Death God of the Drifting Moon – Capítulo 330 - Anime Center BR

Death God of the Drifting Moon – Capítulo 330

Capítulo 330

O dono da loja sentiu subitamente um calafrio percorrer sua espinha. Arrepios rastejaram desde a nuca até a parte inferior das costas.

Virando-se cautelosamente, o dono da loja encontrou Pyo-wol parado bem na sua frente.

— Quando… Quando você…?

O dono da loja ficou tão assustado e amedrontado que acabou caindo no chão. Mas Pyo-wol nem sequer olhou para ele, apenas olhou para dentro da pequena janela.

Através da janela, ele podia ver Do Yeonsan sentado com os ombros curvados.

Do Yeonsan tinha uma expressão completamente vazia, como se seu mundo tivesse desmoronado. Ele estava apenas olhando fixamente para o espaço, sem perceber que Pyo-wol o observava.

Essa expressão só poderia ser usada por alguém que havia sofrido uma grande perda.

— Do Yeonsan.

Pyo-wol chamou por Do Yeonsan, mas este não respondeu.

Do Yeonsan estava como uma pessoa presa dentro de uma grande concha agora. A menos que ele mesmo se libertasse, ninguém poderia tirá-lo dali.

Pyo-wol jogou um colar dentro da janela.

O colar pousou precisamente no topo do pé de Do Yeonsan.

Pyo-wol falou.

— Este colar foi encontrado pendurado no corpo de uma garota morta. Seu corpo foi descoberto em um rio perto do Lago Tai há um tempo.

— …

— Seu corpo mostrava sinais de agressão e tortura. Eu trouxe o colar comigo porque vi o mesmo padrão gravado no colar como o desenhado na agulha de pelo de vaca que comprei. O corpo da garota agora está sendo cuidado pelas autoridades.

— …

Ainda assim, Do Yeonsan não respondeu.

Ele continuou olhando fixamente para o espaço, aparentemente incapaz de ouvir e registrar as palavras de Pyo-wol.

Pyo-wol olhou para o rosto de Do Yeonsan por um momento antes de se afastar.

Ele havia feito tudo o que podia até este ponto.

A partir de agora, tudo dependia de Do Yeonsan.

Se ele voltaria a seus sentidos e lidaria com a situação, ou permaneceria preso em seu próprio mundo e nunca sairia dele, era totalmente responsabilidade dele.

— S-Senhor?

O dono da loja, que estava sentado no chão, ficou de boca aberta ao ver a figura de Pyo-wol se afastando. Ele não ousava se aproximar, muito menos segurar Pyo-wol.

Ele sabia muito bem o que aconteceria se tocasse em alguém como Pyo-wol.

— O que devo fazer?

O dono da loja normalmente teria relatado tudo o que aconteceu na oficina para Tang Ik-gi. Mas como Pyo-wol acabara de sair e nada significativo havia acontecido de fato, o dono da loja ficou hesitante em relatar tais assuntos.

Havia uma alta probabilidade de que o dono da loja apenas irritasse Tang Ik-gi sem motivo.

— Certamente, isso não é nada, certo?

O dono da loja eventualmente decidiu deixar os eventos de hoje sem mencionar.

Ele fechou a pequena janela do depósito e voltou ao seu lugar original.

Quando a janela fechou, a luz que entrava no depósito foi completamente bloqueada.

Nesse momento, lágrimas começaram a escorrer pelos olhos desfocados de Do Yeonsan.

— Hic!

Do Yeonsan começou a soluçar de repente.

Ele segurou cuidadosamente o colar que repousava em seu pé.

Ele não precisava olhar para saber.

Que o colar era algo que ele mesmo tinha feito. O padrão que ele podia sentir em suas pontas dos dedos provava esse fato.

— HicAaah!

Do Yeonsan se encolheu em uma bola e soltou um grito parecido com o de uma fera.

Ele não sabia quanto tempo havia passado.

Ele parou de chorar.

Em vez disso, começou a pensar.

Quando as pessoas se encontram em situações extremas, na maioria das vezes, elas querem evitá-las. Foi por isso que, diante da morte de seus pais, Do Yeonsan também havia negado a realidade e buscado refúgio em seu próprio mundo.

Mas a notícia da morte de sua irmã mais nova o arrastou de volta à realidade.

Mas agora suas lágrimas tinham secado, e ele não tinha mais lágrimas para derramar.

— Eu vou me vingar.

Do Yeonsan se levantou de sua posição.

Já tendo sofrido o abuso de Tang Ik-gi e ficado curvado por um longo tempo, mesmo um simples ato de se levantar causou uma dor intensa em todo o seu corpo. Mesmo assim, Do Yeonsan suportou a dor e se moveu.

Ele não sabia por que sua vida havia se transformado dessa forma da noite para o dia, mas sabia o que precisava fazer imediatamente.

Do Yeonsan colocou o colar de sua irmã ao redor do pescoço. Em seguida, se aproximou do canto do depósito.

Este lugar era um depósito de materiais usados na Oficina Cheolsan. Vários materiais estavam empilhados de um lado do depósito.

Limpar este lugar sempre foi responsabilidade de Do Yeonsan. Os outros aprendizes sempre haviam passado seu trabalho para ele.

Como resultado, Do Yeonsan conhecia bem quais materiais eram armazenados ali. Ele também estava familiarizado com ao planta e a estrutura do depósito, como se fosse a palma de sua mão.

E o que os outros não sabiam era que o depósito poderia ser acessado por lugares diferentes da porta.

Trancá-lo ali foi uma má escolha.

Do Yeonsan revirou o depósito. Quando encontrou os itens que procurava, saiu rapidamente e em silêncio do depósito.

Somente na madrugada do dia seguinte é que as pessoas na Oficina Cheolsan perceberam que Do Yeonsan havia sumido.

— O que aconteceu? Para onde aquele cara foi?

 

* * *

 

Pyo-wol acordou cedo e tomou seu café da manhã.

O chef principal e o funcionário da estalagem eram responsáveis por cuidar de suas refeições, então, graças a eles, Pyo-wol não precisava se preocupar em escolher a comida.

Ele comia enquanto apreciava a paisagem da manhã com o nascer do sol.

Por mais deliciosa que fosse a comida, Pyo-wol nunca tinha pressa para comer. Era seu hábito saborear a comida, dando pequenas mordidas.

A maneira como ele usava calmamente seus hashis era elegante. A comida em seu prato esvaziava gradualmente, embora lentamente.

Enquanto Pyo-wol saboreava sua comida, ele olhava para a superfície do Lago Tai, onde a luz do sol estava se abrindo. Era uma cena que ele já havia visto muitas vezes, mas ainda não se cansava.

Pyo-wol achava que estava se saindo muito bem.

Ele podia ter uma refeição normal como todos os outros e apreciar tranquilamente a paisagem ao redor. Isso era algo pelo qual ele se sentia muito grato.

Depois que Pyo-wol terminou sua refeição, o funcionário da estalagem trouxe rapidamente uma xícara de chá.

Não era o chá mais famoso de Jianghu, mas o aroma fragrante que emanava dele indicava que ainda era um chá de qualidade decente.

Swish!

Pyo-wol despejou o chá em sua xícara e a levou à boca.

Ele segurou a xícara de chá na boca por um momento, apreciando seu aroma. Depois de fazer isso, Pyo-wol se sentiu revigorado, seu humor melhorando muito.

Neste momento, Pyo-wol poderia dizer que se sentia bastante satisfeito.

Vivendo em um lugar imprevisível e traiçoeiro como Jianghu, onde qualquer coisa poderia acontecer no próximo momento, momentos de relaxamento como este faziam Pyo-wol temporariamente esquecer todas as suas preocupações e problemas.

No entanto, a paz de Pyo-wol não durou muito.

Bam!

A porta da estalagem se abriu como se alguém a tivesse chutado com força.

Um grupo de pessoas entrou pela porta aberta.

— Oh não!

— São os artistas marciais do Pavilhão da Flor da Espada!

Os hóspedes imediatamente reconheceram a identidade dos invasores que entraram na estalagem.

As pessoas que entraram na sala eram todas artistas marciais mulheres, o que era uma visão incomum. Além disso, cada artista marcial tinha uma espada embainhada em sua cintura, adornada com o mesmo padrão: uma rosa florescendo.

Era o símbolo do Pavilhão da Flor da Espada.

Como se para confirmar esse fato, Eum Yujeong estava na frente do grupo de artistas marciais femininas, e ao lado dela estava uma mulher de meia-idade com uma aparência digna.

A mulher de meia-idade estava olhando para Pyo-wol, observando-o com uma postura ereta.

Embora fosse mais velha, a mulher de meia-idade possuía uma atmosfera indescritível e uma beleza madura. Ela era nada menos que Go Yeonsu, a líder do Pavilhão da Flor da Espada.

Go Yeonsu era uma das principais especialistas em artes marciais na Província de Jiangsu.

Mesmo sendo uma mulher, ela era uma formidável artista marcial, capaz de estar lado a lado com os principais mestres de Jiangsu.

Dizia-se que, quando Go Yeonsu era jovem, houve batalhas acirradas entre os jovens artistas marciais do sexo masculino disputando sua afeição. No final, no entanto, Go Yeonsu escolheu viver sozinha sem abraçar nenhum homem.

Ela decidiu residir no Pavilhão da Flor da Espada, dedicando-se exclusivamente ao treinamento em artes marciais, e como resultado, alcançou suas realizações atuais.

Uma energia feroz e gélida emanava de todo o corpo de Go Yeonsu. Sua presença era tão forte e intimidadora que os hóspedes na estalagem mal conseguiam respirar.

Alguns dos rostos dos hóspedes até ficaram pálidos, com as bocas abertas como um peixe.

O olhar de Go Yeonsu estava direcionado diretamente para Pyo-wol.

— Você é Pyo-wol?

Uma voz afiada e espinhosa saiu da boca de Go Yeonsu.

Pyo-wol colocou sua xícara de chá e olhou para Go Yeonsu.

A expressão que Go Yeonsu tinha no rosto era de nojo. Era como se ela estivesse olhando para a coisa mais suja e desprezível do mundo.

Pyo-wol era um mestre em ler pessoas. Só de olhar nos olhos de Go Yeonsu, ele podia dizer como ela se sentia em relação a ele.

Pyo-wol escondeu seus pensamentos e falou calmamente,

— Nunca soube que a líder do Pavilhão da Flor da Espada seria tão rude.

— Como você soube que eu sou a líder do Pavilhão da Flor da Espada?

— Seria estranho se eu não soubesse. Existe algum outro grupo no Lago Tai que iria entrar aqui assim apenas com artistas marciais mulheres em suas fileiras, além do Pavilhão da Flor da Espada?

— Você é bastante esperto. Bem, eu suponho que é por isso que você estuprou uma jovem e tentou encobrir.

— Estupro?

— Não adianta negar. Eu tenho testemunhas.

Pyo-wol cruzou os braços e observou as artistas marciais do Pavilhão da Flor da Espada.

Ele estava tentando entender a situação que se desenrolava diante dele.

Pyo-wol então avistou Eum Yujeong com a cabeça baixa, atrás de Go Yeonsu. Embora Eum Yujeong tentasse esconder sua expressão baixando a cabeça, Pyo-wol podia ver claramente os cantos de sua boca se curvando para cima.

O olhar de Pyo-wol varreu então as outras membras.

Algumas o encaravam como se ele fosse um inseto, os olhos cheios de intenso desprezo. Mas havia também aquelas que evitavam o olhar ou o observavam com piedade.

Apenas com isso, Pyo-wol conseguia sentir seus sentimentos.

Pyo-wol olhou de volta para Go Yeonsu e disse:

— Então, você está dizendo que eu estuprei uma mulher?

— Isso mesmo.

— Onde está sua prova?

— Trouxe a vítima comigo. Vamos ver se você pode ser tão insolente diante da vítima.

Go Yeonsu fez um gesto, e as discípulas que estavam do lado de fora da porta entraram com uma mulher de cerca de vinte e poucos anos.

A mulher que entrou era incrivelmente bonita. No entanto, seus olhos estavam profundamente machucados, como se tivesse sido agredida na noite anterior, e havia marcas de violência em partes expostas de seu corpo.

A mulher tremia como se estivesse com medo só de olhar para Pyo-wol.

Go Yeonsu apontou para a mulher e disse:

— Esta é a mulher que você estuprou na noite passada. Você invadiu a casa dela e a agrediu enquanto ela dormia.

— Que evidência você tem de que fui eu?

— O testemunho dela é prova suficiente.

Go Yeonsu respondeu com confiança.

Sua boca se curvou em um sorriso astuto.

Go Yeonsu sabia muito bem o quão forçada e exagerada era a situação. No entanto, ela também sabia que esse método surpreendentemente funcionava bem.

Neste momento, não era apenas Pyo-wol que estava jantando no albergue, mas também outros. Eles assistiam à situação se desenrolar diante deles, os olhos brilhando como lobos que encontraram sua presa.

E mais tarde, seriam eles quem espalhariam o que aconteceu ali por todo o Lago Tai.

A notícia poderia ser limitada ao Lago Tai por enquanto, mas em breve se espalharia além da Província de Jiangsu e, em seguida, por toda Jianghu.

A verdade não importava.

As pessoas só ouviam o que queriam ouvir e viam o que queriam ver.

Apenas o rumor de Pyo-wol estuprando uma mulher seria suficiente para dar um golpe fatal em sua reputação.

Embora seja difícil para uma pessoa ganhar reputação, cair em desgraça pode acontecer em um instante.

Go Yeonsu tinha plena consciência desse fato e entendia como maximizar seu efeito.

“Não importa quão habilidoso ele seja em artes marciais, provavelmente não tem muita experiência em Jianghu.”

Go Yeonsu lambeu os lábios com a língua vermelha.

Pyo-wol era uma presa tentadora.

Não era simplesmente porque ele era jovem e bonito.

Se as informações que circulavam secretamente em Jianghu fossem verdadeiras, não havia arma tão útil quanto Pyo-wol.

Dependendo de como fosse usado, poderia se tornar uma arma tremenda.

Comparado ao clã Nanjing ou à Fortaleza Changjiang, o Pavilhão da Flor da Espada estava em desvantagem em termos de poder.

Uma seita com apenas discípulas mulheres nunca estaria em vantagem. Ninguém queria se envolver em trabalhos sujos.

Se o Pavilhão da Flor da Espada realmente quisesse se tornar a facção líder da Província de Jiangsu, elas precisariam de alguém disposto a fazer o trabalho sujo.

Foi por isso que Go Yeonsu veio ver Pyo-wol tão cedo na manhã.

Havia várias maneiras de subjugar jovens artistas marciais do sexo masculino.

Entre elas, o método mais eficaz era a armadilha da beleza. No entanto, como Eum Yujeong já havia tentado e falhado, não poderia ser usado novamente.

Foi por isso que Go Yeonsu escolheu outro esquema.

Se um jovem artista marcial promissor fosse conhecido por ter estuprado uma mulher, ele nunca mais poderia mostrar seu rosto em público.

A verdade não importava.

Não importava mesmo se a verdade viesse à tona mais tarde.

Uma vez que essa percepção estivesse gravada, não seria apagada, não importando quantos anos se passassem.

Go Yeonsu pensou que Pyo-wol tremularia de medo ou pânico. Mas ele não tremeu nem ficou agitado como ela esperava.

Ele simplesmente a encarou com olhos profundos.

Go Yeonsu sentiu uma emoção arrepiante que não podia ser expressa em palavras por um momento.

Era como se uma agulha afiada estivesse perfurando seu peito.

O sorriso que estava no rosto de Go Yeonsu desapareceu.

Nesse momento, Pyo-wol perguntou à mulher que afirmava ter sido estuprada por ele:

— Eu te estuprei?

— V-Você invadiu meu quarto na noite passada e m-me estuprou! Lembro-me vividamente de seu rosto e respiração.

— Então, você está dizendo que eu a agredi, certo?

— Eu posso garantir com a minha honra.

— É engraçado ouvir uma prostituta falar de honra.

— O que você disse?

A voz da mulher ficou aguda.

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