Vol. 2 Cap. 191 Atividade Sexual e Privacidade de Elsa

Eles não eram diferentes de casais normais em Paris.

Não retornaram para a costa naquela noite, resolveram dormir no barco no oceano.

A única coisa que podia ser visto no oceano escuro era a luz fraca do barco.

Elena estava encharcada de suor sob a luz.

Com um sorriso, Luke agarrou uma toalha e limpou o suor para ela. Esta logo adormeceu confortavelmente.

Estava exausta.

Somente ela sabia qual era a sensação de dormir com um homem cuja força era sete vezes a de uma pessoa comum.

Sua cabeça ficou completamente vazia pela maioria do tempo enquanto gritava por deus.

Luke, por outro lado, ainda estava energético como nunca.

Graças a sua estamina e sua habilidade de recuperação, mal ficou cansado, enquanto Elena estava exausta.

Deitado na cama do barco, olhou para o céu escuro com uma Elena nua nos braços.

Esta não era uma fã de exercícios e não era magra, mas também não era gorda. Parecia com uma maça de algodão nos braços de Luke.

Este retirou os braços e se levantou silenciosamente.

Saiu da cabine e levou as cordas e rochas que carregou no barco durante o dia para os fundos do barco. Amarrou o “lixo” que lotou o espaço pessoal nas rochas e jogou no oceano.

Meia hora depois, Luke limpou o sangue nele no oceano, então tomou um banho na cabine.

Quando voltou para a cama quente, Elena pareceu sentir algo. Gemeu em seu sono e chegou mais perto dele.

Luke sorriu: estava sentindo mais relaxado agora que todos os corpos foram descartados.

Logo, começou outra rodada…

Elena murmurou um momento depois: — Ah, seu safado com tesão! Ah, por favor, devagar…

O barco balançou por um longo tempo no oceano enquanto ela gemia.

Elena amou e temeu Luke durante os cinco dias em Marselha.

No entanto, estes momentos felizes não podiam durar. Logo, chegou o dia que retornariam à Paris.

E Luke e Elsa estariam voltando para Los Angeles naquela noite.

Elena já sabia disto, mas obviamente ainda estava relutante em deixar Luke ir.

Após voltarem para Paris, Luke levou Elena de volta para casa. Ela estava realmente exausta após tantos dias de diversão.

Luke, por outro lado, visitou Chinatown antes de volta ao apartamento.

Elena já havia dormido por duas horas em seu quarto até então, porém, um certo alguém a interrompeu.

Ela estava acostumada a dormir pelada, então era muito conveniente para Luke.

Elena eventualmente adormeceu novamente.

As duas horas de despedida esgotou toda sua força.

Luke tomou um banho. Então colocou uma caixa na mesa de Elena com uma nota embaixo. Próximo à nota estava a chave do seu quarto.

Beijou Elena, e esta retribuiu sonolenta. Luke então se levantou e saiu do quarto.

Era outro dia chuvoso em Paris, mas não afetou o bom humor de Luke.

A despedida com Elena, assim como a que teve com Jimena, era uma parte necessária para sua vida. Não havia necessidade de ficar triste.

Foi bom o bastante que tivessem aproveitado o tempo juntos.

Ele não pretendia casar-se nesta vida, nem encontrar uma namorada.

Considerando o sistema e os riscos que vieram junto, era melhor ficar solteiro.

Ele chamou Daniel pela última vez e deu ao homem mil euros. Pegando Elsa, foram direto ao aeroporto.

Logo, embarcaram no avião. Olhando para Elsa, que estava rejuvenescida, Luke riu: — Parece que aproveitou bem suas férias.

Elsa olhou para ele e respondeu: — Não tanto quanto você. Foi para Marselha? Você é realmente rico.

Luke deu de ombros: — Gastei menos de três mil euros numa viagem de cinco dias. Isso não é muito, é? Além disso, não tive muitas oportunidades para usar meu dinheiro; não quero que apodreça no banco.

Mais importante, tinha uma pilha enorme de dinheiro armazenado no seu espaço pessoal. Era seu souvenir desta viagem à Paris.

Elsa perguntou: — Como foi sua companheira?

Luke não guardou segredo, principalmente porque agora estavam se dando muito bem como parceiros.

Ele tirou a câmera e mostrou a Elsa algumas fotos.

Elsa ficou surpresa: — Esta garota é muito linda e… elegante.

Luke sorriu: — Ela é uma caloura em alguma universidade particular de arte. Tem dezenove anos, mas foi muito boa!

Ele então olhou para Elsa e perguntou: — E quanto a você? Sua viagem não foi em vão, foi?

Elsa pensou por um momento, tirou um envelope da bolsa e entregou para Luke: — Você mesmo pode ver, mas não diga a mais ninguém.

Luke folheou casualmente algumas fotos no envelope, porém, as guardou de repente.

Elsa achou estranho: — Ele é feio? — Por que mais a expressão de Luke seria tão estranha?

Luke ficou sem saber o que dizer: — Elsa, você não viu as fotos?

Elsa balançou a cabeça: — Tiramos as fotos com uma Polaroide quando estávamos juntos. Sei como são, então nunca olhei.

Luke suspirou: — Embora muitos parceiros sejam próximos e não é grande coisa que invadam a privacidade do outro por acidente, tenho certeza que isto não é o que você queria que eu visse.

Elsa imediatamente soube que algo não estava certo. Rapidamente pegou e examinou as fotos no envelope, somente para ficar envergonhada: — Aquele bastardo tirou algumas fotos minhas quando não estava vendo. Vou queimá-las quando voltar.

Luke pensou por um momento antes de rir: — Não é grande coisa se lembrar de algo agradável. Tenho fotos similares também, e pretendo mantê-las. Ela merece ser lembrada ao invés de deletada.

O constrangimento no rosto de Elsa sumiu.

Ela teve cada vez mais a sensação de que Luke era alguém da sua idade, então realmente não ficou tão envergonhada quando suas fotos íntimas foram reveladas há pouco.

Luke foi quem levantou o tópico, de qualquer forma. Suas façanhas com aquela garota não podiam ser mais inocentes que da própria Elsa.

Após um breve silêncio, Elsa assentiu levemente: — Justo. Você tem um ponto. Mas espera aí, você não tirou fotos da garota sem ela saber, não é?

Vol. 2 Cap. 192 Adeus, Mensagem e Presente

Entretido, Luke inseriu outro cartão de memória na câmera e mostrou uma das fotos: — Esta parece com uma foto tirada secretamente?

Elsa ficou surpresa ao ver a foto: — Você contratou um fotógrafo profissional?

Ela não suspeitou mais, porque Elena estava nua na foto, mas suas partes íntimas não foram expostas. Claramente foi uma cena bem planejada.

Luke riu: — Isto é obra dela. Tudo que precisei fazer foi pressionar o botão. Ela é muito boa com fotos. Quanto a mim, cheque esta.

Ele colocou o primeiro cartão de memória na câmera e mostrou uma foto.

Elsa ficou sem palavras quando a viu.

Luke balançou a cabeça com um sorriso: — Não, você não entende minhas habilidades maravilhosas de fotografia. É por isso que pensa que as tirei secretamente. Porém, olhe para elas… — Ele mostrou mais algumas fotos.

Elsa riu alto: — Haha… você… haha. Tudo bem. Nunca deixarei você tirar uma foto minha.

Luke deu de ombros: — Você sabe que todos têm falhas. Parece que a minha é a falta de talento em fotografia.

Elsa não podia concordar mais.

Nas fotos que Luke mostrou, a garota ou parecia com um fantasma numa capa branca, ou estava com os olhos fechados.

Quando fazia careta, distorcia suas feições; Elsa não teria a reconhecido se não fosse pelas roupas.

Comparado com isso, as fotos da garota quando estava sonolenta ou borrada era o melhor trabalho de Luke.

Os dois caíram numa camaradagem mais uma fez após zombar um do outro.

Quando o avião de Luke saiu de Paris, Elena acordou em seu apartamento.

Ela chamou Luke subconscientemente e lembrou de repente que ele havia partido.

O aquecedor estava ligado, fazendo-a sentir um pouco de calor.

Sentando na cama com as pernas cruzadas, Elena se sentiu perdida: — Em todo caso, ele se foi.

Após um longo atordoo, finalmente acordou.

Pelada, fez um café na cozinha.

Luke comprara dezenas da melhor variedade de grão de café com o dinheiro ilegal em seu espaço pessoal enquanto viajava por Paris; proclamou que gostava de café, especialmente o feito por Elena.

Agora, cem sacolas ou mais de grão de café que valia dois mil euros estavam empilhados no apartamento.

Elena sentiu que poderia durar pelos próximos dois anos.

Podia beber café para lembrar de Luke.

Após o café terminar, Elena voltou ao quarto para dar outra olhada nos dois esboços que fez de Luke.

Colocando os esboços no cavalete, abaixou a cabeça para servir o café.

Agora há pouco, colocou o café na mesa sem olhar.

Porém, quando abaixou a cabeça, notou uma caixa, uma nota e uma chave na mesa.

Luke havia deixado ali?

A chave era do apartamento, que ela entregou mais cedo.

Todavia, a caixa e a nota não eram familiares. Após ler a nota, Elena soube que definitivamente era de Luke.

A nota dizia: Para o brilho do sol mais quente na fria Paris!

Isso era algo que Luke falou para ela antes. Disse que não era congelante para ele nas ruas frias de Paris porque ela o aquecia como o brilho do sol.

Elena pensou que Luke estava se referindo a ela o ajudando a encontrar um lugar para ficar, embora ele não parecesse precisar.

Contudo, amou a frase.

Mulheres sempre tinham uma memória extraordinária para os elogios que os homens davam.

Olhou para a nota por um longo tempo antes de finalmente colocar na mesa.

Em seguida, abriu a caixa lentamente que era do tamanho da palma.

Elena ficou imediatamente chocada pelo colar resplandecente dentro.

Ela murmurou: — Isto é vidro ou cristal? — Um pedaço de papel dobrado caiu da caixa.

Ela o desdobou confusa, somente para descobrir que era uma fatura legítima com a quantidade de €148.00 listado.

Elena ficou atordoada por um longo tempo: — Diamante?

Procurou na caixa e achou um certificado que provava a autenticidade e valor do colar de diamante.

Ela estava sonhando?

Elena sabia que era bonita, mas apenas de forma mediana. Nascida numa família comum, não era tão chamativa quanto as garotas das famílias de classe alta.

Se aproximara de Luke só porque ficou atraída pela vibração conflitante emitida.

Como um homem que estava disposto a viver num apartamento construído ilegalmente poderia ser rico?

No entanto, Elena sabia que Luke não falsificaria um certificado e uma fatura para brincar com ela.

Qual era o ponto de enganá-la agora que estava voltando para Los Angeles? As chances eram de que nunca se encontrassem novamente.

Elena ficou ainda mais confusa com esse pensamento.

Ele deixou um presente caro porque realmente gostava dela?

Sentada pelada na mesa, Elena segurou o colar numa mão e o certificado na outra.

Um longo tempo depois, respirou fundo: — Está decidido, então. Vou tentar a graduação em dois anos e ir para Los Angeles. Será mais fácil ganhar dinheiro lá.

O colar provavelmente seria o bastante para cobrir as taxas para uma universidade da Ivy League.

Luke já estava dormindo no avião, sem a menor ideia de que sua generosidade antes da partira mudara o futuro de uma garota.

Ele comprou o colar caro numa joalheria em Chinatown após voltar de Marselha.

Comprou o colar como um presente de despedida, não totalmente porque ela era bonita, mas pelo que falou na nota. Elena não entendeu bem o que queria dizer.

Nesta viagem à Paris, Luke ganhou mais de dez mil pontos de experiência e crédito de alguns grandes expurgos. Era uma colheita enorme.

Também ativou seu inventário e expandiu para um metro cúbico, o que era uma conquista importante.

Nesse tempo, no entanto, seu estado mental deteriorara após sua matança desenfreada.

Vol. 2 Cap. 193 Você Roubou uma Loja de Perfume?

Após ver o bordel ilegal em Paris por conta própria, Luke ficou satisfeito por dias após matar os criminosos.

Porém, essa não era a verdadeira felicidade. A melancolia e violência foi empilhada em seu coração, até que saiu naquela viagem com Elena.

Seu corpo jovem e sedutor foram a melhor medicação.

A dor e prazer de Elena o permitiu liberar os sentimentos sombrios em seu coração.

Naturalmente, Luke deu a garota algo por sua ajuda enorme.

Fazia sentido conseguir algo para Elena com o dinheiro ilegal que obteve em Paris.

Teria comprado um colar de 500 mil euros se não fosse pelo fato que poderia causar problemas a ela dar algo muito caro.

Um colar de 150 mil euros, por outro lado, era luxuoso, mas não ultrajante demais. Era perfeito.

Afinal, ninguém além de Elena, saberia que o colar era dele.

Na verdade, seu plano no começo era dar um porco de ouro.

Porém, após imaginá-la segurando e examinando o porco, Luke desistiu da ideia.

Elena era uma estudante de arte. Merecia algo com um pouco mais de classe!

O ponto era que não havia nenhuma outra mercadoria de ouro na loja além do porco.

O chefe só colocou este porco de ouro, que valia mais de 100 mil euros, na loja porque pensou trazer boa fortuna.

Enquanto refletia sobre sua viagem à Paris, ele e Elsa chegaram em Los Angeles à meia-noite.

Elsa simplesmente falou para se apresentar ao departamento de polícia no dia seguinte, antes de pegar um táxi para casa.

Ela ainda estava sofrendo do jet lag. Estava exausta, mesmo que tivesse dormido algumas horas no avião.

Luke também foi para casa. Tomou um banho e foi dormir.

Na manhã seguinte, foi acordado por Selina.

Olhando para ela, que ainda estava de pijama enquanto o cutucava, Luke perguntou impotente: — Você não acha que devemos ter limites?

Selina não ficou incomodada quando abaixou a cabeça para observar seus seios: — Sério? Você não me viu de biquíni na “banheira”?

Luke só podia admitir que viu.

Sentando na cama, bocejou: — Tudo bem. Então diga-me, por que ainda está de pijamas no meu quarto?

Selina respondeu: — Você voltou de Paris.

Luke assentiu: — Realmente.

Selina o encarou em silêncio.

Luke levantou as mãos em rendição: — Tá bom. Os presentes estão na minha mala. Você pode pegá-los.

Selina comemorou e abriu a mala.

Sabia que havia presentes, mas não mexeria nas coisas pessoais de Luke sem sua permissão, da mesma forma que Luke mal tocou em suas coisas ou entrou em seu quarto.

Olhando para Selina, que estava agachada no chão, Luke escorou na cabeceira e aproveitou a bela vista.

Selina não estava usando sutiã por baixo do pijama. Foi por isso que Luke chamou a atenção mais cedo.

Após aproveitar alguns dias com Elena em Paris, Luke certamente não rejeitaria outra bela vista.

Selina não poderia se importar menos.

Foi como falou — ela usou menos coisa na banheira, vulgo piscina.

— Uau! Quanto perfume! Você roubou uma loja de perfume? — Selina achou um monte de frasco de perfume.

Apreciando como seus seios balançavam com animação, Luke respondeu casualmente: — Não são todos para você.

Selina ficou desapontada: — Hã? Não é tudo meu?

Luke riu: — Você sabe que perfumes diferentes são destinados a pessoas diferentes, certo? Comprei aquele Dior J’adore para a Catherine. Lancome Miracle e Chanel Chance são para você. Aquele frasco de Glor by JLO também é seu. A Miss Dior Chérie Blloming Bouquet, Chanel Coco Mademoiselle e Kenzo Flower é para a Claire. Dior Addict é para a Jimena.”

Selina virou a cabeça lentamente com choque: — Meu Deus. Você virou um especialista de perfume na viagem à Paris?

Luke revirou os olhos: — Quem dera. Isso é tudo o que a funcionária me falou. Ela repetiu os nomes várias vezes, não tem como eu esquecer. Tudo bem, pegue seus presentes e use o que quiser hoje.

Selina voltou ao seu quarto com os três frascos de perfume.

Luke se levantou sem pressa para preparar o café da manhã na cozinha.

Porém, no momento que abriu a geladeira, gritou: — Selina, onde está a comida que fiz para você?”

Após um momento de silêncio, Selina respondeu: — Ah, querido, comi tudo.

Luke colocou a mão no rosto.

Calculou que tinha preparado comida o bastante para durar por meio mês. Porém, acabou tudo?

Selina logo entrou na cozinha, com espuma de pasta de dente na boca: — Bem, posso ter comido um pouco demais nos últimos doze dias porque não tinha nada para fazer em casa. Ah, droga, acabei de engolir um pouco de pasta de dente. Ugh!”

Luke percebeu que ela tinha um ponto.

Sua viagem à Paris com Elsa devia levar dez dias, mas no nono dia, Dustin falou para ficar mais dois. Então, era a manhã do décimo terceiro dia agora.

Não era inacreditável demais que Selina tivesse comido as refeições para quinze dias em doze.

Como falou, ela remexeria por comida sem Luke por perto para supervisionar.

Ele se aproximou dela e levantou sua camiseta: — Isto não faz sentido. Você não ganhou nenhum peso. Isso não é um desperdício de comida?

Selina saiu com raiva: — Você só está com inveja que não engordo independente do quanto como!

Luke riu. Com sete vezes mais força que uma pessoa comum, tenho mais músculos que você. Por que ficaria com inveja?

No final, Luke não conseguiu encontrar nenhum ingrediente para o café da manhã.

A geladeira era enorme, mas não havia nada de ovo, pão, leite, presunto, cereal ou algo de carne.

As únicas coisas comestíveis eram queijo, manteiga, ketchup, molho de salada e afins.

Como ele poderia comer isto? Sem vegetais ou frutas, não podia nem fazer uma salada.

Luke teve que ir trabalhar sem café da manhã.

Vol. 2 Cap. 194 Fugindo do Trabalho

Luke dirigiu o carro hoje e Selina aguentou sua repreensão enquanto mordia o queijo.

O queijo por si só era a comida para muitos americanos.

Mas para Luke, tinha que comer com outros ingredientes.

— Você tem tempo para comer, mas não para ir comprar alguns ingredientes depois do trabalho? É tão difícil comprar pão e leite? Quão preguiçosa você é?

Aproveitando o momento que a boca não estava cheia, Selina apressou a dizer: — Não posso fazer nenhum prato mesmo. A comida teria estragado mesmo que eu comprasse. Não sou preguiçosa. Apenas faça uma lista e vou ao supermercado comprar tudo, tá?

Luke ficou sem palavras.

Ela parecia ter um ponto… só que não tinha! Como pão e leite estragaria tão fácil? Ela simplesmente era preguiçosa!

Vendo quão sem vergonha sua colega de quarto era, Luke parou de discutir.

Era realmente sem sentido alguém que não sabia cozinhar guardar ingredientes na geladeira. Na sua vida anterior, vários ingredientes frescos estragaram na sua geladeira.

Porém, seguiu a sugestão de Selina. Fazendo-a dirigir o carro, Luke fez uma lista e colocou na bolsa dela.

Selina não reclamou, na real, ficou bastante feliz: — Ah, querido, o que vamos comer esta noite? Posso comprar mais ingredientes.

Luke: — … Só fica quieta! Eu que vou fazer a comida no final mesmo!

Brigando o caminho inteiro até o departamento, eles saíram para encontrar seus respectivos parceiros.

Como de costume, Elsa chegou mais cedo que Luke.

Ela realmente chegava meia-hora mais cedo e Luke chegaria quinze a vinte minutos mais tarde.

Vendo que ele chegou, ela se levantou e falou: — Vamos ao escritório do chefe para relatar.

Seguindo-a, Luke perguntou: — Relatar o quê? Nossas férias prazerosas na capital da arte?

Elsa bufou: — Vou pedir um caso. Não temos casos para trabalhar agora.

Luke assentiu sem objeção.

Para ele, era melhor ter vários casos que nenhum.

Quando entraram no escritório de Dustin, encontraram o homem já focado no trabalho.

Olhando para a pilha de arquivos na mesa, Luke balançou a cabeça secretamente. Este era o motivo pelo qual não queria ser promovido.

Os departamentos de polícia local na América tinham sistemas diferentes, mas geralmente falando, os subdepartamentos de polícia nas grandes cidades como Los Angeles eram liderados por capitães, enquanto as divisões dos subdepartamentos eram lideradas pelos sargentos.

Na verdade, um sargento era o ponto de partida para o nível administrativo no sistema policial. Era por isto que precisava-se fazer um teste de serviço civil para se tornar um sargento.

Como o chefe da Divisão de Crimes Graves, Dustin era um tenente, que estava um nível acima de sargento. Os boatos diziam que ele seria promovido para capitão logo.

Para administradores, coordenar seus subordinados e distribuir casos poderia ser bem irritante; tinham que passar muito tempo navegando na política de escritório.

Luke não tinha talento nessa área. Preferiria ser um especialista como o Velho Greyson.

Velho Greyson não teria sido tão espero ou cruel como um administrador, nem os grandões do FBI e CIA ficariam batendo na sua porta se tivesse se tornado um.

Vendo os dois entrarem, Dustin abaixou os arquivos e gesticulou para Luke fechar a porta.

Após a porta ser fechada, ele falou com um sorriso: — Parece que aproveitaram as férias.

Nenhum dos dois falou algo. Não era a melhor hora para se gabar sobre isto.

Dustin logo foi aos negócios: — Vocês não têm novos casos em mãos, certo?

Elsa assentiu: — Isso mesmo, chefe. Estamos checando para ver se há algum caso novo em que podemos trabalhar.

Sem mais delongas, Dustin pegou alguns arquivos e respondeu: — O primeiro caso é meio complicado. Vocês podem desistir se não encontrarem nenhuma pista em alguns dias.

Luke e Elsa sabiam que o caso tinha que ser um grande, apesar da falta de pistas, então precisava ser investigado.

Elsa imediatamente aceitou o arquivo.

Luke, no entanto, olhou para Dustin.

Notando sua expressão, Dustin perguntou: — O que é?

Luke riu: — Chefe, estou pensando que a Elsa pode ler o arquivo hoje enquanto cuido de alguns negócios pessoais. Estive fora por duas semanas, afinal de contas.

Perplexo por um momento, Dustin sorriu: — Você está fugindo do trabalho logo após voltar de Paris? Você não se divertiu o bastante?

Luke, no entanto, simplesmente, fez careta: — Chefe, só estou pensando na Elsa. Olhe para ela. Ainda tá sofrendo de jet lag. Receio que ela bata o carro se sair agora. Por que não a deixa ficar por hoje para ler o arquivo?

Dustin olhou para Elsa. Notando a surpresa em seu rosto, soube que ela estava alheia a intenção de Luke até agora. Ele encontrou um documento na mesa e jogou para Luke: — Que patife! Pegue isto e saia!

Embora Dustin não tenha dado uma resposta direta, Luke soube que recebeu a aprovação.

Olhando para o documento, Luke sorriu: — Haha, chefe, obrigado. Não terei que usar o carro da Elsa hoje.

Dustin apontou para a porta, estava com preguiça demais para dizer algo mais.

Luke saudou com um sorriso e saiu, sem perguntar por que Elsa estava ficando para trás.

Esta esteve fora por dias. Era natural que tivesse uma conversa privada com Dustin.

Agora há pouco, Luke falou direto que estava saindo para negócios pessoais. As outras pessoas podem criticá-lo por isto, porém, Dustin estava bem ciente da atitude e habilidades de Luke.

Considerando como Luke conseguira resolver o roubo no Plaza Nakatomi em uma hora, certamente não era um problema se quisesse fugir por um ou dois dias.

Após resolver os casos no Plaza Nakatomi e Dustin, Luke podia facilmente sair por um ano se quisesse.

O documento que Dustin jogou era um certificado para a própria viatura de Luke.

Assim, daquele dia em diante, poderia dirigir e ir aonde quisesse.

Após Luke sair e fechar a porta, Elsa perguntou: — Chefe, como está indo o caso do Plaza Nakatomi?

Vol. 2 Cap. 195 Promoção e Reunião com Bobby

Dustin assentiu levemente: — Está feito. Vocês dois conseguiram dois dias extras de viagem porque estávamos no meio das negociações finais.

— E quanto a transferência de Luke? Elsa estava mais preocupada com a intenção do FBI de contratar Luke que sua parte no crédito.

Dustin assentiu de novo: — O crédito por resgatar os reféns vai para o FBI e pararão de tentar caçar o Luke.

Elsa entendeu.

No caso do Plaza Nakatomi, os eventos classificados por ordem de importância eram: recuperar as ações > resgatar os reféns > prender os assaltantes.

Neste país capitalista, as ações que valiam 640 milhões com certeza eram mais importantes que todo o resto.

No entanto, isto não era algo que podia ser dito em público. Aos olhos do público, os eventos eram classificados como: resgatar os reféns > recuperar as ações > prender os assaltantes.

O FBI conseguiu o crédito por resgatar os reféns, que compensava pelos erros que cometeram no caso.

Assim, o FBI seria considerado um grande contribuinte para o caso. Quanto a como lidariam com a pessoa que estava encarregada, isso era um assunto totalmente diferente.

Agora que o FBI ganhou o crédito, pararam de tentar agarrar Luke.

O FBI estava realmente interessado em Luke, que demonstrou suas capacidades, só que foi principalmente usado como alavanca nesta negociação; ele não era tão importante ao ponto de estarem determinados a recrutá-lo.

Após uma breve hesitação, Elsa perguntou baixinho: — Chefe, e quanto a mim?

Dustin olhou com calam e respondeu: — Apenas continue o trabalho de sempre. Não sou o chefe. Não posso dizer com certeza sobre sua promoção.

Elsa entendeu.

Embora Dustin não estivesse prometendo nada, estava implicando que seria promovida logo.

A última parte do que falou não era um lembrete irresponsável, era um fato.

Dustin desempenhou um grande papel na campanha da promoção de Elsa, porém, era o chefe que tomaria a decisão final.

Até que os papeis da promoção fossem emitidos, Dustin não poderia prometer nada.

Ele estaria desapontando-a se prometesse que receberia a promoção e acabasse não acontecendo.

Os subordinados de Dustin já haviam usado isto contra ele antes por causa disto, então prestou atenção aos detalhes agora.

Vendo que Elsa compreendeu, Dustin falou: — Você deveria aprender com o Luke de vez em quando. Ele foi corajoso o bastante para pedir minha permissão para tirar uma folga.

Elsa riu: — Sou uma policial faz oito anos, mas ele já matou mais pessoas que eu. Com certeza não posso ficar parada sem fazer nada quando não sou tão capaz quanto ele.

Dustin sorriu com satisfação.

Elsa se conhecia muito bem e não estava com inveja de Luke.

Tenho que trabalhar mais duro para torná-la um sargento desta vez! Dustin pensou consigo.

Seria uma pena demais para Elsa e Luke trabalharem como parceiros.

Elsa em um papel de liderança e Luke trabalhando com um detetive assistente seria melhor para ambos.

Isto porque Elsa era uma aberração controladora e Luke era… ainda mais.

Eles se deram bem não porque Elsa era esperta, era porque Luke cedeu o tempo todo.

Dustin podia dizer com facilidade dos arquivos do caso quanto crédito Luke desistiu para Elsa nos últimos meses.

O verdadeiro motivo pelo qual os dois nunca tiveram um conflito foi porque Luke não queria ser promovido.

Até agora, Luke era o único policial jovem que Dustin conheceu que não estava interessado em crédito.

Entretanto, Dustin não podia ver Elsa reivindicar o crédito de Luke sem fazer nada.

O jovem se destacou com suas habilidades e Dustin tinha que garantir que este não se sentisse injustiçado.

Mesmo que Luke não precisasse ser promovido, Dustin não podia ignorar suas contribuições.

Assim, se promovesse Elsa como comandante de Luke, ambos poderiam se beneficiar com os casos resolvidos pelo jovem.

Quanto ao novo parceiro de Luke, bem, não havia uma garota que o seguiu até a LAPD?

Pensando nisto, Dustin continuou: — Mas você ainda deve aprender com o Luke, diga-me, considerando o comportamento dele agora há pouco, quem você acha que parece o chefe, você ou ele?

Atordoada por um momento, Elsa sorriu estranhamente: — Não tenho escolha. Na nossa equipe, eu faço a parte analítica enquanto ele faz o braçal.

Dustin balançou a mão: — Esse não é o motivo. É sobre sua atitude. Não faça as coisas sozinha quando deveria pedir outra pessoa para fazer.

Elsa ficou animada, pois isso implicava que seria promovida para um papel de liderança logo: — Entendi, chefe. Prestarei mais atenção nisso.

Dustin assentiu: — Você pode sair agora. Apenas leia o arquivo em casa e descanse se estiver cansada.

Elsa obedeceu e saiu.

No lado do Luke, este foi a divisão de logística com o certificado para pegar seu carro.

Ficou muito satisfeito com o automóvel, não porque era caro, mas porque não era comum.

O carro era um Chevrolet Impala seminovo com várias modificações práticas, tais como um para-choque, suspensão reforçada, um sistema de comunicação policial e portas frontais à prova de balas.

Era muito melhor que os carros que a maioria dos oficiais tinha.

Luke ficou muito satisfeito. Este carro evidentemente foi o reconhecimento de Dustin por suas contribuições ao departamento; de outro modo, poderia ter dado um carro aleatório.

Após obter o carro, foi a um escritório de advocacia pegar os documentos que confiou para os advogados receber. Então, voltou ao seu velho apartamento.

Fazia mais de dez dias. Se perguntou como Bobby estava indo.

Sheerah não falou nada a Elsa sobre Bobby a perseguindo de novo, então este não poderia estar indo mal.

Luke bateu na porta e após um longo tempo que alguém respondeu.

Quando viu Luke, Bobby estremeceu de repente: — Você… Você está aqui? Por favor, entre.

Luke assentiu com um sorriso e entrou no apartamento: — Te darei dez minutos para se limpar. Depois vamos conversar.

Bobby foi rapidamente tomar um banho.

Luke olhou pela sala de estar. O local estava desarrumado, mas não sujo. Era algo que se esperaria de um solteiro vivendo sozinho.

Havia vários papéis e uma caneta na mesa.

Luke checou os papéis, e descobriu que era uma lista de informações sobre a Larry Page e a liderança no Google.

Ele assentiu levemente. Bobby não sabia que ele viria, então não poderia estar fingindo. Este realmente estava aprendendo a informação.

Vol. 2 Cap. 196 Vamos Vender Por Quinhentos Milhões

Logo, Bobby voltou num traje casual: — Você quer algo para beber? Tenho café instantâneo aqui.

Luke respondeu: — Não, obrigado. Vamos sentar e conversar.

Após sentarem no sofá, Luke foi direto ao ponto: — Acabei de voltar de uma viagem. Enquanto tenho tempo hoje, tenho um trabalho para você.

Enquanto falava, tirou uma pilha de documentos da mochila: — Você pode ler depois. Elas são patentes que solicitei. Quanto ao que são exatamente, você pode verificar.

Luke tirou um celular com uma tela maior que o normal. Abriu um app e gesticulou para Bobby dar uma olhada.

Observando Luke operar o celular por um tempo, Bobby perguntou incerto: — Isto é… um mapa?

Luke respondeu: — Isso mesmo. Com o GPS no celular, pode ser usado como um navegador nacional ou até global, desde que haja mapas armazenados o bastante no celular.

Bobby ficou confuso: — Como vamos usar isto?

Luke respondeu: — Vamos vender para a Google. Sou preguiçoso demais para criar, então vou apenas vender a ideia por dinheiro.

Bobby achou suspeito: — A Google não é… um motor de busca? Por que eles iriam querer isto?

Luke riu e explicou como a Google usaria este navegador.

Bobby assentiu e perguntou: — Qual vai ser o preço?

Luke pensou por um momento e respondeu: — Vamos vender por quinhentos milhões.

Havia um motivo pelo qual Luke pensou neste montante.

Ele leu na sua vida passada sobre algumas das aquisições chocantes que a Google fez.

Por exemplo, Google adquiriu a Motorola Mobility por 12,5 bilhões de dólares, só para vender para a Lenovo por 2,9 bilhões de dólares vários anos depois. Foi por isso que Luke sabia quão generoso a Google poderia ser.

Luke não tinha ideia de quanto a Google investiria num app de mapa, mas considerando quão brilhante as perspectivas seriam após smartphones serem inventados, uma oferta de quinhentos milhões de dólares não era inacreditável demais.

E se a Google recusasse a oferta? Bem, Luke não tinha nada a perder.

Ele sempre poderia inventar algo menos tecnologicamente caro e vender no lugar.

Apesar de saber como as coisas começariam a seguir, Luke não conseguiu lucrar com o conhecimento devido a sua falta de habilidade e fundação.

Porém, agora aprendera as quatro habilidades elementares de Tony Stark, era mais fácil de ficar rico.

Ele ia vender esta patente de mapa porque queria ganhar dinheiro o bastante de uma vez por todas.

Seria capaz de viver por um longo tempo com os quinhentos milhões.

Ele não era Tony Stark e não gastaria rápido o dinheiro.

Luke deixou o celular e o app para Bobby usar em sua demonstração. Também deu dez mil dólares para despesas de viagem nos próximos meses.

Luke não manteve Bobby porque queria que este se tornasse um bom gerente de relações-públicas, foi porque não queria que Bobby ficasse parado o tempo todo.

Ele daria a Bobby um por cento de participação na tecnologia do mapa. Assim, se Bobby conseguisse vender, receberia cinco milhões de dólares.

Com esse dinheiro, Bobby imediatamente se tornaria um milionário.

Bobby só podia rir amargamente para isso, porque tinha que vender a tecnóloga de mapa primeiro!

Entretanto, ficou realmente tentado pela perspectiva.

Quinhentos milhões de dólares pode parecer muito, mas não era nada para a Google.

Luke não estava com medo de uma grande corporação como essa tentando jogar sujo, pois já solicitou uma patente.

Para estabelecer esta forte patente, Luke gastou quase cem mil pratas no registro e taxas do advogado.

Até hipotecou a mansão que estava vivendo para conseguir o dinheiro.

O plano com a Google seria um acordo lucrativo a longo prazo. Se Luke quisesse ganhar um dinheiro rápido, no entanto, também era muito simples.

Por exemplo, se lembrava que tinha um tio vivendo em Las Vegas.

Nevada estava do lado de Califórnia e Los Angeles estava a apenas 430 quilômetros de distância de Las Vegas, que era quatro horas de carro ou apenas uma hora de avião.

Entretanto, desde que ainda tinha muito dinheiro após hipotecar a mansão, não estava com pressa de fazer mais.

Ao meio-dia, Luke dirigiu seu carro para a USC.

A área sul da USC não era segura e atormentada por criminosos e gângsters.

Vagando pela área no seu carro por um tempo, fez um almoço rápido num restaurante fast food. Saiu às quatro da tarde para voltar para casa.

A área que havia verificado tinha uma gangue chamada WD-36. Os membros desta gangue tinham as tatuagens de “WD” ou “36” neles, e lidavam principalmente com drogas ilegais.

Luke os rastreou com muita facilidade, porque foi esta gangue que vendeu maconha para a Srta. Jenny.

Como esta Jenny, que vivia em Beverly Hills, encontrou estes traficantes? Era porque era um estudante na USC.

Ela era rica e tinha guardas de segurança, então fez os gângsters entregarem o produto na sua casa.

Luke conseguiu a informação básica da WD-36 de Dustin e Elsa durante o caso do assassinato de Katie. Junto da sua própria investigação, descobriu em qual área a gangue estava ativa.

Agora que tinha um espaço pessoal, havia muitas coisas que podia fazer.

Após voltar para casa, procurou na geladeira por algo para fazer na janta.

Não havia nenhum ingrediente no café da manhã, mas muito para o jantar. Selina não tocou na carne crua ou tempero.

Então, jantar era fácil.

Luke moveu o grill que mal foi usado para o jardim e colocou alguns pedaços de carne nele.

Uma vez feito, Luke procurou online por voos para Las Vegas e calculou quanto tempo tinha no seu cronograma.

Também procurou por hotéis em Las Vegas que tinha um casino e uma boa reputação.

Tinha que certificar que os hotéis podiam ter o luxo de perder e que a fortuna que ganhar não fosse cobiçada pelos desesperados.

Também havia casinos em Los Angeles, mas Luke era um policial aqui.

Em Las Vegas, seria apenas um civil, e o dinheiro que ganhasse seria seu ganho legal.

Vol. 2 Cap. 197 Churrasco e Conversa Noturna

Luke também se divertiu um pouco procurando informações de que o Centro Forense de Las Vegas tinha sobre o Velho Greyson enquanto estava lá.

Desde que ia estar de passagem, teria que fazer uma visita ao seu tio e presentes eram obrigatórios.

Os presentes deveriam ser atenciosos em vez de caros. Afinal, Velho Greyson não tinha falta de dinheiro.

Como um dos melhores especialistas na sua área, ele cobrava milhares de dólares por serviços comerciais, além de seu salário anual.

O verdadeiro interesse do Velho Greyson era anatomia, mas Luke não sabia nada sobre insetos. Ele só podia desistir.

Checando arquivos e virando a carne, Luke esperou até às oito e meia antes de Selina voltar.

— Você chegou bem tarde. Sempre volta tarde assim? — perguntou Luke.

Selina estava exausta, mas feliz: — Vamos falar sobre isso mais tarde. Comprei as coisas que queria.

Luke ficou sem palavras: — Se tivesse me dito que estava ocupada, eu teria ido fazer as compras. Não há muito trabalho para mim esta noite. Acho que vamos apenas grelhar carne hoje.

Selina não ficou nenhum pouco chateada. Levantou a cobertura da churrasqueira animada, só para ser impedida por Luke: — Lave as mãos primeiro.

Selina imediatamente apressou de volta para casa.

No momento que voltou com as mãos limpas, Luke fatiou a carne.

A carne estava gordurosa e perfumada, e bem no ponto de um amante de carne.

Próximo à carne estava um prato de vegetais assados.

Luke nasceu em Sichuan na sua vida anterior, e o povo de Sichuan amava churrasco.

Não era apenas carne; eles também assavam cebolinha, repolho, berinjela, pepinos, batatas, cenouras e muitos outros vegetais.

É claro, Luke não tinha muitos vegetais em mãos. Simplesmente assou uma berinjela.

Após cortar a berinjela ao meio, cobriu com cebola, pimenta e alho. O cheiro estava ótimo.

Selina era realmente um glutão que amava todo tipo de comida. Aproveitando a refeição, falou: — Querido, o sabor é realmente bom. Vamos comer isto três vezes na semana, que tal?

Luke respondeu: — Posso fazer isto para você se estiver bem em segurar o traseiro quando for trabalhar todo dia.

Selina ficou surpresa: — Hã? O que quer dizer?

Luke respondeu: — Comer muitos vegetais assados é como comer jalapenho demais.

Selina imediatamente estremeceu.

Seus pais eram mexicanos e gostavam de fazer comida mexicana, mas ela nasceu e crescer na América, e não estava acostumada à comida apimentada como os verdadeiros mexicanos.

Os mexicanos desenvolveram duas das dez pimentas mais aterrorizantes do mundo.

Ela não tinha intenção de testar sua tolerância — ainda se lembrava da última experiência, quando sentiu que estava descarregando pedaços de vidro toda vez que ia ao banheiro.

Após aproveitar o churrasco, Luke limpou a churrasqueira e a mesa, e Selina desabou numa cadeira mais uma vez.

Porém, já passava das nove. Luke com certeza não poderia deixá-la deitar no jardim desse jeito por meia hora. Só podia arrastá-la de volta para a sala de estar.

Em seguida, fez um copo de chocolate quente. Ela não ganharia peso mesmo.

Selina estava tão confortável que mal conseguia manter os olhos abertos.

Luke indagou: — Como esteve? Muito ocupada?

Selina bufou preguiçosamente: — Um pouco. Donald me deu muitas coisas para fazer.

Luke perguntou: — Tipo?

Selina respondeu: — Ler arquivos e analisar a informação. Também escrevi relatórios. Então, tenho que trabalhar até tarde.

Luke não ficou surpreso. Era assim que os novatos eram normalmente tratados.

Ele podia ser sortudo porque tinha desistido dos créditos por suas contribuições até agora. Selina certamente não tinha essa opção.

Ele pensou por um momento antes de perguntar: — Você aprendeu algo?

Selina respondeu: — Esfregue minha barriga e me ajude a digerir a comida e eu conto.

Luke ficou sem palavras: — Se está tão cheia, por que lutou comigo pela comida agora há pouco?

No entanto, fez o que foi pedido.

Ele esteve fora por mais de dez dias e ela ficou sozinha aqui sem amigos ou família, só o trabalho.

Seu superior era um homem negro de meia-idade que não tinha muito em comum com ela. Era razoável que estivesse chateada.

Esfregando sua barriga inchada lenta e gentilmente, Luke continuou: — Pode falar agora.

Selina respirou fundo de alívio: — Bem, acho que aprendi muitas coisas. No entanto…

Luke perguntou: — No entanto, o quê?

Selina pensou por um momento e balançou a cabeça: — O Donald é só um detetive mais ou menos. Aprendi muitos de seus métodos. Ele mal comete erros, mas sempre perde muito tempo.

Luke assentiu: — Isso não é uma coisa ruim. Se estivesse trabalhando com a Elsa, poderia fazer progressos mais rápido, porém, teria esquecido vários detalhes. Donald é mais lento, só que não é ruim para você porque será capaz de acompanhá-lo o tempo todo.

Vol. 2 Cap. 198 Roubando Comida de Amigo

Não era porque eram cruéis, mas porque tinham tempo limitado como detetives.

Nas séries de TV americana, muitos detetives não desistiam até conseguir resolver um caso.

Mas verdade era que os detetives não podiam fazer nada disso.

Concentrar em um só caso significava que havia outros que não estavam sendo investigados. Seu chefe arrancaria suas cabeças se ficassem obcecados com um caso.

Mesmo que pudessem estar interessados em um caso em particular, só podiam investigar no seu tempo livre.

Essa também era a diferença entre detetives da polícia e particulares. O primeiro devia manter a ordem na sociedade, enquanto o último era contratado para investigar casos específicos.

Então, Selina perguntou a Luke sobre sua viagem à Paris e olhou para as fotos dele com Elena.

Ela ficou com inveja e falou desapontada: — Por que eu não era parte desta viagem? Quero comprar em Paris e tomar banho de sol em Marselha também.

Luke riu: — Vou para Vegas por uns dias. Quer vir comigo?

Selina ficou animada por um instante, antes de balançar a cabeça: — Duvido que eu possa. Estou muito ocupada agora.

Luke deu de ombros: — Está tudo bem. Podemos ir a algum lugar outra hora. A propósito, falei que a Elsa pode ser promovida?

Selina pensou por um momento e assentiu: — Ouvi os rumores, mas como isso tem algo a ver comigo?

Luke respondeu: — Se ela for promovida, posso requerer que você seja minha parceira novamente.

Selina ficou surpresa: — Mas você não falou que deveríamos estabelecer nossas próprias redes de conexão primeiro por algum tempo?

Luke falou: — Elsa e eu somos bem próximos. Posso fazer uso de seus recursos enquanto partilhar o crédito com ela. Fomos excluídos da Divisão de Crimes Graves em Houston, mas o Dustin e a Elsa estão do nosso lado aqui. Não é um problema sermos parceiros de novo!

Selina ficou animada: — Sério?

Luke disse: — Sim. Conversei com a Elsa sobre isto e ela não negou, caso possa se tornar minha chefe.

Selina perguntou: — Quanto tempo vai levar? Um ano?

Luke respondeu: — Será em dois meses no máximo, ou talvez um mês se tiver sorte.

Selina exclamou: — Oh, isso é ótimo!

Luke riu: — Está feliz agora? Se levante e vá lavar os pratos.

Selina reclamou: — Acabei de perceber que ainda estou cheia. Ainda preciso descansar um pouco mais.

Ignorando sua atuação péssima, Luke se levantou e disse: — De qualquer forma, é seu trabalho. Vou tomar um banho.

No momento que terminou o banho, Selina já tinha terminado de lavar os pratos.

Luke balançou a cabeça com um sorriso e começou a fazer pesquisas online novamente no laptop.

A noite passou sem intercorrências.

No dia seguinte, Luke e Selina dirigiram seus próprios carros para o trabalho.

Selina estava revigorada, porque comeu o café da manhã feito pelo Luke. Havia até um lote de cupcakes para ela levar ao trabalho.

Naturalmente, estava de ótimo humor.

Após entrar no departamento de polícia, Luke viu Elsa na mesa. Esta obviamente tinha se recuperado do jet lag.

Ela cumprimentou Luke quando o último se aproximou.

Luke colocou o saco de papel que estava segurando na mesa e falou com um sorriso: — Cupcakes caseiros para você, como um petisco.

Elsa ficou um pouco surpresa. Não era uma comilona, mas não pôde deixar de experimentar um.

Porém, se arrependeu vários minutos depois.

Privacidade e distância eram apreciadas na América, mas quem era Elsa? Era uma das detetives mais experientes na Divisão de Crimes Graves. Ela preparou cinco detetives nesta divisão, que eram meio que seus alunos e o resto também eram próximos.

Todavia, quando amigos ficam próximos demais, poderiam se tornar inescrupulosos.

Elsa não considerou os cupcakes grande coisa, mas as outras pessoas certamente considerariam.

Elsa não percebeu quão ruim a situação era ainda. Só estava pensando que os cupcakes eram muito gostosos.

Então, Billy Wang, um detetive chinês, inclinou e disse: — Oh, não comi nada ainda. Obrigado, Elsa. — Ele estendeu a mão para pegar um cupcake.

Outra oficial chamada Melinda também se aproximou e falou: — Elsa! Você lembrou que amo cupcakes! Obrigada! — Então agarrou um dos cupcakes e fugiu.

Esse não foi o fim. Vários outros detetives se juntaram.

Eles disseram coisas similares e pegaram os dois últimos cupcakes na bolsa.

Os detetives que chegaram tarde só podiam dispersar sem os cupcakes.

Todavia, um dos detetives, que era mais descarado que o resto, exclamo: — Elsa, traga mais da próxima vez! Comprou uma dezena de donuts da última vez para todos no escritório.

Elsa não podia ter se sentido mais arrependia. Ela só comeu um dos cupcakes! Estes idiotas!

Mais importante, eram deliciosos e podiam vender por três a cinco dólares nas lojas. Era o mesmo que donuts baratos?

Péssima decisão! Esse foi o único pensamento em sua cabeça.

Ela sabia quão bom os cupcakes caseiros de Luke eram, ela teria guardado para si ao invés de deixá-los a mostra.

Aqueles detetives que roubaram seus cupcakes eram pessoas muito próximas e não podia pedir por nada em troca. Essa foi a coisa mais dolorosa.

Ela finalmente olhou para Luke e perguntou: — Você não podia ter me dado os cupcakes quando eles não estavam por perto?

Luke sorriu, mas não falou nada. Não era culpa sua que Elsa não podia proteger os cupcakes que ele deu.

Após ela terminar seu único cupcake, Luke perguntou: — Qual é o nosso novo caso?

Elsa jogou o arquivo para ele, e este o leu.

— É um caso realmente complicado. — Elsa explicou: — A vítima é William Johnson, que levou um tiro na cabeça em seu carro. Ele estava no ramo imobiliário. Segundo nossos arquivos, está ligado a vários casos de extorsão e agressão. A notícia é que ele também estava envolvido em vários casos de assassinato em prédios antigos de sua propriedade.

Luke leu o arquivo e as anotações de Elsa: — Então, ele era o líder de uma gangue e era apenas uma questão de tempo antes de ser morto?

Vol. 2 Cap. 199 Amor Inocente e Viúva da Faculdade

Elsa assentiu: — Você poderia colocar dessa forma. Porém, Margaret Haley Johnson, sua esposa, esteve insistindo para resolver o caso.

Luke riu alto: — Quem é ela? Ela quer que vinguemos um grande gângster o mais rápido possível? Ela não sabe quantos inimigos seu marido tinha?

Elsa falou com uma expressão estranha: — É possível que não saiba.

Luke ficou atordoado: — O que quer dizer?

Elsa respondeu: — Baseado na informação que encontrei, ela realmente acha que seu marido era um empresário legítimo. Além disso, é uma estudante de arte na USC e só tem 21 anos.

Luke ficou sem palavras: — Está dizendo que um gângster de quarenta e cinco anos se apaixonou por uma aluna de arte de vinte e um anos?

Elsa deu de ombros: — Quem sabe? Tudo pode acontecer neste mundo.

Luke continuou analisando o arquivo: — Por onde devemos começar?

Desde que Dustin não lhes falou que o caso precisava ser resolvido, podiam desistir se não encontrassem nenhuma pista nos próximos dias.

O que aconteceria se a viúva de William Johnson ainda insistisse?

Tanto faz! Havia gângsters demais em Los Angeles. William pode ter deixado uma herança, mas era impossível para ela tentar levar o caso para um nível maior.

Os grandões da WD-36 também eram ricos. Porém, poderiam reclamar na mídia que a LAPD não se importava com o assassinato de um subordinado?

É claro que não! Quando aprendessem o que o canalha fez antes de morrer, a mídia e o público geral apenas ficariam felizes com sua morte.

Ninguém simpatizaria com estes gângsters.

Elsa deu de ombros e falou: — Vamos para a USC. Temos que encontrar a viúva. Ela é meia… inocente, mas não é uma pessoa ruim. Se fizer uma bagunça sobre o caso, não será grande coisa para nós, mas pode atrair a atenção de outros gângster e perder sua riqueza, talvez até a vida.

Luke assentiu.

Não era fácil ser uma chefe.

Se fosse uma mulher capaz, poderia ter comandado a gangue do marido no seu lugar.

Todavia, desde que era somente uma estudante de arte, ela e seus bens seriam alvos óbvios para outros gângsters.

Riqueza ganha através da violência seria retirado com violência. Essa era a regra das gangues.

A patente que Luke pediu por aplicação, por exemplo, dificilmente poderia ser roubado pelos gângsters através da violência.

Luke tinha evidências demais para provar que era o dono legítimo da patente e o juiz não acreditaria nos gângsters se não pudessem oferecer alguma evidência concreta.

No entanto, a maioria da riqueza de William Johnson estava escondida para evitar ser investigado pela polícia e IRS. Outros gângsters podiam assumir o controle da riqueza se soubessem onde estava.

Se a viúva vazasse inadvertidamente a informação que tinha, seria morta muito cedo.

Desta vez, Luke não pegou o carro de Elsa. Ambos dirigiram separadamente para a USC.

Luke se perguntou se ele e este lugar estavam destinados, já que passou metade do dia investigando a área no dia anterior.

Entrando na USC, Elsa encontrou um estúdio: — Ela cursa pintura. Aqui é onde normalmente costuma ter aula.

Eles abriram a porta para encontrar uma modelo nua na sala, bem como cerca de dez jovens pintando diligentemente. Um homem de meia-idade que parecia estar em seus quarenta olhou para os intrusos e franziu a testa.

Luke parecia com um estudante, só que Elsa obviamente não era uma. Ele ficou bem irritado sobre os convidados inesperados.

Após Elsa mostrar seu distintivo, a expressão do homem ficou ainda mais estranha. Rapidamente saiu do estúdio.

Fechando a porta, perguntou: — Quem é você? Em que posso ajudar?

Elsa respondeu: — Sou a Detetive Elsa do Departamento de Polícia de Los Angeles. Estamos aqui pela Margaret Haley Johnson.

O homem falou: — Esta é uma escola. Venha de novo quando a aula terminar se quiser falar com ela.

Elsa estreitou os olhos: — Sua aula é muito importante?

O homem olhou para ela com franqueza: — É claro. Esta é uma universidade.

— Alguém pode estudar aqui se estiver morto? — perguntou Elsa.

A expressão do homem ficou feia: — Isso é uma ameaça?

Elsa zombou: — Isto não tem nada a ver com você. Somos da Divisão de Crimes Graves.

O homem disse com a cabeça elevada: — E daí? Você não comanda este lugar.

Luke não aguentava mais a falta de cooperação do homem.

— Você é um professor, certo? A Divisão de Crimes Graves não é grande coisa, exceto que lida com casos criminais como homicídios, tiroteios e sequestros todo santo dia. Você acha que estamos aqui para conversar com alguém por diversão? — perguntou Luke.

A expressão do homem mudou, mas Luke continuou antes que ele pudesse dizer algo: — Pegamos casos sérios todo dia e temos que trabalhar até tarde. Agora, você vai trazê-la e parar de desperdiçar nosso tempo?

O homem hesitou por um momento, mas finalmente voltou ao estúdio.

Ele não era um idiota.

Luke deixou claro que estavam aqui como parte de um caso criminal sério. O homem certamente não podia pedir aos dois detetives para esperar até a aula acabar.

Margaret não era uma pintora notável mesmo. Ela só estava aqui para praticar.

Ele queria afirmar sua autoridade absoluta no estúdio, mas escolhera os alvos errados desta vez.

Elsa olhou para Luke e expressou: — Você é responsável por convencer e coagir nossos alvos no futuro.

Luke assentiu, mas perguntou: — Você não gosta mais de lidar com os caras desobedientes?

Elsa riu, só que não falou nada. Ela lembrava do que Dustin comentou.

Um líder deveria mandar os subordinados de confiança fazerem o trabalho em vez de fazer por si mesmo!

Ao trocar de papel, ela também poderia estimular o desenvolvimento de Luke e ambos se beneficiariam.

Um minuto depois, Margaret saiu. Elsa se adiantou para conversar com ela.

Sua vantagem como uma mulher era que parecia menos ameaçadora e intimidadora. Era mais fácil de começar uma conversa.

Vol. 2 Cap. 200 Universitária Linda e Encontro Inesperado

Os três saíram do estúdio e foram a um pequeno parque não muito longe e sentaram para conversar.

Mas não havia lugar para Luke sentar. Elsa e Margaret ocuparam o banco de ferro, e ficaria lotado demais com três pessoas.

Então, simplesmente ficou ao lado de Elsa e ouviu a conversa enquanto observava Margaret.

Ele tinha que admitir que Margaret era realmente linda. Não era à toa que William, o chefe de uma gangue, se apaixonaria. Ela tinha cabelos loiros longos, pele justa e um rosto muito atraente.

Sua idade e sua identidade como uma estudante de arte também acrescentavam em seu charme.

A conversa levou um longo tempo.

Luke comprou algumas garrafas de água de uma máquina de venda para as duas mulheres.

Elsa gradualmente foi de fazer perguntas sobre o caso para indicar o possível perigo em que Margaret poderia estar.

Ela se sentiu obrigada a fazer isto.

Na verdade, a LAPD não estaria com problemas se algo acontecesse com Margaret. Ou melhor, seria menos problemático, porque ninguém os importunaria mais para trabalhar no caso de Johnson.

Mas como uma mulher, Elsa ficou de coração mole quando conversou com Margaret, que não era uma pessoa ruim, apenas levemente inocente e infantil.

Luke não interrompeu.

O Sistema do Super Detetive o tornava cruel para vilões, porém, não podia ser tão sangue-frio com Margaret, que era apenas uma civil comum.

Margaret não era rica devido a William Jonhson. Sua própria família era rica o bastante. Foi por isso que pôde perseguir arte.

Se Elsa quisesse dar um conselho, Luke não ficaria no caminho.

Elsa era uma ótima conversadora. Afinal, era uma detetive veterana com oito anos de experiência e conversar com mulheres era uma das coisas em que ela era melhor.

Sua resolução e decisão podia facilmente ganhar a confiança e favor das garotas mansas como Margaret.

Então, uma hora depois, Margaret transmitiu muita informação sobre William, e foi informada de sua situação atual.

Luke não poderia ter convencido Margaret tão facilmente, mas foi fácil para Elsa.

Luke os observou com grande interesse.

Comparado com Elsa, era bastante franca. Ele estava mais para um executor que um falador.

É claro, ser fisicamente capaz era bom, mas não se importaria de aprender a maneira com as palavras de Elsa.

Ele não era forte o bastante para apaixonar qualquer um ainda, e poderia ter que ter uma conversa tranquila para conquistar alguns de seus objetivos um dia destes.

Elsa e Margaret terminaram a conversa após duas horas e trocaram contato para que pudessem se contactar com mais facilidade no futuro.

Neste momento, Luke ouviu uma voz familiar: — Hã? Por que você está aqui?

Luke ergueu as sobrancelhas: — Você também está aqui?

Sua colega de quarto rapidamente sussurrou para ele: — Estamos aqui para uma investigação.

Os olhos de Luke encheram de confusão.

Selina falou: — Estamos aqui pela Sra. Johnson.

Do outro lado, Donald cumprimentou Elsa e Margaret, antes de mostrar seu distintivo e se introduzir.

Margaret estava perdida: — O que… querem de mim? — Ela olhou subconscientemente para Elsa.

O departamento de polícia não poderia ter enviado dois grupos de policiais para investigá-la, poderia?

Donald falou: — Srta. Johnson, estamos aqui para falar sobre o prédio de apartamento na Rua Lipton 27.

Margaret ficou mais confusa: — Hã?

Donald continuou: — Pertence a você.

Margaret perguntou surpresa: — O quê?

Elsa e Luke ouviram em silêncio e logo entenderam.

Como resultado, o caso que Donald e Selina estavam trabalhando, aquele que envolvia a morte de uma mulher e o sumiço de outra, tinha ocorrido num prédio de apartamento que pertencia a William Johnson.

Bem, agora pertencia à Srta. Margaret Haley Johnson.

Donald só estava aqui como uma última tentativa de perguntar a Margaret se sabia de algo, mas não estava muito esperançoso.

Margaret não tinha ideia sobre o prédio de apartamento. Ou melhor, nem sabia quanto dos bens de William agora eram seus.

Entretanto, a pedido de Elsa, Margaret estava preparada para encontrar um escritório de advocacia e examinar os ativos em seu nome.

Ela com certeza não odiava dinheiro, mas como uma estudante de arte de uma família rica, também não estava desesperada por isto.

Os bens conhecidos de William Johnson incluíam vários prédios que valiam quase cem milhões de dólares. Ela poderia ter uma vida confortável sozinha.

Ela se livraria dos bens ilegais de William Johnson o mais rápido possível.

Uma vez que estivesse terminado, não haveria sentido em outros gângsters procurarem por ela se quisessem pegar os bens duvidosos ou de origem maligna que William Johnson deixou para trás.

Embora possa perder muito dinheiro, este era o movimento mais seguro para Margaret, ao considerar como ela era.

Ela não era uma mulher capaz, nem pretendia assumir o manto de William. Seria insana se quisesse manter os bens ilegais.

No final, após ver Margaret partir, Elsa trocou informações com Donald e Luke conversou com Selina.

Perceberam que nenhuma das duas equipes tinham pistas úteis.

Elsa obteve muitas informações sobre William, mas nenhum tinha a ver com seu assassinato e ele tinha muitos inimigos.

Donald foi ainda pior, porque a inocente Margaret estava ocupada demais, sendo linda para aprender algo sobre os negócios ilegais de William após se casar com ele.

Luke usou Olfato Aguçado em Margaret e não detectou nada além de um cheiro de corante.

Era verdade que nunca esteve envolvida em negócios ilegais.

Embora ainda fosse possível poder estar envolvida indiretamente, as chances não eram altas.

Após um tempo, Luke sugeriu almoçarem juntos e ofereceu pagar.

Elsa certamente estava bem com isso. Donald também concordou após uma breve hesitação.

Já passava das onze. Mesmo que recusasse o pedido, ele e Selina ainda teriam que comer em algum lugar.

Luke os levou para a Casa de Chá Sabor de Casa. Diferente da última vez, escolheu uma sala privada.

Os quatro sentaram numa sala que tinha dez metros quadrados, com uma janela de vidro na parede que dava para a rua. A sala estava quieta após a porta ser fechada.

Elsa estava bastante curiosa: — O que é este lugar?

Luke explicou com um sorriso: — É uma sala de jantar separada e cobra 20% adicional pelo serviço. Você tem que reservar uma sala destas antecipadamente se não for um cliente regular.

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