Profane Prince of Domination – Capítulo 33 - Anime Center BR

Profane Prince of Domination – Capítulo 33

Capítulo 33 – Sou Seu Genro

Uma mentira, tinha que ser uma mentira. Alex não acreditava que as palavras fossem nada mais do que mentiras cruéis.

— Não mente para mim. Você já me deserdou, qual é a necessidade de inventar tais mentiras!

— Que necessidade há de um gigante enganar uma formiga?

— Meu pai me ordenou que me casasse com a filha do visconde anterior Leitner para dizer ao mundo que a casa Leitner ainda poderia contar com o apoio da casa Kracht.

Isso era tudo para que ele pudesse retribuir ao homem por salvar sua vida à custa de sua própria. A camaradagem deles era reconfortante, mas trouxe ao meu nobre nome uma desgraça incalculável.

Porque sua mãe… não é nada mais do que uma prostituta arrivista! Eu sabia desde o início, todos os homens de alta nobreza sabiam como era fácil abrir as pernas em troca de benefícios.

Todos os meus colegas sabiam como ela bajulava os poderosos e desdenhava os fracos. Mas eu tinha que me casar com tal criatura…porque esse era o desejo do meu pai.

Havia um ressentimento evidente na voz do conde Wolfgang enquanto ele relembrava o passado.

— Somos todos livres para viver nossas vidas como quisermos. Portanto, embora a promiscuidade não seja algo que eu goste particularmente, não a desprezo abertamente. No entanto, aqueles que vêem os outros como nada mais do que ferramentas para promover sua posição social e o sexo como um meio de aprisionamento, me enojam profundamente. Assim, embora eu tenha me casado com ela, nunca a toquei.

— Quando entramos na câmara nupcial, lembro-me de que ela estava muito feliz. Mas quando ela percebeu que não poderia ser nada mais do que minha esposa no nome, ela começou a procurar novas e melhores opções. E cinquenta anos atrás, ela encontrou seu pai, um Sacerdote Semi-Santo da Igreja da Chama Sagrada.

Alex cambaleou e caiu de costas com as pernas trêmulas abertas e a descrença consumindo seus olhos.

— Não…. é possível. Uma mentira… tem que ser uma mentira!

— Por favor… pare!

Ele apertou as mãos em volta da cabeça, as unhas passando pelos cabelos e quase tirando sangue do crânio.

— Acredite se quiser. Não acredite se não quiser. Mas saiba que, por mais maligno que seja, um tigre não comerá seu próprio filhote. Se você fosse meu filho, se você fosse minha única linhagem masculina, eu preferiria matá-lo do que aleijar sua masculinidade.

— Sua vida é uma mentira. Um estratagema diabólico orquestrado por seus genitores repulsivos para assumir minha casa. Uma mistura entre uma oportunidade de promoção e o meio de satisfazer sua ganância. Mas eu tive pena de você, o filhote que não pediu nada. Então, eu te dei uma educação, esperando que você pudesse ficar de pé. Eu te ensinei artes marciais, esperando que você pudesse se defender. Mas o mais importante, eu te dei…meu nome!

— No entanto, você se atreve a se consorciar com o mal para prejudicar a mão que o levantou? Verme ingrato! Mesmo se você fosse meu filho, eu ainda te mataria!

O machado de batalha de Wolfgang cortou o ar, apontando para o pescoço estupefato de Alex. Mas quando a lâmina se aproximou de sua carne, gotículas de lágrimas escorreram por suas bochechas. Lágrimas que fizeram o machado de Wolfgang parar e seu rosto se contorcer em uma carranca.

— O quê? Depois de décadas de existência, você não pode nem morrer com o mínimo de dignidade?

Mas não eram lágrimas de medo. Eram lágrimas de tristeza e arrependimento. Para Alex, que sempre desejou o amor de seu pai e uma família unida, as revelações de Wolfgang eram demais para suportar. Assim, sem o conhecimento dele, lágrimas quentes encharcaram seu rosto.

— P-pai…eu…sinto muito…

Wolfgang pode nunca vê-lo como seu filho, mas para ele, ele sempre seria seu pai. Que nenhum sangue os conectasse não poderia mudar esse fato. E embora ele nunca tivesse recebido seu amor, pelo menos houve um tempo em que ele poderia contar com seus cuidados. Uma vez em que ele se agarrou.

— Impróprio.

Mas o machado de Wolfgang não foi mais longe. Em vez disso, sua mente, por um instante, derivou para memórias que ele desejava suprimir, e sua carranca ficou mais profunda.

— Pai, pai, olha as palavras que eu escrevi! Eu me saí bem?

— Pai, pai, eu dominei a postura da espada que você me ensinou! Você tá feliz?

— Pai, pai, por que você nunca sorri quando olha para mim? Eu fiz alguma coisa errada?

— Pai, pai…

*BAM*

Com um chute, Wolfgang enviou Alex voando pelo ar para bater além das paredes de sua mansão.

— Que esta seja minha última demonstração de clemência. Em sua vida, nunca mais apareça diante de mim; caso contrário, não me importo em executá-lo!

Seguindo essas palavras, o machado de batalha de Wolfgang desapareceu e, em um tornado de luz dourada, ele voou para longe, seguindo o caminho que a carruagem de Iliana deveria ter tomado enquanto espalhava seu sentido sagrado para cuidar de sua presença.

Quanto a Alex, ele arrastou sua forma trêmula e ensanguentada e desapareceu à distância.

— A verdade…eu preciso descobrir…toda a verdade…

Mas não seria a última vez que se encontrariam. E com o tempo Wolfgang viria a reconhecer que o que ele agora via como um ato indesculpável de fraqueza, provaria ser a melhor escolha de toda a sua vida.

……

Enquanto isso, Konrad e Iliana mal haviam partido para a mansão Kracht quando um feixe de luz dourada voou pelo céu e parou acima de suas cabeças. A luz desapareceu, revelando um homem alto e bonito que parecia ter vinte e tantos anos. Ele estava vestido com um longo manto preto, com cabelos verdes soprados pelo vento, olhos esmeralda afiados e uma postura severa e contida que mostrava um comportamento exteriormente rígido.

Naturalmente, ele era o pai de Iliana, Wolfgang Kracht. E quando seus olhos encontraram os de Iliana, a severidade de seu rosto foi substituída por amor ilimitado.

— P-Pai?

Ela murmurou, parando instantaneamente em seu caminho e olhando para a forma flutuante com incredulidade.

Wolfgang desceu ao chão, pousando na frente de Iliana com suas seis asas douradas desaparecendo em partículas de luz.

— Garotinha, papai deve pedir seu perdão. Papai é inútil e não poderia cuidar melhor de você.

O tom e os olhos apologéticos de Wolfgang fizeram com que o olhar já enevoado de Iliana fosse tomado por lágrimas. Lágrimas de alegria escorreram livremente.

— Pai!

Ela se jogou em seus braços e deixou suas lágrimas quentes umedecerem suas roupas.

— Estou aqui. Desta vez, papai nunca vai deixar você ir.

Wolfgang prometeu enquanto acariciava a parte de trás dos cabelos de sua amada filha. Dez anos atrás, ele estava de fato no Reino Cavaleiro Transcendente. Mas a dor e o desamparo causados pela perda de sua única filha o fizeram se afogar em um cultivo torturante.

Cultivo torturante que lhe permitiu ir desde o nono nível do Reino de Cavaleiro Transcendente até o terceiro nível de Semi-Santo em apenas uma década. Ele agora tinha duzentos anos e, se sua velocidade de avanço não diminuísse, era muito provável que se tornasse um santo antes dos trezentos anos. Algo que poucos na história do Império da Chama Sagrada poderiam realizar.

Quanto a Konrad, que observou essa cena do lado de fora, seu coração estava cheio de queixas.

— O destino está brincando comigo? Como o primeiro sogro poderia ser um Semi-Santo de terceiro grau?

— Eu digo que você pode ter força escondida, e você aparece com cem vezes a força esperada?

— No futuro, como posso intimidar sua filha?

— Porra!

No entanto, o choque era uma coisa. O comportamento era outro. Konrad ficou reto com os braços cruzados sob as costas, dando um ar de extraordinária e nobreza que…

— Quem poderia ser esse eunuco?

…foi totalmente arruinado por suas roupas de eunuco.

Konrad cambaleou e, ouvindo a pergunta de seu pai, Iliana não conseguiu evitar que uma risada escapasse de seus lábios.

— Ele é…

— Hum, hum…Permita que eu me apresente.

Konrad cortou, tomando a iniciativa.

— Eu sou seu genro. Prazer em conhecê-lo… sogro.

Ele cumprimentou com uma reverência educada.

*BANG*

— AAAAAARGH!

Mas assim que essas palavras saíram de sua boca, Wolfgang enviou Konrad voando com um golpe de palma.

— Pro caralho!

Então rugiu de indignação.

Iliana gritou e correu em direção ao lado de Konrad para verificar seu pulso.

— Pai! Como você poderia ser tão brutal?! Ele é seu futuro…não…meu salvador!

Ela exclamou com as bochechas ligeiramente vermelhas enquanto terminava suas palavras. E vendo o cuidado com que ela pressionou a cabeça de Konrad contra o peito, Wolfgang franziu a testa.

— Ahn?!

Para contar os olhos experientes de Wolfgang, essa cena estranhamente parecia um episódio da filha conquistada fazendo a festa de seu amor em um confronto familiar.

E quanto a Konrad, que simulava inconsciência enquanto sentia a suavidade do peito de Iliana, ele jubilou interiormente.

— Hehe, sogro, acabamos de nos conhecer que você me ajudou a dar mais um passo poderoso no meu relacionamento com sua filha?

Por que eu não te conheci antes?

Obrigado!

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