Lord of the Mysteries – Capítulos 1391 ao 1394 - Anime Center BR

Lord of the Mysteries – Capítulos 1391 ao 1394

Capítulo 1391 – Enfrentando

Nas ondas azuis escuras que pareciam nunca parar no Mar Berserk, Futuro era como uma folha, às vezes sendo atirada para o alto e caindo.

Nessas águas ainda havia alguns navios piratas navegando. Eles estavam acostumados com essas situações e achavam que era tão natural quanto o nascer do sol.

Depois que Cattleya retornou ao mundo real, ela ponderou por um momento antes de abrir um pedaço de papel e escrever.

Ela queria perguntar à Rainha o que aconteceu recentemente.

Na verdade, antes do Sr. Louco anunciar que entraria em sono profundo, Cattleya já havia sentido a mudança monumental iminente.

Quer tenha sido o fechamento repentino das portas ou a chuva de meteoros cruzando o céu para iluminar o mundo, isso lhe deu alguma inspiração como Clarividente, permitindo-lhe ter algumas visões borradas.

Claro, estava limitada por seu próprio nível, posição e status. Ela não tinha conhecimento suficiente do que havia acontecido e não conseguia entender o que exatamente havia feito o Sr. Louco decidir dormir. Tudo o que pôde fazer era perguntar à Rainha Misteriosa Bernadette, que há muito avançou ao nível de um anjo e liderou uma organização misteriosa enquanto controlava muitos poderosos Artefatos Selados.

Assim que Cattleya convocou o mensageiro e pegou a carta que havia escrito, ficou surpresa.

Naquele momento, uma luz roxa se acentuou em seus olhos. Tornou-se extremamente saturada e fluiu lentamente como um rio.

Ela sentiu que o Sr. Louco havia entrado em sono profundo.

Hesitação, confusão e tristeza inconcebíveis surgiram no coração da Almirante das Estrelas.

Por alguma razão, ela sentiu uma palpitação inexplicável e duas gotas de lágrimas escorreram inconscientemente pelo seu rosto.

Ela parecia entender alguma coisa, mas também nada. Ela só sabia que não se sabia quanto tempo levaria para o Sr. Louco acordar do seu sono.

Tirando os óculos pesados, Cattleya enxugou os cantos dos olhos, permitindo que suas emoções voltassem ao normal.

Ela caminhou até a janela e olhou para o convés.

Frank Lee convidou calorosamente a tripulação para provar sua cerveja recém-fabricada, mas nenhum dos piratas se atreveu a experimentá-la.

“Felizmente, enviei Cielf à Rainha com antecedência. Agora, tudo que preciso fazer é cuidar de Frank… Sem a vigilância do Sr. Louco, tenho que ser mais cuidadosa e prestar mais atenção nele. Sim, preciso encontrar algo para Frank fazer além de pesquisar. Ele é um imediato, então não pode estar sempre trabalhando em outra coisa…” Cattleya pensou com uma expressão pesada.

Depois de considerar como lidar com Frank, bem como reorganizar o pequeno número de piratas do caminho da Terra e da Lua para outros navios, e não interagir frequentemente com Frank, Cattleya concentrou seu foco no Sábio Oculto.

Embora ela já fosse um dos dez pilares da Ordem Ascética de Moisés, devido à sua formação e à influência do Sábio Oculto, nunca recebeu a confiança do presidente e dos demais superiores. Ela só poderia ser uma pessoa condenada ao ostracismo que oscilava na periferia da organização, que tinha seu próprio grupo e respectiva facção.

De certa forma, a sua relação com a Ordem Ascética de Moisés era mais próxima da de sócio. Por um lado, ela precisava de uma facção e de uma potência para projetar sua vontade sobre os Cinco Mares. Por outro lado, ansiava por obter conhecimentos e materiais correspondentes.

E para obter as informações sobre o Sábio Oculto que representava uma divindade repentinamente ganhando vida e confirmar Seu estado atual, necessariamente exigiria que ela se tornasse um membro central da Ordem Ascética de Moisés.

“Com a minha identidade atual, não há problema em eu participar das decisões internas da Ordem Ascética de Moisés. Somente participando verdadeiramente delas poderei entrar em contato com mais informações e elevar meu próprio status… No entanto, isso será bastante perigoso. Mesmo que a condição do Sábio Oculto não seja correta e não interfira nas operações da Ordem Ascética de Moisés, os outros superiores também estarão sujeitos à violação de interesses e estarão sob constante suspeita. Eles contra-atacarão até certo ponto… Há pelo menos dois dos dez pilares que não consigo ver, fazendo-me sentir instintivamente o perigo…”

“E confirmar o estado do Sábio Oculto será ainda mais perigoso. Se algo der errado, eu serei imediatamente corrompida e corroída por Ele…” Quanto mais Cattleya pensava sobre isso, mais sentia que a missão dada pelo Sr. Louco era difícil.

Ela sempre esteve oscilando na periferia da Ordem Ascética de Moisés com sua identidade como pirata. Na verdade, tinha suas preocupações sobre esse assunto. Ela temia que, se se aprofundasse muito nos assuntos internos da organização, isso exporia o fato de que ela ainda estava em contato com a Rainha Misteriosa. Estava com medo de que os outros dez pilares um dia a apontassem repentinamente como uma espiã e a eliminassem imediatamente.

Naquele momento, Cattleya até quis abandonar a missão do Sr. Louco e sua identidade como um dos dez pilares da Ordem Ascética de Moisés. Ela desejava retornar ao Amanhecer e voltar para o lado da Rainha.

Dessa forma, não precisaria mais se preocupar com esse assunto — se houvesse algum problema, a Rainha seria capaz de impedi-lo.

Desde que ela deixou o Amanhecer, teve que arcar com tudo sozinha. Cattleya sempre se sentiu exausta enquanto seus ombros permaneciam pesados.

Entretanto, esse pensamento foi rapidamente abandonado por Cattleya.

Ela suspirou suavemente. Entendeu que nunca seria capaz de voltar ao tempo em que era uma garotinha sem preocupações.

Ela não era apenas responsável por sua própria vida, mas também pelo destino de Frank, Heath, Nina e dos outros membros da tripulação.

Além disso, ela previu a chegada do apocalipse. Ela esperava poder se tornar a ajudante mais poderosa da Rainha e fazer algo por este mundo.

Cattleya fechou os olhos e murmurou para si mesma: — Vamos enfrentar os fatos.

— Integrar-se verdadeiramente na Ordem Ascética de Moisés e reunir as informações relevantes.

Após tomar esta decisão, Cattleya não escondeu mais sua força. Ela levantou as mãos e usou uma magia de conto de fadas.

Aos olhos da tripulação do navio pirata ao redor, o Futuro e sua frota tornaram-se ilusórios ao mesmo tempo, transformando-se em inúmeras bolhas.

As bolhas refletiam uma cor sonhadora sob a iluminação da luz.

Então, lentamente derreteram no mar.

Só assim, o Futuro e sua frota desapareceram dos olhos de todos.

Muitos piratas experientes ficaram primeiro chocados e atordoados. Então eles pensaram:

Nasceu uma nova rainha dos mares.

Rainha das Estrelas!

Backlund, em uma casa particular.

Xio, que ainda não tinha resolvido seus pensamentos depois de retornar ao mundo real, viu a figura de Fors aparecer na sua frente enquanto gritava: — Essa sua missão é muito perigosa!

Xio ficou surpresa ao apontar instintivamente um problema.

— Você não bateu.

Esta era a pior parte de viver junto com uma semideusa do caminho do Aprendiz.

Fors primeiro refletiu sobre si mesma por um segundo antes de dizer com segurança: — Você não fechou a porta.

Ela apontou para a porta entreaberta do quarto.

“Na verdade, não fechei a porta. Isso mesmo. Esta foi uma reunião de última hora. Eu não estava preparada para isso antes…” Xio abriu a boca, mas não conseguiu dizer uma palavra.

As duas se entreolharam sem palavras por um longo tempo, mas nenhuma quebrou o silêncio.

Por fim, Fors decidiu esquecer a acusação e se concentrou na missão em si.

— Uma missão que envolve a Sequência 1 e uma Singularidade é muito perigosa.

Dito isso, ela lembrou que Xio já havia aceitado o presente do Sr. Louco. Seus olhos ficaram vermelhos incontrolavelmente quando ela não pôde deixar de murmurar: — Lembre-se de pedir minha ajuda. No mínimo… posso ajudá-la a escapar.

Para elas, as coisas que vivenciaram antes envolveram muito poucos assuntos no nível da Sequência 1. Além do Sr. Louco e do Mundo Gehrman Sparrow, no máximo eram eles sendo vigiados por Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado1.

Outras vezes, elas fariam, no máximo, assuntos triviais na periferia dos assuntos correspondentes. Nunca enfrentaram um inimigo que pudesse ser chamado de Ele.

Portanto, quando pensou em como a missão de sua amiga envolvia a característica de Beyonder da Sequência 1, ou mesmo uma Singularidade e verdadeira divindade, Fors não pôde deixar de se sentir nervosa e preocupada.

Xio sorriu e disse: — Estou apenas procurando pistas e investigando a verdade. Não é como se eu precisasse enfrentá-los diretamente.

Ela parou por um segundo e disse: — O apocalipse está se aproximando. Nós temos que fazer alguma coisa.

— Olha, até o Sr. Louco caiu em um sono profundo. Além do mais, pessoas triviais como nós? Se eu não me tornasse rapidamente uma semideusa, talvez não houvesse nada que eu pudesse fazer. Agora… Há pelo menos alguma esperança. No mínimo, posso tentar despertar o Sr. Louco.

Fors havia experimentado muitas coisas e há muito entendia esse princípio. Ela estava apenas desabafando suas emoções, mas agora ela se acalmou.

Ela pensou por um momento e disse: — O que você vai fazer a seguir?

— Apenas confiar em mim mesma para investigar será definitivamente muito difícil. Definitivamente precisarei usar a rede de inteligência do MI9. Pretendo encontrar uma oportunidade adequada para que eles saibam que sou uma semideusa da Sequência 4. Para não ser suspeita, talvez eu precise que a senhorita Justiça me dê algumas dicas e faça alguns arranjos, — respondeu Xio seriamente.

Os pensamentos de Fors dispararam.

— Vou criar um roteiro para você. Uh, vou agir como uma antagonista e simular um lunático que tentou avançar para a Sequência 4: Mago Imperativo e então ser derrotado por você…

Enquanto ela falava, uma história tomou forma. Ela imediatamente sentou-se ao lado da mesa de Xio, pegou papel e caneta e começou a escrever.

— Depois de escrever a história, pedirei à Srta. Justiça que faça algumas alterações e faça com que pareça razoável, — disse Fors enquanto escrevia.

Como Feiticeira Secreta, não havia dúvida de que ela poderia evitar que a conversa vazasse.

Xio pensou por um momento e disse: — Sua tarefa mais importante agora não é escrever biografias e histórias?

— Ah, isso é simples. Já pensei em muitas cenas e tenho muito material em mente. Não, nada disso… — Depois de murmurar algumas palavras, Fors colocou todo o seu foco em escrever um roteiro para Xio, a fim de obter a aprovação do MI9.

Vendo sua boa amiga focada em seu assunto, um sorriso apareceu gradualmente no rosto de Xio.

Ela então olhou para a porta entreaberta e ouviu seu irmão, Dio Derecha, aparentemente recitando as antigas palavras de Feysac. Esse era um requisito para estudar Direito para se tornar advogado.

A mãe deles estava instruindo dois criados a limpar a sala.

Suas vozes chegaram aos ouvidos de Xio e sua expressão gradualmente tornou-se firme.

Embora não tivesse ideia do que aconteceria quando encarasse os chefes do MI9, e mesmo que encontrasse perigos desconhecidos ao completar a missão do Sr. Louco, bem como o futuro desconhecido durante o início do apocalipse, Xio sabia que se não fizesse nada ou assumisse certos riscos e simplesmente aproveitasse os momentos agradáveis ​​com sua família, ela acabaria sendo afogada pelas enchentes, como a maioria das pessoas que não estavam preparadas.

E agora havia pelo menos um caminho cheio de espinhos, um que tinha um brilho de luz no final.

Era necessário realizar sacrifícios e agarrá-lo com coragem.

  1. adam[↩]

Capítulo 1392 – Ontem não mais

Em uma sala ao lado da catedral da Meia Noite no Continente Sul, Balam Leste, a consciência de Leonard retornou ao mundo real.

Após alguns segundos de silêncio, ele pegou a xícara de café que havia esfriado e tomou um gole.

O gosto amargo encheu sua boca, despertando gradualmente sua mente.

— Velho, o que aconteceu hoje? — Finalmente, Leonard não pôde deixar de perguntar.

Após um momento de silêncio, Pallez Zoroast respondeu melancolicamente: — O Erro morreu.

“Erro…” Leonard quase não percebeu a qual existência o Velho estava se referindo.

No segundo seguinte, não conseguiu esconder seu espanto quando quase se esqueceu de sussurrar: — Amon?

Este era um deus verdadeiro!

— Sim. — A voz de Pallez Zoroast soava como se tivesse envelhecido consideravelmente. — Para ser preciso, o corpo principal de Amon morreu.

Leonard não estava com vontade de distinguir o significado sutil por trás das palavras do Velho. Ele perguntou incrédulo: — P-por que não havia sinal disso?

Ele havia testemunhado os fenômenos antes e depois da morte do Deus do Combate. Ele sabia que era uma mudança que afetaria o mundo inteiro e traria muitos monstros terríveis e regiões perigosas.

E agora mesmo, as únicas duas anormalidades foram:

As portas e janelas fechando de repente, e ele aparentemente esquecendo alguma coisa.

Na realidade, este último não era nada estranho. A maioria das pessoas encontraria algo semelhante em suas vidas diárias.

O tom de Pallez Zoroast diminuiu.

— ‘Ele’ deve ter morrido no Castelo de Sefirah.

“Castelo de Sefirah?” Leonard ficou chocado.

O local da reunião que ele acabara de participar foi dentro do Castelo de Sefirah!

“Uma guerra entre deuses acabou de estourar lá? Amon realmente se infiltrou no Castelo de Sefirah?” Em meio aos pensamentos de Leonard, sua expressão gradualmente tornou-se solene.

— Velho, o Sr. Louco ficou ferido por causa disso e não teve escolha senão entrar em estado de sono?

— ‘Ele’ está prestes a entrar em estado de sono? — Pallez Zoroast perguntou em resposta.

Ele não pareceu muito surpreso com isso.

Leonard reconheceu laconicamente.

— A razão pela qual ‘Ele’ nos convocou hoje foi por causa deste assunto.

Pallez Zoroast ficou em silêncio por alguns segundos antes de dizer:

— Sua escolha de entrar em estado de sono está de fato relacionada à batalha divina anterior e à infiltração de Amon, mas não é por causa de ferimentos, mas por causa da corrupção.

— Corrupção? — Leonard deixou escapar surpreso.

— Mesmo no nível do Sr. Louco, a corrupção irreversível ainda pode afetá-lo?

Pallez Zoroast recuperou Seu tom comovente anterior:

— Tudo tem divindade. Ao confiar na divindade para se tornar uma potência, ninguém nunca poderá escapar das algemas da divindade.

— Neste ponto, é o mesmo para você e para mim. Da mesma forma para O Louco. Heh, talvez ‘Ele’ não devesse mais ser chamado de ‘O Louco’. ‘Ele’ é equivalente a meio ‘Lorde dos Mistérios’.

“Lorde dos Mistérios…” Em relação ao problema da impressão mental em uma característica de Beyonder, Leonard realmente tinha uma compreensão mais profunda do assunto do que os semideuses do seu nível. No entanto, ele ainda tinha várias lacunas no conhecimento sobre o assunto. Mesmo tendo ouvido o Velho mencionar o termo ‘Lorde dos Mistérios’, ele não entendeu o que significava.

No entanto, no momento, ele poderia confirmar que o nível do Sr. Louco havia transcendido a Sequência 0, de acordo com a reunião, e o que o Velho acabara de dizer, Sua força era suficiente para matar um deus verdadeiro.

Leonard inteligentemente não investigou mais. Ele mudou de assunto com uma voz profunda:

— Velho, por que Klein está dormindo também?

— Você consegue acordá-lo o mais rápido possível?

O tom de Pallez Zoroast era um tanto estranho.

— Como poderia um anjo velho e fraco como eu saber sobre assuntos no nível dos deuses?

— Quanto ao despertar, mesmo o Louco não tem solução melhor, muito menos eu?

Leonard permaneceu em silêncio por um momento. Ele pegou sua xícara de café e tomou outro gole.

Depois de um tempo, ele perguntou hesitante: — Velho, você tem alguma maneira de ‘roubar’ o talento artístico dos outros?

Pallez Zoroast zombou.

— A definição de talento artístico é vaga, sem uma categorização clara. Não há como ‘roubá-lo’.

— No entanto, se você mudar para talento natural, há uma maneira.

— … Esqueça. — No final das contas, Leonard não pôde fazer nada a respeito de roubar o talento natural dos outros para ajudá-lo a resolver seu problema.

Pallez Zoroast acrescentou com um sorriso: — Se você não consegue aceitar esse método, então você pode encontrar o talento natural que deseja em alguém que é muito pobre. Faça um acordo com ele e dê-lhe o dinheiro que ele deseja trocar pelo talento natural correspondente.

— É um pouco como um acordo com o diabo… — Leonard comentou objetivamente.

Pallez Zoroast riu e disse: — Há outra solução simples. Isso significa gastar dinheiro para contratar pessoas naturalmente talentosas para ajudá-lo a resolver os problemas correspondentes.

— … Velho, por que você não disse isso antes? — Leonard imediatamente viu esperança.

Pallez Zoroast zombou.

— Você não conseguiu pensar em algo tão simples?

— Achei que você tivesse eliminado essa opção antes de me consultar.

Leonard ignorou a zombaria do Velho. Depois de pensar seriamente, ele sentiu que essa ideia era realmente viável.

No entanto, logo se sentiu um pouco culpado e inquieto, como se estivesse evitando sua responsabilidade.

“Quanto a esse assunto, ainda tenho que fazer algo pessoalmente… Além de convidar alguém para escrever canções e poemas, tenho que escrever um pouco…” Com isso em mente, Leonard levantou-se de repente e foi até a porta.

— Onde você está indo? — Pallez Zoroast perguntou surpreso.

Leonard franziu a testa ligeiramente e disse com firmeza: — Vou à livraria mais próxima comprar algumas antologias de poemas.

Desde que avançou para Pesadelo, ele desistiu da coleção de poemas que havia comprado no passado, tornando-os nada além de decorações. Quando ele se tornou um Bruxo Espiritual, ele começou a colecionar antologias de poemas que eram adequadas para alguns espíritos lerem, permitindo-lhe recitar as partes apropriadas em uma batalha para criar efeitos Beyonder que funcionassem em conjunto com ele.

Portanto, quando veio para o Continente Sul, não trouxe um único livro de antologia de poemas. Ele só se lembrava de alguns daqueles que costumava usar no passado.

“Nunca esperei que, depois de me tornar um diácono de alto escalão, precisasse ler antologias de poemas novamente…” Leonard suspirou interiormente enquanto seus passos se tornavam mais firmes.

Pallez Zoroast nunca imaginou que o próximo passo de Leonard seria comprar antologias de poemas. Depois de um tempo, Ele perguntou: — Isso é uma ordem do Louco?

— Sim, devo promover as histórias lendárias correspondentes, — Leonard respondeu simplesmente enquanto abria a porta e saía.

Pallez Zoroast ficou em silêncio mais uma vez antes de dizer: — Além de escrever poemas, você tem que prestar mais atenção ao cerco da Escola de Pensamento Rosa.

Leonard desceu as escadas e saiu para a rua. Ele olhou para os pedestres e acenou com a cabeça gentilmente.

— Sim.

Naquele momento, enquanto caminhava em direção à livraria, sentiu como se tivesse retornado a Tingen, à época em que ainda era Poeta da Meia-Noite. Naquela época, ele também caminhava pelas ruas movimentadas, preparando-se para comprar um exemplar da Antologia de Poemas Clássicos do Reino de Loen Poemas Selecionados de Roselle.

Backlund, na Igreja da Colheita ao sul da ponte.

Depois que Emlyn White recuperou os sentidos, ele se viu parado em frente a uma janela.

O sol já estava fraco lá fora e as flores desabrochavam.

Seus sentimentos em relação ao sono do Sr. Louco eram ligeiramente diferentes dos outros membros do Clube de Tarô.

Além do peso, da pungência, da tristeza e da confusão, havia também a confiança de que as coisas acabariam bem.

Internamente dentro do Sanguíneos, alguns dos Marqueses e Condes eram bastante velhos. Embora vivessem mais do que a maioria dos semideuses no mesmo nível, ainda estavam em estágios avançados de suas vidas. Nessa época, muitas vezes optavam por dormir e usavam métodos semelhantes para prolongar sua vida. Os efeitos foram muito bons.

Portanto, Emlyn estava acostumado há muito tempo com questões relacionadas ao sono. Ele sabia que não era equivalente a falecer, nem era equivalente a perecer. Ele acreditava que se a solução correta fosse encontrada, o Sr. Louco teria grandes chances de despertar.

Ele olhou pela janela e murmurou para si mesmo: — O Sr. Louco entrou em estado de sono e a revelação da Ancestral é frequentemente interrompida. É óbvio que Ela não pode fornecer ajuda com frequência…

Após um breve silêncio, Emlyn suspirou silenciosamente.

“De fato. No final, eu mesmo tenho que enfrentar e suportar.”

“Este é o destino do messias.”

À menção da palavra messias, Emlyn sorriu claramente com uma sugestão autodepreciativa.

Ele então repetiu interiormente, “só posso confiar em mim mesmo.”

Assim que esse pensamento passou por sua mente, a voz do padre Utravsky soou atrás de Emlyn.

— Hora de partir.

Emlyn virou a cabeça e viu uma enorme espada nas costas do sacerdote vestido com vestes marrons de sacerdote.

O comprimento da espada excedia a altura de Emlyn e sua largura era próxima à cintura.

Juntamente com o corpo semelhante a uma colina do Padre Utravsky, a terrível pressão parecia tangível.

Como um conde sanguíneo, Emlyn se recuperou de sua sensação de sufocamento e assentiu gentilmente.

— OK.

Hoje, eles iriam para o Continente Sul para participar do cerco à Escola de Pensamento Rosa.

Assim que ele respondeu, Emlyn de repente se lembrou de algo e disse apressadamente: — Espere um pouco.

Ele queria reunir a maior parte dos sanguíneos em Backlund para discutir a empresa farmacêutica.

O bispo Utravsky não perguntou nada e assentiu.

— Venha me encontrar quando estiver pronto.

Depois de observar o Padre Utravsky entrar nas profundezas da catedral, Emlyn virou a cabeça para os Sanguíneos que o seguiam até o Continente Sul.

— Informem todos os sanguíneos em Backlund para virem. Há algo que precisamos discutir.

— Sim, Lorde Emlyn, — o Sanguíneo respondeu respeitosamente.

Depois que eles se separaram, Emlyn virou a cabeça para olhar o altar e o Emblema Sagrado da Vida em frente à catedral. Era uma criança desenhada de forma simples, cercada por símbolos como trigo, flores, água mineral e outros símbolos.

Isso fez com que os pensamentos de Emlyn ficassem à deriva de repente.

Ele havia esquecido quando começou a passar menos tempo no quarto, passando menos tempo com as bonecas. Até mesmo seu hobby de estudar história tornou-se mais direcionado e eficiente.

Essa mudança não tomou forma num instante. Em vez disso, foi formada lentamente ao longo do tempo. Foi algo que tornou difícil para os outros perceberem. Quando Emlyn descobriu, ele já estava adaptado a esta nova vida.

Emlyn retraiu o olhar, ergueu ligeiramente o queixo e balançou a cabeça com um sorriso.

“Este é o destino do messias…”

Capítulo 1393 – Onde o sonho começa

Depois de retornar ao mundo real, Alger esperou pacientemente pela missão que o Sr. Louco havia mencionado.

Neste dia, ele, vestindo roupas de pontífice e máscara preta prateada, estava discutindo os assuntos internos da Igreja do Deus do Mar com o Missionário Danitz quando de repente viu um bispo entrar.

— Sua Santidade, a Igreja das Tempestades enviou dois presentes para parabenizá-lo por se tornar o pontífice de Deus. — O bispo segurou uma caixa de lata e curvou-se respeitosamente.

Danitz, que secretamente se regozijava com o mau funcionamento do telegrama de Bayam, deixou escapar, surpreso: — Onde está o mensageiro?

— Ele saiu depois de deixar o presente, — respondeu o bispo na porta, impotente.

Embora os membros da Igreja das Tempestades frequentemente tivessem momentos impulsivos, tal comportamento ainda era bastante raro.

Alger assentiu levemente e disse: — Se eles não nos veem como inimigos, enviar um mensageiro para entregar um presente é o suficiente.

Dito isso, ergueu a mão direita e gentilmente fez voar a caixa de lata na mão do bispo.

Depois de pegar a pequena caixa, as ações de Alger de repente desaceleraram, como se ele a achasse pesada.

Ele abriu lentamente o recipiente e viu um livro feito de pele de cabra marrom-amarelada.

Na superfície do livro, havia uma linha de palavras escritas em élfico:

“Livro da Calamidade.”

“Livro da Calamidade…” Depois de ver as palavras claramente, Alger sentiu-se um pouco atordoado, como se estivesse sonhando.

Mas muito rapidamente entendeu qual era a missão da qual o Sr. Louco estava falando.

Alger suspirou silenciosamente e olhou para o bispo na porta.

— Qual é o segundo presente?

— É um navio fantasma chamado Vingador Azul. Já atracou no porto, — respondeu o bispo sem qualquer anormalidade.

“O Vingador Azul…” Quando Danitz ouviu o nome, ele instintivamente olhou para o pontífice, Alger.

Ele se lembrava muito claramente de que este era o navio que Alger usava quando era pirata.

Isso significava que a Igreja do Senhor das Tempestades sabia que o pontífice da Igreja do Deus do Mar já foi seu cardeal!

“Isto é um presente de felicitações ou um desafio à guerra?” À medida que o coração de Danitz se apertava, ele percebeu que estava bastante familiarizado com o outro presente.

Foi o extremamente sinistro Livro da Calamidade que ele viu quando seguiu Gehrman Sparrow.

— Ajude-me a enviar uma carta à Igreja das Tempestades e agradeça-lhes pelos presentes, — Alger se recompôs enquanto instruía calmamente.

Depois que o bispo saiu da sala, ele se virou para Danitz e disse: — Missionário, recebi a revelação do Sr. Louco. Terei que completar uma missão no futuro. Talvez demore alguns anos antes de retornar.

— Uma revelação? — Danitz deixou escapar surpreso.

Neste momento, havia apenas um pensamento em sua mente:

“Por que eu não sei disso?”

Alger assentiu.

— O Sr. Louco está prestes a entrar em um sono profundo.

— No entanto, isso não afetará as respostas às suas orações.

— … — Danitz ficou tão chocado que não conseguiu falar.

Alger continuou: — Gehrman Sparrow também entrou em estado de sono.

— Depois que eu partir, os assuntos da Igreja serão entregues ao Ancião Derrick Berg, da Nova Cidade de Prata. Você precisa cooperar com ele e escrever na Bíblia que o Deus do Mar é o Sr. Louco e fazer com que todos os crentes aceitem isso.

— Nossa fé é a chave para o despertar do Sr. Louco. Você é o Seu Missionário e deve dar o exemplo nesse aspecto.

— Claro, Ele lhe dará uma nova revelação a qualquer momento e lhe dará outras missões.

Danitz ficou um pouco tonto e confuso ao ouvir isso, mas ainda entendeu a gravidade do assunto.

Ele hesitou por um momento antes de assentir pesadamente.

— OK.

Depois de resolver o assunto, Alger levantou-se e voltou para seu quarto com o Livro da Calamidade.

Ele se olhou no espelho e riu. Lentamente removeu a tiara papal da cabeça e a máscara preta prateada do rosto.

Alguns dias depois, no lotado porto de Bayam.

Alger ergueu a cabeça e olhou para Derrick, que era mais alto que ele, e disse com um sorriso: — Você tem se saído muito bem recentemente. A Igreja do Deus do Mar tem funcionado bem.

Derrick inconscientemente quis levantar a mão para coçar a nuca, mas finalmente se conteve. Ele disse com alguma melancolia e relutância: — Sr. Enforcado… Sua Santidade Wilson, quando você retornará?

Alger balançou a cabeça e disse: — Tudo pela frente ainda é incerto. Ninguém pode dizer.

Sem esperar a resposta de Derrick Berg, ele disse: — Você já é maduro e confiável. Não tenho nenhum conselho para você.

Dito isto, Alger fez uma pausa antes de dizer: — Se o Arquipélago Rorsted encontrar um desastre que não possa impedir, não se sacrifique para protegê-lo.

— Ah? — Derrick ficou atordoado.

Este era o local de culto mais importante para o Sr. Louco. Era a nova casa da Cidade de Prata, então como ele poderia desistir assim?

Alger já esperava a reação de Derrick e explicou com uma expressão séria: — Para o Sr. Louco, o mais importante são os crentes aqui, não estas ilhas. Para a Cidade de Prata, o mais importante são as pessoas, não a cidade.

— Contanto que você possa proteger os crentes do Sr. Louco e proteger os cidadãos da Cidade de Prata, migrando-os para longe, mesmo que percamos Bayam, a Nova Cidade de Prata, e o Arquipélago Rorsted, poderemos reconstruir uma nova cidade noutro local e reconstruir uma nova casa.

— Lembre-se, não perca de vista a floresta por causa das árvores.

Derrick ficou profundamente comovido quando ouviu isso. Ele compreendeu o cerne do problema.

Ele respondeu sinceramente: — Eu entendo. Obrigado, Sr. Enforcado… Sua Santidade Wilson. Protegerei bem os crentes e os cidadãos do Sr. Louco.

Alger não disse uma palavra enquanto se virava e caminhava em direção ao Vingador Azul que estava atracado no cais.

O navio fantasma era um veleiro de três mastros que ainda estava atrasado em relação à era atual, não diferente de antes.

Alger olhou para ele e olhou para os tripulantes no convés. De repente, sentiu algo e olhou para si mesmo.

Ele vestia uma camisa de linho, uma jaqueta marrom e calças da moda. Ele tinha um cinto feito sob medida em volta da cintura. Anexado a ele havia uma adaga e um cetro feito de osso.

Os cantos dos lábios de Alger se curvaram quando ele deu um passo à frente e pousou no convés do Vingador Azul.

Ele então virou a cabeça para olhar o mar azul sem limites, levantou a mão direita e disse em voz profunda: — Zarpar!

Backlund, Burgo Imperatriz, dentro da luxuosa mansão da família Hall.

Audrey sentou-se em um sofá confortável e observou seu pai, Conde Hall, e seus irmãos, Hibbert e Alfred, discutirem os recentes desenvolvimentos do reino. Ela observou como sua mãe, Lady Caitlyn, convocava constantemente o mordomo e os servos para fazer os preparativos finais para o baile.

Ela não disse uma palavra. Exibia um leve sorriso enquanto observava silenciosamente essa cena comum em sua vida diária.

Depois de algum tempo, Conde Hall sorriu e olhou.

— O que nossa princesinha está pensando?

Audrey franziu os lábios e respondeu com um leve sorriso: — Adivinha.

— Suponho que você esteja pensando em qual vestido usará hoje e que tipo de cabelo e maquiagem combinará com ele, — disse Hibbert casualmente em nome de seu pai.

Audrey sorriu e disse: — Correto, mas não há recompensas.

Ela se levantou lentamente e disse aos pais e irmãos: — Vou subir para colocar meu vestido.

Conde Hall sorriu e assentiu.

— Não há pressa. Todo mundo acredita que vale a pena esperar.

Audrey mordeu o lábio inferior e manteve o sorriso enquanto caminhava em direção à porta.

Quando ela estava prestes a sair da sala, fez uma pausa e olhou para trás.

Seus pais e seus dois irmãos continuaram a discussão ou os preparativos.

O olhar de Audrey congelou enquanto lentamente retraía o olhar.

Ela saiu e subiu para o quarto.

Susie já estava esperando lá.

Audrey respirou indiscernivelmente e ergueu a mão direita. Usou o dedo indicador para desenhar linhas de luz fraca.

Elas pareciam vir da parte mais profunda de uma paisagem de sonhos.

Alguns segundos depois, o brilho fraco se transformou em uma garota loira, de olhos verdes e anormalmente bonita — Audrey Hall.

Mas, ao contrário de Audrey, essa garota ainda carregava um pouco de infantilidade e um leve porte romântico.

— Boa noite, Senhorita Justiça~ — A garota cumprimentou-a alegremente.

Audrey sorriu e respondeu: — Boa noite, senhorita Audrey.

Após a Reunião de Tarô de última hora, ela finalmente decidiu avançar para Tecelão de Sonhos e se preparar para dividir uma identidade para acompanhar sua família. Ela ficaria longe deles e não permitiria que os vários assuntos perigosos que ela atrairia os afetassem.

Depois de olhar para ela por dois segundos, virou-se para olhar para a golden retriever ao lado dela e disse: — Susie, tem certeza que quer me seguir?

— Sim, somos amigas para sempre, — respondeu Susie séria.

Audrey não disse mais nada. Ela se separou da Pessoa Virtual e entrou no Corpo do Coração e Mente de Susie, que ela abriu para Audrey.

Então, levantou a mão novamente e esboçou outra Susie no ar.

No momento em que Susie se formou, abriu a boca e soltou um latido.

Audrey retraiu o olhar e olhou para si mesma.

Depois de um momento de silêncio, embora soubesse que seus pensamentos e ideias estavam sincronizados, ela não pôde deixar de dizer para a garota loira à sua frente: — E-eu deixarei isso com você no futuro.

— Lembre-se de agradar o pai com frequência e fazer com que ele não fique tão ocupado. Ele não é mais jovem, então precisa estar atento à sua saúde. Ele pode delegar muitas coisas para Hibbert e Alfred ou para os mordomos.

— Além disso, aconselhe lentamente a mãe e diga-lhe que ela não precisa prestar muita atenção às opiniões dos outros. Ela não precisa manter uma imagem perfeita em eventos sociais. Seria muito cansativo.

— Sim, não se esqueça de Hibbert. Anime-o com frequência e não o deixe ficar tão triste. Ele não deveria complicar muito as coisas pensando demais nas coisas. Alfred não ameaçará sua posição.

— Alfred, Alfred, ele precisa de uma boa esposa para impedi-lo de correr mais riscos…

— Ah, por que você está chorando? Já crescemos. Não podemos mais ser garotinhas.

Audrey baixou ligeiramente os olhos e sorriu para ela mesma chorando.

— Eu sei, eu sei. — Depois que Audrey disse isso, franziu os lábios com força e assentiu pesadamente com uma expressão triste.

Audrey retraiu o olhar, pegou a capa e colocou-a sobre ela.

Depois, conduziu Susie para fora do quarto e para o corredor.

O salão abaixo estava iluminado e os convidados vinham um após o outro para assistir ao baile. Lorde Hall, Lady Caitlyn, Hibbert e Alfred já estavam na porta.

Audrey ficou atrás da grade e observou em silêncio por um tempo.

Ela então levantou as pontas da saia e curvou-se lenta e solenemente para seus pais e irmão à distância.

Depois de manter tal postura por dois segundos, ela endireitou o corpo e levantou o capuz da capa azul escura para cobrir o rosto.

Ao seu lado e atrás dela, havia luzes brilhantes e um barulho agitado. À sua frente, muitas luzes escuras formavam um mar de subconsciente coletivo.

— Vamos, — disse Audrey com voz rouca para Susie.

Com isso dito, entrou no mar escuro e ilusório.

Audrey saiu correndo do quarto e gritou em tom soluçante: — Você deve voltar!

Audrey não voltou atrás. Ela ergueu a mão direita e acenou, indicando que entendia.

A figura vestindo um manto azul desapareceu gradualmente na distância em meio à escuridão profunda e silenciosa.

Capítulo 1394 – Uma nova jornada

Em uma sala de um castelo abandonado, a luz do sol brilhava através das frestas das cortinas grossas, iluminando um caixão escuro como breu.

De repente, a tampa do caixão rangeu e moveu-se lentamente para o lado.

Com um baque, caiu no chão.

Alguns segundos depois, Azik Eggers sentou-se, parecendo bastante perdido.

Naquele momento, usava um pijama largo que era popular em Loen anos atrás. Ele parecia um nobre que havia acordado em sua mansão.

Depois de um tempo, Azik estreitou ligeiramente os olhos. Ele olhou em volta confuso, como se não soubesse quem era.

Ele então viu a luz solar brilhante que penetrava pelas rachaduras e viu a poeira dançando na luz do sol. Viu cartas espalhadas sobre a mesa, no chão e na tampa do caixão ao seu redor.

Elas eram como flocos de neve gigantes que cobriam metade da área.

Azik saiu do caixão. Com uma expressão confusa, ele se abaixou para pegar uma carta e começou a ler.

Enquanto lia, a confusão em seu rosto desapareceu um pouco, como se ele tivesse se lembrado de muitas coisas do passado.

Azik imediatamente encontrou uma cadeira e sentou-se, permitindo que todas as cartas voassem à sua frente e se acumulassem como uma montanha.

Ele abriu as cartas uma por uma, lendo-as uma após a outra. Haveria pausas enquanto ele mergulhava em pensamentos, como se estivesse lembrando seriamente de algo.

A luz do sol que passava pela fresta das cortinas diminuiu gradualmente. Depois de muito tempo, brilhou novamente por dentro.

Naquele momento, Azik finalmente terminou de ler todas as cartas e completou as longas concentrações que lembravam a Cogitação.

Ele olhou para as cartas que estavam empilhadas sobre a mesa e soltou lentamente um longo suspiro.

Em seguida, tirou um pedaço de papel, uma caneta-tinteiro e um pouco de tinta que ainda poderia usar. Ele escreveu com uma expressão calorosa:

“… já acordei e recebi todas as suas cartas. Elas me fizeram lembrar quem eu sou e quem você é. Também me lembro de muitas coisas do passado.”

“Suas experiências, por mais complicadas e emocionantes que sejam, excederam minha imaginação. Também me faz compreender alguns dos problemas que anteriormente me atormentavam.”

“Posso sentir sua alegria, seu cansaço, sua fé na vida e a pesada responsabilidade que você carrega com suas cartas.”

“Posso adivinhar por que você fez essa escolha. Se fosse eu, talvez nem fosse capaz de tomar tal decisão.”

“Desde o início, você foi um guardião. Você imitou os outros até ser imitado por outros.”

“A seguir, começarei uma jornada para perseguir o passado e testemunhar as mudanças neste mundo.”

“Você parece ainda estar dormindo, mas isso não importa. Escreverei para contar sobre as coisas interessantes que encontrei, as tradições interessantes e as pessoas interessantes.”

“Acho que deveria poder enviar essas cartas para você por meio de sacrifício…”

A ponta da caneta dourada refletia a luz do sol enquanto farfalhava no pedaço de papel branco, escrevendo continuamente mais conteúdo.

Backlund, no solário de uma casa com terraço.

Melissa entrou com uma garota que claramente tinha menos de dez anos.

— Tia Melissa, por que está aqui? — a menina perguntou, intrigada. — Todas as histórias que ouvi tinham rituais misteriosos realizados no porão.

Com os cabelos presos, Melissa, de óculos, sorriu e disse: — Esses são rituais de misticismo não convencionais.

Ela apontou para o altar que havia sido montado e para as velas apagadas e disse: — Você pode começar.

— Sério? — A menina inclinou a cabeça para olhar o sol forte do lado de fora da janela. — Precisamos fechar as cortinas?

— Não há necessidade. Já está ótimo. — Depois que Melissa respondeu, ela sorriu para a menina enquanto imitava desajeitadamente seu método habitual de realizar rituais de uma maneira desajeitada e desconhecida.

Durante esse processo, ela a instruía de vez em quando e até a ajudava pessoalmente a completar os preparativos pré-rituais.

— Tudo bem, repita comigo. — Melissa respirou fundo enquanto sua expressão gradualmente se tornava séria.

— Sim, Sim. — A menina fez o possível para parecer séria.

Melissa olhou para as chamas das velas no altar por alguns segundos antes de recitar lentamente no antigo Hermes: — O Louco que não pertence a esta época…

— O Loubo que não petensi a essa epóca… — A menina nunca havia aprendido o antigo Hermes antes. Embora tentasse ao máximo imitar a tia, ainda não sabia o que estava dizendo.

— O misterioso governante acima da névoa cinza… — Melissa continuou recitando.

— O miterioso governante acima da néboa cinza… — a menina recitou com toda a seriedade.

— O Rei do Amarelo e do Preto que exerce a boa sorte… — Depois que Melissa terminou de recitar, a vela no final não esperou que a menina a imitasse. Imediatamente cresceu até o tamanho de uma cabeça humana.

Na grande chama, um tentáculo escorregadio com um padrão um tanto sinistro se estendia de maneira indiscernível. Era extremamente lento.

A menina ficou atordoada. Ela recuou e se escondeu atrás da tia.

Melissa franziu os lábios e disse com um sorriso gentil: — Não tenha medo, vá cumprimentá-lo.

A menina timidamente colocou a cabeça para fora de trás da tia e viu o tentáculo assustador e viscoso balançando suavemente sob a luz brilhante do sol que brilhava através das janelas. Parecia estar tentando afastar a poeira ou acenando para ela.

— Vá, não tenha medo, — repetiu Melissa.

A menina finalmente reuniu coragem e ficou em frente ao altar.

Ela recitou os encantamentos que acabara de inventar antes de revelar um sorriso sincero e levantar a palma da mão.

O tentáculo escorregadio cujos padrões haviam desaparecido parou por alguns segundos. Parecia hesitante e um tanto fora de prática.

Então, levantou a cabeça e se enrolou ligeiramente, abaixando-se centímetro por centímetro.

Em meio à luz do sol, ele tocou naquela pequena palma.


FIM

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