assentiu silenciosamente, eles rapidamente ganharam coragem e entraram.

Parado na frente dos funcionários do Laboratório Mattel, Oliver esperou até que todas as crianças entrassem.

— …

— …

— …

— …

— Eu sou o último, professor.

À medida que o silêncio constrangedor diminuía, Rosbane entrou no portal.

Oliver assentiu e se virou para segui-lo.

E naquele momento, uma voz foi ouvida atrás.

Era Carl, o homem loiro de pele branca.

— Você… Não vou esquecer essa humilhação.

Com essas palavras… Oliver parou, virou-se e olhou para ele em silêncio.

Logo, a imagem de Colin, o menino que lhe confessou seus pecados, surgiu em sua mente.

— …

Oliver avançou, olhou para ele e curvou-se educadamente — muito educadamente.

— Eu… Também não vou esquecer.

 

* * *

 

Oliver entrou no portal de mana roxa após trocar palavras com Carl.

Um vento forte e frio soprou sobre sua cabeça assim que ele entrou.

Não bastava fazer alguém voar e era difícil abrir os olhos direito.

— Você está um pouco atrasado. Conversou com o pessoal da Mattel sobre alguma coisa?

Oliver virou a cabeça na direção do som.

Lá estava Merlin, com uma enorme mansão atrás dele.

— Saudações antes de retornar.

— Saudações?

— Sim.

— Huh…! Isso não está errado. Entre. Está muito frio aqui fora.

Oliver acenou com a cabeça em direção a Merlin e, ao mesmo tempo, tentou inconscientemente compreender o ambiente.

O ar estava limpo e fresco, não o ar único de Landa, e a paisagem circundante não era algo que pudesse ser visto em Landa.

Oliver podia ver neve suficiente para cobrir seus pés, o horizonte aberto e uma enorme montanha com neve branca no meio.

Mesmo onde Oliver estava era o topo da montanha.

— Esta não é Landa.

— Sim, não é Landa.

Merlin respondeu, abrindo ele mesmo a porta.

Dando um passo para dentro, Oliver curvou-se uma vez em agradecimento pela consideração.

Ao entrar, viu Rosbane e as outras crianças trazidas do laboratório, paradas sem saber o que fazer.

Eles ficaram assustados com a situação e o ambiente desconhecidos.

Como Oliver também não sabia qual era a situação, parecia natural.

De repente, o velho da livraria apareceu do nada, ajudou, abriu um portal e os guiou até uma mansão na montanha.

Como se soubesse o que estava acontecendo dentro de Oliver e das crianças, Merlin entrou vagarosamente, fechando a porta e batendo palmas duas vezes.

ClapClap!

Um homem saiu ao ouvir o som… Não, para ser mais preciso, um boneco de madeira em forma de humano.

Um boneco de madeira com uniforme de mordomo se aproximou gentilmente, curvou-se em uma postura reta e cumprimentou a todos silenciosamente.

As crianças ficaram surpresas ao ver o boneco de madeira e correram até Oliver.

Olhando para isso, Merlin disse.

— Não tenha medo, é apenas um golem.

— Golem?

— Você não sabe? É um boneco que se move com magia. Se não se importa, pode deixá-lo cuidar das crianças e lavá-las? Acho que é melhor trocar de roupa também.

Oliver acenou com a cabeça quando viu as crianças seminuas.

Oliver disse a Rosbane e às crianças que eles estavam seguros e perguntou se poderiam seguir o boneco de madeira.

As crianças pareciam assustadas, mas quando viram Oliver, assentiram corajosamente.

— Sim, professor.

Rosbane respondeu como representante e levou as outras crianças junto com o boneco de madeira.

Merlin, que estava observando de lado, disse quando ficou sozinho com Oliver.

— Incrível. Não acho que eles sejam do tipo que segue um golem, mas todos parecem ouvir suas palavras.

Oliver não respondeu, mas virou-se para Merlin e permaneceu em silêncio por um momento.

Havia muita coisa que ele queria perguntar. Como chegou ao laboratório secreto da Mattel, por que o ajudou, onde ficava aquele lugar e quem era ele exatamente?

Porém, Oliver se curvou e agradeceu com sinceridade após engolir todas as perguntas.

— Obrigado pela sua ajuda, Ancião.

Merlin olhou para a figura em silêncio e disse.

— Hã… Isso é inesperado. Achei que você faria perguntas primeiro.

— Há muitas perguntas que quero fazer, mas há uma ordem para tudo. Em primeiro lugar, muito obrigado pela sua ajuda.

O velho corrigiu sua postura.

Desde que endireitou a postura curvada que exibia na livraria, ele parecia quase duas vezes mais alto.

— Você deveria estar grato mesmo. Não é tão comum eu ajudar alguém. Estou dizendo isso, porque você não deveria considerar minha ajuda garantida.

Ele foi sincero, e Oliver assentiu como se concordasse com suas palavras.

O velho parecia ter tanto a dizer quanto Oliver, mas olhou para dentro da mansão e disse:

— Vamos tratar do assunto urgente primeiro.

— ……

— Primeiro, por que não alimentamos esses jovens amigos, os colocamos para dormir e depois conversamos?

Oliver assentiu.

— Sim.

O velho convocou mais golens bonecos de madeira para preparar a comida.

Aparentemente, não havia pessoas naquela mansão.

Tudo o que Oliver podia ver através da grande janela era o céu claro, a neve e as montanhas rochosas, então parecia bastante estranho ter alguém trabalhando ali.

Depois de um tempo, sentiu-se um cheiro de comida deliciosa.

Cheirava tão bem quanto o cheiro do restaurante de Forrest.

Talvez por sentirem fome quando relaxadas, as crianças comeram com pressa sob a supervisão de Merlin.

— Você deveria se sentar e comer também. Eles são muito bons em cozinhar.

Merlin recomendou Oliver, sentado à esquerda do assento superior.

Oliver sentou-se em frente a Merlin, como ele recomendou.

— Os Golens cozinharam isso?

— Sim, não sei cozinhar.

Assim que ele respondeu, um boneco-golem de madeira serviu vinho nas taças de Merlin e Oliver.

Ele serviu com cuidado, sem derramar uma gota, como um funcionário habilidoso.

Quando Oliver viu a figura, percebeu que era um golem com habilidades de alto nível, ao contrário de sua aparência.

Foi a primeira vez que viu um Golem de verdade, mas percebeu que não era comum quando viu o fluxo de mana fluindo pelo corpo e movimentos sofisticados.

Ele podia entender que as habilidades do criador eram incríveis, talvez como alguém que só estudou golens durante toda a vida.

Depois de um tempo, as crianças terminaram as refeições, brilhando de satisfação e felicidade.

Quando se sentiram seguras e aliviadas da fome, as crianças começaram a cochilar uma a uma, como se estivessem cansadas.

Merlin ordenou que os golens bonecos de madeira levassem as crianças para o quarto, obedecendo, eles abraçaram gentilmente as crianças e as levaram embora.

Quando Oliver olhou para o golem, Merlin disse.

— Eles vão colocar todo mundo para dormir em segurança, então não se preocupe, cara.

— Eu sei. Achei que os bonecos golens de madeira eram muito bem feitos, então olhei.

— Huh…! É constrangedor errar mais uma vez. Mas você não está sendo muito descuidado, cara? Eu não posso ser um cara mau também?

— Acho que não.

— Com que base você está dizendo isso, cara? Ah, já que você é um excelente Bruxo, consegue ver através das minhas emoções?

Oliver balançou a cabeça.

As emoções de Merlin não podiam ser vistas no momento.

Como se um vidro grosso e opaco estivesse bloqueando as emoções dele, Oliver não conseguia lê-las.

— Não consigo ver.

— Ótimo. Não gosto quando alguém vê através de mim. Então, por que você acredita que não sou um cara mau?

— É só um sentimento. Pelo menos não acho que você seja alguém que machucará as crianças.

Naquele momento as emoções de Merlin eram vagamente visíveis.

— Obrigado por isso… Os velhos deveriam ser amados pelas crianças. Qual é o sabor do vinho? Escolhi um muito valioso, porque já faz muito tempo que não recebo um convidado.

Oliver disse, olhando para o vinho quando fez uma pergunta inesperada.

— Tem um gosto bom.

— Tem um gosto bom… Você entende de vinhos?

— Não, mas sinto que é um bom vinho.

— Você tem um bom ‘pressentimento’. É um vinho feito no bairro Bol de Gallos. É uma tribo que não tem nada para mostrar a não ser engenharia mecânica e vinho.

Gallos. Era um nome que Oliver tinha ouvido em algum lugar.

— É um país estrangeiro?

Merlin riu com as palavras.

— Desde quando te conheci, te acho um cara muito engraçado, cara.

Oliver pensou na vez em que conheceu Merlin e se perguntou se fez algo engraçado.

— Sério?

— Sim. Graças a você, passei momentos maravilhosos recentemente.

— Não, graças aos livros que o Ancião recomendou eu me diverti muito.

— Para chamar o estudo de divertido, quero que meus alunos sejam assim.

— Hum… Você é professor, Ancião?

— Professor? Bem, não está completamente errado. Eu tenho discípulos, então claro, sou professor… Hmm… Você está cansado, cara?

Oliver se endireitou surpreso.

Ele tentou esconder, porque achou que seria rude mostrar que estava cansado.

Merlin apertou sua mão como se estivesse bem.

— Eu não te contei da última vez? À medida que envelhecemos, não são apenas as rugas que aumentam. Não é difícil reconhecer alguém que está cansado.

— Desculpe.

— Não há nada para se desculpar. Como anfitrião, devo ser atencioso para que você possa descansar, mas… Não tenho intenção de fazer isso.

— …??

— Você me deve, cara. Você sabe disso, não sabe?

— Sim…

— É assim que todos respondem. No entanto, não sabem realmente quanta ajuda receberam ou o quanto a outra pessoa trabalhou. Bem, isso é natural. Afinal, é disso que se trata o ser humano.

Oliver ficou em silêncio, porque não tinha nada a dizer. Porque também não percebeu o quão difícil era para Merlin realmente ajudar.

Depois de pensar um pouco, ele abriu a boca.

— Então, você pode me dizer?

— Quer que eu te conte?

— Sim. Certamente não sei o quão difícil foi para você. Não sei nada sobre isso. Então você poderia me contar para que eu possa agradecer adequadamente?

Os olhos do velho ficaram um pouco maiores.

Então ele caiu na gargalhada.

— Hohohohhohoho… Essa é a segunda vez que ouço uma resposta tão sensata na minha vida. Tudo bem, eu vou te contar.

Oliver assentiu.

— Graças a essa ajuda, algumas pessoas vão me incomodar por um tempo. Consegui encontrar a paz após a aposentadoria, mas essa paz será quebrada. Graças a você. O que é mais doloroso do que perder a paz nos últimos anos?

Não foi uma história empática, mas Oliver assentiu.

— E… Eu tenho que ir encontrar um velho amigo chato.

— É o Grande Mago da Escola de Magia da Vida?

Oliver perguntou, relembrando a conversa entre Merlin e Carl.

— Isso mesmo. Um cara com alguns parafusos soltos, mas um dos chefes da Torre Mágica… Eu deveria conversar com ele. É muito chato, mas tenho que fazer isso graças a você novamente.

— Entendo.

— Acima de tudo, você cometeu um grande crime.

— Crime?

— Isso mesmo. Você não fez barulho sem pagar meu empréstimo? E se você tivesse morrido, o que teria acontecido com meu empréstimo? Isso é muito irresponsável. Que vergonha, cara.

Merlin disse, agitando os dedos como um avô repreendendo uma criança.

Não era algo que pudesse ser dito por um velho que construiu uma mansão no topo de uma rara montanha de neve, mas Oliver não se importou e pediu desculpas novamente com sinceridade.

Seja como for, é verdade que Oliver não pagou a dívida e se esqueceu dela.

— Eu realmente sinto muito.

— É um grande crime, companheiro. Roubar o preço do meu trabalho legítimo… Mas vou te perdoar… Especialmente porque você pediu perdão. São quatro milhões. Certifique-se de me pagar de volta.

— Não eram três milhões e novecentos mil?

— Já que você me fez mexer para recebê-lo, isso é um custo adicional, é bom senso, companheiro. Não me deixe com raiva.

— Hum… Entendo.

— Mas… Pague apenas três milhões e novecentos mil. Em vez disso, você me deve uma. Não me olhe assim, cara. Este é o mundo adulto. De qualquer forma, por sua causa, tenho que suportar muitos inconvenientes.

— Sim, Ancião.

— Então eu quero ser recompensado…

Oliver disse, balançando a cabeça.

— Se você me der um tempinho, tentarei arrecadar o máximo de dinheiro que puder.

— Como você me vê, cara? Pareço um bicho do dinheiro que tenta extorquir dinheiro de um jovem?

— Hum… Não?

— A resposta saiu um pouco tarde e por que você está respondendo com ponto de interrogação…? Enfim, eu não quero dinheiro mesmo. Embora não seja o homem mais rico do mundo, tenho dinheiro suficiente.

Oliver estava convencido. Esta mansão e os golens eram a evidência.

— Hum… Então, como posso retribuir?

— Hm… Primeiro, me dê o que você tem de mais precioso como sinal de sua sinceridade.

Oliver franziu a testa com a sugestão repentina.

— Quando você envelhece, começa a reclamar como uma criança. Então, vamos lá, me dê a coisa mais preciosa que você tem. Claro, você não precisa se não gostar. Não há coerção, mas você sabe…

Oliver ponderou por um momento sobre as palavras ambíguas de Merlin e então estendeu o bordão.

— Hum… Esta é a minha coisa mais preciosa.

— O que é isso? Parece uma bengala velha e suja—

— Sim, mas meu amigo me deu de presente. Meu primeiro amigo.

— Talvez como antiguidade, possa ser algo valioso.

— Mas acho que não posso te dar isso.

— Você está brincando, cara?

— Não, não estou. Só que é algo que ganhei de presente e não acho que seja totalmente meu. Mesmo se eu entregá-lo ao Ancião, acho que deveria pedir permissão ao proprietário. Então, gostaria de perguntar se posso substituí-lo por outra coisa.

— Bem, sinceramente não gosto muito, aqui está…

Oliver recolheu o bordão e tirou um tubo de ensaio do bolso.

Havia uma pequena quantidade de emoção no tubo de ensaio. Eram as emoções de Oliver.

— E isso é…?

— São minhas emoções.

— Suas…?

— Sim.

Oliver estendeu o tubo de ensaio e Merlin aceitou.

Ele disse, olhando as emoções com interesse.

— As emoções são algo importante para um Bruxo, mas será que ela substituirá o objeto mais precioso?

— É um item importante para mim. Essas são as minhas primeiras.

— Primeiras?

— Sim, foram essas emoções que tirei da primeira vez sem inalar Pilgaret. Originalmente, eu iria estudá-las, mas vou entregá-las ao Ancião.

Merlin olhou para Oliver e disse.

— Tudo bem. De repente estou interessado nisso. Espero que você não tenha enganado um velho inocente.

— Sim.

Merlin disse, colocando o tubo de ensaio no bolso.

— Bem, agora quero ser recompensado. Quanto mais problemas eu tiver que passar, mais coisas eu preciso receber. Por acaso você quer conversar mais tarde? Parece cansado.

— Sinceramente, quero descansar um pouco.

— Bom, mas você não pode. Quando as pessoas estão cansadas, sua verdadeira natureza aparece.

— Hum, não posso evitar. O que devo fazer?

— Luta comigo.

— Perdão?

No momento em que Oliver perguntou de volta, Merlin agarrou Oliver pelo ombro e instantaneamente o transportou para algum lugar.

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