Lord of the Mysteries – Capítulos 381 ao 390 - Anime Center BR

Lord of the Mysteries – Capítulos 381 ao 390

Capítulo 381 – Conjecturas

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Com um crepitar, um relâmpago ramificado iluminou a noite do início do inverno com um clarão branco prateado.

Não atingiu o chão, mas rasgou o ar, iluminando o local onde Klein estava, como se fosse dia, fazendo-o se destacar.

O Feiticeiro de Deus, Ace Snake, retraiu seu olhar, seu rosto estava sombrio quando ele sussurrou: — Escola de Pensamento Rosa?

— Não é um fantasma, nem é uma criatura morta-viva…

O homem maduro de meia-idade com um par de olhos dourados virou a cabeça para o lado para olhar o cadáver de Capim e disse: — Cobrir o cadáver do alvo com cartas de tarô…

— Esta é a segunda vez que algo assim acontece nos últimos dois meses.

— Quando foi a primeira vez? — Cardeal Snake perguntou com uma voz profunda.

O homem maduro de meia-idade no terno formal bem passado tossiu levemente e disse: — A vez em que o Verdadeiro Criador tentou descer a este mundo com a ajuda de um Trapaceiro.

— Então não é a Escola de Pensamento Rosa. — O Cardeal Snake fez um julgamento definitivo.

Embora essas organizações que adoravam deuses malignos não gostassem de ninguém, elas não frustravam deliberadamente os planos de suas contrapartes; em vez disso, desejavam ver seus colegas terem sucesso, esperando que eles bagunçassem a situação.

— Eu também acho. Talvez seja o surgimento de uma nova organização secreta. Sua característica é espalhar cartas de tarô por todo o corpo do alvo. — O homem de meia-idade sorriu. — E a aparência diferente das cartas do tarô implica em significados diferentes… Este cadáver tem duas cartas sobre o rosto. Um é ‘Julgamento’ e o outro é ‘O Imperador.’ ‘Julgamento’ é o motivo e objetivo, enquanto ‘O Imperador’ é o codinome da organização? Claro, isso também pode ser um tipo de ritual.

O Cardeal Ace Snake não respondeu enquanto examinava a área.

— Vamos ver o que exatamente aconteceu aqui.

Foi apenas neste momento que o primeiro lote de Punidores Mandatários chegou à vila de Capim.

Acima da névoa cinza, tendo usado apenas substitutos de estatueta de papel três vezes e não sendo levado ao limite, Klein estava prestes a usar a adivinhação para confirmar a segurança de Daisy depois.

— Daisy voltará para casa com sucesso. — Segurando o pêndulo espiritual na mão esquerda, ele fechou os olhos e silenciosamente entoou a frase.

Depois de repeti-la sete vezes, Klein abriu os olhos e viu o pingente de topázio girando no sentido anti-horário, mas se movia com uma frequência muito lenta e uma amplitude minúscula.

“Isso significa que a jornada de Daisy para casa será bastante acidentada, mas quase insignificante…” Depois de interpretar a revelação, Klein foi aliviado de suas preocupações finais.

Ele então olhou para os dois itens à sua frente, ambos irradiando um forte brilho espiritual.

Um deles era um pilar hexagonal azul claro e translúcido. Havia traços de luz brilhando através dele, como se fosse um raio vindo das profundezas da consciência. Essa era a característica Beyonder deixada por Sra. Katy.

O outro pertencia a Parker, que não pudera participar da batalha. Sua característica Beyonder havia se condensado em uma bola, como o punho de uma criança.

Este punho era composto de três cores — preto-ferro e vermelho escuro entrelaçadas com uma grande faixa de prata.

Klein não hesitou em conjurar uma caneta e papel. Ele estava pronto para usar essas duas características de Beyonder para adivinhar as fórmulas de poção correspondentes.

Antes de avançar para a Sequência 7, por causa das influências adicionais que foram deixadas nas características de Beyonder que ele tinha, era quase impossível usar a adivinhação para determinar as fórmulas. Mesmo que esse espaço misterioso pudesse ajudá-lo a eliminar a interferência e aumentar sua capacidade de adivinhação até certo ponto, ainda não era suficiente.

Portanto, o único método que Klein poderia usar, no passado, era a mediunidade.

Depois que ele se tornou um Mágico, ele foi capaz de determiná-la preliminarmente usando a característica Beyonder para uma adivinhação acima da névoa cinza; no entanto, havia uma grande probabilidade de ele falhar.

Desta vez, sem exceção, Klein falhou descaradamente.

No entanto, também teve alguns ganhos, e foi capaz de descobrir os nomes de Sequência correspondentes das duas características Beyonder.

“Parker é um Sequência 8: Xerife e Katy é uma Sequência 7: Interrogadora… Esses não são do caminho do Árbitro? Este caminho é controlado pela família real, pelos militares e por um pequeno número de antigas famílias aristocráticas em Loen. Qualquer vazamento de fórmulas e ingredientes do Beyonder é tratado com severidade… Algumas das garotas raptadas por Capim poderiam ser enviadas para a propriedade de algum aristocrata?”

“Mas não é preciso mandar quatro Beyonders para ajudar Capim só para se divertir. Obviamente não faz sentido… Harras é muito mais poderoso que Katy, então talvez ele seja uma Sequência 6 deste caminho. Depois de usar aquela luva, ele pode até ficar tão forte quanto um Sequência 5… Será que eles estão envolvidos em algum sacrifício herético sangrento, e o alvo que procuram não pode ser exposto?”

“Além dos que estão dentro do Reino, a família Castiya de Feynapotter também possui esse caminho Beyonder, que é então transmitido ao seu exército e sistema de inteligência… Poderia ser outro caso de espionagem de natureza desconhecida?”

Klein tentou adivinhar algumas de suas conjecturas, mas falhou novamente.

Ele temporariamente colocou esse assunto no fundo de sua mente e tocou levemente na borda da longa mesa de bronze enquanto murmurava para si mesmo: “Enquanto eu tiver a fórmula, com os ingredientes suplementares correspondentes, essas duas características de Beyonder serão capazes de transformar uma pessoa em um Xerife de Sequência 8 e um Interrogador de Sequência 7… A amiga da Srta. Mágica, chamada Xio, parece não ter os ingredientes de Beyonder para Xerife…”

“Eu posso vender a característica Beyonder de Parker para a Srta. Mágica através do Mundo para que eu possa acumular rapidamente o dinheiro necessário para os ingredientes da poção de Sequência 6: Sem Rosto… No entanto, sempre usar o Mundo não parece muito apropriado. Eu deliberadamente deixei as cartas de tarô desta vez. Se a Srta. Justiça ouvir sobre este assunto, então definitivamente acreditaria que foi feito pelo meu adorador… Vou deixar o Sr. Louco fazer a venda em seu nome…”

Klein rapidamente finalizou um plano e fez as características Beyonder do Xerife e do Interrogador voarem para o canto e o esconderam entre a pilha de itens.

“Eu me pergunto quais são os nomes para a Sequência 6 e 5 do caminho do Árbitro… Parece algo que usa ordem e leis… Juiz?” Klein afastou esses pensamentos e fechou os olhos no meio do caminho para observar cuidadosamente seu estado atual.

Mais uma vez, ele sentiu sua espiritualidade tornar-se viva conforme a poção se agitava. Ele sentiu que sua digestão da poção havia acelerado.

Desta vez, ele tinha confiança, com base em sua intuição, de que havia concluído a maior parte dos Princípios do Mágico. Era bom ter as minúcias restantes, mas realmente não importava se ele não as tivesse. Não afetou significativamente seu processo de digestão.

Conjurando uma caneta-tinteiro e pele de cabra, Klein aprimorou sua memória escrevendo:

“Princípios do Mágico:”

“1. Nunca aja despreparado.”

“2. Desafie o impossível, mesmo que o resultado final não passe de uma ilusão.”

Klein acreditava que esses eram os dois princípios básicos do Mágico. Usá-los seria a chave, e o resto era complementar para a perfeição.

“3. Tome a iniciativa.”

“4. Tente obter aplausos do público.”

“5. Controle a atenção do alvo.”

Deixando de lado a caneta-tinteiro vermelha escura, Klein folheou a folha e julgou os princípios por si mesmo.

“A atuação diária, juntamente com três ou quatro instâncias de atuação proativa, seria suficiente para me permitir digerir a poção do Mágico antes do ano novo. Se eu desafiasse uma performance impossível durante este período, então meu progresso seria ainda mais rápido…” Isso é mais ou menos na velocidade que desejo alcançar.

Ainda faltavam cerca de dois meses para 1º de janeiro de 1350.

Depois de fazer tudo isso, Klein esfregou as têmporas, preparado para voltar ao mundo real.

Depois de guardar a carta do Imperador das Trevas, o Frasco de Veneno Biológico e outros itens, ele de repente riu e disse de forma autodepreciativa: — Desafiar o impossível… Isso não é equivalente a cortejar a morte?

Enquanto sua voz ecoava, a figura de Klein desapareceu do espaço acima da névoa cinza.

No hotel barato na área da Ponte de Backlund, ele de repente abriu os olhos e viu a luz de velas de seu ritual de invocação.

Depois de arrumar tudo rapidamente, Klein vestiu uma jaqueta grossa de trabalhador que comprara por 4 solis e foi até a janela.

Ele pegou o doce chá gelado que havia comprado antes e olhou para sua figura borrada que se refletia na janela. Havia um sorriso sincero em seu rosto quando ele sussurrou: — Saúde.

Assim que terminou a frase, pegou a xícara, ergueu o queixo e bebeu de um só gole.

Então, ele saiu do hotel. Os lampiões a gás próximos já estavam totalmente acesos, e pedestres e carroças circulavam, alheios à explosão na fronteira entre o Burgo Cherwood e o Burgo Oeste.

Klein caminhou pelo Bar dos Corajosos por um tempo e, às 7h58, bateu na porta do encontro de Beyonders organizado pelo Olho da Sabedoria.

Ele usava uma máscara de ferro e um manto com capuz, agindo de forma completamente normal.

Enquanto isso, Xio, que ia a vários lugares todas as noites para verificar seus contatos, viu um sinal que nunca havia aparecido antes.

Pertencia ao homem de máscara dourada que havia vendido a fórmula de Xerife para ela na reunião organizada pelo Sr. A.

Era o sinal de uma reunião de emergência!

“Ele não veio me procurar esse tempo todo, e eu tenho fingido que isso nunca aconteceu. Por que ele de repente…” Xio pensou por um momento antes de decidir dar uma olhada.

O homem de máscara dourada havia prometido dar-lhe algumas missões, permitindo-lhe economizar dinheiro suficiente e trocá-lo pelos ingredientes correspondentes de Beyonder.

Assim, Xio trocou de área e marcou hora e local do encontro.

Meia hora depois, Xio saiu de seu esconderijo após observar secretamente um beco remoto que também se estendia em todas as direções. Ela caminhou em direção ao homem de máscara dourada.

O homem ainda estava vestindo seu smoking preto. Seus olhos castanhos claros analisaram a cabeça de Xio.

— Há uma missão para você.

— Dificuldade e compensação? — Xio perguntou como um robô.

O homem cutucou sua máscara forjada de ouro.

— Não é perigosa, mas pode ser muito perigosa. Tudo depende do que você faz.

— A compensação inicial é de trinta libras. Se você puder adquirir informações úteis, posso até mesmo fornecer diretamente a você um ingrediente Beyonder correspondente a poção Xerife.

— Qual é a missão? — Xio disse com uma careta.

O olhar do homem de máscara dourada ficou pesado quando ele disse: — Através dos canais disponíveis para você, descubra quem esteve recentemente mantendo o controle sobre Capim.

— Capim? Aquele traficante de pessoas? — Xio voltou com uma pergunta.

O homem assentiu.

— Sim.

— Eu rejeito esta missão. Eu o odeio! — Xio recusou imediatamente.

O homem à sua frente riu.

— Você não está trabalhando para o Capim.

— Porque ele está morto.

— Morto? — Xio ficou instantaneamente atordoada.

— Ele morreu em casa e seu corpo estava coberto de cartas de tarô. Havia duas cartas em seu rosto, uma ‘Julgamento’ e a outra ‘O Imperador’. A propósito, preste atenção aos assuntos dos últimos anos que envolveram cartas de tarô, mas não foram denunciados à polícia, — acrescentou o homem.

Capítulo 382 – Herói Bandido

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Burgo Cherwood, na casa que Xio e Fors alugaram.

Fors estava terminando o começo de seu novo livro e, de bom humor, preparava-se para se recompensar com um cigarro, quando Xio empurrou a porta e entrou no escritório.

— Fumar faz mal à saúde. — Xio resmungou.

Fors não discutiu com ela quando viu seu olhar perplexo. Em vez disso, perguntou: — Parece que algo aconteceu com você?

Xio coçou os cabelos loiros ásperos e sentou-se em uma cadeira próxima.

— Aquela pessoa de antes me contatou, a pessoa que vendeu a fórmula de Xerife para mim através de outra pessoa na reunião do Sr. A.

— Ele me deu uma missão relativamente simples. A recompensa inicial é de trinta libras. Eu nem sei se existem perigos ocultos…

Fors pensou por um momento e então disse: — Essa pessoa… Deveria haver uma organização por trás dele, mas por que eles iriam querer enganá-la? Eles não têm medo de serem implicados por sua informação; assim, fazendo com que toda a organização seja completamente destruída? Também não há nada que eles realmente precisem de você. Sua aparência é quase aceitável, mas você é muito baixa, então talvez sua vida seja relativamente mais valiosa… Eh, que missão é essa?

Xio estava acostumada com os comentários sarcásticos de sua boa amiga, pois ignorou o que ela disse no começo. Ela respondeu diretamente à segunda pergunta: — Investigar se houve alguém vigiando o Capim recentemente.

— Capim? O traficante de pessoas que merece ser enforcado… não, queimado até a morte? — Embora Fors não fosse uma caçadora de recompensas, era o seu instinto de escritora reunir material, então ela frequentemente pedia a Xio que contasse suas histórias e notícias que ela havia aprendido.

Xio assentiu. — É ele, mas já está morto. Ele parece ter morrido miseravelmente.

— Como ele morreu? Ele foi cortado até a morte por uma faca, pedaço por pedaço? — Fors perguntou, satisfeita e curiosa.

— Essa pessoa não entrou em uma descrição detalhada. Talvez seja mencionado nos jornais amanhã. — Xio pensou por dois segundos antes de continuar: — Ele apenas mencionou uma situação bastante especial na cena da morte. Ele disse que o cadáver de Capim estava coberto de cartas de tarô. Seu rosto estava coberto com as cartas ‘Julgamento’ e ‘O Imperador’.

— A carta ‘Julgamento’ provavelmente significava que era um julgamento de Capim, e o veredicto era a morte. Mas o que representa a carta ‘Imperador’? Aquele assassino, não… a identidade daquele herói? — Como autora de best-sellers, Fors instintivamente começou a interpretar o layout único da cena do crime.

De repente, ela congelou.

“Cartas de tarô? O cadáver estava coberto de cartas de tarô?” Fors de repente pensou na organização secreta à qual ela acabara de ingressar — o Clube de Tarô!

“Não poderia ser um de nós, poderia? No entanto, nenhum dos membros tem o codinome de O Imperador… Se for realmente o caso, então esta é a primeira vez que encontrei vestígios do Clube de Tarô no mundo real… Não somos apenas uma organização secreta que só existe acima da névoa cinza.” À medida que as emoções de Fors se agitavam, ela se sentiu agradavelmente surpresa e também preocupada.

Sob a liderança de um atendente, Klein entrou na sala de atividades familiar.

Havia apenas uma vela na sala. A fraca luz amarela fazia com que os arredores parecessem uma cena de uma história de fantasmas. Juntamente com as vestes negras e as máscaras de ferro usadas pelas pessoas misteriosas, a atmosfera ficou ainda mais intensa.

No momento em que entrou, Klein de repente teve uma sensação desconcertante.

Ele sentiu a chama bruxuleante da vela olhando para ele.

Sentiu que a chama explodiria e incendiaria seu cabelo e seu manto.

Sentiu que a cortina atrás da janela oriel de repente se abriria, envolvendo seu corpo e cobrindo seu nariz e boca, sufocando-o com força até a morte.

“O que está acontecendo?” Klein ficou atordoado ao ficar extremamente tenso.

Não era uma premonição de perigo, mas uma sensação difícil de evitar.

Klein cuidadosamente encontrou um assento e sentou-se.

No momento em que suas nádegas tocaram a superfície da cadeira, ele sentiu como se a cadeira fosse explodir e grossos espinhos de madeira acabassem perfurando seu corpo.

Isso o lembrou dos vídeos que ele tinha visto na Terra — devido à explosão de um cilindro de gás de baixa qualidade sob uma cadeira giratória, o poste de aço e os destroços perfuraram as nádegas do proprietário sentado, perfurando seu abdômen. Toda a cena estava cheia de sangue e carne gravemente mutilados, uma visão medonha.

“Por que estou sempre fazendo associações tão ruins? É por causa do dano causado ao meu Corpo Espiritual na batalha anterior?” Klein olhou em volta pensativo e viu que o Boticário gordo ainda não havia comparecido.

“O que aconteceu? Ou ele já deixou Backlund?” Klein murmurou algo para si mesmo e ouviu o Olho da Sabedoria anunciar o início da reunião.

Nas horas seguintes, Klein sentiu como se o lustre do teto fosse cair de lado e se chocar contra sua cabeça. Ele pensou que a mesa de centro em frente ao Olho da Sabedoria de repente se moveria para o lado e o faria tropeçar, e suspeitou que os membros da reunião ao seu redor estavam cheios de malícia e poderiam lhe causar problemas a qualquer momento.

Isso o deixava inquieto, alerta e confuso, e ele estava distraído demais para prestar atenção em negócios que terminavam em sucesso ou fracasso.

“Se alguém disser que uma premonição de perigo é como uma vibração ocasional, lembrando alguém de que há notícias ou um telefonema recebido, então a sensação que tenho neste momento é semelhante a uma furadeira elétrica perfurando constantemente, fazendo-me ser incapaz de relaxar ou prestar atenção em qualquer outra coisa…” Klein tentou esfregar a testa, mas apenas tocou a máscara de ferro frio.

Nesse momento, ele sentiu como se sua máscara de ferro de repente desmoronasse e grudasse em seu rosto, se incrustando em seu cérebro.

“É realmente porque meu Corpo Espiritual foi danificado e está me fazendo alucinar?” Klein franziu a testa.

Ele originalmente queria fazer um pedido para comprar o sangue do Caçador de Mil Faces e a glândula pituitária mutante nesta reunião, mas em tal situação, ele só poderia desistir por cautela.

Embora o nível da reunião do Olho da Sabedoria não fosse alto e houvesse uma grande probabilidade de não envolver um monstro de alto nível como o Caçador de Mil Faces, Klein acreditava que muitos dos membros aqui também participavam de outras reuniões e poderiam entrar em contato com as informações e pistas relevantes.

Em meio à sua ansiedade, Klein compareceu à reunião como espectador.

Logo após tirar o roupão, retirar a máscara e sair da sala, a sensação de que tudo na sala iria prejudicá-lo desapareceu instantaneamente, desaparecendo da maneira mais estranha!

“Isso…” As pupilas de Klein encolheram, confirmando que suas experiências anteriores não se originaram do dano em seu Corpo Espiritual; caso contrário, não teria experimentado dois estados completamente diferentes, dentro e fora.

Ele suspeitava que havia uma pessoa ou criatura na sala de atividades da reunião, invisível, imperceptível e extremamente aterrorizante. Essa entidade havia estimulado sua percepção espiritual como Vidente e seu senso de perigo como Palhaço, mas por causa da supressão da entidade ou algum outro motivo especial, esse estímulo apareceu na forma de uma rica imaginação que falhou em fazê-lo perceber a entidade propriamente dita.

“Quem poderia ser? Isso é muito assustador. Apenas a própria existência me fez ter uma reação semelhante aos sintomas de perda de controle…” Sem fazer barulho, Klein saiu da casa do Olho da Sabedoria e se dirigiu para a rua mais próxima.

De repente, ele teve um palpite.

“O Bar dos Corajosos fica próximo, e também é a área de monitoramento do Espectro Steve, que foi morto por Srta. Sharron, Maric e eu…”

“Suas mortes definitivamente deixariam o Beyonder de alta sequência da Escola de Pensamento Rosa com raiva, e ele lançaria seus olhos para cá, para os Beyonders que vivem perto do Bar dos Corajosos…”

“Era ele?”

“Felizmente, usei o Frasco de Veneno Biológico e o Broche do Sol esta noite, e para evitar ser adivinhado, deixei-os acima da névoa cinza… Caso contrário, o resultado seria inimaginável… O Mágico que acabasse de completar uma performance impossível seria morto diretamente aqui…”

“O mundo Beyonder é realmente perigoso…”

Dentro da Catedral do Vento Sagrado, o Cardeal Ace Snake olhou para o capitão de equipe dos Punidores Mandatários e perguntou sem emoção: — Quem é Capim?

— Por que há uma masmorra subterrânea em sua vila?

O capitão de equipe dos Punidores Mandatários respondeu imediatamente: — Ele é um magnata, alguém que dizem estar relacionado a muitos casos de meninas desaparecidas. Ele é suspeito de ser um traficante de pessoas e está secretamente envolvido no comércio de escravos.

— Aquela masmorra subterrânea prova os rumores.

— Por que um traficante de pessoas recebeu a proteção de tantos Beyonders? E suas Sequências também não são baixas, — Cardeal Snake pressionou.

— Sua Graça, isso requer uma investigação. Tentamos usar os meios do Beyonder para encontrar pistas, mas todos falharam, — respondeu o capitão de equipe dos Punidores Mandatários, um tanto trêmulo de medo.

— Eu também tentei, — o Cardeal Snake não o culpou.

Este membro do escalão superior da Igreja do Senhor das Tempestades parou por um momento antes de continuar: — Continue a investigar este assunto. Além disso, encontre aquele espectro de Sequência 6 ou 5.

Depois que seu subordinado saiu, o Cardeal Snake pegou sua caneta-tinteiro e anotou em seu caderno uma série de assuntos para prestar atenção: — Capim, tráfico de pessoas, ritual de cartas de tarô, espectro estranho sem alta Sequência, trama oculta.

No Burgo Imperatriz, a opulenta vila do Conde Hall.

Audrey esperava que a empregada cortasse a comida, quando ouviu o pai, o Conde Hall, que costumava ler os jornais no café da manhã, rir.

— Capim está morto.

— Quem é ele? — Audrey perguntou com os olhos bem abertos.

Na verdade, ela não estava nem um pouco curiosa sobre quem era Capim. Ela simplesmente bajulou seu pai, que obviamente desejava compartilhar seus pensamentos.

Essa era sua especialidade como filha e a natureza inata de uma telepata.

— Ele é um magnata que secretamente pode ser um traficante de pessoas. Ele tem bons laços com algumas pessoas. Heh… — Conde Hall riu. — Ele foi morto ontem à noite. Havia sinais óbvios de que ele estava sendo julgado na cena do crime, então os jornais estão chamando o assassino de Herói Bandido. O Herói Bandido Imperador das Trevas. Oh, eles o nomearam após o codinome dos governantes do antigo Império Solomon.

“Herói Bandido? Herói Bandido Imperador das Trevas? Imperador das Trevas…” Audrey imediatamente pensou na Carta da Blasfêmia pertencente ao Sr. Louco. Este foi o item do mais alto nível com o qual ela entrou em contato até agora.

De repente, ela se interessou pelo assassinato do Capim: — Parece interessante. Embora seja ilegal, ainda quero dizer que o Herói Bandido se saiu muito bem. Oh, pai, como foi?

— A polícia e os departamentos relevantes da Igreja não divulgaram nenhum detalhe exato. Eu também não os sei, mas isso é o que está escrito nos jornais. O Herói Bandido estava vestido com uma armadura preta e uma coroa preta. Ele tinha uma capa da mesma cor atrás dele. Depois que entrou na vila de Capim, ele não apenas roubou todos os objetos de valor do cofre, mas também roubou a vida de Capim e seus capangas malvados, resgatando garotas que estavam trancadas na masmorra subterrânea. Espalhou cartas de tarô no corpo de Capim, e as mais destacadas de todas foram as duas cartas que cobriam seu rosto. Uma delas era ‘Julgamento’ e a outra era ‘O Imperador’. — Conde Hall segurou o jornal enquanto o descrevia com um sorriso.

“Cartas de tarô… Carta do Julgamento e carta do Imperador…” Os olhos de Audrey de repente se iluminaram.

Capítulo 383 – Voltando para casa

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Audrey quase teve certeza de que tinha sido feito pelo adorador do Sr. Louco quando ouviu a descrição da cena familiar.

De repente, ela sentiu uma forte sensação de imersão, participação e orgulho.

“Aquele era um traficante de pessoas cujas mãos estavam manchadas de sangue e maldade… A carta Julgamento é a retribuição decretada contra ele em nome da justiça. O veredicto foi enforcamento, decapitação ou queima na fogueira? A carta Imperador deveria ser um símbolo de sua identidade… Foi este o adorador que se infiltrou no Museu Real e roubou a Carta da Blasfêmia do Imperador das Trevas?” Audrey deixou sua imaginação correr solta por um momento.

Ela pretendia pressionar para obter mais informações e detalhes mais sutis, mas pelo olhar no rosto de seu pai, o tom de sua voz e a cor de suas emoções, ela poderia dizer que ele ainda não sabia o que estava acontecendo. Portanto, só conseguiu suprimir sua curiosidade e planejou perguntar a seu bom amigo, Kance Leerhsen, do MI9.

“Embora perguntar diretamente a Kance sobre isso se adequasse à minha imagem nesse aspecto, isso ainda seria bastante abrupto. Também entraria em conflito com minha identidade como nobre. Hmm… Vou pedir a Annie para preparar alguns convites para um chá da tarde, enviando-os separadamente para Glaint, Kance, Murray, Christine, Jane e os outros… A maioria deles está interessada em misticismo, então eles se sentiriam interessados ​​em alguém conhecido como o Heróis Bandido Imperador das Trevas. Sob minha orientação, eles podem me ajudar a fazer muitas perguntas que não seriam convenientes para mim… Está decidido…” Audrey desviou a atenção e mordiscou seu café da manhã.

Ela acreditava que os adoradores do Sr. Louco não teriam lidado com Capim apenas para punir o mal, uma vez que não estava de acordo com sua identidade e status. Claro, se Audrey ainda fosse a mesma Audrey que acabara de ingressar no Clube de Tarô alguns meses atrás, então ela definitivamente estaria disposta a aceitar tal explicação; caso contrário, não teria escolhido a carta da Justiça como seu símbolo.

Depois de viver por tantos encontros e tantos assuntos, ela sentiu que havia amadurecido muito e não era mais tão inocente. Ela acreditava que deveria haver fatores mais importantes e essenciais por trás desse assunto, como um deus maligno ou uma organização secreta na qual Capim estava envolvido.

“Espero que Kance possa fornecer alguma informação útil,” Audrey pensou com antecipação.

Rua Minsk, nº 15. Klein estava comendo pão branco com geleia e folheando os jornais do dia.

— O quê? Um cofre? — Enquanto lia, quase engasgou com a própria saliva.

“Não fui eu… Eu não… Não fale besteiras…” Em sua mente, Klein imediatamente rejeitou a descrição de seu roubo no cofre três vezes.

A situação era premente e, para obter pistas, tudo o que ele fez foi vasculhar o cofre para ver se havia algum documento ou evidência importante, apesar de ter encontrado o cofre. Ele não pegou nada e rapidamente saiu do cofre e foi para outra sala.

Claro, Klein, em seu estado de Corpo Espiritual, também sofreu alguns danos da explosão de gás, e o peso total dos itens que ele poderia carregar foi bastante reduzido. Havia apenas barras de ouro, joias, escrituras de terras, escrituras de casas, antiguidades e outros itens no cofre, que não eram convenientes para ele levar ou não havia como lavá-los.

“Talvez ele tenha um lugar reservado especialmente para dinheiro, mas infelizmente não o encontrei, nem tive tempo de procurá-lo…” Klein murmurou silenciosamente para si mesmo, confirmando que foram os investigadores subsequentes que dividiram todo o conteúdo no cofre.

Ele olhou para o jornal, tomou um gole de chá preto e expirou lentamente. Sorriu interiormente.

“Herói Bandido Imperador das Trevas… Eu gosto desse nome…”

Depois do café da manhã, Klein vestiu sua sobrecasaca grossa trespassada e meia cartola, e segurava uma sólida bengala preta. Abrindo a porta, ele saiu da Rua Minsk para a Pista do Machado Quebrado, no limite do Burgo Leste.

Foi lá que Daisy desapareceu.

Depois de finalizar seus planos ontem, e antes de se comprometer com sua operação, ele deliberadamente fez uma viagem para a Pista do Machado Quebrado para procurar pistas seriamente. Ele bateu nas portas das casas próximas e perguntou se eles tinham visto alguma garota como Daisy.

Embora Klein não acreditasse que os Beyonders oficiais pensariam que uma família pobre seria capaz de contratar o Herói Bandido que tinha pelo menos a força de um Sequência 6, ele acreditava que havia uma probabilidade maior de que a investigação ser direcionado para os segredos em que Capim estava envolvido, complementado por quem estava vigiando Capim recentemente e outras investigações periféricas, ele ainda decidiu cautelosamente fazer um show e tentar o seu melhor para representar todo o ato. E se um dos executores Beyonders perdesse a cabeça e planejasse fazer uma investigação preliminar a esse respeito?

“Algumas famílias podem ter algumas economias e contratar outros detetives. As chances de ser suspeito como uma pessoa de bom coração como eu, que assumiu o caso ontem, são extremamente baixas. Desde que eu não seja suspeito, eles não comparariam meu desempenho no caso Lanevus anterior… Além disso, os Falcões Noturnos foram os que agiram anteriormente e foram atendidos pelo departamento especial dos militares. O caso de Capim aconteceu no Burgo Cherwood, então os responsáveis ​​​​pelo caso provavelmente seriam os Punidores Mandatários. A comunicação entre os dois grupos não seria tão fácil… Hmm, Katy e Parker pertencem ao caminho do Árbitro. Eu me pergunto se os militares vão intervir…” Como ex-Falcão Noturno, Klein tinha uma compreensão suficiente do modus operandi das várias organizações oficiais, seus estilos de trabalho e seus hábitos de investigação.

“Simplificando, tenho excelentes habilidades anti-detetive…’ Klein deu uma risada autodepreciativa enquanto subia em uma carruagem.

Ele iria continuar sua investigação sobre o desaparecimento de Daisy.

Afinal, ele era um detetive particular comum que não conseguiu confirmar se o desaparecimento de Daisy tinha algo a ver com Capim.

Às nove horas da manhã, Daisy voltou ao miserável apartamento alugado escoltada pelo policial responsável pelo bairro.

Juntamente com algumas garotas lamentáveis ​​como ela, ela foi para várias catedrais no Burgo Cherwood na noite anterior e havia sido questionada de acordo. Incluía o que elas viram quando escaparam, o que viram quando olharam para trás, onde moravam, qual era a situação de sua família, se conheciam algum amigo fora do comum e assim por diante.

Daisy, que ainda estava em estado de pânico e medo persistente, respondeu às perguntas com sinceridade.

Depois disso, ninguém voltou a procurá-la.

Ela dormiu a noite toda e foi enviada de volta para o Burgo Leste no início da manhã, onde foi entregue ao feroz policial que ela sempre via.

No caminho, Daisy não se atreveu a dizer nada. Ela tremia de medo, e só quando entrou no apartamento onde morava é que se sentiu um pouco mais tranquila.

Assim que passou pela porta, e antes que pudesse encontrar sua mãe e irmã através das roupas molhadas penduradas, ela ouviu um grito.

— Daisy!

Freja parou tudo o que estava fazendo e, como um cervo ágil, disparou entre as roupas penduradas no ar e as coisas aleatórias no chão. Ela correu para a porta e abraçou a irmã com força.

Então ela soltou a mão e, com lágrimas escorrendo pelo rosto, avaliou Daisy com surpresa agradável e preocupação.

— Você está bem?

— É tão maravilhoso que você finalmente voltou!

Liv também se levantou de trás da pia. Ela enxugou as mãos na roupa e perguntou, esfregando os olhos: — Daisy, onde você esteve nesses últimos dias?

Nesse momento, o policial interrompeu: — Ela foi sequestrada. Nós a resgatamos.

— Obrigada, obrigada! Vocês são ó-ótimos demais! — Liv derramou lágrimas e usou um adjetivo aleatoriamente.

O policial tossiu levemente e disse: — Esse é o nosso dever… Você conheceu alguém estranho nos últimos dias?

Liv ficou atordoada por um segundo. Esperando não se envolver em muitos assuntos ou se meter em problemas, ela disse: — Não, realmente não.

O policial acenou com a mão e disse: — Tenha mais cuidado no futuro! Não tome atalhos desertos de novo!

Ele não suportava a umidade e a mistura de cheiros, então se virou e saiu.

Liv olhou para a filha novamente. Ela deu passos largos para o lado e enxugou as mãos na lateral da roupa antes de abraçar Daisy.

— Que bom que você voltou. Que bom que você voltou… — ela murmurou em meio às lágrimas, sem perguntar se Daisy havia se machucado.

Daisy relaxou e soluçou.

Ao lado dela, Freja também chorava. Ela esticou os braços e abraçou a mãe e a irmã, respectivamente.

As três choraram por um tempo antes de se soltarem.

Liv enxugou os olhos novamente e disse: — Lave as roupas primeiro; ainda há muitas delas.

Daisy, que acabara de ser resgatada, acenou com a cabeça e rapidamente se jogou em seu trabalho.

Não foi até o meio-dia, enquanto elas mordiscavam o pão preto e bebiam água pura que dificilmente poderia ser considerada chá, que Liv finalmente teve tempo de perguntar: — Daisy, você se machucou?

Daisy balançou a cabeça.

— Eles só me bateram algumas vezes.

— Isso é ótimo! A polícia resgatou você? Um detetive gentil estava disposto a ajudar a procurá-la gratuitamente ontem, e você acabou voltando hoje. Ah, ele ainda tem o seu livro de vocabulário, — Freja mencionou de passagem.

Já preparada, Liv mencionou: — Vou pedir ao Velho Kohler para recuperá-lo e dizer ao detetive que você está em casa para que ele não tenha que se ocupar com esse assunto. Independentemente disso, temos que agradecê-lo novamente.

Daisy sentiu-se aliviada ao responder à pergunta da irmã: — Não, não foi a polícia. Houve uma explosão repentina, e as portas que nos mantinham trancadas se abriram estranhamente, e nós simplesmente saímos correndo. No entanto, vi um cavalheiro no telhado.

— Ele usava uma armadura preta, um capacete em forma de coroa e uma capa. Ele apenas ficou lá nos observando em silêncio. Nenhum desses bandidos veio nos parar ou nos perseguir.

Como tutora na escola gratuita, Daisy claramente tinha um vocabulário mais rico do que sua mãe, Liv.

— Uma pessoa vestida assim salvou você? — Liv respondeu em choque. Ao lado, Freja curiosamente esperava pela resposta.

Daisy assentiu com seriedade e disse: — Sim, ele é c-como o que o bardo disse…

— Um herói!

“Herói…” Freja refletiu sobre a palavra, seus olhos tão brilhantes quanto as estrelas.

Em certa câmara secreta, um grupo de pessoas comparava cuidadosamente o caso Lanevus com o caso Capim, a partir das informações que recebiam, em busca de semelhanças entre os motivos e o modus operandi.

— As duas coisas não podem ser ligadas de forma alguma. A única coisa que têm em comum é o mal, ou melhor, o mal foi derrotado. O dono da carta de tarô defendeu a justiça, — exclamou alguém.

— Pode-se confirmar que os dois casos não envolveram a mesma pessoa. A diferença de força é óbvia, e no que eles são bons é ainda mais contrastante. Embora seja possível que sua Sequência tenha sido elevada, o assassino de Capim era uma espécie de espectro, ou alguém que pode mudar para o estado de Corpo Espiritual. Isso não é algo comum. — A análise de outra pessoa foi endossada pela maioria.

Portanto, a pessoa que convocou a reunião concluiu: — Dois casos, duas pessoas diferentes, mas ambos jogaram cartas de tarô. Talvez o último estivesse tentando imitar e, se for esse o caso, podemos atingir as pessoas que estão cientes do caso Lanevus. A outra possibilidade é que haja uma organização!

— Uma organização simbolizada por cartas de tarô!

Capítulo 384 – Por conta própria

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No Burgo Imperatriz, a opulenta vila do Conde Hall.

O aroma do café do Monte Santo Dersee de alta qualidade de Feynapotter misturado com a esplêndida fragrância do chá preto da Rainha criou uma sinfonia inebriante de cheiros. Eles se demoraram em torno da elegante bandeja de chá da tarde de três andares, que servia deliciosas e delicadas sobremesas.

Este foi o chá da tarde organizado por Audrey.

Ela havia convidado seus amigos de linhagem de sangue azul, todos que também eram entusiastas do misticismo. Eles se sentaram ao redor dela, conversando e rindo.

Sob a orientação imperceptível de Audrey, Jane, Murray e os outros ficaram extremamente interessados ​​no Herói Bandido Imperador das Trevas que apareceu na noite passada. Todos eles olharam para o nobre Kance Leerhsen, que havia se juntado ao MI9.

— Que poderes de Beyonder esse Imperador das Trevas tem? — a doce Christine perguntou curiosamente.

Entre os poucos, o posto mais baixo entre seus pais era o de visconde. Isso permitiu que eles tivessem status e canais suficientes para entender a existência dos poderes e poções de Beyonder em sua cativante busca pelo misticismo. Mas, assim como Audrey antes, todos eles não estavam dispostos a se juntar aos Falcões Noturnos, aos Punidores Mandatários, à Mente Coletiva da Maquinaria ou ao MI9.

Fora isso, as famílias às quais eles pertenciam não tinham histórias que remontavam a mil anos atrás, e mesmo os antigos aristocratas que haviam acabado de se estabelecer na Quarta Época do Reino de Loen não eram completamente leais à realeza ou aos escalões superiores das forças armadas. Eles não receberam nenhuma fórmula e, mesmo que tivessem ingredientes de Beyonder, era improvável que pudessem reconhecê-los. Eles nem saberiam como usá-los, mesmo que os reconhecessem.

Isso limitou a possibilidade de Murray, Christine e os outros se tornarem Beyonders. Eles só podiam esperar por isso, mas era difícil para eles dar esse passo crucial.

Quanto a saber se seus anciãos haviam ou não coletado as fórmulas de poções e nutrido Beyonders para suas famílias, isso estava além de seu alcance. Afinal, isso não era permitido; se o rei descobrisse, eles poderiam usar isso como uma razão para despojá-los de seus títulos nobres.

Claro, já havia dois traidores na sala: Audrey, que havia avançado para a Sequência 8: Telepata; e o Visconde Glaint, que havia reunido uma porção dos ingredientes de Beyonder. Não demoraria muito para que ele se tornasse um Boticário.

O jovem cavalheiro alto e magro, Kance, tomou um gole de seu café e disse: — Não vou lhe dar uma resposta direta. Vou apenas contar alguns fatos.

— Além dos vestígios de uma explosão de gás na sala de jantar onde a batalha aconteceu, vários meios foram usados ​​para detectar veneno, substitutos, Grito do Espectro, balas condensadas com poderes sagrados e outros elementos. A propósito, aquele Imperador das Trevas, não — o Herói Bandido estava em um estado de espectro.

“Não se parece com a pessoa que matou o Contra-Almirante Furacão, Qilangos, nem se parece com a pessoa que lidou com Lanevus nos esgotos… A pessoa envolvida no caso de Capim é o terceiro adorador do Sr. Louco que roubou a carta do Imperador das Trevas? Há pelo menos três adoradores só em Backlund… Quantos adoradores Ele tem no total?” O coração de Audrey disparou quando ela perguntou deliberadamente: — Houve uma intensa batalha de Beyonder?

Murray, sob sua liderança, perguntou um passo adiante: — Havia Beyonders na casa de Capim? Beyonders relativamente poderosos? E havia mais de um?

— Ele é apenas um traficante… — O Visconde Glaint inconscientemente expressou sua dúvida.

Audrey manteve seu leve sorriso e olhar curioso, esperando pacientemente pela resposta de Kance.

Kance riu e disse: — A suposição de Murray está correta. Eu só posso dizer isso.

— Você quer que eu seja preso pelo capitão?

“A casa de Capim tinha mais de um Beyonder relativamente poderoso…”

“Na verdade, ele não é um traficante de pessoas comum. Ele pode estar envolvido em muitos assuntos relacionados ao misticismo…”

“Traficante de seres humanos… Ele poderia estar envolvido em algum rito de sacrifício de um culto? O adorador do Sr. Louco atacou por causa disso?”

“Foi mais ou menos o mesmo com Lanevus. Envolveu um culto e sacrifícios, assim como a descendência do Verdadeiro Criador… Eu me pergunto qual culto e deus maligno está por trás de Capim…”

“O objetivo do Sr. Louco parece ter sido sempre mirar nesses deuses malignos… É realmente um conflito entre os deuses? Quem sabe quantos grandes esquemas desses deuses malignos Ele frustrou…” Audrey fez muitas conexões enquanto seu coração subia de emoção.

“Os inimigos do nosso Clube de Tarô são os deuses malignos!

“O resto não está qualificado!”

“O Sr. Louco deseja obter o título de O Nêmesis dos Deuses Malignos?” Audrey franziu os lábios e riu baixinho em seu coração.

Então, ela reprimiu suas emoções e secretamente fez uma confissão.

“Audrey, como você pode fazer isso? Como você pode usar o Sr. Louco como uma piada…”

Ao meio-dia, quando Klein voltou à Rua Minsk, encontrou, como esperava, uma carta do Velho Kohler, que havia pago a um cocheiro para entregá-la em sua caixa de correio.

Este foi o método de contato combinado durante uma emergência.

É claro que, de acordo com a previsão de Klein, o Velho Kohler, que não conhecia muitas palavras, só poderia usar símbolos simples para dizer onde e quando eles se encontrariam. Para sua surpresa, na verdade, estava escrito com uma caligrafia bem cuidada quando ele abriu a carta.

Com uma olhada rápida, Klein confirmou que era idêntica à caligrafia do livro de vocabulário de Daisy.

“Parece que foi essa garota que ajudou o Velho Kohler a escrever… Este pedaço de papel não parece estar exposto à umidade. Talvez o Velho Kohler tenha comprado alguns para o caso de precisar entrar em contato comigo com urgência…” Klein abriu a porta da sala e leu a carta.

Tirando o chapéu e a bengala, encostou a bengala na parede. Ele não tirou o casaco porque a lareira da sala ainda não estava acesa e o frio do início de novembro penetrava silenciosamente em seus ossos.

A carta era simples; afinal, Daisy também não sabia muitas palavras.

Ela agradeceu ao detetive por sua gentileza e boas intenções antes de dizer a ele que voltou para casa em segurança e, finalmente, disse, com tato, que esperava que ele trouxesse seu livro de vocabulário com ele na próxima vez que viesse ao Burgo Leste.

“Que garota educada…” Klein riu. Ele estalou os dedos e queimou a carta, sem deixar pistas.

Ele decidiu voltar para o Burgo Leste no dia seguinte e devolver o livro para Daisy, bem como reembolsar o Velho Kohler pelo custo de entrega de cartas, papel e canetas-tinteiro.

Com isso em mente, não pôde deixar de suspirar e rir.

— Capitão, agora é minha vez de aprovar as reivindicações de despesas de outros…

Sem perder tempo, saiu de novo e foi direto para o Clube Quelaag, onde o Dr. Aaron era mais requisitado nas tardes de sexta-feira. Klein queria perguntar sobre Will Auceptin, a criança que jogava cartas de tarô.

Depois de entrar no Clube Quelaag no Burgo Hillston, Klein disse ao atendente de colete vermelho: — Uma xícara de chá preto marquês e uma porção de sobremesa. Envie-a para o assento do canto do salão principal. O Dr. Aaron, o repórter Mike e os outros estão sentados lá.

Klein já havia visto o relativamente frio e famoso cirurgião Aaron Ceres, que usava óculos de aro dourado, bem como o repórter Mike Joseph do Observador Diário, com quem ele havia trabalhado duas vezes e tinha um par de olhos azuis encantadores. Ele também viu o aristocrático professor de hipismo, Talim Dumont, cuja frequência de aparições no clube só perdia para a dele.

— Oh, nosso grande detetive está aqui, e por acaso estávamos falando sobre você. — Talim levantou-se com um sorriso.

— Falando coisas ruins nas minhas costas? — Klein brincou.

Mike se levantou e apertou sua mão.

— Não, quero contratá-lo novamente.

— Qual é o problema desta vez? — Klein curvou-se para o Dr. Aaron e sentou-se à mesa.

Mike riu e disse: — Tenho certeza que você leu os jornais? Capim foi morto pelo Herói Bandido Imperador das Trevas, e seus crimes foram expostos. Que evento alegre!

— E como repórter, preciso ter perspicácia para as notícias. Pretendo obter uma lista de nomes das meninas que foram resgatadas no Burgo Leste do departamento de polícia para entrevistá-las. Depois, pintarei o lado mais cruel, mais perverso e mais imperdoável de Capim para os leitores do jornal. Claro, as vítimas devem permanecer anônimas.

Ele parou por um momento e suprimiu sua voz.

— Também tenho um objetivo oculto, ou devo dizer, desejo usar a entrevista para saber se essas meninas ou suas famílias conhecem algum amigo relativamente especial. Quem sabe, pode ser o Herói Bandido Imperador das Trevas!

“Você encontrou a pessoa certa…” Os cantos da boca de Klein quase se contraíram.

Ele sorriu para Mike e disse: — Já trabalhamos juntos nos assuntos do Burgo Leste. Temos familiaridade e confiança suficientes, então não tenho motivos para recusar.

— Espero uma parceria agradável. — Mike estendeu a mão. — Começaremos amanhã ou depois de amanhã, e seremos pagos como da última vez, num total de dez libras.

Naquele momento, o Dr. Aaron, que estava ouvindo ao lado, disse: — Sherlock, eu também quero contratá-lo. Esta noite ou depois do jantar.

“Parece que meu negócio está melhorando recentemente…” Klein perguntou, divertido: — Isso entrará em conflito com o pedido de Mike?

— Não. — Aaron balançou a cabeça. — Minha sorte recentemente tem sido muito boa. Isso me faz suspeitar que meu azar foi por causa da carta invertida da Roda da Fortuna daquele menino e das palavras que ele disse. Estou muito preocupado e confuso a esse respeito. Juro por Deus que fui muito legal com ele e o tratei com a melhor das intenções. Por que ele me trataria daquele jeito? Desejo visitá-lo em sua casa e confirmar que ele não fez isso de propósito. No entanto, estou com medo de que algo semelhante aconteça novamente ou algum acidente possa ocorrer. Portanto, desejo contratá-lo para me proteger. Só por esta noite. Não entrará em conflito com o pedido de Mike. O que acha?

“Isso é o que eu queria fazer! Depois de desafiar o impossível e fazer boas ações, minha posição moral tornou-se muito boa… Será que vou mesmo me tornar o Rei do Amarelo e Preto que traz boa sorte?” Klein ficou agradavelmente surpreso ao dizer com um sorriso reservado: — Sem problemas, podemos conversar sobre a remuneração.

Cidade de Prata.

Derrick Berg examinou mais uma vez o verme translúcido com doze anéis, os restos do avatar de Amon.

Ele originalmente queria perguntar ao Sr. Louco o que era exatamente, mas considerando como ele já havia incomodado essa figura divina uma vez, não teve coragem de perguntar quando abandonou esse plano. Agora, planejava mostrá-lo no próximo Encontro de Tarô e perguntar ao Sr. Enforcado, à Srta. Justiça e aos demais.

Depois de esconder o verme, Derrick de repente pensou em algo. Já era hora da equipe que tinha ido com a Pastora, Anciã Lovia, explorar o templo semi-destruído do Criador Caído retornar — não era muito longe da Cidade de Prata, e era em uma direção que eles não tinham pisado antes.

Ele decidiu dar uma olhada. Havia algumas pessoas que ele conhecia entre a equipe de expedição.

Capítulo 385 – Uma história sobre o amor

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Olhando para o céu escuro sendo iluminado por relâmpagos, Derrick não bateu nas portas dos poucos conhecidos que conhecia. Em vez disso, caminhou pela estrada mais larga e caminhou até o campo de treinamento na periferia da Cidade de Prata.

Depois que cada equipe de exploração retornava, eles eram forçados a ficar aqui por um certo período de tempo. Não apenas seria conveniente para eles se comunicarem e relatarem as coisas que encontraram na escuridão, mas também seriam colocados em quarentena de maneira diplomática para se protegerem contra coisas estranhas que poderiam se prender ao corpo de qualquer membro e entrar em erupção repentinamente após um certo período de tempo.

Este foi o resultado dos dois mil anos de experiência da Cidade de Prata. Não era tão complicado, mas foi bastante útil.

Assim que ele entrou no campo de treinamento com o Machado do Furacão enfiado atrás da cintura, os olhos de Derrick Berg se iluminaram de repente. Ele viu a linda Anciã Lovia, que parecia estar na casa dos trinta, bem como dois rostos familiares que tinham a idade dele.

Devido ao ambiente limitado da Cidade de Prata, sua população não conseguia crescer mais. O número de pessoas de uma determinada faixa etária era um número simples e, embora Derrick não ousasse dizer que conhecia todos eles, ele já havia visto a maioria antes. Ele foi colega de classe e parceiro de alguns deles durante as aulas de educação geral e nos campos de prática.

A pessoa com quem Derrick estava mais familiarizado nesta equipe de expedição era Darc Regence, que já havia sido seu companheiro de equipe de patrulha.

O jovem chamado Darc era de estatura mediana e era um pouco gordinho. Ele era forte, otimista e alegre. Seu rosto sempre exibia um sorriso amigável. Atualmente, era um Sequência 8: Gladiador1 do caminho dos Gigantes.

Nesse momento, as duas partes estavam separadas por uma parede translúcida e dura como aço, impossibilitando qualquer contato efetivo. Eles tiveram que esperar até que os membros da equipe de exploração confirmassem que não tinham problemas antes de poderem se encontrar diretamente.

Derrick, que havia ficado calado e retraído desde a morte de seus pais, acenou para Darc.

Percebendo isso, o Gladiador virou a cabeça para o lado e olhou.

— Darc, como foi? Você não encontrou nenhum perigo, não é? — Derrick gritou.

O material usado para criar a parede negra naquela área veio de algum lugar não muito longe da Cidade de Prata e foi chamado Amber Sombrio. Era duro como aço, mas ao mesmo tempo possuía um certo grau de transparência e propriedades que o tornavam bom para transmitir som. A fala de Derrick foi desobstruída.

Derrick imaginou que Darc definitivamente sorriria brilhantemente e balançaria os braços por hábito, dizendo: — Dê uma olhada, não estou ferido, então deveria ser óbvio que não encontramos nenhum perigo. Não foi nada!

Ao ouvir sua voz, Darc deu alguns passos para mais perto da parede e respondeu com um sorriso: — Não, tudo correu bem.

Olhando para seu sorriso sem falhas, Derrick de repente sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Era como se estivesse acampando em uma torre em ruínas ou em uma cidade em ruínas à noite. A escuridão estava ao seu redor enquanto eles se acumulavam em um horror esmagador.

Dentro do Clube Quelaag, Klein e o Dr. Aaron concordaram com a remuneração: duas libras!

“Devo dizer que dinheiro de médico com certeza é fácil de ganhar… Se fosse eu no passado, tal pedido teria custado no máximo 10 solis…” Klein, que já tinha a intenção de assumir a missão, suspirou em seu coração.

Ele lembrou que durante seu tempo com os Falcões Noturnos, ele ouviu o Colecionador de Cadáveres, Frye, mencionar que médicos famosos tinham rendas muito altas.

Na época, em uma resposta diferente do poeta Leonard Mitchell, ele disse que, até onde sabia, se uma casa fosse comprada em um bairro movimentado de Backlund para uma loja, a opção mais rápida seria transformá-la em clínica.

Eles concordaram em passar na casa de Will Auceptin depois do jantar. Não eram três horas da tarde, então o professor de equitação, Talim, reuniu os três em uma mesa e eles começaram a jogar um jogo de Upgrade, o jogo que foi inventado pelo imperador Roselle.

“O que eu esperava era jogar tênis, praticar tiro, folhear os livros da biblioteca e ter uma vida saudável… Mas por que ficou assim…” Klein pensou espontaneamente entre o jogo de cartas.

Francamente, com suas realizações atuais como Mágico, ele poderia facilmente pegar todo o dinheiro que o Dr. Aaron, o repórter Mike e Talim tinham com eles.

“Mas sou um homem honesto e acredito mais em minhas habilidades e sorte…” Enquanto o atendente de colete vermelho embaralhava as cartas, Klein pegou um cream cracker e deu uma mordida saborosa.

Ele não pôde deixar de se maravilhar do fundo do coração: “Isso é vida!”

Durante o jogo, Klein notou uma coisa: o professor de equitação, Talim, não estava mais atordoado ou chateado como antes.

“A questão de seu amigo se apaixonar por alguém que não deveria foi resolvida?” Klein pensou curiosamente enquanto bebia o chá preto marquês.

Como detetive, ele sabia que isso não era algo que deveria perguntar na frente dos outros, então se conteve e se concentrou em seu jogo de cartas.

Por volta das cinco horas, Mike Joseph teve que voltar para sua empresa, então o jogo foi suspenso e Klein ganhou cinco solis.

“Minha sorte tem sido muito boa recentemente…” Enquanto Klein suspirava de alívio, ele viu o Dr. Aaron deixar a mesa para ir ao banheiro. Ele controlou a voz e disse com uma risada baixa: — Talim, o problema do seu amigo foi resolvido?

Talim, que estava jogando as cartas em suas mãos sobre a mesa, parou por um segundo antes de suspirar com um sorriso.

— Você poderia dizer isso.

Acrescentou com certa vontade de continuar: — Na verdade, não foi muito grave. Foi porque eu estava pensando muito na época.

— Simplificando, foi um jovem ilustre que se apaixonou por uma plebeia. Você deve saber que um homem de tal status tem que se casar com uma mulher nobre. Heh, para ele, nem mesmo a filha de um homem rico serviria.

“Então é assim… E pensar que eu inventei todo tipo de histórias bizarras, como apaixonar-se por um homem, um monstro ou uma pessoa que não é permitida por causa de princípios morais…” Klein ficou desapontado e disse com uma risada, — Até onde eu sei, os cavalheiros da alta sociedade não se importam de ter uma amante.

— Não, Sherlock, você não entende. Amor, você entendeu? Amor! Aquele jovem cavalheiro só quer se casar com aquela mulher plebeia, — Talim exclamou com um suspiro.

“Não, não entendo, sou apenas um solteiro.” Klein abriu a boca, incapaz de responder.

Talim suspirou para si mesmo.

— Pelo bem do futuro daquele jovem cavalheiro, uma vez pensei em pedir a você que encontrasse pessoas com algumas habilidades milagrosas para secretamente, heh heh… De qualquer forma, sou um cidadão cumpridor da lei, então foi apenas uma ideia.

— Como o assunto foi resolvido depois? — Klein perguntou com interesse.

Talim pegou seu café e tomou um gole.

— A solução foi muito mais simples do que eu pensava. Fui direto à senhora e contei-lhe o dilema. Ela sensatamente expressou sua vontade de deixar o cavalheiro e pediu minha ajuda.

— Devo dizer que ela é realmente uma garota atenciosa, gentil, refinada e bonita. Se não fosse pela consideração de minha identidade, talvez eu tivesse me ajoelhado na frente dela e beijado as costas de sua mão.

— Bem, parece que eu não poderia ter ajudado. — Klein pegou a xícara de chá preto de porcelana branca com borda dourada.

Como visitante da Terra, ele estava completamente desinteressado na tarefa de separar casais.

No entanto, ouvir fofocas era outra questão.

Depois de jantar no Clube Quelaag e provar o suprimento limitado de Lagostas do Mar Sônia, Klein e o Dr. Aaron pegaram a carruagem deste último para a casa de Will Auceptin na Rua Dalton nº 66 no Burgo Norte.

Este era o endereço que o Dr. Aaron havia memorizado há muito tempo. Ele não voltou ao hospital para procurar os registros médicos apropriados e, de acordo com a conjectura de Klein, qualquer informação relevante pertencente a Will Auceptin provavelmente teria sido levada pelos Falcões Noturnos.

“Como ex-Falcão Noturno, sei exatamente como eles fazem as coisas…” Klein sorriu amargamente e suspirou.

Tocando a campainha, os dois esperaram um pouco antes de ver a porta aberta. Uma empregada de vestido preto e branco perguntou intrigada: — Senhores, quem vocês estão procurando?

Vendo que Aaron ainda estava frio como sempre, Klein tomou a iniciativa de falar.

— Estamos procurando por Will Auceptin. Este é o médico assistente dele. Ele voltou para verificar sua saúde.

— E-eu não o conheço. Estou aqui há apenas alguns dias… Vou chamar meu mestre. Por favor, espere um momento, — a empregada respondeu inexpressivamente.

Enquanto esperavam, Aaron disse de repente: — Quase acreditei no motivo que você inventou agora.

— Esta é uma qualidade básica de ser um detetive. — Klein riu.

Naquele momento, um velho senhor de cinquenta anos caminhou até a porta e disse com uma voz profunda: — Will Auceptin e sua família já se mudaram…

Ele deu uma data.

Aaron fez uma leve contagem antes de franzir a testa.

— Por que eles se dariam ao trabalho de se mudar dois dias depois de receberem alta do hospital após a operação?

Ele agiu como se estivesse realmente em uma visita de acompanhamento.

Klein ficou um pouco confuso e perguntou: — Senhor, como você sabe a data tão claramente?

Normalmente falando, os inquilinos subsequentes só se mudariam após um certo período de tempo.

Aquele velho senhor respondeu rapidamente: — Alguém veio perguntar antes, e eu até fui procurar o proprietário só para isso.

“Os Falcões Noturnos…” Klein perguntou sem muita esperança: — Você sabe para onde Will Auceptin e sua família se mudaram?

— Não, — o velho disse concisamente.

— Eles deixaram alguma coisa para trás? — Klein hesitou por um momento antes de continuar com suas perguntas.

— Algumas coisas, — o velho respirou fundo e continuou, — mas todas foram levadas pelo grupo anterior de pessoas!

“Colegas de trabalho são realmente chatos… Eles sempre podem pensar nas coisas que você pensa antes do tempo…” Klein não pôde deixar de suspirar.

Vendo que não havia mais pistas, Klein e Aaron pediram licença educadamente e saíram de lá.

— Parece que você vai ter que esperar muito tempo antes de poder tirar suas dúvidas. — Klein voltou-se para o Dr. Aaron.

Aaron ficou em silêncio por alguns segundos, então lentamente soltou um suspiro.

— Depois do que aconteceu agora, não estou mais tão preocupado. Sou apenas um médico, e é bom cuidar dos meus próprios assuntos. Devo voltar para fazer um check-up de acompanhamento e não questionar a situação, o que as outras pessoas pensam ou por que não são gentis. Isso não deveria ser algo com o qual eu deveria me preocupar. No futuro, devo apenas tentar manter o relacionamento entre médico e paciente o máximo possível.

— É melhor você pensar assim. — Klein concordou do fundo do coração e perguntou casualmente: — Na época, o que havia de errado com a perna esquerda de Will Auceptin?

— Sua panturrilha esquerda desenvolveu um estranho tumor que coincidentemente formou um anel que pressionou fortemente seus vasos sanguíneos. — O Dr. Aaron relembrou quando disse: — Mas o garoto não parecia muito chateado, apenas um pouco assustado, e queríamos preservar a perna no início, mas estava piorando.

  1. antes o autor usou Puglista(Puglist), mas agr usou Gladiador(gladiator), nao sei pq[↩]

Capítulo 386 – Um Pesadelo

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Cidade de Prata.

Derrick Berg não fazia ideia de como chegou em casa. Tudo o que ele lembrava era o horror indescritível.

O caráter e o comportamento de Darc Regence não pareciam muito diferentes de seu antigo eu. No entanto, era verdade que havia uma mudança nele que era perturbadora. Derrick temia que a Cidade de Prata fosse alvo do deus maligno, o Criador Caído; com medo de que a Cidade de Prata fosse destruída antes que ele pudesse se tornar o Sol, salvando-a de sua maldição de mais de dois mil anos; e dar esperança e sol aos residentes daqui.

Naquele momento, ele se odiava por não ser forte o suficiente — por ainda estar apenas na Sequência 8.

“Não! Eu não posso apenas assistir de braços cruzados!” Derrick levantou-se repentinamente e se preparou para correr até a torre e contar aos outros anciãos do conselho de seis membros e ao chefe Colin Iliad o que havia descoberto.

No entanto, Derrick sabia que tais anomalias não eram suspeitas. Cada vez que exploravam as profundezas da escuridão, os membros passavam por um período de intensa tensão que durava dias, dezenas de dias ou até mais de um mês.

Além disso, as planícies desoladas desabitadas e a jornada sem esperança trariam depressão extrema. Além disso, para sua segurança, os membros da equipe de exploração não teriam permissão para liberar nenhum desejo sexual reprimido durante suas excursões, o que os fazia agir de maneira diferente após cada exploração. Se terminassem com mais da metade da equipe morta ou ferida, uma grande mudança na personalidade não era uma ocorrência rara.

A maneira de lidar com essas pessoas só poderia ser tratada por meio da quarentena usual e tratamento com quase zero exceções.

A Cidade de Prata tinha as três primeiras Sequências do caminho do Dragão, então não faltavam Analistas de Psique1.

Derrick correu para a porta e de repente diminuiu a velocidade.

Ele sabia que esse método de reportar ao conselho de seis membros poderia não ser eficaz. Isso provavelmente levantaria suspeitas, e poderia até haver a ameaça de ser alvo da Pastora, Anciã Lovia.

Depois de andar de um lado para o outro por mais de dez segundos, Derrick cerrou os dentes e abriu a porta.

Ele sentiu que deveria avisar os anciãos do conselho de seis membros, mesmo que fosse um grande risco para ele!

Para a grande maioria dos residentes da Cidade de Prata, sacrificar suas vidas para manter a existência desta cidade e a continuação desta civilização era a crença que estava arraigada em seus ossos.

Pessoas egoístas geralmente não viviam muito em tais ambientes, independentemente de estarem fora ou dentro de casa.

Claro, Derrick não era completamente imprudente. Sob a tutela dos membros do Clube de Tarô, especialmente O Enforcado, ele entendeu claramente que havia momentos em que era preciso ter paciência, proteger-se adequadamente e evitar sacrifícios desnecessários para melhor defender a Cidade de Prata.

“Vou apenas falar sobre a anormalidade que observei. Não deveria ser alarmante…” Derrick se consolou, correndo cada vez mais rápido.

Finalmente, ele viu a torre que representava a mais alta autoridade na Cidade de Prata.

Ele encontrou um Beyonder de plantão e fez um pedido para se encontrar com o Chefe.

Para a surpresa de Derrick, o Beyonder não fez as perguntas habituais. Depois de simplesmente passar a informação, ele foi conduzido escada acima até a sala do Chefe.

“Muito estranho… Está diferente de antes…” Derrick sentiu que as mudanças nos detalhes o deixavam mais inquieto.

Entrando na sala, ele viu o chefe Colin Iliad parado em frente a uma parede.

Este ancião alto, com seus profundos olhos azuis e cabelos brancos bagunçados, estava de costas para duas espadas penduradas na parede. Ele usava sua habitual camisa cor de linho e casaco marrom, e era difícil acreditar que ele era um especialista que havia caçado com sucesso muitos demônios e monstros.

— Derrick Berg, que assunto realmente exigiria que você me contasse, cara a cara? — Colin perguntou com uma voz profunda.

— Vossa Excelência. — Derrick cumprimentou. — Eu vi a equipe enviada para explorar aquele templo no campo de treinamento hoje. Descobri que Darc Regence que conheço passou por uma estranha mudança. Ele não está mais tão alegre quanto antes, e seu sorriso é tão educado quanto o de um estranho. Além disso, a Anciã Lovia não muda com frequência a maneira como ela fala como costumava fazer.

Colin olhou profundamente para Derrick e perguntou em voz baixa: — Só essas duas coisas?

— Sim, Sim. — Derrick abaixou a cabeça. — Acho que pode haver algo incomum nisso.

Colin acenou com a mão e disse: — Entendi, vou pedir a Aiflor para fazer uma investigação. Você pode voltar. No futuro, você só precisa relatar tais assuntos diretamente ao guardião da torre.

Aiflor era o Analista de Psique mais experiente da Cidade de Prata que estava mais próximo da Sequência 6. Era uma pena que não houvesse fórmula de poção após a Sequência 7.

Depois de receber tal resposta, Derrick saiu tristemente.

Olhando para as costas de Derrick enquanto ele desaparecia pela porta, Colin suspirou de decepção.

Depois de conversar com o Dr. Aaron sobre a situação de Will Auceptin por um tempo. Klein desceu da carruagem e pegou o metrô a vapor. Depois de três paradas, ele chegou perto da Rua Minsk e mudou para uma carruagem pública sem trilhos para voltar para casa.

Como ainda era cedo, ele usou a adivinhação para confirmar que o inquilino anterior não estava mentindo e então continuou diligentemente a estudar o Livro dos Segredos.

Desde que obteve este livro misterioso, o uso de Klein do espaço misterioso acima da névoa cinza tornou-se cada vez mais engenhoso à medida que ele completou muitas outras técnicas notáveis.

— O que me limita agora é minha própria Sequência, minha própria força e espiritualidade. — Tarde da noite, Klein escondeu o Livro dos Segredos e foi ao banheiro se lavar, preparando-se para dormir.

Naquela noite, ele dormiu profundamente. Mesmo os sinos da igreja pela manhã só o faziam se virar.

“O inverno é a melhor época para ficar na cama…” Klein grunhiu e se levantou.

Para recompensar o Herói Bandido Imperador das Trevas, ele comeu um ovo cozido com açúcar e geleia de morango que comprou especialmente para juntar com pão branco.

Assim como ele estava saboreando sua refeição, a campainha tocou de repente.

— Eu não disse a Mike para vir depois do café da manhã? — Ele tomou um gole da sopa doce e limpou a boca com um guardanapo.

Segundo seu acordo com o repórter Mike, ele só chegaria meia hora depois do café da manhã antes de começarem a entrevistar as meninas resgatadas do Burgo Leste. Se Mike não aparecesse depois de meia hora, isso significava que o assunto seria adiado por um dia.

Klein caminhou até a porta, mas antes que pudesse estender a mão, o contorno de um visitante apareceu em sua mente. Ele não era o repórter Mike Joseph, mas o Dr. Aaron Ceres.

— Bom dia, Aron. Você dormiu tarde ontem à noite? — Klein notou que o rosto de Aaron estava pálido, então ele silenciosamente ativou sua Visão Espiritual para dar uma olhada.

Aaron tirou o chapéu e a bengala e começou a tirar o casaco, mas o ar frio da sala o impediu.

Klein riu secamente e disse: — Como você sabe, vou sair hoje. Mike pode vir me procurar, então não acendi a lareira.

Aaron assentiu e não disse mais nada. Ele seguiu Klein até a sala de estar, encontrou uma cadeira e sentou-se.

— Sherlock, tive um pesadelo ontem à noite. Sonhei com aquela criança, Will Auceptin!

“Pesadelo? Isso está dentro dos limites do meu conhecimento… Sou um profissional quando se trata de interpretar sonhos, muito mais profissional do que a famosa dedução…” Klein se inclinou para frente, juntou as mãos e disse: — Que tipo de pesadelo?

Aaron relembrou e disse: — Existem alguns detalhes e processos dos quais não consigo me lembrar. O que mais me lembro é um campanário alto e escuro como breu com uma enorme cobra prateada enrolada em torno dele. Ela se movia lentamente, olhando para mim com seus olhos vermelhos frios e impiedosos.

— Não sei por quê, mas eu entrava no campanário, e subia as escadas e, outras vezes, descia as escadas, atravessando paredes após paredes, uma porta trancada após a outra. Finalmente, encontrei a criança chamada Will Auceptin em um canto escuro. Ele pulou alguns passos em uma perna e se enrolou contra a parede, com cartas de tarô espalhadas por toda parte ao lado dele.

— Quando ele me viu, ficou assustado e feliz. Ele gritou: Dr. Aaron… Todo o sonho foi mais ou menos assim antes de eu acordar.

Klein ouviu atentamente e pensou um pouco antes de perguntar: — Will Auceptin disse mais alguma coisa?

Aaron franziu a testa em pensamento antes de dizer de repente, — Sim, ele disse, Dr. Aaron, uma cobra quer me comer!

— Depois disso, uma cobra prateada gigante pendia do teto, com a cabeça voltada para mim…

— Sua boca era muito grande, mas não tinha dentes, nem língua, e era completamente vermelho-sangue!

“Cobra prateada gigante… Um campanário escuro como breu… Will Auceptin protegido sob camadas de proteção…” Klein disse ao Dr. Aaron com voz comedida: — Não é um sonho muito estranho. Provavelmente, você inconscientemente sentiu algum tipo de situação em que ele estava enquanto conversava com Will Auceptin, que era ameaçado por alguma coisa. É por isso que você sonhou com algo assim: uma criança escondida nas profundezas de um alto campanário, atrás de inúmeras paredes e portas, enormes cobras prateadas enroladas no topo do campanário…

— Heh heh, como detetive, sabemos um pouco de psicologia. Também é frequentemente falado nos jornais.

— O que não entendo é por que você não teve esse sonho até hoje.

Klein não mentiu sobre sua interpretação, mas não revelou as possíveis razões verdadeiras por trás dela.

Aaron abriu a boca e disse: — Eu estava com muita pressa agora e esqueci de mencionar uma coisa.

Enquanto falava, ele tirou uma carteira de couro e tirou uma garça de papel dobrada primorosamente.

— Depois de perceber que Will Auceptin e sua família haviam se mudado, lembrei que ele havia me dado isso antes de sair do hospital, dizendo: — Doutor, isso lhe trará boa sorte.

— Na hora não dei muita atenção e casualmente joguei na gaveta do escritório. Depois de me separar de você ontem à noite, fui recuperá-la e colocá-la na carteira. Como resultado, tive um pesadelo nessa mesma noite.

Klein olhou para a garça de papel, balançou a cabeça pensativamente e disse: — Dr. Aaron, parece que Will Auceptin não lhe trouxe má sorte deliberadamente. Ele compensou isso mais tarde. A garça de papel inventada pelo imperador Roselle serve como um simbolismo para desejar-lhe felicidades; além disso, ele disse que lhe traria boa sorte.

Aaron inconscientemente perguntou: — Origami foi inventado pelo imperador Roselle?

“Não sei se foi ele, mas acho que provavelmente sim…” Klein sorriu.

— Provavelmente.

  1. Nome antigo para Psiquiatra[↩]

Capítulo 387 – A Singularidade de um Mundo Espiritual

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Aaron ficou aliviado com a explicação e a garantia de Klein e se preparou para observar por mais alguns dias para ver se havia mais pesadelos como esse.

Depois de mandar o famoso cirurgião porta afora com um sorriso, a expressão de Klein tornou-se repentinamente solene, como se ele estivesse pensando em alguma coisa.

Não houve problema com sua interpretação do sonho. O campanário escuro como breu, as paredes e portas que bloqueavam seu caminho e a cobra gigante de prata simbolizavam que Will Auceptin estava em uma situação em que era ameaçado por algo que simbolizava o medo e o desamparo da criança, bem como suas tentativas de se esconder atrás de camadas de proteção.

Mas o problema era que era improvável que isso fosse uma revelação que a espiritualidade do Dr. Aaron havia recebido por conta própria. Caso contrário, ele não teria tido tal sonho apenas até a noite passada, ou quando encontrou a garça de papel. Um desenvolvimento semelhante deveria ter ocorrido muito antes de Will Auceptin receber alta, quando sua espiritualidade inconscientemente se tornou consciente dos desenvolvimentos particularmente estranhos, permitindo que ele tivesse experiências semelhantes às que tinha agora.

Portanto, Klein suspeitou que o médium que incutiu o sonho no Dr. Aaron era a garça de papel!

Klein ativou sua Visão Espiritual para observar atentamente esse artesanato, mas não encontrou nenhum brilho espiritual. No entanto, sua percepção espiritual e intuição lhe disseram que havia algo estranho sobre este origami. Certos aspectos mágicos que podem envolver efeitos ilusórios, mais difíceis de compreender e mais dignos de medo e reverência — o destino.

“Essa criança chamada Will Auceptin não é simples… Parece que o mais incrível não foi a carta do tarô, mas ele mesmo… A cobra gigante prateada é um símbolo de perigo, e esse assunto está relacionado a má sorte, boa sorte, e outros elementos. Será que ela representa a Serpente de Mercúrio, Sequência 1 do caminho do Monstro?” Os pensamentos de Klein divagaram, mas ele não tinha certeza de nada.

Ele se voltou para questionar o problema de como o sonho foi instilado.

Com as realizações de Klein no misticismo, isso não era algo muito complicado ou difícil de entender. Ele rapidamente teve uma ideia.

“A primeira coisa a fazer é descartar a influência de espectros e aparições, que teriam manchado a aura do Dr. Aaron com uma cor verde-escura de vários graus, e eu não vi nenhum sinal disso agora.”

“Existem duas maneiras principais de instilar informações sem fazer com que o dono do sonho pareça anormal. Uma delas é usar os poderes de Beyonder de um Pesadelo como o Capitão. Um objetivo é alcançado por meio de orientação e não envolveria o culpado; caso contrário, vestígios também seriam deixados para trás. O segundo método seria ainda mais engenhoso e avançado.”

“O princípio de uma terra dos sonhos é o das Projeções Astrais viajando pelo mundo espiritual, e os detalhes que normalmente alguém notaria sem querer, sob estimulação externa, se transformariam em uma revelação simbólica. Ou podem obter algum esclarecimento diretamente relacionado a si mesmos de fontes externas. Então, seus Corpos Espirituais e psique seriam informados disso, e visto que o dono do corpo estava em um estado de sono, isso apareceria na forma de um sonho.”

“Portanto, a segunda maneira é instilá-lo no mundo espiritual!”

“Primeiro, use algum método mágico para criar a revelação necessária e, em seguida, deixe naturalmente que a Projeção Astral do alvo obtenha e retorne as informações enquanto perambula pelo mundo espiritual. Dessa forma, o alvo poderá sonhar com a cena que os outros gostariam que ele sonhasse, e não haverá vestígios superficiais.”

“Isso é algo que atualmente não consigo fazer, mesmo que seja um Corpo Espiritual capaz de exercer parcialmente parte do poder acima da névoa cinza.”

Klein parou por um momento e depois acrescentou outra possibilidade.

Uma semente foi plantada no subconsciente do Dr. Aaron através da garça de papel e, uma vez que ele a encontrasse, teria o sonho correspondente.

“Isso é fácil de confirmar. Contanto que eu use a mediunidade no Dr. Aaron, devo ser capaz de encontrar vestígios disso… No entanto, seria hostil usar a mediunidade nele? Ou devo pegar emprestada a Vela do Terror Mental do Padre Utravsky? Não, aquele que me reconheceu foi aquele vampiro, o zeloso amante de estatuetas, Emlyn White, não o musculoso e gigantesco padre Utravsky…” Klein refreou seus pensamentos e considerou suas ações subsequentes.

Ele decidiu que esperaria até passar por cima da névoa cinza para adivinhar o nível de perigo. Se fosse um nível aceitável, ele entraria furtivamente na casa do Dr. Aaron esta noite, usaria o Amuleto dos Sonhos e outros métodos para observá-lo secretamente e veria se a fonte da terra dos sonhos era resultado de orientação direta ou indireta.

No entanto, com a força e o nível de Klein, seria difícil encontrar vestígios deste último. Mesmo ele próprio não tinha muita confiança.

Isso não significava que sua projeção astral poderia viajar pelo mesmo mundo espiritual que a projeção astral do Dr. Aaron, sentando-se ao lado dele e entrando em cogitação. Isso exigia uma quantidade suficiente de bloqueio para fazê-lo.

De acordo com as descrições do Livro dos Segredos, a existência do mundo espiritual era bastante mágica. Ele se sobrepunha completamente ao mundo real, para que todos pudessem obter revelações do mundo espiritual a qualquer momento. No entanto, o mundo espiritual não fazia distinção entre as direções, e o passado, presente ou futuro poderiam até se cruzar ali. Era como se conhecimento, informações e ilusões infinitas fossem reunidas espiritualmente e comprimidas em um mar estranho. Era diferente do mundo como se poderia imaginar de acordo com os conceitos ou lógicas usuais.

Como resultado disso, as revelações recebidas do mundo espiritual só podem ser uma variedade de simbologias, não respostas diretas. E precisamente por isso, a experiência de cada Projeção Astral de viajar no mundo espiritual não estava apenas relacionada à sua localização física e ao tempo, mas também dependia do estado atual de seu corpo e mente. Sem definir um local correspondente, tornava impossível encontrar a Projeção Astral de uma pessoa no mundo espiritual, mesmo que alguém estivesse fisicamente próximo a ela.

Esta foi também a razão pela qual o movimento da Projeção Astral no mundo espiritual era limitado e não se recomendava aventurar-se muito fundo. Uma vez perdido e incapaz de retornar ao seu corpo, seu dono se tornaria um retardado e, mais grave ainda, um vegetal.

Era ainda mais difícil usar o mundo espiritual como um trampolim para a transferência. Se alguém não tomasse cuidado, eles se perderiam e nunca seriam capazes de retornar ao mundo real até que apodrecessem até a morte.

Uff…  Klein suspirou, temporariamente jogando a questão para o fundo de sua mente.

Ele tirou o relógio de bolso e olhou as horas. Ele percebeu que estava pensando há muito tempo, que seu café da manhã já havia esfriado completamente e que o fato de o repórter Mike ainda não ter chegado significava que a comissão provavelmente atrasaria um dia.

No espírito de não desperdiçar nada, Klein terminou o resto de sua refeição e então foi acima da névoa cinza para fazer uma adivinhação. Ele ficou surpreso ao descobrir que não havia nenhuma revelação indicando perigo algum.

Depois de fazer tudo isso, o tempo designado havia passado. Sem hesitar, ele vestiu um casaco pesado, colocou o boné, pegou o livro de vocabulário e saiu da Rua Minsk, nº 15.

Seu plano inicial era acompanhar Mike Joseph no Burgo Leste para uma entrevista e encontrar uma oportunidade de sugerir ao Velho Kohler que não mencionasse sua promessa de ajudar Liv a encontrar sua filha.

Quanto à família de Liv, ele deixou o Velho Kohler fazer o lembrete.

E agora, depois de Mike ter adiado a entrevista por um dia, Klein estava ainda mais à vontade, não mais preocupado com quaisquer contratempos ou erros.

Com o endereço mencionado pelo Velho Kohler, e de acordo com a revelação da adivinhação, Klein entrou nas profundezas do Burgo Leste e, sob o olhar atento, cauteloso, entorpecido ou ganancioso da multidão, ele encontrou o quarto no terceiro andar.

Havia dois beliches aqui e também algumas roupas de cama velhas e gastas no chão. Cada espaço vazio estava cheio de artigos diversos.

Klein olhou diretamente para o beliche de baixo do beliche mais interno e gritou: — Velho Kohler.

Com um swoosh, Velho Kohler sentou-se e inclinou-se para a porta com uma agradável surpresa, — Você realmente veio. Depois de te enviar aquela carta ontem, já imaginei que você viria me procurar hoje, então não fui ao cais. Eu estive esperando em casa todo esse tempo.

“Bem, eu não tenho que pensar em como inventar a mentira sobre por que vim direto aqui para te encontrar…” Klein olhou em volta e disse: — Velho Kohler, com sua renda atual, você pode definitivamente alugar um quarto melhor e se mudar para um lugar melhor. Por que você só mudou sua cama do chão para um beliche?

— A maior parte do dinheiro é para coletar informações para você. — O Velho Kohler riu. — E eu não sou mais jovem. Preciso economizar algum dinheiro para o futuro, quando minha saúde futura piorar.

Klein ficou em silêncio por dois segundos antes de dizer: — Você pode considerar comprar algum seguro, como uma Apólice de Auxílio a Idosos Solteiros. Eles podem lhe dar o dinheiro que pode pelo menos encher seu estômago e um quarto para você dormir todas as semanas quando estiver realmente velho.

A indústria de seguros deste mundo surgiu na Quarta Época. Depois de ser promovida pelo Imperador Roselle, amadureceu bastante. Havia vários tipos de seguro, como os vários seguros para comércio marítimo, seguro contra incêndio, seguro contra lesões, seguro de cuidados de longo prazo em diferentes nomes e assim por diante. Eles eram direcionados principalmente aos ricos e à classe média.

— Eu sei. Quando eu era trabalhador, pagava três centavos por semana, mas depois perdi minha renda… — O Velho Kohler suspirou.

Seu maior problema agora era que sua renda era instável e ele se perguntava quando o dinheiro que recebia do detetive seria cortado.

Klein também não podia prometer nada. Ele apontou para fora e disse: — Vamos para a casa de Liv e devolver o livro de vocabulário para a garota.

Depois de sair da sala, Klein mencionou casualmente: — Que piada. Eu estava falando sobre fazer trabalho voluntário anteontem e me ofereci para ajudar a encontrar Daisy, mas ela acabou sendo mandada de volta pela polícia ontem. Por favor, não mencione isso de novo, não quero ser ridicularizado.

— Tudo bem. — O Velho Kohler concordou primeiro, depois disse: — Ninguém vai rir de sua gentileza.

Depois de caminhar pelas ruas sujas, chegaram à casa de Liv. Klein viu que a garota que acabara de ser resgatada começou a passar roupa novamente e viu que as roupas aqui estavam penduradas e pingando água. Era exatamente como era antes. Ele ficou momentaneamente sem saber o que dizer.

— Daisy. — Depois de um tempo, ele disse: — Seu livro de vocabulário.

Os olhos de Daisy brilharam, mas ela estava muito ocupada para sair. Depois de um momento, ela parou de trabalhar e foi até a porta, agradecendo-lhe profusamente.

Depois que Liv e Freja também largaram seu trabalho e vieram expressar sua gratidão, Klein repetiu o que acabara de dizer ao Velho Kohler.

Depois de receber respostas positivas, ele pegou o troco de duas libras que havia preparado e entregou a Liv.

— Haverá um repórter para entrevistar Daisy amanhã. Este é o adiantamento do pagamento que ele está dando, mas não mencione isso na frente dele; caso contrário, as coisas ficarão complicadas. Heh heh, talvez ele dê mais amanhã, mas não tanto.

— Isso, não… estou disposta a expor as más ações daquele bandido. Eu não quero dinheiro! — Daisy balançou a cabeça.

Klein soltou uma risada suave.

— Isso é uma regra. Você não pode quebrar regras, entendeu?

Ele olhou para Liv e disse: — Pegue.

— Sua crença está certa. Somente se Daisy e Freja aprenderem mais palavras e aprenderem mais coisas, todas vocês escaparão dessa situação.

Klein ia sugerir que a família de Liv se mudasse para a periferia do Burgo Leste. Os clientes que podiam contratar outras pessoas para lavar suas roupas não moravam no Burgo Leste, mas, no final das contas, ele não mencionou isso.

Ele pretendia fornecer-lhes mais ajuda, mas se conteve.

Havia milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares ou mesmo milhões de pessoas como Liv e sua família no Burgo Leste. Mesmo se alguém fosse um banqueiro rico que quisesse ajudá-los, não seriam capazes de fazer barulho. Além disso, este era apenas o Burgo Leste. Ainda havia toda a Backlund e o Reino de Loen.

— … Obrigada e ajude-me a agradecer ao repórter por mim. — Liv ficou em silêncio por um momento, então ela pegou o dinheiro.

Klein não ficou muito tempo. Ele saiu rapidamente como se houvesse um fantasma que iria devorar sua alma.

Depois de sair com o velho Kohler, ele se virou e suspirou de repente. Disse em voz baixa: — Nunca houve um salvador…

Capítulo 388 – Explorando a Terra dos Sonhos

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— O quê? — perguntou o Velho Kohler, sem ouvi-lo claramente.

Klein olhou para a estrada esburacada à sua frente e disse de maneira autodepreciativa: — Nada.

— Espero que a família de Liv consiga sair dessa situação e viver em melhores condições.

Ele realmente expressou seus pensamentos. Sendo um dos herdeiros da nova era do Império Loucos por Comida1, era perfeitamente normal para ele pensar em uma revolução, mobilizar as massas e mudar o mundo. Porém, ao pensar nos detalhes, sentiu que não poderia se salvar contando apenas com os pobres. Isso porque as forças de Beyonder existiam neste mundo. Além disso, elas eram relativamente sobrenaturais e não podiam ser resolvidas simplesmente com armas de fogo. Por exemplo, Sequência 5 do caminho do Mutante.

Esse foi apenas um aspecto das coisas. Outro aspecto das coisas era devido à Lei de Conservação das Características do Beyonder. Devido ao acesso limitado aos ingredientes, as forças de Beyonder não podiam se tornar comuns, dificultando a conversão da vantagem dos números em poder de combate eficaz. E mesmo que pudesse se espalhar, enquanto o problema de perder o controle não fosse resolvido, ainda traria um desastre.

Se não houvesse nenhum Beyonder de alta sequência, então haveria maneiras de lidar com tudo isso até certo ponto. No entanto, no mundo real, não havia apenas semideuses, mas também havia Artefatos Selados que podiam matar pessoas sem que elas soubessem como morreram. Além disso, as divindades eram reais e eram transcendentes e sublimes.

Dessa forma, os pobres usariam greves e protestos de rua para revidar. No entanto, uma vez que pegassem em armas e estabelecessem um exército, enfrentariam um contra-ataque imparável. Não era impossível que ocorresse um desastre natural de grande escala, que afetasse as pessoas psicologicamente.

Os únicos que estavam no mesmo nível das organizações oficiais de Beyonder eram em sua maioria organizações secretas. Normalmente, estavam relacionados a forças do mal, então, ao dar as mãos a eles, a morte poderia nem ser o final mais trágico. Portanto, para embarcar no caminho da revolução, o caminho mais esperançoso para o sucesso era obter o apoio de uma ou mais Igrejas.

“Quantas concessões poderiam ser obtidas através de simples greves e protestos de rua e ainda atender aos interesses dos envolvidos? O suborno seria muito mais fácil… No entanto, o incidente sobre o Verdadeiro Criador, que quase aproveitou as situações miseráveis ​​dos pobres para descer sobre Backlund, pareceu agitar a Igreja da Deusa da Noite Eterna e os nobres que estavam cientes da situação. Posso ver isso pela missão de investigação que Mike aceitou e pelas informações fornecidas pela Srta. Justiça…” Os pensamentos de Klein demoraram-se no Burgo Leste, na área das docas e no distrito industrial.

No final, ele não pôde deixar de soltar uma gargalhada e suspirou em seu coração.

“Depois de todas as ideias que me vêm à mente, parece que somente através da ameaça da chegada de um deus maligno é que a situação dos pobres pode ser melhorada.”

“No entanto, os deuses do mal também são os que mal podem esperar para consumir sua carne e sangue, existências que devoram suas almas; eles são os mais propensos a trazer um desastre do qual ninguém pode escapar.”

“Que ironia maravilhosa.”

No Burgo Imperatriz, a opulenta vila do Conde Hall.

Como a Dra. Escalante tinha assuntos a resolver, Audrey havia antecipado sua segunda aula de psicologia da semana.

Susie, mais animada do que o normal, há muito tempo correu para o escritório, deixando até mesmo o jogo de bola que ela mais amava de lado.

Audrey propositalmente demonstrou sua curiosidade durante esta aula, ocasionalmente perguntando a Escalante sobre psicologia relacionada ao misticismo.

No final da aula, Escalante finalmente falou após alguma deliberação: — Senhorita Audrey, organizamos um seminário sobre este assunto. Muitos membros se especializaram no campo interseccional da psicologia e do misticismo. Você está interessada em participar?

— Claro! — Audrey assentiu e respondeu sem o menor sinal de hesitação. Combinava perfeitamente com sua personalidade inocente e curiosa predeterminada que ela havia definido para si mesma.

Escalante sorriu.

— Lembre-se de manter isso em segredo. Você sabe que os mais velhos têm um forte preconceito contra o estudo do misticismo. Vou levá-la lá para a próxima lição.

— Sem problemas. — Audrey deu seu consentimento com uma pitada de entusiasmo.

Depois de se despedir de Escalante, cujos cabelos chegavam à cintura, ela fechou a porta atrás de si, encarou o espelho da estante e ficou dois segundos em silêncio.

Em seguida, levantou a saia e deu um passo e fez um redemoinho de uma dança da corte. Então, olhando-se no espelho, ela sorriu docemente e disse: — Audrey, você é ótima!

Audrey sabia que havia dado o primeiro passo para ingressar nos Alquimistas da Psicologia. Embora o seminário fosse provavelmente um círculo externo, e definitivamente haveria muitos testes a seguir, isso realmente a fez abrir a porta para os Alquimistas da Psicologia.

No processo, ela não emprestou força do mundo exterior, mas, em vez disso, confiou apenas em sua observação e desempenho para se esconder perfeitamente da psiquiatra Dra. Escalante. Portanto, ela estava muito orgulhosa de si mesma.

— Esse seminário parece interessante. — Susie se inclinou e abanou o rabo. — Audrey, posso entrar?

“Entrar?” Olhando para esta golden retriever com seus olhos redondos perversos, Audrey imediatamente mergulhou em pensamentos profundos.

Ela arrastou um reconhecimento conciso.

— Não posso fazer isso no momento, Susie. V-você chama muito a atenção…

Nesse ponto, ela mudou o assunto da conversa e disse com um leve sorriso: — Mas posso levar você.

Na noite de sábado, levando sua chave-mestra e sua bengala preta, Klein saiu de casa. Sem sua bengala, ele não achava que seria capaz de voltar hoje.

Ele iria encontrar o Dr. Aaron, entrar em seu sonho e descobrir como o pesadelo sobre Will Auceptin aconteceu.

Quanto a onde o Dr. Aaron morava, já havia descoberto ontem — Estrada de Burningham, nº 3, Burgo Hillston.

Quando Klein chegou, já passava das onze horas e a vizinhança estava escura e silenciosa.

Depois de jogar uma moeda e realizar uma adivinhação, Klein passou pelas barras externas, deu a volta para o lado e usou a Chave Mestra para abrir uma passagem invisível através da parede para o corredor escuro.

Com seus passos ágeis, ele silenciosamente subiu ao segundo andar e se escondeu em um quarto de hóspedes vazio.

Quando ficou claro que o Dr. Aaron e sua esposa estavam dormindo, Klein entrou em seu quarto pela parede.

A primeira coisa que fez foi pegar um Amuleto do Sono e murmurar o encantamento, fazendo a esposa do Dr. Aaron realmente adormecer, evitando que ela acordasse repentinamente e perturbasse o que ele faria posteriormente com seu marido.

Então, Klein sentou-se em uma cadeira em frente à cômoda, segurou o Amuleto dos Sonhos em sua mão e sussurrou uma palavra no antigo Hermes, — Carmesim!

Assim que terminou de dizer isso, sentiu o amuleto em sua palma tornar-se leve, como se tivesse se tornado uma ilusão sem peso.

À medida que sua espiritualidade se derramava, uma chama transparente envolvia o amuleto, queimando em um preto profundo e sereno.

Impulsionada pela vontade de Klein, a escuridão se espalhou, envolvendo o Dr. Aaron e ele mesmo.

Klein entrou rapidamente em um estado de Cogitação e viu a escuridão sem fim e a única luz oval.

Sua espiritualidade se estendeu e tocou aquele objeto ilusório e nebuloso.

O mundo ao seu redor de repente virou de cabeça para baixo e torceu, e Klein se viu em uma planície árida, com pedras negras como breu a seus pés e nem mesmo uma folha de grama.

No centro da planície havia uma torre negra com uma enorme cobra prateada enrolada em volta dela. Ela tinha a cabeça erguida e seus olhos vermelhos olhavam friamente na direção deles.

Ao contrário do que o Dr. Aaron havia descrito, a serpente de prata não tinha escamas físicas e seu corpo estava coberto de padrões e símbolos densos. Eles estavam todos conectados uns aos outros no que pareciam ser círculos, e havia símbolos diferentes ao redor de cada círculo.

A cauda da cobra gigante e os círculos da cabeça foram cortados ao meio, parecendo incongruentes, como se pudessem matar uma pessoa com transtorno obsessivo-compulsivo, mas Klein imaginou que se a cobra gigante prateada pudesse morder a própria cauda com a boca, o círculo estaria completo. Não seria desconectado e não haveria mais mudanças.

Ao lado de Klein, o Dr. Aaron olhava fixamente para a frente, aproximando-se cada vez mais do campanário escuro.

“Agora posso confirmar que ninguém está guiando o Dr. Aaron… Isso exclui os poderes de Beyonders da Sequência Pesadelo…” Klein rapidamente fez um julgamento.

Ele não parou o Dr. Aaron, mas o seguiu em direção ao campanário preto e à cobra prateada.

Os dois haviam dado apenas alguns passos quando seu alvo já havia aparecido diante deles. A gigante cobra prateada estava com a parte superior do corpo curvada, como se estivesse pensando em como aproveitar a sobremesa que foi entregue à sua boca.

Sua boca se abriu, mas não havia nenhum cheiro pútrido saindo dela. Seus olhos vermelhos eram frios e impiedosos, olhando para tudo como se fossem nada mais do que uma presa; ainda assim, não tinha o menor indício de sede de sangue ou crueldade.

Diante dela, tudo parecia insignificante e igual por causa de sua inferioridade.

No final, a serpente não lançou um ataque. Klein seguiu o Dr. Aaron por uma velha porta de madeira apodrecida e entrou na escuridão da torre.

Como Aaron disse a ele, o layout era anormalmente confuso e caótico. As escadas subiam e desciam em espiral, e os corredores, bibliotecas e quartos eram normais, invertidos e alguns embutidos em outras partes. Era um edifício que não poderia existir no mundo real.

Depois de passar pelas portas e paredes, Klein não tinha ideia de onde estava na torre negra. Talvez tenha alcançado o topo ou talvez o porão.

Na rica escuridão, de repente notou uma figura enrolada no canto à sua frente.

A figura, sentindo a aproximação do Dr. Aaron, pôs-se de pé, pulando em uma perna.

Foi somente quando a figura estava muito próxima que Klein a viu claramente. Ela parecia digna e forte, no início da adolescência, e tinha uma expressão de medo óbvio.

A figura tinha cerca de 1,4 metros de altura e sua panturrilha esquerda estava faltando. Era óbvio que era a criança operada, Will Auceptin.

Em sua mão havia um baralho de cartas de tarô. Seus olhos negros estavam cheios de surpresa e alegria, assim como medo e horror.

— Dr. Aaron, uma cobra quer me comer!

De repente, ele soltou um grito de gelar o sangue quando a imagem de uma enorme e misteriosa cobra prateada se refletiu em seus olhos.

Whoosh!

As cartas de tarô em sua mão caíram no chão, deixando apenas uma carta bem apertada em sua palma.

Klein concentrou seu olhar sobre ele e viu que havia, de forma semelhante, um círculo na carta.

Era a carta da Roda da Fortuna.

Whoosh!

O sonho se desfez instantaneamente e Klein se viu ainda sentado em uma cadeira em frente à cômoda.

  1. china[↩]

Capítulo 389 – Falcão Noturno

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A lua vermelha do lado de fora da janela estava obscurecida pelas nuvens, seu luar que penetrava pela cortina mal delineava os grandes objetos do quarto. A escuridão e a intensidade se tornaram o tema principal da sala.

Klein sentou-se em tal ambiente e não tinha pressa em sair.

Ele olhou para o Dr. Aaron adormecido e começou a analisar as imagens que tinha visto no sonho.

“Will Auceptin acabou segurando a carta da Roda da Fortuna em suas mãos. E em tal sonho, tudo simboliza algo. É uma revelação obtida pela Projeção Astral de alguém… Em outras palavras, o assunto de Will Auceptin está relacionado ao destino. Além disso, aquela cobra gigante de prata pode muito bem representar a Serpente de Mercúrio. Essa criança pode realmente estar relacionada a um Beyonder de alta sequência, ser do caminho do Monstro ou ter algum estranho Artefato Selado…”

“O perigo dele vem da Serpente de Mercúrio ou é resultado da ganância devido ao estranho Artefato Selado?”

“Mas a Serpente de Mercúrio é Sequência 1. É uma existência mais próxima da de um deus. Apenas seu nome por si só é uma personificação do Seu alto nível. É impossível que Ele1 não possa fazer nada com uma criança como Will Auceptin. Aquele Amon que é de um número de Sequência desconhecido — talvez Sequência 1, 2 ou 3 — pode até invadir o espaço acima da névoa cinza com apenas um avatar…”

“Este assunto não parece ser tão simples. Deve haver um grande segredo por trás.”

Com esse pensamento, Klein já havia decidido recuar completamente.

“É obviamente um assunto muito perigoso. Além disso, essa carta de tarô pode não ser um item místico. O que é especial pode muito bem ser o próprio Will Auceptin. Sim, além de ter pesadelos, os problemas do Dr. Aaron já estão resolvidos. Não há nenhuma razão para eu me envolver nisso. Agir proativamente sobre isso e desafiar o impossível é quase idêntico ao suicídio… Hmm, sim, devo seguir o que meu coração me diz!” Klein empurrou a superfície da penteadeira com a mão direita enluvada de preto e levantou-se lentamente.

Tendo acabado de entrar no sonho, ele estava completamente convencido de que o pesadelo do Dr. Aaron veio de uma revelação que sua Projeção Astral havia recebido no mundo espiritual. E essa revelação foi deliberadamente criada e fornecida por uma existência de alto nível. O origami de papel era apenas uma ferramenta para localizá-lo.

De acordo com um capítulo do Livro dos Segredos, Klein também poderia tentar usar o origami para encontrar a Projeção Astral do Dr. Aaron no mundo espiritual e observar a fonte da revelação, mas ele já havia decidido não se envolver.

Esticando o corpo, Klein folheou a carteira de couro do Dr. Aaron com o que restava de sua curiosidade e tirou a garça de papel.

Ele a colocou na ponta de sua bengala e os segurou simultaneamente. Então, seus olhos se tornaram profundos enquanto ele murmurava baixinho para si mesmo: — A localização atual de Will Auceptin.

Depois que a sentença de adivinhação foi repetida sete vezes, uma brisa repentinamente soprou na sala, trazendo consigo uma sensação de frescor como se estivesse soprando na alma de alguém.

Klein soltou a palma da mão direita e a bengala ficou firme antes de cair com o origami, apontando diagonalmente para a cama.

— Pronto… — Klein franziu a testa e mudou-se para outra posição. Ele repetiu a adivinhação e recebeu seu feedback com sucesso.

E o ponto de interseção das duas adivinhações era o Dr. Aaron!

“A posição de Will Auceptin se sobrepõe à do Dr. Aaron… Isso é interessante…” Klein disse para si mesmo, divertido e surpreso.

Sua curiosidade foi aguçada ao extremo.

Embora não pretendesse se envolver nesse assunto, ele queria saber por que havia uma situação de sobreposição como essa.

“Hmm… Por que não levo o origami acima da névoa cinza para adivinhação. Com a névoa cinza, não haverá acidentes…” Klein rapidamente teve uma nova ideia.

Como não era conveniente para ele fazer isso no quarto do Dr. Aaron, ele decidiu levar o origami para casa primeiro.

Na verdade, ele havia se preparado há muito tempo para isso. Antes de vir, Klein não pôde confirmar a gravidade do assunto e esperava encontrar Will Auceptin, vendo se teria a oportunidade de obter as cartas do tarô. Portanto, preparou outro origami para substituir o real. Tornou mais fácil para ele fazer todos os tipos de adivinhação, e poderia trocá-lo de novo assim que o problema fosse resolvido.

Assim que pensou nisso, Klein pegou a garça de papel que havia preparado.

Ele a dobrou deliberadamente acima da névoa cinza, apenas no caso de o Dr. Aaron decidir de repente entregar qualquer coisa relacionada a Will Auceptin à Igreja da Deusa da Noite Eterna, permitindo que sua falsificação fosse adivinhada.

“Levar em conta o quadro geral e os detalhes tornaria as coisas muito mais fáceis…” Klein elogiou a si mesmo.

Com a ajuda do luar fraco, ele comparou cuidadosamente a garça de papel de Will Auceptin e a dele, para ver se havia alguma diferença clara.

Ao compará-las, Klein imediatamente se calou.

Suas habilidades artesanais não eram nem comparáveis ​​às de uma criança…

“Na verdade, elas são origamis, então não há muita diferença. O meu é apenas um pouco mais tosco. Contanto que Aaron não tivesse estudado o original cuidadosamente, ele não seria capaz de dizer que foi trocado…” Klein murmurou silenciosamente para si mesmo, pegou uma moeda e usou a adivinhação para fazer uma confirmação final.

Depois de receber uma revelação que confirmou isso, ele colocou seu origami de volta na carteira de Aaron e o devolveu à sua posição original. Ele então cuidou da cena, trazendo consigo o origami de Will Auceptin e saiu da Rua Birmingham, nº 3.

Com a ajuda da vara de radiestesia, Klein voltou para casa com sucesso. Enquanto tomava banho, ele se convocou e trouxe a garça de papel junto com a Chave Mestra acima da névoa cinza.

Sentado no silencioso e vazio salão do palácio, pegou a garça de papel e a examinou cuidadosamente por alguns segundos, mas não descobriu nada de anormal.

Então, com papel e caneta, Klein escreveu a mesma frase de adivinhação de antes: “A localização atual de Will Auceptin.”

Desta vez, ele passou a usar a adivinhação dos sonhos e ficou agradavelmente surpreso ao ver uma imagem aparecer no mundo da névoa cinza.

Era um quarto escuro. Um forte e digno Will Auceptin encostou-se à mesa com a ajuda de uma cadeira perto da janela e olhou para a paisagem com seus olhos negros como breu.

Ele segurava uma pilha de cartas de tarô em cada mão e, ao lado delas, havia uma pilha de blocos de madeira.

Os blocos de madeira formavam uma cobra em forma de anel que se conectava da cabeça à cauda.

A cena do lado de fora da janela era tão escura quanto, e havia o som fraco de água corrente.

O sonho terminou aqui sem um som. Klein abriu os olhos, tocou com o dedo na borda da longa mesa de bronze e disse para si mesmo: — Essa cobra semelhante a Ouroboros é de fato a Serpente de Mercúrio? Isso significa que é a Serpente de Mercúrio que representa o destino…”

“Havia o som de água corrente do lado de fora da janela. Isso significa que a posição atual de Will Auceptin está perto do rio Tussock?”

“Anteriormente, quando adivinhei sua posição, a sobreposição com o Dr. Aaron foi causada devido à interferência do destino?”

Vendo que a adivinhação acima da névoa cinza só poderia receber uma revelação desse grau, Klein não foi mais incomodado pela curiosidade. Ele mal interpretou a situação e planejou trocar o origami amanhã à noite. Então encontraria uma oportunidade para guiar o Dr. Aaron e levá-lo à Igreja da Deusa da Noite Eterna para contar ao bispo sobre esse assunto.

“É melhor deixar essas questões para os oficiais…” Klein soltou uma risada e voltou ao mundo real.

Depois de tomar um banho demorado, ele não se ocupou e se arrastou para a cama.

Após um período de tempo desconhecido, Klein de repente percebeu que estava claramente sonhando. Ele estava na sala, lendo o Livro dos Segredos.

“Este… este sentimento familiar…” Ele virou a cabeça para olhar para a porta como sempre fazia.

A porta se abriu e uma figura com um casaco cinza entrou.

Ele tinha cerca de trinta anos, rosto comprido e magro, testa larga e olhos azuis escuros que pareciam inteligentes.

“Não é o capitão…” Klein de repente deu uma risada autodepreciativa, soltou um suspiro silencioso e transformou o Livro dos Segredos em sua mão em uma cópia de Estética das Senhoritas.

Ele folheou a revista, cumprimentando casualmente o recém-chegado.

O homem de casaco cinza tirou o chapéu e sentou-se diante dele, aparentemente perguntando casualmente: — Aaron veio vê-lo esta manhã?

“É realmente um Falcão Noturno, um Pesadelo…” Klein resistiu à vontade de suspirar e respondeu com um sorriso: — Sim.

Ele já havia descoberto por que o Falcão Noturno de repente entrou em seu sonho.

O Pesadelo à sua frente provavelmente era o capitão da equipe de Falcões Noturnos responsável pelo assunto referente a Will Auceptin, mas eles ainda não haviam encontrado nenhuma pista útil até o momento.

Nesse caso, a visita do Dr. Aaron e do detetive Sherlock Moriarty para perguntar sobre o paradeiro de Will Auceptin deve ter sido divulgada ontem à noite ou esta manhã. Ao mesmo tempo, eles descobriram que o Dr. Aaron correu para a Rua Minsk, logo após terminar seu café da manhã, para visitar o detetive Sherlock Moriarty.

No espírito de profissionalismo, entrar no sonho de uma pessoa à noite era o desenvolvimento mais natural e normal. Quanto ao Dr. Aaron, sua situação era bastante delicada, então entrar precipitadamente em um sonho poderia cortar as pistas, então não havia dúvida de que um certo detetive se tornou a primeira escolha.

— O que ele encontrou? — o capitão da equipe de Falcões Noturnos perguntou casualmente.

Klein respondeu honestamente: — Ele teve um pesadelo…

Klein descreveu a torre negra como breu, a cobra gigante de prata e Will Auceptin sob camadas de proteção e outras cenas. Finalmente, ele disse: — Antes desse pesadelo, Aaron foi até a casa de Will Auceptin para encontrar a criança, em parte porque ele estava preocupado com sua saúde, mas também porque estava confuso com sua má sorte. Infelizmente, a família Auceptin havia se mudado. No entanto, Aaron lembrou que o menino havia lhe dado um origami que o próprio havia dobrado e lhe desejou boa sorte.

— Talvez agitado por esses dois eventos, ele teve um pesadelo.

O homem de casaco cinza pareceu agradavelmente surpreso.

— Origami?

— Sim. — Klein assentiu ligeiramente. — A criança deu a Aaron antes de receber alta, e Aaron jogou na gaveta do escritório. Ele se esqueceu disso até ontem à noite.

— Eu entendo. Obrigado pela sua explicação. — O capitão da equipe de Falcões Noturnos levantou-se e curvou-se com a mão contra o peito de maneira muito educada.

De repente, houve uma ondulação na terra dos sonhos e ele desapareceu da sala.

Olhando para a posição em que estava sentado, Klein deduziu o que aconteceria a seguir.

Os Falcões Noturnos poderiam ir à casa do Dr. Aaron esta noite e entrar em seu sonho para investigações e levar embora a garça de papel. No entanto, surgiu uma questão. O origami foi dobrado por Klein, e o real estava acima da névoa cinza.

“Esqueça. Independentemente de qual origami eles usem, nunca serão capazes de adivinhar a resposta. Não importa se eu trocar de volta ou não…” Klein disse para si mesmo.

Ele reuniu seus pensamentos e continuou sentado lá. Ele não estava com pressa de deixar a terra dos sonhos e ficou olhando fixamente por um longo tempo.

Depois de um tempo, os cantos de sua boca se curvaram enquanto ele suspirava suavemente.

“Que nostalgia…”

  1. no caso o ser homem ou mulher dessa sequencia[↩]

Capítulo 390 – Antecipação!

Combo → 20/55


Na manhã de domingo, pouco depois de terminar o café da manhã, Klein ouviu a campainha tocar como esperava.

Mas, para sua surpresa, não era apenas o repórter Mike Joseph. O Dr. Aaron também estava com ele.

— Sherlock, tive aquele pesadelo de novo ontem à noite. Não acho normal. — Aaron não manteve segredo nem mesmo com Mike por perto, revelando-o no momento em que entrou na sala.

Sem esperar pela resposta de Klein, ele pegou sua carteira e tirou um guindaste de papel.

— Você acha que esse é o problema?

— Desde que o encontrei e comecei a carregá-lo comigo, tenho tido pesadelos.

Klein olhou para ele com indiferença quando sua expressão congelou de repente. Se ele não tivesse sido um Palhaço no passado e tivesse grande controle sobre seus músculos faciais, então poderia ter revelado um sorriso indisfarçável na frente do repórter e do médico. Sim, um sorriso.

“Este… este origami é ainda mais feio do que o que eu fiz…” Este foi o primeiro pensamento que veio à mente de Klein.

Naquele momento, ele teve vontade de cobrir o rosto e suspirar.

Poderia ter habilidades artesanais pobres ser uma tradição dos Falcões Noturnos?

Não havia dúvida de que a garça de papel à sua frente era resultado de outra troca. Depois de receber informações precisas de Klein, os Falcões Noturnos aparentemente entraram furtivamente no quarto do Dr. Aaron sem demora e trocaram a garça de papel dobrada, de novo.

Mas o que eles não esperavam era que a da carteira também fosse falsa. Foi dobrada por Klein acima da névoa cinza e parecia bastante tosca.

“Sinto uma alegria inexplicável…” Klein olhou para o Dr. Aaron, que não percebeu, pigarreou e disse: — Talvez. Sugiro que você vá novamente à catedral e fale com o bispo com quem conversou anteriormente. Precisamos acreditar que os deuses em que acreditamos estão sempre cuidando de nós.

Enquanto falava, desenhou um Emblema Sagrado triangular em seu peito.

Depois que o Pesadelo partiu na noite passada, Klein foi especificamente acima da névoa cinza para adivinhar se era perigoso trocar a garça de papel. O resultado foi que era muito seguro. Assim, agora poderia fazer essa sugestão com muito interesse, na tentativa de provocar seus ex-colegas.

“Eu me pergunto como eles se sentiriam ao ver a garça de papel que eles não dobraram muito bem voltar para eles…” Klein acalmou o Dr. Aaron com toda a seriedade e virou-se para o repórter e disse com um sorriso: — Mike, para dizer a verdade, o que realmente quero aconselhar Aaron a fazer é ir a um psiquiatra, mas a fé certamente pode acalmar sua alma.

— Você não está sendo franco. — Mike riu.  — Tudo bem, vamos lá.

A seguir, Klein acompanhou o repórter do Observador Diário ao Burgo Leste para entrevistar as meninas resgatadas.

Com uma libra inteira como pagamento pela entrevista, ninguém recusou, nem mesmo algumas das meninas abusadas.

Nesta entrevista, o pecado de Capim foi o foco principal. A situação atual das meninas foi outro foco principal. O primeiro deixou as pessoas com raiva, enquanto o segundo deixou as pessoas sombrias.

Na verdade, Daisy teve a sorte de poder voltar ao trabalho quando chegou em casa e usar seu trabalho para comprar comida. Menos de um terço das resgatadas eram como ela, e a maioria era do tipo com alguma economia em casa, e estavam em uma posição que permitia que as mulheres traumatizadas se curassem e tivessem tempo antes de procurar empregos adequados.

Quanto aos outros dois terços das resgatadas, tiveram que continuar trabalhando duro para sobreviver. E diante do desemprego em massa das trabalhadoras têxteis, muitas vezes só conseguiam encontrar empregos temporários com baixos salários. Aquelas com pais e irmãos que não perderam o emprego ainda estavam bem; pelo menos, conseguiram se ajudar, mal enchendo o estômago. As famílias em situações menos otimistas já começaram a trilhar o caminho das meninas de rua, como se nunca tivessem sido resgatadas. Seu ato de trair seus corpos uma vez foi talvez apenas por um pouco de comida.

Isso fez com que Mike ficasse em silêncio como antes, e foi somente quando estava escuro e quando deixou o Burgo Leste que seu ânimo meio que voltou. Ele agradeceu a Klein.

— Sherlock, é tudo graças a você. Caso contrário, eu definitivamente teria sido chantageado hoje por aqueles gângsteres desonestos.

— Não é por isso que você me contratou? — Klein sorriu educadamente, sem qualquer complacência.

Com o Velho Kohler informando-as de antemão, a família de Liv não revelaram que ele ajudou a procurar Daisy de graça. Especialmente quando perguntaram a Daisy, que era muito esperta, se ela conhecia alguma pessoa relativamente especial, ela respondeu diretamente: — Apenas o Sr. Repórter e o Sr. Detetive.

Mike assentiu lentamente e caminhou em silêncio por um longo tempo.

Antes de embarcar na carruagem, ele de repente soltou um suspiro.

— Gostaria de fazer um apelo neste relatório para que o governo use o patrimônio de Capim para criar um fundo, que usará a renda anual para ajudar as meninas resgatadas e outras pessoas que foram prejudicadas pelo Capim a tirá-las de sua situação precária.

— Embora o cofre de Capim já tenha sido roubado pelo Bandido Herói, sua maior riqueza é a propriedade que comprou, que deveria ter sido obtida ilegalmente.

Klein ouviu com atenção, olhou profundamente para Mike e elogiou sinceramente: — Você é o melhor repórter que já conheci.

— Existem muitos repórteres como eu. Sempre há idealistas no mundo. — Mike suspirou.

Com isso, pagou 10 libras a Klein e tirou o chapéu e acenou com ele.

Enquanto observava o repórter entrar na carruagem alugada, Klein estava prestes a pegar um vagão público na outra direção quando Mike de repente abriu a janela e perguntou com um sorriso irônico: — Sherlock, não sou o único repórter que você conhece, né?

Klein ficou atordoado por um momento, depois riu.

— Adivinhe.

Cidade de Prata.

Como uma fera encurralada, Derrick Berg andava pela sala ansioso.

Ele sentiu que o chefe não estava prestando atenção suficiente ao seu relatório. Estava preocupado que os membros da equipe de exploração, que haviam sido afetados pelo Criador Caído em uma extensão desconhecida, causassem danos devastadores a esta cidade que durou 2.582 anos na escuridão após sua quarentena.

Em tal situação, ele estava ansioso para obter conselhos do Sr. Enforcado, da Srta. Justiça e companhia, que estavam bastante familiarizados com o Criador Caído.

Este era o Encontro de Tarô que ele mais esperava.

“Espere mais um pouco, apenas espere mais um pouco. Se o Sr. Louco não me convocar, rezarei diretamente para ele…” Derrick tentou se acalmar, mas seu ritmo não diminuiu nem um pouco.

De repente, viu a interminável névoa cinza e ouviu a voz messiânica dizer: — Prepare-se para a reunião.

Com um suspiro de alívio, Derrick sentou-se cuidadosamente na beirada da cama e deitou-se, fingindo estar pronto para dormir devido ao cansaço.

Depois de contar silenciosamente mil batimentos cardíacos rápidos, ele esperou um pouco antes de ser engolfado pela ilusória luz vermelha escura.

Naquele momento, o quarto de Derrick estava anormalmente silencioso. Relâmpagos cruzaram o céu fora de sua janela, mantendo a escuridão longe da terra.

De repente, no canto de sua cama, uma figura negra se contorceu e se estendeu, assumindo a forma de um humano!

A figura escura cresceu rapidamente e silenciosamente olhou para Derrick.

Ele o observou cuidadosamente por quase um minuto, então se retirou sem pegar nada.

No canto, as sombras permaneciam as mesmas, imutáveis.

A interminável névoa cinza permanecia sob seus pés como de costume. A comprida mesa de bronze à sua frente estava salpicada de ferrugem verde, mas não parecia nem um pouco podre. As primeiras coisas que Derrick viu foram a Srta. Justiça e a Srta. Mágica sentadas à sua frente. A saudação familiar e jovial soou em seu ouvido.

— Boa tarde, Sr. Louco~

— Boa tarde…

Klein, envolto em névoa cinza, assentiu ligeiramente. Ele parecia responder vagarosamente às saudações de Srta. Justiça e dos outros membros, mas, na realidade, estava ocupado manipulando o Mundo, fazendo-o parecer uma pessoa real.

Depois das entrevistas de ontem com o repórter Mike, já era hora do jantar. Klein foi a um restaurante que servia a culinária Feynapotter e ficou tão maravilhado com o tempero que voluntariamente pediu um copo de cerveja do deserto.

Depois de comer até se fartar e voltar para casa, ele não saiu mais pelo resto do dia. Também não estudou o Livro dos Segredos ou preparou sua própria comida. Isso aliviou as emoções pesadas que sentia sempre que ia para o Burgo Leste.

Sem perceber, a tarde havia chegado e seus pensamentos se voltaram para o Clube de Tarô.

Após os cumprimentos, a Justiça, Audrey, conteve sua curiosidade e empolgação, e não teve pressa em indagar sobre a verdade por trás do incidente do Capim.

“O Sr. Louco pode não responder, mas como eu saberia se Ele deseja responder se eu não perguntar? Bem, espero que Ele faça um pedido de igual valor, e farei o possível para atendê-lo…” Audrey olhou para os outros membros e observou os estados dos outros membros.

Como Telepata, ela rapidamente descobriu algo estranho.

“Eh, O Sol parece muito ansioso. Algo aconteceu com o capitão da equipe de exploração anterior? Ele encontrou Amon?”

Além disso, Fors está em um estado indeciso de querer perguntar, mas não ousar… Ela deve ter visto os jornais e adivinhado pelas cartas de tarô que nosso Clube de Tarô estava envolvido na morte de Capim. Mas ela está curiosa para saber quem a carta do Imperador representa… Ela parece estar ainda mais maravilhada com o Sr. Louco. O que aconteceu?”

“O Sr. Enforcado parece estar de muito bom humor. Ele terminou de digerir sua poção… parece estar antecipando algo…”

“O Sr. Mundo ainda está tão sombrio e reservado como antes, e é difícil ler seus pensamentos. Ele realmente é o inimigo do caminho do Espectador…”

Derrick, não tentou esconder sua ansiedade, mas não consultou diretamente os outros membros do Clube de Tarô.

Ele sabia perfeitamente bem que a hora inicial pertencia ao Sr. Louco, a menos que não houvesse as chamadas anotações do diário de Roselle.

“Não há necessidade de pressa. A reunião já começou… Se o Sr. Louco estiver de bom humor, ele poderá responder a algumas perguntas…” Derrick consolou-se.

Alger olhou para cima e disse humildemente: — Honorável Sr. Louco, encontrei três novas páginas do diário de Roselle.

“Diário? O diário de Roselle?” Fors aguçou as orelhas.

Klein sorriu e respondeu: — Pelo que você quer trocá-las?

Olhando para a carta ao lado da mão do Sr. Louco, Alger reprimiu sua ansiedade e disse: — Quero saber que carta você tem ao seu lado.

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