Capítulo 89 – A História Por Trás do Clube de Caça

Mais aterrorizante, os caçadores não escolhiam suas vítimas aleatoriamente.

Os Behrmans que desapareceram antes, por exemplo, eram alvos que os caçadores concordaram de antemão.

Porém, os Behrmans de alguma forma desapareceram durante a caça, e os caçadores não sabiam o que aconteceu.

Então, o FBI descobriu um problema mais sério: Luke e Selina eram alvos aleatórios?

Luke tinha seu próprio palpite, que foi confirmado pelo que Thomas disse em seguida: Ele e Selina também foram escolhidos.

Não é à toa que o anfitrião tivesse os recebido, ele proclamou que a família de Bob foi envolvida por acidente.

Foi por isto que os jogadores sabiam que eles eram detetives de Houston.

Não é à toa que o Xerife e o Xerife adjunto de Wolfkyle apareceram.

Tudo foi uma armadilha que formaram antecipadamente.

Luke pensou nisso porque Selina foi drogada e pega primeiro, Gus pode ter descoberto seu distintivo. Nesse caso, não seria incomum para os jogadores aprenderem sobre suas identidades.

Quanto a identidade de Bob, ele mencionou o departamento de polícia em que trabalhava quando estava conversando com Luke, e Gus ouviu.

Thomas lhes contou muitas outras coisas.

Aquelas pessoas passaram por muito problema para construir o parquinho perfeito.

O albergue parecia simples, mas o sistema de ventilação havia sido modificado para transmitir sedativo aos quartos de hóspede.

Além disso, tinham tentado em vários locais o jogo de caça antes de finalmente estabelecer no local da noite passada.

Não havia moradores ou celulares num alcance de vinte quilômetros. Até as torres de celulares foram destruídas várias vezes para que as empresas de telecomunicação não gastassem mais dinheiro em repará-las.

A única coisa que os caçadores erraram foi a inteligência de Luke.

Havia arquivos que o associava com o tiroteio em Shackelford, mas o tiroteio no armazém mexicano e o incidente em Rumford eram confidenciais. Até Brock não tinha autorização de acessá-los. Este também foi o motivo pelo qual estava infeliz com Luke e Selina.

No Departamento de Polícia de Houston, somente Thomas, que tinha uma conexão direta com a SHIELD, estava completamente ciente das habilidades de combate de Luke.

 Aqueles jogadores não consideraram o tiroteio em Shackelford grande coisa.

Se Luke era bom em disparo, poderiam tirar a arma e lhe dar o dobro do sedativo.

Foi por isso que Luke não havia conseguido controlar seu corpo mesmo que fosse muito mais forte que uma pessoa comum.

Gus também dedurou os dois Xerifes.

Eles não chegaram no parquinho de Wolfkyle; eles estavam nas redondezas, prontos para limpar a bagunça dos jogadores como policiais.

Algumas vítimas foram felizardas o bastante para escapar da caça antes, só que desapareceram de novo quando foram arrastados para as viaturas e tentaram pedir ajuda.

Depois que Thomas terminou, abriu a pasta e tirou algumas fotos: — Cheque isto.

Luke examinou as fotos, só para descobrir que eram dos jogadores: — Isto é… uma tatuagem? Huh, é um cão?

Thomas balançou a cabeça: — Não temos ideia do que a tatuagem significa. Todos os caras mais ricos tinham uma, bem como alguns dos outros.

Ponderando por um momento, Luke perguntou: — O anfitrião também tinha a tatuagem?

Thomas assentiu: — Sim. — Havia hesitação em seus olhos, mas ele não continuou.

Ao se levantar, disse: — Tudo bem, descanse um pouco. O FBI quer que assine o acordo de confidencialidade. Você deve estar familiarizado com o procedimento agora, certo?

Ele ficou sem palavras.

Aqueles dois jovens policiais eram realmente azarados.

Sim, azarados, não encrenqueiros.

Eles não foram a causa dos casos de Houston que tiveram que ser mantidos confidenciais; ao invés disso, foi Brock que designou aqueles casos.

Thomas zombou secretamente.

Desta vez, não só Brock, mas até Faraday Page, chefe deles, também teve que ser investigado.

Afinal, foi Brock que enviou Luke e Selina para Wolfkyle, e o número de Brock estava no registro telefônico do Xerife Brown. Eles conversaram assim que Luke e Selina partiram.

Embora não fosse incomum dois departamentos de polícia se comunicarem, o momento foi coincidente demais.

O FBI não acreditava que Brock não fez isto deliberadamente.

Ainda mais crítico, Faraday Page e Charlie Diaz eram conhecidos por serem melhores amigos.

Quando Faraday Page passou as férias em Wolfkyle, saiu muitas vezes para caçar com este magnata.

Agora, o FBI suspeitava do Diretor Faraday de apoiar o clube de caça.

Mesmo que não fosse um jogador, podia estar protegendo-os.

Todavia, o caso ainda estava sob investigação e Thomas era o único na HPD que sabia de tudo.

Quando aquando Faraday Page saberia, isso dependeria de quantas conexões tinha.

Ponderando todas estas coisas, Thomas disse: — Você pode tirar algumas férias após isto. Selina também pode tirar uma semana. Luke…

Luke sorriu: — Vou descansar por uma semana também. A Selina pode me ajudar quando voltarmos ao trabalho.

Thomas olhou para Luke e Selina, que estava parada ao lado dele e suspirou: — Tudo bem, mas não exagere. Não esqueça que tenho o número do Robert.

Luke rapidamente desistiu. — Chefe, prometo que cuidarei de mim mesmo. Não preocupe o Robert. Eu ligarei para ele.

Thomas assentiu e saiu.

Selina lembrou: — Uau, outra folga. Temos que agradecer… Bem, esqueça. Não devemos ficar feliz com isto.

Luke riu: — Está tudo bem. É sua vez de cuidar de mim agora mesmo.

Selina perguntou: — Você precisa que eu te dê leite?

Luke respondeu: — Isso não é necessário. Me ocorreu de repente que sou intolerante a lactose.

Muito em breve, Jack, o capitão dos agentes do FBI, chegou.

Após assinar o acordo de confidencialidade como antes, Luke sorriu: — Obrigado, Capitão Jack.

Jack sorriu e saiu logo depois.

Após sair, Luke disse a Selina: — Você viu isso? É assim que um profissional age. Ele não disse nada desnecessário.

Selina não estava interessada nisso: — O que devemos almoçar?

Luke disse: — … Nós podemos comer o que você quiser contanto que pague.