Capítulo 4 (Parte 1)
Meu Precioso Mestre e Ele.
Tradução: Tinky Winky
Quando começou?
Ele realmente odiava voltar para casa.
Quando ele estava na frente da porta, de repente sentiu como se estivesse sendo trancado em um lugar estupidamente estreito, e isso lhe deu náuseas.
Sempre foi assim? Isso não podia estar certo. Quando começou? Ele realmente não sabia.
De qualquer forma, le odiava sua casa.
Eu realmente queria cantar hoje, então convidei algumas pessoas, fui a uma sessão de karaokê, cantei, dancei, brinquei. Uma pessoa se foi, depois outra, depois outra. Uma vez que todos disseram que tinham que ir para casa, eu relutantemente terminei, mas no final, ficamos lá por um total de quatro horas. Eu generosamente chutei a conta inteira. Quer dizer, afinal, fui eu quem os convidou, certo? Enquanto cantava como um louco, eu também estava comendo e bebendo, então não estava com fome.
A esta hora do dia, alguém provavelmente já havia retornado. As luzes também estavam acesas.
Tirei a chave da bolsa e abri a fechadura. A porta se abriu. Dentre.
O truque era fazer tudo isso em um movimento. Se eu parasse no meio do caminho, gostaria de fugir. Não que isso ajudasse.
Mesmo se eu dissesse a todos que deveríamos ir a algum lugar depois disso, tínhamos acabado de terminar quatro horas de karaokê. Ninguém viria comigo. Jogar sozinho também não era divertido. De vez em quando, pode ser bom. Afinal, eu estive em um centro de jogos apenas hoje.
As luzes na entrada se acenderam quando o sensor captou meus movimentos. Havia saltos altos. Os sapatos da minha mãe.
Tirei meus sapatos e entrei em casa.
Subi as escadas do hall de entrada para o segundo andar. Entrei no meu quarto e acendi as luzes. Largando minha bolsa no chão, e tentando não pisar nos objetos espalhados sobre ele, me dirigi para a cama.
Sem tirar o uniforme, me deitei na cama e virei de costas.
Olhando de lado para os pôsteres no teto, pensei: Ei, quando os coloquei?
Os pôsteres variavam: de pôsteres de ídolos a pôsteres de revistas de mangá e pôsteres de filmes. Havia todo tipo de coisa. Depois de ficar sem espaço para eles nas paredes, comecei a colá-los no teto também.
Tirei minhas meias e as joguei em qualquer lugar. Meu pé direito tocou em alguma coisa. Era uma bola de basquete pequena. Agarrei-a com os pés, joguei-a para cima e peguei-a com as mãos. Sentando-me, mirei na cesta de basquete em miniatura no canto da sala. Foi quase uma cesta.
“Muito bem!”
A bola foi impiedosamente desviada através do aro.
“Gahh! Que diabos! Basta disso!”
Fiquei com raiva e decidi dormir.
Nah… Eu adoraria dormir, se pudesse, mas ainda não consegui.
“…Ahhh.” Eu deixei minha voz sair sem motivo.
Eu puxei meu cabelo.
“Urgh,” eu gemi.
Suspirei.
Eu soltei minha voz. “Uhh.”
Então mudei meu tom e disse, “Ehhh”, em vez disso.
Eu mudei e disse: “Ohhh.”
Eu. Eu.
“…Tão chato.”
Deitado de bruços, pressionei meu rosto no travesseiro. Cheirava a produtos de cabelo, xampu e outras coisas. Não era de forma alguma perfumado. Mas não odiei. Não foi bom, mas não foi ruim.
Talvez a vida seja assim, pensei de repente.
“Pode ser… Pode ser assim. Sim. Droga, estou bem. Oh. Minha garganta está seca…”
Levantei-me e cocei a cabeça. Eu deveria ter parado na loja de conveniência para tomar uma bebida no caminho de volta. Mas era muito doloroso voltar agora. Parecia que não havia escolha.
“Acho que vou descer…”
Saí da cama, saí do meu quarto e desci para o primeiro andar. Havia um corredor estreito que se estendia do hall de entrada. A porta da esquerda era o banheiro e, no final, a porta dava para a sala de estar.
Quando abri a porta, a TV estava ligada. Minha mãe ainda estava com suas roupas de sair, sentada no sofá e tomando uma bebida. Essa bebida provavelmente era vinho, como sempre.
Havia uma adega ridiculamente enorme nesta casa, com cerca de cem garrafas. Quase todas as noites, minha mãe bebia vinho em um copo estupidamente grande.
Minha mãe olhou em minha direção e não disse nada. Se ela tivesse dito alguma coisa, eu teria ficado com raiva, mas ser ignorado também me deixou com raiva.
Atravessei a sala até a cozinha e olhei na geladeira. “…Maldito seja. Por que esta casa não tem nada além de água gaseificada e água mineral? O que é essa merda? Não posso acreditar nisso.”
Quando eu involuntariamente murmurei isso em voz alta, ouvi minha mãe resmungar, e isso me irritou.
“…O que?” eu exigi. “Eu não disse nada que não fosse verdade. Você tem algum problema comigo?”
“Por que você é tão desbocado? Não sei a quem você puxou. No entanto, deve ter sido seu pai, tenho certeza.”
Minha mãe estava aparentemente bêbada. No entanto, isso não significa que fosse forçado a ignorar isso. Fechei a porta da geladeira.
Por meu ‘pai’ suponho que você quer dizer aquele seu marido? Ou é outra pessoa?
“Ei? Tem alguém mais? O que você está falando?” ela perguntou.
Como eu deveria saber? Você não parece gostar muito do seu marido, então pensei que talvez estivesse tendo um caso. Não, não agora, talvez você tenha tido um antes?
“Não fale bobagem.”
“Não é bobagem. É um problema muito sério, sabe. Sou realmente seu filho mais novo?
“Não seja estúpido. Mas é verdade, você não se parece com seu irmão ou irmã. Eles não são rudes como você.”
“Você está dizendo que meus irmãos não são como eu, eles são alunos de honra, certo? Eu supus.”
“O que? Você se tornou amargo? A razão pela qual você é um fracasso é que você não faz nenhum esforço, certo? Isso é sua culpa.
“Não sou amargo. Claro, estou com ciúmes deles, sim. Eles me deixaram sozinho nesta casa de merda e foram embora assim que puderam. Tipo, que diabos? A sério. A sério.”
“Se você vai dizer isso, por que você não vai também?”
“Você não precisa me dizer isso. Assim que eu terminar o ensino médio, estou fora daqui.”
“Se você é tão contra viver de seus pais, por que você não larga a escola e arruma um emprego?”
“Uau, você é admirável. Não ouvi dizer que muitos pais tenham dito a seus filhos para abandonar o ensino médio.”
Se você não quer estar nesta casa, é isso. Se você vai brincar com o dinheiro que seus pais suaram para ganhar, você se importaria de não reclamar tanto?”
Fiquei tão bravo que chutei o balcão da cozinha.
Minha mãe gritou: “O que você está fazendo?”
“O que você acha que eu estou fazendo?! Eu chutei!”
“O jeito que você desconta sua raiva nas coisas é igualzinho a ele!”
“Isso não me deixa nem um pouco feliz!”
“Eu não estou tentando fazer você feliz!”
“É meu aniversário, droga…!”
Uma vez que eu disse as palavras, não consegui cobrir minha boca. Era muito tarde.
Honestamente, por que disse isso? Obviamente, não tinha a intenção. Não importava nem um pouco que era meu aniversário. Não tinha nada a ver com isso.
Além disso, pensando nisso. Quando foi a última vez que comemoramos meu aniversário? Quando você estava no ensino fundamental? Terceira série, talvez quarta? Isso tinha que ser sobre isso. A atmosfera nesta casa era terrível há muito tempo. E quando minha mãe começou a trabalhar, as coisas pioraram.
Meu pai só voltava para casa duas vezes por semana. Mesmo quando vinha, já era tarde da noite. Ele provavelmente tinha outra casa. Minha mãe provavelmente tinha um amante também. Apesar disso, ela voltava para casa todos os dias.
Eu não sabia quantas vezes eu tinha visto minha mãe e meu pai brigarem. Sempre me intrigou. Se eles se davam tão mal, por que não se divorciaram?
Meu irmão conseguiu um emprego no ano passado. Minha irmã estava na faculdade. Ambos nunca voltaram para casa.
Para meu irmão e minha irmã, a maneira como eles viam aparentemente era, bem, é um ao outro como marido e mulher. Deixe-os fazer o que quiserem. Eles estão nos enviando dinheiro como deveriam.
Bem, claro, você pode ver dessa forma. Sem sombra de dúvida. Quando meu irmão encontrou um emprego, meu pai comprou um carro caro para ele e, quando minha irmã fez a cerimônia de maioridade, eles encomendaram um quimono maravilhoso para ela. Quando meu pai ocasionalmente ia a Tóquio em viagens de negócios, ele comia sushi com meu irmão em Ginza. Minha irmã mantinha contato frequente com minha mãe.
Foi meu pai que comprou para minha irmã o anel Tiffany (marca de joias), ou minha mãe? Bem, era um dos dois.
Eu não tinha expectativas dos meus pais. A coisa era que eu estava ganhando dinheiro. Eu tinha uma conta dedicada, e quando o saldo estava baixo, fosse porque estavam fazendo depósitos ou por qualquer outro motivo, aumentava por conta própria.
Eu nunca tinha pedido nada. Isso foi o suficiente. Não havia necessidade de esperar nada deles.
Quem se importava com um aniversário? Era apenas mais um dia dos 365 do ano. Naturalmente, eu também não tinha contado aos meus amigos que hoje era meu aniversário. Mesmo que me perguntasse, eu não diria a eles.
O que? Vocês não sabem que é meu aniversário? Caras, vocês não tem jeito, era a resposta que daria a eles.
No entanto, me esforcei para descobrir os aniversários dos meus amigos e planejar festas para eles. Preparando pequenos presentes para eles, e outras coisas. Quero dizer, por que não? É a decência humana básica. Eu não esperava nada em troca, certo? Só fiz porque senti vontade.
Sim, isso não importava. Sério, não importava. Nem era o fato de que hoje era meu aniversário.
“E?” Por alguma razão, minha mãe parecia ainda mais perto de explodir.
Ufa. Ela ia explodir quando era eu quem deveria estar mais bravo? Retirando o copo, ela segurou o vinho na boca por um momento. Então ela engoliu. Eu não suportava o jeito que ela bebia.
“E… nada, sério,” eu murmurei.
“Se o que você quer é dinheiro, eu já dei para você, certo? Por que você não vai comprar o que quiser?”
“Isso não é…!”
“Eu sei que você não ficará feliz se eu comprar algo para você, então você não pode esperar isso?” ela rosnou.
“Eu nunca disse que queria que você me comprasse alguma coisa, e não!”
“Então o que?! Seus irmãos me mandaram mensagem no meu aniversário e até mandaram presentes, mas você nem me deu parabéns, sabe?! Não é demais esperar que eu celebre o seu depois disso?! Você não faz nada por si mesmo, mas depois reclama que eu não faço isso ou aquilo! Você é como ele! Quando eu olho para você, você me deixa doente!”
“Então fique doente!” Eu gritei. “Vomite, vomite, vomite suas tripas! Engula seu vinho e depois vomite, vadia!”
“Como se atreve…!”
De repente, minha mãe engasgou. Ela deixou cair o copo e apertou a boca com as duas mãos. Ela se inclinou sobre o sofá.
Ah Merda. Tentei desviar o olhar rapidamente, mas era tarde demais. Eu vi claramente o momento decisivo.
“O que você está fazendo, na sua idade?” murmurei.
Eu pensei que estava bebendo muito, mas não que ela realmente tivesse o suficiente para vomitar. Foi o suficiente para me fazer sentir enjoo também. Se eu não tomasse cuidado, ficaria enjoado. Se isso acontecesse, não seria o pior. Seria o pior dos piores.
Minha mãe deve ter desistido, porque ela decidiu deixar tudo lá em cima. Ela se inclinou sobre a mesa baixa em frente ao sofá, tossindo e cuspindo.
Eu deveria ter deixado aquela cadela e voltado para o meu quarto. Apesar disso, a próxima coisa que eu sabia, eu ia pegar uma caixa de lenços e dar para minha mãe.
“…Obrigada,” minha mãe disse sem jeito em voz baixa, e começou a enxugar as mãos e o rosto.
Grotesco. Sério, isso foi patético. Eu nunca tinha gostado da minha mãe, mas esta foi a primeira vez que senti um desprezo tão forte por ela.
«Um trapo…» comecei a dizer, depois fechei a boca. Mas minha mãe aparentemente já tinha me ouvido.
“No vestiário, embaixo da pia…”
“Sim, tanto faz.”
Eu não estava com pressa, mas dei passos longos e rápidos até o banheiro e abri as portas do armário embaixo da pia. Baldes, panos e produtos de limpeza. Tentei colocar água em um balde, mas a torneira estava no caminho e não consegui colocar na pia.
“O que, eu tenho que usar o banheiro…?”
Sem outra escolha, usei o chuveiro para encher o balde e joguei o pano fora. Quando levei o balde para a sala com um pouco de sabão, minha mãe disse: “Desculpe”.
Pelo que exatamente ela estava se desculpando? Eu queria perguntar, mas não queria saber a resposta.
Larguei o balde e o sabonete, voltei para o meu quarto, apaguei as luzes e pulei na cama. Assim que cheguei debaixo das cobertas, tirei meu uniforme e fiquei com nada além de uma camiseta e cueca.
Eu me virei para o lado e me enrolei em uma bola. Eu estava mais calmo nessa posição, com o braço direito entre as pernas e o braço esquerdo apoiando os joelhos.
No entanto, era meu aniversário, eu queria me divertir.
Sério, que triste.
Meu pai era naturalmente encaracolado, mas meu irmão mais velho e minha irmã mais velha não eram nem um pouco encaracolados. O cabelo da minha mãe, aliás, era completamente liso. Dos três irmãos, eu era o único ‘cacheado’. Saí para o lado do meu velho.
Mas meu velho, eu tinha certeza que ele me odiava. Ele nunca tinha me elogiado, nem uma vez. Mas eu conseguia se lembrar de muitas vezes em que havia enlouquecido.
Ultimamente, ele nem ficava bravo comigo. Eu raramente o via. Poderia ser menos que ele me odiasse, e mais que ele não se importasse. Meu irmão mais velho e minha irmã mais velha também não pensavam em mim. Mesmo sendo meu aniversário, eles não me mandaram uma mensagem.
Eu tinha amigos. Muitos amigos. Eu sempre fui popular, sabe? Nunca tive falta de gente para brincar.
Se eu dissesse que pagaria, todos viriam. Se eu não pagasse? Quem sabe. Eles estavam acostumados com isso, você sabe.
Eles eram um lixo. Sim, lixo. Nada além de lixo.
Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Lixo.
Este era um mundo de lixo, cheio de nada além de lixo coberto de lixo.
Ugh, eu não me importava mais. Nada importava. Talvez fosse melhor ficar aqui assim para sempre. Afinal, eu gostava de espaços apertados.
Estar sozinho não era ruim? Todos os outros eram lixo depois de tudo. Nada além de lixo.
Vamos, alguém me manda uma mensagem pelo menos. Hoje é meu aniversário.
Sim, o que isso importava? Isso não importava. Não tinha nada a ver com isso. Não significava nada. Droga, eu estava cansado. Tipo, sério, então…
“…Huh?” Ranta murmurou, esfregando os olhos.
Por um momento, agora mesmo… ele tinha adormecido?
“A sério?” Ele murmurou.
Ele não se lembrava do que se tratava, mas sentiu como se tivesse tido um sonho. Provavelmente não foi muito bom.
Cara, eu tenho coragem, ele pensou com uma risada.
Ranta estava em uma árvore.
Para descrever a árvore em um símile, era como dezenas… não, centenas de serpentes se entrelaçando, apoiando umas às outras enquanto alcançavam os céus. Ranta estava deitado de costas.
Claro, ele não estava fazendo isso para matar o tempo. Obviamente. Ranta achou que era importante manter sempre um sentimento de alegria, mas considerando o fato de que o cara que o perseguia, o velho Takasagi, era uma ameaça real e o estava atacando, ele não podia relaxar agora.
Sendo assim, quando a voz de Takasagi foi se aproximando aos poucos, Ranta sentiu que estava com problemas, deixou seu esconderijo na sombra da árvore e entrou.
O tronco da árvore que era como centenas de cobras entrelaçadas não se parecia com isso; na verdade era composto de muitos troncos finos. Graças a isso, com algumas olhadas, ele encontrou uma brecha que parecia que ele poderia entrar.
Ele estava ciente de que era uma aposta perigosa. Do lado de fora da árvore, Ranta provavelmente não era visível. Da mesma forma, ele não podia ver fora da árvore, então seria forçado a adivinhar a situação com base nos sons.
Deu um pouco de trabalho para entrar, então provavelmente seria o mesmo para sair. Isso significava que se Takasagi farejasse sua localização, ele não seria capaz de escapar.
Seu coração estava acelerado, para dizer o mínimo.
O velho gritava constantemente: “Ranta! Rantaaaaa!”
A voz do velho também se aproximava.
Honestamente, você sabe o quê? Estou pensando que talvez eu estivesse errado.
Sim. Bem, certeza? Se perguntasse se eu estava realmente pensando isso, eu realmente não estava, ou talvez só um pouco, mas talvez não. Isso seria ser pessimista, sabe? Ranta era um homem que nunca duvidava que teria sucesso, ok? De que adiantaria pensar no que aconteceria se falhasse? Ele cruzaria aquela ponte quando chegasse a ela. Afinal, ele era um homem raro com sabedoria, bravura e nobreza, tudo em um pacote…
Ele não estava com medo. Nem um pouco. Isso definitivamente poderia ser dito.
Como prova, Ranta não se moveu um centímetro quando ele estava lá, era difícil dizer exatamente a que distância, mas ele provavelmente estava muito perto, ele ouviu a voz de Takasagi gritando “Rantaaa!”
Ele prendeu a respiração e ficou parado.
Eu gostaria de poder mostrar a vocês como Ranta está calmo e sereno agora, pensou ele, sorrindo. Para mostrar ao mundo inteiro, e anunciá-lo para todos ouvirem. Tipo: “Aqui está o grande Ranta-sama, o mais poderoso de todos os cavaleiros das trevas!”
De qualquer forma, como não podia fugir, teve que ficar quieto. Ele estava honesta e verdadeiramente preparado para isso.
Mas obviamente eu não esperava adormecer, ok…?
Agora, então.
Quanto tempo eu dormi?
Exatamente quantos minutos se passaram desde que ele ouviu a voz de Takasagi excepcionalmente perto dele? Dez minutos? Ou algumas horas?
Ele pensou sobre isso, mas…
Se eu não sei, como posso saber? Tipo, sobre o período de tempo e outras coisas. Mas eu tenho que aguentar por um tempo, certo? Este é o momento de ser paciente, certo? Afinal, o velho ainda pode estar por perto, certo? Se ele estiver por aqui, eu estaria em apuros afinal, certo? Tipo, uma quantidade louca de problemas. Paciência paciência. A árvore. Torne-se parte da árvore. Não, torne-se a própria árvore. Eu sou uma árvore. Árvore. Não importa como você olhe para mim, não há nada além de uma árvore. A árvore mais lenhosa. Perfeitamente árvore…
Ele… tentou ser paciente.
Estou sendo paciente.
Mas mesmo assim…
É difícil.
Isso é sofrimento.
O que é isso? Treinamento?
Meditação?
Eu sou um monge?
Por que seria um monge? Eu não sou um homem santo. Isso não tem sentido. Mas sério?
Quero urinar.
Fazer isso aqui provavelmente não seria bom. No entanto, posso ter que considerar na pior das hipóteses. Não era necessário dizer que Ranta-sama era realista, e se a situação fosse sombria… er, não, se a situação fosse cítrica… Ele teria que fazer isso. Mas agora, era tão ruim que ele não tinha escolha a não ser fazer. Era uma situação de crise? O fim do mundo estava próximo? Não, na verdade não…
Deixe-me sair e mijar. Um homem não pode vencer contra sua bexiga. Isso é uma verdade.
Bem, ele tinha as orelhas bem abertas como pires, mas não, porque você não abre como pires, você faz com os olhos, mas deixando de lado se as orelhas podem ser como pires, ele ergueu as orelhas, segurando o bexiga, e ele não tinha ouvido nada que indicasse que alguém estava por perto, então ele provavelmente estava bem.
Takasagi certamente passou por aqui. No entanto, ele não estava mais perto. Assim como o fim do mundo, Takasagi não estava próximo.
Ninguém tinha o direito de reclamar se chegasse a essa conclusão. Tipo, ele não aguentava mais. Não podia. Ele tinha que fazer xixi. Se não o fizesse, ele se tornaria um demônio mijado. Ele poderia pedir ajuda, mas ninguém o ajudaria, então ele mesmo teria que fazer algo sobre sua urina.
Basicamente, eu vou fazer isso!
É a única opção! Isso é tudo!
Empurrando os troncos flexíveis, ou galhos, ou o que quer que fossem, ele saltou para o mundo exterior. Naturalmente, ele olhou em volta e confirmou que não havia ninguém por perto.
Olhe, olhe, olhe, você vê? Não havia ninguém aqui, ok? Assim como ele havia pensado, certo? O que basicamente significava que era exatamente como planejado, certo? Droga, ele ia explodir.
Não, acalme-se, não tenha medo, disse a si mesmo. Algo zumbiu enquanto ele relaxava, mas rapidamente, ele abaixou as calças e…
“Uh…”
Sua voz vazou.
Essa sensação de aaaar…
Mas, uau, estava saindo. Com certeza estava. estava saindo. Ele tinha retido tanto?
Pensando bem, ele não tinha feito isso a tempo, então deve ter guardado um pouco. Mas poderia haver tanta urina dentro de uma única pessoa? O que você acha? Este volume de urina. Não foi estranho? Era difícil acreditar que ela era toda dele. Talvez seu trato urinário estivesse conectado em outro lugar? Como, e não havia um tanque com a quantidade de urina de dez pessoas lá dentro? Ele suspeitava que, na verdade, essa urina vinha de lá…
“Uh…”
Ele estremeceu.
Parecia que tudo estava fora.
Ranta esqueceu de colocar sua coisa de volta nas calças enquanto soltava um suspiro profundo.
Essa sensação de realização não era nada para ser tomada de ânimo leve.
Tipo, eu não sei. Talvez eu nasci para este momento? E então, vou começar a andar mais uma vez para criar minha lenda?
Para entrar em um pouco de hipérbole, no momento, Ranta estava cozinhando com a sensação de que ele havia se tornado um deus onisciente e onipotente. Tudo daria certo, e nada era impossível. Ele acreditava nisso, então, quando de repente ouviu seu nome, não esperava nada.
“Ranta!”
Ranta lentamente se virou.
Ele saiu da sombra de uma árvore cerca de dez metros à frente.
“É onde você estava, hein?” Disse o homem de um olho e um braço.
O primeiro pensamento de Ranta foi: Essa deveria ser a minha fala, ou algo assim, mas ele não conseguia pronunciar as palavras. Em vez disso, algo como um soluço saiu. “Hip.”
Takasagi parou e franziu a testa. “Ouça.” Ele gesticulou com o queixo.
Com isso, Ranta finalmente respondeu: “…Sim, senhor.”
Para que estou dizendo sim senhor? Não somos mestre e aprendiz, pensou ele, constrangido por um momento.
No entanto, quando ele pensou sobre isso, o relacionamento deles não foi completamente diferente daquele de mestre e aprendiz por um curto período de tempo.
Bem, talvez esteja tudo bem. Sim, não, não é. Não sei? hum.
“Por enquanto, faça algo com essa coisa”, disse o velho.
“…Que coisa?”
“Não me diga que você saiu do esconderijo para fazer xixi.”
“Uh…!”
Ranta notou que sua coisa ainda estava solta e rapidamente a enfiou nas calças. Atordoado, ele agarrou seu RIPer e se posicionou.
Takasagi não mostrou nem sinal de colocar a mão na bainha da katana. O que ele estava vendo com aquele olho direito dele? O que exatamente aquele homem estava pensando? Seu rosto parecia dizer: Talvez seja hora de fumar, mas isso claramente não poderia ser.
Ugh. Ranta respirou fundo. Seu corpo estava encolhendo. Você não pode se mover assim. Aquele velho vai acabar com você de uma só vez, ele avisou a si mesmo. Ou devo relaxar em vez disso? Difícil de dizer. Espere, como você pode relaxar, idiota?
A distância entre ele e Takasagi era de cerca de sete metros. Devo diminuir a distância com Leap Out e partir para um ataque surpresa? De jeito nenhum, de jeito nenhum, de jeito nenhum. Este não era um oponente com o qual ele ganharia.
Takasagi estava sozinho? Ele tinha aliados? Ele gostaria de olhar ao redor, mas agora era perigoso tirar os olhos de Takasagi. Perigoso demais. Seria praticamente suicídio. Sério, sério, esse velho era muito louco. Era ridículo.
Imediatamente, Ranta estava suando.
“Deixe-me dizer…” Takasagi suspirou. Seu pescoço estava torcido e havia uma rachadura na articulação. Esse som fez Ranta pular, e então a vergonha queimou em seu peito com esse fato.
“…O-O-O quê?”
“Agora você não tem nem uma chance em um milhão de me vencer.”
“S-se é uma chance em um milhão, pelo menos vale a pena tentar…”
“Eu disse que você nem tem esse um em um milhão.”
“Você não sabe! Não até eu tentar!”
“Então experimente.”
Takasagi sacou sua katana com facilidade.
Seu braço esquerdo pendia frouxamente, e a ponta de sua espada quase tocava o chão.
Até eu sei disso, Ranta pensou com os dentes cerrados. Eu não sou um idiota. Estou ciente de que você não é um oponente que eu possa vencer.
Qual era a diferença em suas habilidades?
Se Ranta era nível 50, Takasagi era nível 99…
Ah, nível? Que tipo de nível? Bem, nível de combate, ou algo assim? De qualquer forma, mesmo que ele não fosse duas vezes mais poderoso, Takasagi era quase duas vezes mais poderoso. Essa era uma lacuna muito grande. Para dar um exemplo, Ranta tinha cerca de 170 centímetros de altura, então o dobro chegaria a pouco mais de 340 centímetros. Se ele lutasse com um cara assim, sua chance de ganhar era zero.
Houve aberturas que poderia aproveitar?
Basicamente, não havia nenhuma.
Este homem nunca cairia em um truque, afinal. Se parecia haver uma abertura, isso era motivo de cautela, e era melhor presumir que era uma armadilha.
Como esse homem de meia-idade, de um só braço, de um olho só, era tão poderoso?
Embora apenas por um curto período de tempo, Takasagi treinou Ranta como um professor faria com um discípulo. Então é claro que Ranta tinha pensado nisso à sua maneira. Onde estava o segredo do poder de Takasagi?
Em termos de suas habilidades atléticas, ele provavelmente não estava acima da média. Isso significava que ele não era excepcionalmente rápido, nem forte. E a resistência, ele não era mais jovem, então ele deveria ter passado do seu auge. Foi a experiência? Ele tinha isso, naturalmente. Mas isso certamente não poderia ser tudo o que havia.
Não era apenas Takasagi. Havia uma coisa que todos os homens fortes costumavam ter em comum, e isso era coragem. Se havia uma coisa sobre homens fortes, acima de tudo, bem, era que nada os abala. Mesmo que estivessem em uma crise em que deveriam estar pensando: “Agora estou totalmente ferrado. Eu absolutamente vou morrer”, eles seriam totalmente legais, certo? Eles tinham a coragem necessária para ser assim.
Todos os caras durões eram densos? Eles não se sentiram assustados ou ameaçados?
Provavelmente não era assim. Se fosse esse o caso, eles seriam apenas idiotas.
Não que eles não estivessem com medo, era que eles sabiam que agir com medo não adiantaria, e eles lidariam com a ameaça com o devido reconhecimento de que era uma ameaça. Era isso, certo?
Takasagi era assustador. Super assustador. Tão assustador que mesmo já tendo feito xixi, Ranta pode se molhar. Quando você tem um inimigo que te assusta, o que você pode fazer?
Ele parou de suar.
Sua respiração estava irregular todo esse tempo, mas agora, Ranta estava respirando normalmente.
Os lábios de Takasagi se curvaram de um lado.
“Sim. Isso é bom.”
Ele pensa que é meu professor ou algo assim?
Não, se eu ficar com raiva, as coisas não serão diferentes de antes. Eu tenho que ver as coisas como elas são e aceitá-las. Eu não sei o que Takasagi está procurando, e isso não importa. Há muito que posso aprender com Takasagi. Essa é a chave.
“Então, o que vem a seguir, Sensei?” Eu pergunto.
O olho de Takasagi se estreitou ligeiramente. “Eu não sou muito de um professor verbal. Você terá que aprender à medida que avança.”
“Ah sim? Bem, tudo bem então.” Ranta pulou para trás. “Isso combina mais comigo também!”
Exhaust. Para um espectador, pode parecer que ele estava apenas pulando, mas na verdade era diferente. Quando uma pessoa comum tentava pular alto ou longe sem começar a correr, ela dobrava os joelhos e se agachava, depois endireitava rapidamente os joelhos para pular. Cavaleiros das trevas não faziam isso. Eles usaram um método especial de não dobrar tanto quanto torcer seus tornozelos, joelhos e cintura, o que instantaneamente criava uma explosão de poder.
Além disso, chutando o chão com os calcanhares e os dedos dos pés alternadamente, eles poderiam aumentar sua propulsão. Essa técnica especial chamada Shadow Step foi, de certa forma, o que faz de um cavaleiro das trevas um cavaleiro das trevas. Eles usavam músculos das pernas que normalmente não eram usados, então você não poderia aprender apenas observando, e provavelmente apenas um cavaleiro das trevas sabia exatamente como funcionava.
Devido ao Shadow Step, as panturrilhas de um cavaleiro das trevas são desenvolvidas e deformadas de forma incomum. Além disso, usar Shadow Step não apenas aperfeiçoa suas habilidades de movimento como Exhaust, Leap Out e Missing , mas também fornece uma enorme vantagem para várias habilidades de ataque como Hatred.
A diferença de poder entre eles era mais do que óbvia, mas Takasagi não era um cavaleiro das trevas. Havia coisas que Ranta, o cavaleiro das trevas, podia fazer que Takasagi não podia.
Se Ranta tinha uma coisa que ele tinha vantagem sobre Takasagi, era isso: o fato de ele ser um cavaleiro das trevas.
“Você não está falando, Ranta…?!”
Takasagi imediatamente veio atrás dele.
Para um homem de meia-idade, ele foi ridiculamente rápido quando começou. Dito isto, não era tão bom quanto o Exhaust de um cavaleiro das trevas .
Sem dizer uma palavra, Ranta usou Exhaust uma segunda vez, depois uma terceira vez, colocando ainda mais distância entre ele e Takasagi. Se eu pudesse continuar usando o Exhaust para sempre, seria possível escapar dessa maneira. No entanto, obviamente, isso era impossível. O Vale dos Mil tinha muitos obstáculos, como árvores, e o terreno não era plano.
Enquanto no meio de fazer seu quarto Exhaust com Shadow Step, evitando bater nas árvores, ele quase prendeu o pé em um galho morto. Ele não podia se dar ao luxo de cair. Tropeçando um pouco, Ranta parou.
Takasagi se aproximou. Ele ainda estava a mais de dez metros de distância. Bem, provavelmente eram doze, talvez treze metros. Ranta tinha muito espaço para trabalhar.
“Vejo você mais tarde, velho…!”
Ranta virou as costas para Takasagi. Se este fosse um jogo de corrida, Ranta era o mais novo dos dois, ele não perderia.
Além disso, ele tinha uma vantagem de 12 metros, para que pudesse fugir. Fazer parecer que ia lutar, então correr a partir daí. Esse era o tipo de coisa que Ranta faria. Era um movimento comum, mas eficaz.
Enquanto confirmava a localização das árvores, Ranta correu vinte metros.
A distância entre ele e Takasagi mal mudou.
O que aconteceu com os caras Forgan? Até agora não vi nenhum. Eles não estavam por aqui?
Já é hora?
No momento em que ele pensou isso, Ranta pulou para trás com Exhaust sem hesitar.
Torcendo seu corpo no ar, ele usou Leap Out. Ele pulou em Takasagi.
Takasagi… riu.
Risos.
Ranta baixou o RIPer diagonalmente.
Anger. Foi uma lombada e sua força total estava por trás disso, mas a katana de Takasagi a afastou facilmente. Ranta estava sendo tratado como uma criança.
Claro. Eu sabia que ia ser assim.
Ranta imediatamente recuou com Exhaust. Ele então usou Missing. Com essa habilidade, para descrevê-la em termos mais amplos, ele virava a parte superior do corpo para a esquerda ou para a direita e depois pulava na direção oposta. A maioria das pessoas confiava em sua visão, e isso tornava fácil enganá-los com o que viam. O oponente seria pego no movimento do cavaleiro das trevas, e eles olhariam na direção em que sua parte superior do corpo estava se movendo involuntariamente. No entanto, o cavaleiro das trevas se moveria na direção oposta, então seria como se ele tivesse perdido de vista por um instante.
No entanto, Takasagi não foi enganado. Seu único olho estava firmemente fixo em Ranta.
Significava que um truque como esse não funcionaria em um veterano endurecido pela batalha como ele.
Com certeza era bom ter isso, se nada mais. Takasagi parecia ser bom em manobrar seus oponentes, afinal. Ranta não tinha intenção de lutar com ele assim.
Ranta usou Leap Out na diagonal para a esquerda. Ele ficou a sete ou oito metros de distância de Takasagi.
Takasagi não se moveu. Ele estava esperando. Ele viu através dele, era isso?
Estou impressionado, cara. Mas eu não vou recuar só porque você pode me ler. Eu vou fazer isso.
Exhaust, ele torceu o corpo e deu um Leap Out. Foi o mesmo ataque de antes, mas desta vez não girou o RIPer.
Uma estocada.
Anger.
Takasagi não bloqueou com sua katana, ele desviou suavemente para a esquerda.
Aqui vem. Um contra-ataque, hein?
Ranta usou Missing para fazer parecer que estava indo para a esquerda, depois pulou para a direita.
Takasagi não sacou sua katana. Parecia que ele tinha hesitado, mas quem sabia? Seu movimento da parte superior do corpo com Missing deve ter um efeito ainda mais forte de perto, então talvez até Takasagi tenha caído, oh!
Ele poderia usar isso?
Ele ia tentar.
Mesmo que ele ficasse calmo e usasse toda a sua força e habilidade como uma coisa natural, isso por si só não seria suficiente. O poder de Ranta estava longe de ser igual ao de Takasagi, então ele precisava de algo mais.
Ele usou Exhaust e Leap Out novamente para ganhar alguma distância, então se virou e usou Exhaust e Leap Out para pular em Takasagi.
Ranta tomou a posição de Hatred. A classificação era a mesma para um Anger. também.
Takasagi estava se preparando para bloquear com sua katana. Talvez desta vez, em vez de afastá-lo, ele o derrubasse.
Antes disso, Ranta usou Missing para fazer parecer que estava indo para a esquerda, depois pulou para a direita enquanto balançava sua espada.
Parecia que ele havia conseguido surpreender Takasagi. Ele recuou para evitar a espada de Ranta.
“Interessante.”
Ah sim? Isso é interessante para você, velho? Bem, eu apenas comecei, ele pensou, mas não disse. Foi preciso alguma perseverança para lutar sem falar. Mas Ranta tinha que fazer isso.
Ele usou Exhaust e Leap Out para fugir de Takasagi.
Apague qualquer coisa desnecessária.
Ele finalmente começou a entender.
Eu não estava me sentindo nada sério. Eu quero ser forte. Eu serei forte. Eu definitivamente vou. Eu estava falando muito. Eu podia ter pensado que estava dando tudo de si, mas não era o suficiente.
Bom, sim? Quando havia uma crise, eu era sempre tão sério quanto podia ser. Mas isso é verdade para qualquer um. Não importa o quão burro você seja, você fica desesperado quando as coisas dão errado. Eu estava apenas fazendo o que qualquer um faria, mas me enchi, pensando que estava fazendo as coisas do jeito certo.
Eu era ingênuo.
No final, eu estava complacente.
Tem que haver mais coisas que eu poderia ter feito, mas não fiz.
Então o que eu fiz?
Culpando os outros.
“Estou fazendo o que deveria estar, então qual é o problema com vocês? Eles são um monte de lixo sem um pingo de talento, certo? Bem, acho que não posso culpá-los. No final, éramos apenas as sobras. Somos um bando de alevinos. Mas eu sou diferente, sabe? Quer dizer, eu sabia disso desde o início. Eu vejo todo tipo de coisa. Eu nunca esperei nada de você para começar, ok? Apenas dê o seu melhor.
Mas de qualquer forma, se tivermos sucesso, será por minha causa, e se falharmos, será sua culpa. Haruhiro. Especialmente sua. A culpa é sua por ser um líder quando você não tem aptidão para isso. A razão de estarmos neste estado triste não é porque você estragou tudo? Se isso é tudo que vocês podem fazer, por que deveria ser melhor?
Não que estivesse realmente pensando assim, pensou Ranta. Mas uma parte de mim estava olhando para eles com uma sensação de distanciamento. Mesmo que as pessoas façam o melhor que podem com a vida que têm, há limites para o que podem fazer. Quero dizer, é só olharmos uns para os outros para vermos a diferença.
Sou diferente. Porque estou com vocês, parece que não consigo me erguer no mundo, mas se eu entrasse em um grupo melhor, eu me esforçaria muito e conseguiria coisas incríveis. Eu sou um homem que Renji reconheceu, ok? Eu sou feito de coisas diferentes do resto de vocês. Coisas diferentes.
Embora pensasse isso, por outro lado, provavelmente se sentira inseguro.
Ranta torceu e usou Exhaust, Leap Out, e se aproximou de Takasagi. Desta vez, foi Hatred.
Takasagi colocou seu peso na perna direita e levantou levemente sua katana. Dito isso, a ponta ainda estava mais baixa que sua cintura. Era uma posição defensiva, mais baixa. Ele estava olhando para ver o que Ranta faria. Takasagi tinha ficado cauteloso. Ranta o fez levantar a guarda.
Mas não fique feliz, disse a si mesmo. Não deixe isso subir à sua cabeça.
Ranta não desencadeou Hatred. Em vez disso, ele usou Missing no último momento. Ele fez parecer que estava indo para a direita, depois pulou para a esquerda. Mas ele não balançou sua espada. Takasagi estava seguindo Ranta com os olhos muito bem. Sua katana não se moveu um centímetro.
Bem, que tal isso então?
Aqui ele usou Missing mais uma vez.
Takasagi levantou sua katana levemente.
Ranta atacou Takasagi com Hatred.
A katana de Takasagi colidiu com RIPer e faíscas voaram.
Quando suas lâminas quase travaram, Ranta usou Reject. Usando seus pulsos, cotovelos, ombros, cintura e até mesmo suas pernas, ele empurrou seu oponente para trás.
Takasagi apenas recuou uma vez antes de conseguir se manter firme. Veio para Ranta.
Ranta usou o Exhaust para voltar. Exhaust. Exhaust.
Takasagi não o perseguiu.
Ugh. Ele respirou fundo e relaxou. Eu tenho potencial, ou deveria ter.
Mas sério, sério, essa é toda a habilidade que eu tenho?
O verdadeiro eu é mais forte?
A razão pela qual não consigo sacar meu poder é porque estou com um bando de alevinos?
Mas mesmo assim.
Se eu me empurrasse para o limite do meu limite, onde eu não poderia fazer mais nada, treinamento ou qualquer outra coisa, e isso fosse tudo que eu pudesse fazer, eu ficaria mais do que surpreso .
Até eu sei. Gritar o tempo todo no meio do combate é inútil. Eu penso em todos esses nomes de ataques especiais, mas no final eles não são tão especiais. Haruhiro e os outros estão se aproximando seriamente, seriamente de seus limites, e na verdade estou sendo salvo por eles, eu sei. Mas esse não é meu estilo, não é? Concentrar-se em uma coisa como um idiota e ficar com ela. Sempre pensando nisso e naquilo. Sou eu, e eles não estão falando sério sobre tentar me impedir, então qual é o problema?
Eu tenho poder de sobra. Ainda tenho espaço para crescer. Isso é fácil para mim. Fácil. O que eles estão levando tão a sério? Eles são muito sérios, cara. Eu não estou brincando, eles estão.
Vocês são sempre tão sérios, e é lamentável. Isso não é legal, ok? Quero dizer-
Quero dizer, eles lutam mais, ficam cobertos de sangue e lama, continuam lutando, e se isso não funcionar, então o que…?
Não consigo me dar bem com eles, pensei. “Nossas filosofias são diferentes. Nossas crenças não combinam. Há uma diferença na maneira como eles pensam e acreditam. No final, somos um grupo pobre. Não é onde eu pertenço.” Mas, bem, continuar com algo porque eu já comecei? Isso é uma coisa. Eu aguentei e consegui ir muito longe.
Mas no final, nossos caminhos divergiriam. Eu sempre ia me separar deles. Porque tinha que estar lá fora em algum lugar. O lugar onde pertenço. Pessoas que eu poderia gostar do fundo do meu coração. Eles me valorizariam adequadamente e eu também os respeitaria.
A razão de eu estar assim, Haruhiro, é por sua causa .
Não é minha culpa. Não me confunda. Eu não sou fraco.
Eu sou uma pedra no sapato. Todos me odeiam. Está bem. Não me incomoda nem um pouco. Esse tipo de papel é realmente mais fácil de interpretar, você sabe.
Eu não preciso gostar deles. Se eu aceitar isso, não preciso prestar atenção às suas necessidades. Eu não preciso me contorcer. Eu posso fazer o que eu quiser. Sim, diga o que quiser. Não importa o que eles pensem, eu estou bem, droga.
