Bizarre Immortal – Capítulo 92 - Anime Center BR

Bizarre Immortal – Capítulo 92

Capítulo 92 – O Décimo Oitavo Lunar

Ao ouvir as palavras de Li Huowang, Wu Qing grunhiu; seu rosto ainda estava inchado da noite anterior. Então, ele puxou um banco e pegou sua tigela antes de sentar de costas para o jovem que acabou de sair do quarto.

— Hoh. Ele faz parecer que sou quem guarda rancor. Sênior Li, você deve ter usado muita prata para convencer ele, certo? — ele perguntou zombeteiramente antes de entrar no salão e pegar um pão de milho cozido no vapor da tigela e comer.

— Ei! Seu pirralho, como pode ser tão desrespeitoso? Sua mãe não te ensinou a ser educado? — indagou Wu Qing. Desde que tinha Li Huowang o apoiando, não foi tão covarde quanto ontem que estava amarrado no pilar.

A raiva explodiu em seu coração ao ouvir o velho desrespeitar sua mãe.

Jiang~

Ele desembainhou instantaneamente a espada afiada e apontou para o cavanhaque de Wu Qing: — Fale isso mais uma vez!

— O que está fazendo?! — gritou os seis filhos e oito netos de Wu Qing enquanto abaixavam as tigelas. Então, se levantaram, rolaram as mangas e o cercaram.

— Porra! Acham que estou com medo de vocês? Deem mais um passo só para ver! Já matei centenas de pessoas e não me importo de adicionar mais alguns a lista. Chegue mais perto e me teste! — ele gritou. Ver a hostilidade da Família Wu o deixou extremamente irritado enquanto seu coração batia mais rápido.

— Abaixe sua espada e saia! — Uma voz alta interferiu.

Naquele momento, quando viu a expressão endurecida de Li Huowang, soube que o Sênior Li estava com raiva. Ele encarou a Família Wu enquanto embainhava a espada e caminhou na direção da porta.

A voz do Sênior Li soou atrás dele: — Velho, você sabe como os jovens são. Eles nem tem bigode, mas ainda amam se vangloriar. Ele só está mentindo. Ele nunca matou uma pessoa sequer.

— Hmph! Você acha que não consigo ver que tipo de garoto ele é? Late, mas não morde. Quem ele pensa que é? Nada além de uma galinha inexperiente. Porra, a quantidade de sal que comi na vida provavelmente é maior que a de arroz que ele comeu — disse Wu Qing.

Ao ouvir o velho falar isso, ele se virou com raiva.

E daí se sou jovem? Só porque tenho quatorze, não sou homem? Esse velho não é nada além de um medroso também!

Naquele momento, viu o olhar frio de Li Huowang, fazendo seu coração acelerar e ele saiu apressadamente.

A aldeia estava coberta numa leve névoa branca de manhã. Enquanto espreguiçava, ele sentiu o ar fresco. Então, rolou as mangas e agachou para observar as formigas no chão.

— Você aí. Monge, o que está fazendo agachado? — Uma voz soou atrás dele.

Ele se levantou e endireitou o manto amarelo de monge antes de juntar as mãos educadamente enquanto falava para a garota de cabelos brancos: — Amitabha. Estou fazendo Vipassana.

— Hoho, que monge interessante, assim como uma criança. Você só está olhando para as formigas se movendo e ainda consegue dizer que está fazendo Vipassana. LINK.

Quando viu os cílios brancos da garota tremularem, o monge caiu em confusão, como se tivesse lembrado de algo. Contudo, assim que o fez, abaixou a cabeça e entoou algum sutra, enquanto jurava nunca mais colocar os olhos na garota que abalou facilmente seu coração.

— Então continue com seu Vipassana, adeus — falou a garota de cabelos brancos.

Olhando para a garota entrando no pátio da Família Wu, viu que havia muitos outros rostos desconhecidos: — O chefe da aldeia tem convidados? Por que não lembro dele falando algo assim?

O monge permaneceu ali silenciosamente enquanto olhava para os convidados estranhos. Então, bateu na cabeça de repente.

— O que estou fazendo? Por que estou agindo como as tias na aldeia que gostam de fofocar? Já me tornei um monge e não deveria estar fazendo este tipo de coisa. Eu devo apenas continuar entoando meus sutras. — O monge rapidamente se virou e manuseou as contas de oração enquanto voltava ao seu templo.

Ele caminhou sem parar antes de encontrar uma pilha de merda no chão. Contudo, mesmo antes de chegar perto, uma criança com uma cesta de bambu nas costas correu, pegou a merda de vaca e jogou na cesta: — Esta merda foi feita pela vaca da minha família! É meu!

Ele entrou em pânico quando ouviu isso: — O que quer dizer com é da vaca da sua família?! Posso dizer o mesmo! Esta é a merda da minha vaca!

Ao ouvir isto, a criança na sua frente exibiu uma careta: — Sem vergonha~ Você já é velho, mas ainda quer lutar com uma criança por bosta de vaca.

Ao ouvir isso, seu velho rosto ficou vermelho quando levantou a bengala; ele queria dar uma boa surra naquela criança indelicada.

Olhando para a criança fugindo enquanto fazia caretas, ele riu: — Hah! Já estou muito velho; por que ainda estou brigando com uma criança?

Com a bengala, entrou lentamente no pequeno pátio que viveu sua vida toda. Lá, sentou na cadeira de balanço e observou as folhas caírem lentamente das árvores enquanto relembrava da sua vida.

Então, a voz idosa do vizinho veio da porta: — Velho~ Você já tem oitenta e quatro anos. O Rei do Inferno pode não ter te chamado ainda, mas já não deveria estar na sua hora? Hahaha~

— Ei! Sua coisa velha idiota! Tudo que sabe fazer é me xingar. É quase como se achasse que não posso te xingar de volta — ele gritou.

Quando estava prestes a se levantar da cadeira, sentiu algo estranho no coração.

Era sua hora.

Ele sempre ouviu os velhos dizendo que todos saberiam o momento exato em que sua morte se aproximava. Pensar que isso era verdade.

Ele sentiu tudo ao redor ficar menor enquanto flutuava lentamente. Seu corpo ficou leve e ele se sentiu aconchegado: — Essa é a sensação da morte?

Todavia, tudo mudou. Suas redondezas ficaram distorcidas e até seu rosto enrugado ficou contorcido.

Seu rosto continuou mudando; de um jovem, a um monge com cicatriz na cabeça e um idoso.

Finalmente, após mudar algumas vezes, seu rosto voltou ao de um jovem.

Naquele momento, ele ficou atordoado pelas paredes brancas, familiares e desconhecidas na sua frente. Três perguntas surgiram na sua mente.

Onde estou? Onde é este lugar? O que estou fazendo?

Então, dois pacientes passaram pela janela enquanto conversavam.

— Não sou igual a vocês. Não sou maluco, só tenho um distúrbio neurológica. Isto significa que meu cérebro e neurônios foram levemente alterados. Ser chamado de louco só por isso é absolutamente depreciativo! Lá, olhem para ele. Lizinho é um verdadeiro paciente psiquiátrico. Ele fala sozinho e se machuca todo dia.

— Não precisa falar sobre ele. Que sujeito pobre, ele é tão jovem, mas sofreu uma doença destas.

— Até parece que aquele pirralho do Li Huowang fosse saltar da cama para me repreender. Espera… isso não é ruim. Eu preferiria ser repreendido.

— Li Huowang? — Num instante, Li Huowang lembrou de tudo. Ele juntou tudo e percebeu imediatamente o que aconteceu.

Instantaneamente, seu rosto confuso se preencheu de hostilidade quando gritou de raiva: — Não sou a porra de um monge e nem um velho! Sou Li Huowang! Aquele maldito do Décimo Oitavo Lunar roubou minha identidade!

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