Childhood Friend of the Zenith – Capítulo 2 - Anime Center BR

Childhood Friend of the Zenith – Capítulo 2

Capítulo 02 – O Pequeno Príncipe do Clã Gu (2)

O Clã Gu podia ser considerado um clã com uma posição levemente alta e estava baseado no distrito de Shanxi.

Atualmente havia quatro clãs nobres no mundo: o Clã Namgung que residia em Anhui, o Clã Peng que residia em Hebei, o Clã Tang que residia em Sichuan e o Clã Moyong que ficava em Liaoning.

O Clã Gu, anteriormente, não tinha muito prestígio para poder ser comparado aos quatro clãs nobres, mas vários acreditavam que eventualmente alcançariam um nível que teriam uma posição similar aos quatro clãs nobres.

Gu Cheolun, o Tigre Guerreiro, era atualmente o chefe do Clã Gu e era tratado como um dos 100 melhores mestres na Aliança Murim. Sem falar que era conhecido como um dos mestres mais fortes entre os 100 melhores.

O próprio Gu Cheolun era conhecido entre os vários por sua retidão e esta crença foi compartilhada entre os artistas marciais e leigos que constituíam o Clã Gu.

Os artistas marciais de Gu em particular sempre deram o melhor para garantir a proteção dos civis, jamais pensando em usar suas artes marciais para governar ou controlá-los.

Eles não eram chamados de “Guardiões de Shanxi” à toa.

Os filhos de Gu Cheolun já estavam mostrando proeminência extraordinária como artistas marciais.

A primeira filha, Gu Huibi, demonstrou um nível de potencial e agora capacidade que levava vários a acreditar que ela se tornaria uma dos grandes da sua geração e era conhecida como “Fênix da Espada” entre os companheiros artistas marciais.

Como se não fosse o bastante, a segunda filha, Gu Yeonseo, mostrou um nível de talento que rivalizava ao de Gu Huibi e esperava-se que herdasse os elogios de Gu Huibi, bem como seguisse seus passos.

A posição do clã parecia estar destinada ao topo com o surgimento destas duas filhas supertalentosas. Muitos acreditavam que a posição do clã apenas ficaria mais forte com o passar do tempo, pois o sangue dos grandes seria definitivamente passado para as gerações futuras.

Todos pensavam que esse seria o caso.

Eu também pensei o mesmo.

Até que o Jovem Lorde, o primeiro e único filho do Clã Gu, virasse um demônio.

*****

— Jovem Mestre.

Acordei com a voz do meu guarda indicando que já era de manhã.

Após olhar ao redor, percebi que a luz do sol já estava entrando pela janela.

— Já acordei — respondi com uma voz levemente rouca.

Não havia dormido fazia um tempo porque não consegui entender o que estava acontecendo.

Ai ai. Lavei meu rosto após soltar um breve suspiro.

… Então isto não é um sonho mesmo.

Já fazia três dias desde que voltei ao meu eu jovem depois de morrer.

— Como isto aconteceu?

Não havia como eu conseguir uma resposta ao perguntar ao espaço vazio na minha frente.

Como isto aconteceu? Não consegui encontrar a resposta, independente do quanto pensasse.

No primeiro dia, apenas me senti vazio por dentro, pensando estar sonhando sobre um passado que não podia voltar, algum tipo de ilusão onde minhas ações não faziam diferença.

Comi e dormi com essa sensação no primeiro dia.

Numa retrospectiva, eu deveria ter percebido que algo estava errado no momento que senti o gosto da comida.

Contudo, ao invés disso, fui idiota e passei o segundo dia da mesma maneira que o primeiro.

— Que retardado.

Como levei três dias para perceber?

Me virei e olhei pela janela.

Ao invés de ver a prisão de ferro no teto da Aliança Murim, conseguia ver a luz do sol brilhante pela janela.

Após terminar de me culpar por ser lerdo para perceber a situação atual, senti meu corpo aquecendo pouco a pouco de felicidade.

De alguma forma voltei na época mais feliz da minha vida que foi totalmente arruinada e destruída.

Não sei o que causou isto, mas se era real e não um sonho-

Não, tem que ser real.

Rezei para ser real.

Suprimi o pensamento de não ser real ao sentir como a sensação do meu corpo era real.

Mas então.

Agora que retornei ao passado, o que devo fazer? O que deveria estar pensando?

Tinha que pensar em todos os eventos notáveis que aconteceriam no futuro.

Havia muito no que pensar.

Milhares de pensamentos começaram a surgir na minha mente até alguém chamar meu nome fora da porta.

— Jovem Mestre.

Por causa disso, perdi meu rastro de pensamento.

— O Lorde da casa chegará logo.

Tive calafrios após ouvir isso.

Fiquei tão abobado nos últimos três dias que nem pensei sobre isto.

— Pai está chegando…

Meu pai, que provavelmente saiu do clã a trabalho, estava voltando. Pode ter sido apenas alguns dias nesta linha do tempo, mas para mim, esta foi a primeira vez que o veria em muitos, muitos anos.

E já conseguia sentir minha cabeça começar a doer.

Em vez de ficar animado ou feliz em ver meu pai pela primeira vez em tantos anos, senti medo.

A maneira que ele me olhou com aqueles olhos frios e as palavras afiadas que falou na minha vida anterior estavam enraizadas no meu coração.

Lembrar das coisas duras que me falou só trouxe dor a minha mente.

“Por quanto tempo vai viver assim? Você cogita permanecer como a desgraça da família até o fim?”

Isto foi o que meu pai me disse. Não fiquei ressentido porque merecia totalmente.

Por causa da maneira que vivi, era compreensível.

No entanto, entendendo o motivo por trás, não deixou as palavras menos dolorosas do que já eram. E definitivamente não mudava o fato que aquelas palavras me assombrariam para sempre.

E agora, após todos aqueles anos e tudo ter passado, percebi que, eu ainda tinha medo do meu pai.

— Jovem Mestre?

O servo fora me chamou de novo por causa do meu silêncio.

— Sairei após me preparar. Quanto tempo ainda tenho?

— Ele chegará em aproximadamente trinta minutos.

— Preciso lavar meu rosto, então prepare a água.

— Sim, senhor.

Notei o tom intrigado na voz do servo. Ele provavelmente não esperava que eu já estivesse pronto.

No passado, sempre que um evento ocorria, eu faria birra e jogaria tudo pelo lugar porque ficava louco por ter sido acordado de manhã.

Nem consigo contar quantas coisas quebrei em casa.

O fato que fiz isto sem nenhuma boa desculpa foi provavelmente porque não me sentia confortável em ver meu pai.

Não era diferente agora, mas não podia fugir desta oportunidade.

Após lavar meu rosto, mudei para minha roupa formal.

Notei que o servo que estava me ajudando estava tremendo do que parecia ser medo.

Ele acha que eu vou jogar tudo pelo lugar de novo?

Quero dizer, somente uma criança de 10 anos faria algo assim…

… por outro lado, eu fiz isto.

Após finalmente terminar minhas preparações, sai e fui cumprimentado por inúmeros olhares.

Sussurros seguiram os olhares.

— Estou surpreso de que ele esteja disposto a ver seu pai.

— Ele sempre fazia birra porque não queria acordar de manhã…

Consegui ouvir todos os sussurros.

Para ser honesto, eles provavelmente estavam sendo gentis quando chamavam meu ultraje de birra.

Quando meus olhos encontraram aquelas duas pessoas sussurrando, eles tentaram ficar de joelhos em choque, mas simplesmente acenei a mão, dispensando os dois.

O que eu teria feito se fosse eu do passado?

Hmm…

Não vamos pensar demais nisto…

Eu provavelmente teria advertido os dois.

E então eles provavelmente sumiriam do clã no dia seguinte.

Enquanto caminhava, notei as lindas flores que acabaram de desabrochar.

Comparado aos meus pensamentos aborrecidos e complicados, o mundo externo estava exibindo a linda estação da primavera.

O mundo da Aliança Murim também estava no outono ou inverno logo antes de eu falecer.

Bem, para ser honesto, nem mesmo sei qual estação estava quando morri.

Não sei se estou relembrando porque finalmente tive tempo para saber qual era a estação, ou se é só porque estou encarando as flores com um olhar idiota.

— Provavelmente é o último.

— Hã?

O guarda ao lado ficou confuso.

— Nada.

Após caminhar por um tempo, passei por várias mansões e jardins de flores, cheguei na frente do portão do clã.

Muitas pessoas já estavam aqui no momento que chegamos e a maioria delas eram pessoas que só vi por alguns dias.

Eles, assim como os outros que encontrei no caminho, tinham uma expressão surpresa em seus vários rostos pelo fato que estou aqui.

A multidão, no entanto, não esqueceu de curvar e me cumprimentar.

Após passar pela multidão que se curvou, havia alguns que não demonstraram cortesia.

Um deles se aproximou e começou a falar comigo.

— … Não esperava ver você aqui.

A pessoa era uma garota com um cabelo longo amarrado.

A idade da garota era de, no máximo, 20 anos.

Estava claro que ela seria chamada de beldade onde fosse, mas o comportamento de um guerreiro também era visível por seu olhar e postura.

Não havia muitas pessoas no clã que estavam isentos de me mostrar respeito.

Porém, se diminuíssemos para garotas abaixo dos 20, então haveria somente uma pessoa.

A Espada Flamejante, Gu Yeonseo.

Esta garota, uma parente sanguínea do clã e minha irmã.

Gu Yeonseo cresceria para se tornar uma espadachim proeminente que seria elogiada por várias pessoas.

Contudo, isso era bem no futuro.

Após vê-la pela primeira vez em muito tempo, falei.

— É obrigatório estar aqui.

Gu Yeonseo zombou para minha resposta: — E você, este tempo todo, não se incomodou em sair mesmo sabendo disto? — e respondeu minhas palavras num tom frio.

Ela estava certa.

Eu sempre fugia, mesmo que fosse obrigatório vir como um parente sanguíneo do clã.

— Me pergunto por que fiz isso também.

— … O quê?

— Admito que estava errado. Me desculparei com o Lorde do Clã mais tarde.

Após ouvir o que disse, Gu Yeonseo ficou intrigada.

Não muito depois, no entanto, ela me disse.

— Não sei que tipo de ato você está tentando fazer, mas se estiver tentando mexer com os outros, gostaria que parasse agora porque estou prestes a ficar com raiva.

Ela afastou a cabeça após dizer isso.

Ai ai… Isto não vai ser fácil.

Eu queria falar mais com ela, só que não podia fazer nada agora.

— O Lorde do Clã está chegando.

Após ouvir as palavras do servo, me virei para o portão frontal e vi uma carruagem vindo da distância.

O cavalo vermelho puxando a carruagem, parecendo ser duas vezes maior que um normal à primeira vista, correndo sem parar na direção do portão.

Chegou no portão bem rápido, particularmente considerando quão longe estava quando o avistei.

Quando o cavalo vermelho parou, uma pessoa desceu da carruagem.

Um homem de meia-idade com uma longa cicatriz no rosto, trajado de vermelho que simbolizava o Clã Gu.

Várias pessoas não ousaram erguer suas cabeças para o homem com olhos vermelhos afiados.

… Pai.

Ele era o Lorde de Shanxi e o chefe do Clã Gu, meu pai, Gu Cheolun.

O homem conhecido entre os poucos especialistas ainda vivos entre inúmeros da Aliança Murim estava parado aqui.

Meu pai olhou em volta, seu olhar parando momentaneamente em mim.

Eu o encarei de volta, não evitando seu olhar.

Aqueles seus olhos afiados me fizeram lembrar de como tinha medo durante minha juventude.

Após um instante, meu pai moveu o olhar e continuou passando por todos os presentes. Isso era tudo que havia para fazer.

Para ser honesto, sua ação não era surpreendente. Meu pai sempre fez isso.

— Meu Lorde. Estou feliz por retornar sem problemas.

— General.

— Sim, meu Lorde.

— Há alguns espadachins de prontidão?

— A primeira equipe acabou de retornar e está descansando. A quarta equipe está de prontidão.

— Então diga ao chefe da quarta equipe para vir a mim antes da noite passar.

— Sim, senhor. Parabéns pelo retorno, meu Lorde.

Após uma breve conversa, o Lorde do Clã começou a dar passos silenciosos no clã e a multidão se separou de acordo, seguindo-o logo depois.

Eu também segui.

Olhando para as costas do meu pai, ainda parecia tão grande e pesada como antigamente.

Meu retorno ao passado era um milagre, mas havia muitos problemas.

Seja como for, estou feliz por estar aqui agora.

Se tivesse retornado no passado, apenas alguns anos após isto, definitivamente não teria conseguido mudar nada.

Teria sido tarde demais.

Este definitivamente era um milagre.

Todavia, mesmo agora, ainda não tinha certeza do que fazer para resolver tudo isto.

Pisa.

Os passos do meu pai pararam.

— Terceiro filho virá ao meu quarto após o jantar — falou meu pai sem se virar.

No entanto, agora eu estava intrigado.

“Terceiro filho” implicava que ele estava me chamando.

Mas, por que eu? Qual o motivo do meu pai me chamar sozinho?

… Há tantos motivos para ele fazer isso que não consigo pensar em apenas um.

— Sim, pai.

Enquanto meus pensamentos corriam solta, consegui murmurar uma resposta.

Os passos do pai continuaram após minha resposta.

Antes do jantar, escolhi a primeira coisa que precisava fazer. Esta era a primeira tarefa importante após retornar ao passado.

— Muyeon.

Chamei meu guarda com um pequeno sussurro.

— Sim, Jovem Mestre.

— Me leve a um médico antes do jantar.

Meu guarda exibiu uma expressão preocupada após ouvir o que disse.

— V-Você não se sente bem?

— … Não. Se eu comer no meu estado atual, vou ficar doente, então planejo preparar uma medicina digestiva.

— Oh…

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