Bizarre Immortal – Capítulo 57 - Anime Center BR

Bizarre Immortal – Capítulo 57

Capítulo 57 – Xamã

— Não sei o que as cinco Famílias Imortais de Hong, Huang, Bai e Liu dos Xamãs representam. Um dos anciões da aldeia mencionou e então lembrei disto. Na época, encontrei um deles pela primeira vez; alguém na aldeia foi possuído e estava deitado no chão, latindo como um cão. Naquela época, um Xamã estava coincidentemente de passagem e deu uma olhada na pessoa possuída. Não tenho certeza sobre o que aconteceu depois disso, mas lembro que a pessoa possuída ficou bem um dia depois e voltou a trabalhar nos campos — explicou Xiaoman.

Li Huowang calculou silenciosamente algo em sua mente enquanto ouvia Xiaoman descrever as informações fragmentadas que sabia sobre os Xamãs.

— Isto significa que os Xamãs do Reino de Si Qi são similares aos Taoistas em termos do que fazem; exorcizar o mal e evitar desastres? Suas habilidades também vêm dos seres como os Deuses Errantes? — questionou Li Huowang.

— Como Xamãs interagem frequentemente com as pessoas, devem ser mais receptivos que os monges do Monastério da Retidão, certo? — Ele continuou a perguntar.

Atualmente, ele não estava com medo destes chamados Xamãs sendo poderosos demais; em vez disso, estava preocupado com o fato que era fraco demais e incapaz de lidar com Dan Yangzi. Afinal, era impossível ele enfrentar um grupo inteiro sozinho.

O barulho da carroça desapareceu de repente, tirando Li Huowang de seus pensamentos. Ele viu que os outros tinham entrado na floresta para reunir lenha e pegar água.

Ele olhou para o céu e percebeu que o sol já tinha se posto no oeste; era hora de descansar.

Contudo, ele não ficou parado; retirou a espada das costas e começou a cavar um buraco. A espada era muito afiada, e logo, ele escavou um pequeno buraco do tamanho de uma cabeça.

O Pateta, que estava parado ao lado, estava preparado. Ele pegou uma panela preta da carroça e colocou no buraco escavado por Li Huowang.

Agora, só precisariam escavar aberturas nas laterais para criar o próprio forno de terra — um para a lenha e outro para liberar a fumaça.

O macarrão era mais prático que o arroz, pois eram mais fáceis de guardar e conveniente de cozinhar.

Quando a água na panela começou a borbulhar, eles colocaram vários pacotes de macarrão que compraram na cidadezinha fronteiriça.

Com os dentes de leão pego na estrada para servir como vegetais, e um ovo de pato salgado como proteína, cada um deles recebeu uma grande tigela de macarrão.

E assim, o jantar foi preparado.

Li Huowang usou os pauzinhos para abrir o ovo de pato salgado flutuando na sopa. A gema de ovo oleosa deu uma camada dourada ao caldo, fazendo-o parecer muito apetitoso. Ele pegou os caules de dente de leão amolecido com os pauzinhos e colocou na boca, mastigando lentamente. Tinha um sabor levemente amargo — um pouco similar ao espinafre.

Anteriormente, ele não sabia que dentes de leão podiam ser comidos. Ele só aprendeu sobre o fato que eram um tipo de vegetal selvagem após ver o velho monge os comer.

Li Huowang soltou um pouco de vapor quente e tomou um grande gole da sopa. Foi muito reconfortante porque seu estômago estava quentinho. Ele acabou pensamento no velho monge do Monastério da Retidão após ver os vegetais selvagens.

Como será que ele está agora? Ele era tão simplório que provavelmente não conseguiu ver nada. Ele deve estar vivendo bem naquele ambiente, certo?

Naquele momento, um par de pauzinhos colocou a gema de ovo na tigela de Li Huowang. Bai Lingmiao, sentada ao seu lado, falou num tom suave. — Não como gema de ovo.

Li Huowang assentiu silenciosamente e pegou um pouco do macarrão usando os pauzinhos antes de comer numa bocada: — Lembra daquele sino de bronze que tenho? Eu trouxe comigo do Templo de Zéfiro.

— Sim — respondeu Bai Lingmiao.

— Vou te ensinar a usá-lo agora. Se algo acontecer comigo, lembre-se de pegar e usá-lo para se proteger — expressou Li Huowang.

— Tudo bem — retorquiu Bai Lingmiao.

— Primeiro, você precisa badalá-lo. Você se sentirá extremamente nauseada enquanto faz isso, mas você precisa aguentar. Depois, precisará pegar terra e colocar na boca… — explicou Li Huowang.

Os céus escureceram lentamente, e a refeição de Li Huowang foi terminada enquanto ensinava a usar o sino.

Bai Lingmiao pegou a tigela e os pauzinhos de suas mãos e caminhou até o riacho na floresta.

Li Huowang olhou para sua figura magra por trás; logo, virou a figura de uma garota do ensino médio usando um uniforme vermelho.

Era a silhueta de Yang Na.

Ele balançou a cabeça vigorosamente para clareara mente, fazendo a figura de Bai Lingmiao reaparecer. Irritado, deitou no chão e olhou para o céu estrelado.

Li Huowang foi o que ficou de vigia durante a primeira metade da noite; ele não vinha dormindo bem recentemente. Ou melhor, nunca dormiu bem desde que ficou preso neste mundo.

Ele usou sua espada para cutucar a fogueira antes de jogar um pouco de lenha. Usando a luz do fogo, examinou a arma.

Esta arma que poderia cortar metal como lama era meio desperdiçada em suas mãos. Ele só usou como pá para escavar buracos ou como um atiçador para o fogo. Agora, a ponta da espada estava chamuscada e parecia muito feia.

A única vez que tirou sangue com ela foi quando usou para mutilar o próprio pescoço.

Sênior Chang Ming, se pudesse ver o que está acontecendo com sua preciosa espada, você ficaria com tanta raiva que voltaria a vida?

Li Huowang murmurou consigo ao embainhá-la.

Naquele momento, um som suave veio de trás, fazendo-o levantar-se com pressa. Ele imediatamente agarrou um pedaço da madeira da fogueira e jogou.

O pedaço de madeira em chamas passou por uma figura e pousou diante de um par de sapatos bordados horrivelmente vermelhos.

 — Quem é?! Mostre-se! — Li Huowang gritou, acordando os outros.

No entanto, quando viram o par de pés com sapatos bordados na distância, ficaram assustados e sacaram suas armas imediatamente.

— Hehe, não fiquem alarmados. É tudo um mal-entendido. — Uma voz alegre soou, acompanhado por um idoso de 50 anos com cabelos brancos vindo da floresta.

Ele estava usando roupas simples e as manchas em suas roupas sugeriam que não era rico. Além de uma pequena mochila nas costas, ele tinha um tambor sujo e velho com fitas de várias cores amarrados ao redor da cintura.

Diante das armas seguradas pelo grupo de Li Huowang, ele ficou ali e explicou: — Estava correndo no meio da noite e vi alguma luz, então vim dar uma olhada. Não imaginei que encontraria seu grupo.

Quando notou que a atenção de Li Huowang estava focada no par de sapatos vermelhos bordado, esclareceu: — Está tudo bem, essa é minha esposa. Ela tem um pouco de medo de estranhos. Querida, venha aqui.

Aquele par de sapatos saiu sem pressa da escuridão e ficou ao lado do velho. Ela tinha um véu vermelho cobrindo o rosto. Suas roupas tinham as cores roxa e vermelho brilhante, e havia vários tecidos coloridos amarrados ao redor do seu corpo, assim como o tambor na cintura do velho.

Ela ficou ali, imóvel. Ver algo assim no meio da noite era o bastante para enviar calafrios pela espinha.

— Essa é sua esposa? — Li Huowang pediu por uma confirmação enquanto mantinha a espada erguida. Ele achou difícil de acreditar que ele estaria acompanhado por alguém tão peculiar. Mesmo que dissesse que ela era uma zumbi, ninguém duvidaria.

Naquele momento, Xiaoman apressou para o lado e sussurrou: — Sênior Li, ele é um Xamã.

Estas palavras imediatamente fizeram Li Huowang elevar o alerta ao máximo.

— Sim! Isso mesmo, Somos Xamãs. Sou a Deidade Principal e minha esposa é a Segunda Deidade — disse o velho.

Após ver a falta de resposta do grupo, o velho continuou: — Por quê? Não acreditam em mim? Então, que tal eu exibir uma demonstração, keke~

Antes que Li Huowang pudesse impedi-lo, o velho abriu a boca e gritou: — Invocar~ os~ deuses~

Seu grito confiante ecoou pela floresta escura e além.

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