Vol. 2 Cap. 241 O Jeito Certo de Chamar uma Irmã
Não seria prova da incompetência do departamento local, sob liderança se Burke, se tivesse que pedir por reforços quando não conseguia resolver um caso? Ele não deveria apenas se aposentar?
Pensando nisso, Burke assentiu: — Vamos fazer isso. Vou ligar para o Diretor Himbry e falar que vocês são meus sobrinhos que acabaram de se mudar, e o pedirei para mostrar a escola. Que tal?
Os dois concordaram com o plano e agradeceram de novo.
Não era incomum para pessoas novas checarem o ambiente escolar primeiro antes de decidir se estudaria lá ou não.
Eles nem mudaram de nome. Afinal, era normal parentes ter sobrenomes diferentes.
Enquanto Burke fazia a ligação, Selina riu para Luke: — Você deveria me chamar de irmã agora.
Luke respondeu: — Okay, irmã mais velha!
Selina olhou para ele com raiva: — Não precisa da parte “mais velha”, tá?
— Você entendeu, irmã mais velha! Isso não é um problema, irmã mais velha! — Luke continuou tentando se matar.
Selina estava prestes a atacá-lo, quando Burke se virou e falou: — Tudo bem. Luke, Selina, vocês podem ir direto ao Diretor Himbry. Ele fará os arranjos para vocês.
Selina só podia parar no meio do ataque. Eles agradeceram a Burke e saíram.
Eles passariam na casa de Burke naquela noite para ler os arquivos e aprender informações relevantes para ajudar na história que criaram.
Eles entraram com sucesso na escola como sobrinhos de Burke.
Várias vans de notícias estavam na escola, com repórteres falando e apontando animadamente. Luke só podia balançar a cabeça.
Este caso realmente estava explodindo.
Quando encontraram o Diretor Himbry, estava claro que o caso de assassinato estava dando ao homem uma dor de cabeça, já que ambas as vítimas e o suspeito eram alunos da sua escola.
Era um pesadelo.
Se Burke não tivesse pedido pessoalmente para cuidar de seus sobrinhos, Himbry não teria os encontrado.
Após ouvir o que queriam fazer, Himbry não hesitou e concordou com o pedido.
Eles só estavam aqui para checar o ambiente por enquanto, então cartões de identificação temporários seria o bastante para ambos.
Himbry chamou a secretária e a fez acompanhar os dois.
Eles saíram da secretaria meia hora depois, com cartões de identificação em mãos. Pendurando os cartões no pescoço, começaram a vagar pela escola.
Eles não foram designados a nenhuma classe em particular.
Selina não teve que dar aula; tudo que fez foi observar os outros professores.
Foi o mesmo para Luke. Ele estava livre para comparecer a nenhuma das aulas do décimo segundo ano.
Ninguém se importava que estavam vagando pela escola, contanto que mostrassem seus cartões de identificação.
Selina ficou muito satisfeita: — Uau, querido, você é realmente esperto. Estas identidades realmente são uma maneira conveniente de analisar o lugar sem levantar suspeita.
Luke perguntou: — O que você quer? — Normalmente, Selina apenas o chamava de querido quando queria algo.
Selina respondeu: — Não é hora do almoço?
Luke percebeu que era realmente meio-dia.
Como resultado, o sino tocou de repente e os alunos inundaram o prédio de ensino. Gradualmente, a multidão sumiu em grupos de três a cinco e então indivíduos solitários.
Olhando para o edifício de ensino, Luke assentiu de repente: — Vamos lá. Vamos comer ali.
Eles pegaram uma caixa no carro, que continha muita comida deliciosa.
Quando Luke e Selina saíram de Los Angeles, fizeram uma parada em casa e empacotaram a sobra do jantar para o almoço.
Eles sentaram perto de uma fonte em frente ao edifício de ensino e aproveitaram a comida.
A fonte estava a vinte metros de distância do prédio e a luz solar do meio-dia estava bastante agradável.
Em volta da fonte estavam árvores verdes e flores precoces, bem como pássaros cantando, que acrescentavam a atmosfera pacífica.
Luke e Selina tiraram os casacos. Não pareciam muito diferentes dos alunos em volta.
Nem todos foram para casa almoçar.
Vários alunos, bem como alguns professores preguiçosos e seus membros de família, estavam almoçando e conversando em vários locais da escola.
Uma dezena de pessoas ou mais sentou próximo da fonte.
A fonte era enorme, e quatro estudantes — dois rapazes e duas garotas — estavam conversando à esquerda de Luke.
Três deles pareciam relaxados, mas uma das garotas não parecia muito feliz.
Selina também notou a conversa. Ela deu um olhar questionador a Luke, mas este balançou a cabeça levemente.
Não havia necessidade de se aproximar e perguntar; eles poderiam aprender muito só de escutar.
Estes quatro pareciam amigos próximos, já que conversaram sobre tudo.
Um momento depois, Selina olhou para Luke de novo, claramente perguntando como sabia que discutiriam sobre o caso aqui.
Luke deu de ombros, indicando que não importava.
A garota sombria era ninguém menos que Sidney Prescott, que sobreviveu a uma crise e fez seu namorado Billy ser preso pela polícia. Além disso, foi seu testemunho de um ano atrás que enviou Cotton, o outro suspeito, para a prisão, e a vítima do caso era sua mãe.
Aquela garota era o centro do incidente desta vez.
Quanto as vítimas mortas, embora Casey fosse sobrinha do Vice-diretor Condra, parecia que ela foi apenas o prelúdio para o abate.
Luke não foi questionar os pais de Casey, porque a polícia local já teria feito isto em sua busca por pistas.
Sua investigação baseava-se primariamente não em palavras, mas em coisas mais concretas como cheiro.
Para Luke, a última coisa que temia era um assassino em série numa onda de assassinato, já que não podia esconder seu cheiro do Olfato Aguçado.
Quando sua Força alcançou 40, seu traço físico também foi melhorado significativamente, junto de seu Olfato Aguçado, que estava mais sensível e preciso que antes.
Não havia como aquele assassino em série ser capaz de se esconder dele.
Vol. 2 Cap. 242 Próxima Vítima e Autodefesa Feminina
Comparado com o Assassino das Miniaturas que quase podia ser chamado de artista, este assassino em Woodsboro era brutal e dificilmente podia ser chamado de elegante.
Após uma visão geral do caso, Luke notara muitos erros que este assassino cometeu.
A coisa horrível sobre assassinos em série era seu comportamento furtivo e inesperado.
Uma vez que eram descobertos, no entanto, tudo que precisaria era de alguns disparos de um policial para abatê-los.
Luke lembrou de como os quatro estudantes cheiravam, mas prestou atenção especial na garota abraçada com seu namorado.
A garota era magra e bastante bonita. Mais importante, estava usando uma camisa cinza, o número “10” foi esticado pelos seus seios.
Ela com certeza era grande para uma estudante do ensino médio. E muito mais bonita que Sidney, pelo menos.
Selina chegou mais perto suspeitosamente: — Por que está encarando aquela número 10?
Luke assentiu solenemente: — Acho que ela será a próxima vítima.
— Por quê? — perguntou Selina curiosamente.
Luke respondeu: — Porque ela tem seios enormes e está dando amassos com seu namorado em público. Este é o tipo de personagem que normalmente morre nos primeiros trinta minutos de um filme de terror.
Selina não pôde deixar de olhar para seus próprios seios e sentiu que também estava em perigo, embora ainda não tivesse um namorado.
Luke riu quando viu o rosto dela: — Não se preocupe, o assassino só alveja residentes desta cidade, mesmo que seus seios sejam mais magníficos que os dela.
Selina levantou o queixo subconscientemente e sentiu orgulho para o elogio de Luke.
De repente, dois homens mascarados saíram do prédio de ensino após algumas garotas gritando.
Luke olhou, mas não se moveu.
Selina, todavia, se levantou e avançou.
Luke abriu a boca, só que não disse nada no final.
Isto não era algo ruim. Um detetive inevitavelmente interviria contra situações complicadas e ele não podia estar ali por ela a todo momento.
Selina não estava errada em reagir dessa maneira.
Quanto a Luke, todavia, seu Olfato Aguçado e olhos afiados já haviam lhe dito que era uma pegadinha.
Enquanto as garotas gritavam e corriam, Selina impediu os dois homens mascarados atrás delas.
Ela jogou um dos homens no chão e agarrou as mãos do outro.
Ela não parecia muito feliz, porque notara que suas adagas não pareciam com metal quando olhou melhor.
Assim, não sacou sua arma e usou força total.
Selina ficou sem palavras quando pegou as pegou as adagas dos homens — eram apenas brinquedos de borracha.
Selina perguntou: — O que estão fazendo? Vocês querem ser levados para a delegacia?
O garoto que teve as mãos presas, gaguejou: — Nós… Nós só estávamos brincando.
Selina falou friamente: — Brincando? Você quer dizer que querer ser identificados como suspeitos de assassinato, certo? Vocês querem? Se quiserem, posso trazer um repórter aqui e fazê-los transmitir seus rostos para o condado inteiro.
Este garoto ficou claramente assustado, mas aquele que foi derrubado mais cedo perguntou surpreso: — Sério? Posso ficar famoso? Isso parece incrível!
— Sim, e todos lembrarão de você como o maior idiota do ensino médio na América. — Selina zombou do jovem: — Com alguma sorte, as pessoas esquecerão quando for para a faculdade. Ah, esqueci. Nenhuma faculdade aceitará alguém tão idiota como você e você ficará aqui como o idiota da cidade para sempre.
Os garotos abaixaram as cabeças, incapazes de dizer algo para esta mulher gostosa que podia rasgá-los em pedaços pela língua e poder.
Eles ficaram impressionados pela forma que Selina os derrubou.
E não só eles; muitos outros alunos também estavam olhando para Selina com os olhos brilhantes.
Foi principalmente porque ela foi muito inspiradora quando atacou e traiu os garotos, porém, também porque era maravilhosa!
O namorado da garota número 10, que estava dando uns amassos, correu para ver o show.
A garota número 10 olhou para Luke de repente e se aproximou: — Oi, ela é sua namorada? — E apontou para Selina.
Luke balançou a cabeça com um sorriso: — Não, é minha prima.
Atordoada pelo sorriso, a garota número 10 esqueceu de repente do que queria dizer.
Olhando para seu rosto, Luke só podia dizer: — Há algo em que possa ajudar?
A garota número 10 voltou a si: — Ah, eu… Só estava me perguntando por que sua prima é tão boa. Aquilo é kung fu?
Luke pensou por um momento, e então balançou a cabeça: — Não exatamente. É meio que… Uma técnica de autodefesa feminina.
Gracie, o rei do jiu-jitsu brasileiro, explodiria de raiva se ouvisse como Luke minimizou a arte marcial.
A garota número 10 ficou interessada: — Esta técnica de autodefesa feminina é tão incrível?
Derrubar dois garotos em três segundos definitivamente era impressionante para uma garota do ensino médio.
Luke riu: — Você pode fazer o mesmo após um longo período de treino.
Entretanto, não acho que consiga, com esses peitos. Luke riu secretamente.
Seios grandes podiam ser um fardo em qualquer tipo de exercício físico.
Mesmo que uma mulher aguentasse o fardo, ainda era possível para seu oponente usar isto em vantagem própria.
A garota número 10 não tinha ideia do que Luke estava pensando, mas sentiu vagamente que o garoto bonito estava olhando para seus seios.
Ela não era tímida, ao invés disto, ficou bem feliz: — Você sabe esta autodefesa?”
Luke respondeu: — … Sinto muito, mas sou um homem e não sou muito bom em autodefesa feminina. — Ele realmente não queria dizer isto.
Vol. 2 Cap. 243 Somos Diferentes
Na verdade, foi Luke que ensinou Selina Gracie a “autodefesa feminina”.
— Não acho que você seja um estudante aqui, certo? — perguntou a garota número 10.
Luke falou: — Bem, só estou aqui hoje para checar o lugar. As chances são de que eu termine meu último ano no ensino médio aqui.
A garota número 10 ficou interessada: — Ah, sério? Isso é fantástico!
Luke não sabia o que dizer. ‘Por que você tá tão feliz quando já tem um namorado?’
Por outro lado, Selina retornou.
Himbry levou os garotos que estavam se divertindo na perseguição das garotas e os dois idiotas azarados seriam provavelmente expulsos.
O namorado da garota número 10 também voltou. Notando que sua namorada estava conversando com um garoto desconhecido, olhou para Luke com raiva: — O que você está fazendo? Fique longe da minha namorada.
Luke sorriu e apontou para trás dele.
O garoto perguntou com raiva: — O que está apontando? Apenas fale! Você é retardado?
Luke respondeu: — Estou tentando dizer que está bloqueando o caminho da minha prima.
O garoto se virou e viu Selina. Sua expressão mudou imediatamente: — Oi, prazer em te conhecer. Posso saber seu nome?
— Não.
O garoto olhou para Luke, que recebeu uma recusa.
Luke riu: — Garoto, fique longe da minha prima.
Atordoado, o jovem sentiu que algo não estava certo. No final, disse: — Estava falando com sua prima; não é da sua conta.
Luke retrucou: — Estava falando com sua namorada; não é da sua conta.
O garoto rugiu: — Como uma namorada e prima podem ser iguais?
— Como alguém com uma namorada e alguém sem uma podem ser iguais? — Luke sorriu.
O garoto ficou confuso: — O que isso devia significar?
Luke respondeu: — Significa que estou falando com minha prima, que está relutante em ferir os sentimentos dos garotinhos.
O jovem se virou, somente para ver Selina sorrindo silenciosamente.
Ele ficou imediatamente enfurecido: — Vocês acham que soam incríveis? Vocês dois são apenas idi—
Selina se adiantou de repente e agarrou seu pescoço: — Olha a língua, garoto. Cale-se e vá para casa se suas palavras forem tão desagradáveis quanto seu peido, entendeu?
O garoto ficou vermelho, não por causa da humilhação, foi porque Selina estava quase o sufocando-o.
Vendo o medo em eu olhar, Selina afrouxou o aperto: — Tudo bem, vá embora, mas não fale mais comigo.
Ela empurrou casualmente o garoto e limpou as mãos com álcool em gel, como se estivessem contaminadas.
O garoto rangeu os dentes e saiu.
A garota número 10, contudo, não se moveu e olhou para Selina com admiração. Ela estava realmente impressionada por Selina desta vez.
Após se afastar por dez metros, o garoto notou que sua namorada não estava o acompanhando e rugiu: — Tatum, acabou! Acabou!
A garota número 10 ficou perplexa: — Qual é o seu problema? — Ela parou de olhar para Selina e perseguiu apressadamente atrás de seu namorado.
Selina finalmente sentou: — O que você estava fazendo? Você deu em cima de uma garota do ensino médio e eu tive que me livrar do namorado dela por você?
Luke expressou casualmente: — Faz apenas meio ano desde que formei no ensino médio. Nem tenho dezenove ainda.
Selina engasgou. Realmente, não era estranho para um garoto de dezoito anos perseguir uma garota, um ou dois anos mais nova.
Eles terminaram o descanso do almoço em paz.
Eles vagaram pela escola de novo naquela tarde e visitaram as cenas do crime após isso, qual incluía o local onde a sobrinha do Vice-diretor Condra foi morta e casa de Sidney.
Eles só estavam se familiarizando com o ambiente, e não esperavam encontrar nenhuma pista, parcialmente porque o caso aconteceu três dias atrás, e parcialmente porque evidências escassas foram deixadas para trás nas cenas do crime.
Luke não descobriu nada por Sidney com seu Olfato Aguçado também, embora o suspeito que a atacara fosse seu namorado.
Billy foi ver Sidney na noite do crime, motivo pelo qual se tornou suspeito de ser o assassino em série. No entanto, não havia o bastante de seu cheiro para Luke determinar que ele era o criminoso.
Anoiteceu gradualmente enquanto checavam a cidade e os moradores rápida e solenemente seguiram seu caminho.
Donas de casas retornaram para casa com seus bebês, e as crianças brincando no jardim foram chamados de volta para casa.
A maioria das mulheres em locais como bares também pagaram suas contas e foram para casa.
Luke só podia balançar a cabeça: — Isto é inevitável.
Ele nunca viu uma situação como esta, onde um assassino só fazia as pessoas de uma cidade inteira esconderem de medo, que parecia um grande absurdo.
Isso era precisamente o pânico que um assassino em série podia causar.
Afinal, ninguém podia ter certeza de que não seria a próxima vítima.
Eles certamente valorizavam mais suas próprias vidas que prazeres.
Burke também falou que um toque de recolher foi implementado até o assassino em série ser encontrado.
Porém, Luke não estava muito esperançoso.
Os moradores só tolerariam o toque de recolher por meio mês no máximo. Se fosse prolongado, as chances era de que Burke perdesse sua posição como xerife.
Isso explicava porque Burke foi amigável com Luke e Selina. Ele estava estressado demais para se importar com confidencialidade.
Enquanto os dois analisavam os arquivos, Burke abriu a janela e acendeu um cigarro.
Contudo, tossiu após fumar por um tempinho.
Luke olhou para ele e perguntou: — Xerife Burke, faz muito tempo desde que fumou, não é?!
Burke respondeu com um sorriso amargo: — Me chame de Burke. Eu parei de fumar, mas nos últimos dias…
Luke pensou por um momento e falou: — Que tal isto? Enquanto a Selina lê os arquivos aqui, você pode me mostrar o que tem na delegacia.
Burke perguntou: — Você é cientista forense?
Luke forneceu uma validação sem pestanejar: — Meu tio é um administrador do centro forense em Las Vegas.
Os olhos de Burke arregalaram: — Sério?
Luke abriu as mãos: — Não teria me tornado um policial tão rápido se não fosse pela orientação dos mais velhos da família.
Ele não estava mentindo. Se Robert não tivesse mexido uns pauzinhos, Luke nem teria conseguido se tornar um guarda de segurança.
Vol. 2 Cap. 244 Liberação de Billy
Burke foi esclarecido.
Como a maioria dos policiais que viu Luke pela primeira vez, vinha se perguntando por que a Divisão de Crimes Graves aceitou tal jovem.
Fez total sentido após a explicação de Luke.
Um administrador do centro forense em Las Vegas definitivamente seria um dos maiores técnicos nacionais.
Definitivamente, não era um problema para um profissional como esse usar suas conexões sociais fazer seu sobrinho entrar no departamento de polícia como um detetive.
Sem mais delongas, Burke levou Luke à delegacia.
Muitos oficiais ainda estavam trabalhando.
Havia dezenas de milhares de pessoas nesta cidade, e naturalmente, havia muitos policiais na delegacia aqui que em cidadezinhas como Shackelford.
Alguns cumprimentaram Burke quando o viram entrar com um estranho, enquanto outros estavam ocupados demais para prestar atenção neles.
Burke afastou todos casualmente e levou Luke ao armário de evidências. Ele abriu algumas caixas que continha as evidências seladas em sacos.
Luke perguntou: — Você tem luvas aqui?
Burke balançou a cabeça: — Posso te arrumar um par lá fora.
Luke rejeitou: — Esqueça. Isso chamará atenção demais. — Quando falou, abriu os sacos de evidência com uma caneta que tinha consigo.
Não tocou na evidência com a mão, mas só levantou e virou os itens com a caneta.
Burke suou enquanto observava, impressionado pela atenção de Luke aos detalhes e completamente convencido que o garoto tinha um tio que trabalhava no centro forense de Los Angeles.
Luke colocou as evidências de volta após examiná-las, mas passou cinco minutos examinando as roupas de Casey Becker e Steven Orth, as vítimas.
Em seguida, foi uma máscara, encontrada fora da casa de Sidney e supostamente deixada pelo criminoso. Luke observou por cerca de um minuto.
Durante a análise, fechou os olhos ocasionalmente, como se estivesse contemplando algo.
Burke ficou mais curioso. Por que você continua fechando os olhos quando está examinando a evidência?
Porém, Luke não explicou e Burke era tímido demais para perguntar.
Após uns quinze minutos, Luke assentiu: — Isso é o bastante. — Ele rapidamente selou os sacos e os colocou de volta nas caixas.
Burke então colocou as caixas nas estantes.
Quando saíram do armário de evidências, e pisaram fora da sala, alguém chamou Burke.
Burke deu uma olhada e perguntou: — Dewey, e aí?
Dewey era um jovem policial com um bigode, que tinha por volta de 25 anos.
Ele olhou para Luke e hesitou, com uma expressão desconcertada no rosto.
Burke se virou e sinalizou sutilmente para Luke, que entendeu a dica: — Tio Burke, esperarei lá fora.
Burke assentiu: — Okay. Daqui a pouco te levo para casa.
Após dez minutos, Burke saiu com uma expressão sombria.
Eles conversaram na viatura estacionada fora da entrada e Burke sussurrou: — O assassino acabou de fazer uma ligação ameaçadora para Sidney, que está na casa do Dewey por enquanto.
Luke ficou atordoado: — O quê?
Então, percebeu o que isso significava: — Isso significa que o Billy é inocente?
Burke assentiu e fumegou.
O maior suspeito era inocente. Eles tinham que começar tudo de novo com este caso.
Isso com certeza não eram boas notícias.
Pensando rapidamente, Luke assentiu e expressou: — Burke, você pode ir fazer o que precisa fazer. Vou voltar sozinho e a Selina e eu vamos sair após terminarmos de ler os arquivos.
Burke balançou a mão impotente: — Desde que estamos fingindo que você é família, não faria sentido você viver fora. Tenho alguns quartos vazios na minha casa; a Beverly pode preparar para vocês dois.
Luke não rejeitou: — Okay, obrigado, Burke.
Burke assentiu e dirigiu para casa. Após falar com Beverly, sua esposa, por um momento, saiu de novo no carro.
Beverly era uma dona de casa normal, levemente rechonchuda e rabugenta, mas uma boa pessoa no geral.
Ela cumprimentou Luke com um sorriso e saiu para arrumar os quartos para eles.
Após Luke fechar a porta, Selina abaixou os arquivos e perguntou preguiçosamente: — Você encontrou algo?
Luke respondeu: — Burke acabou de receber uma notícia: o assassino fez uma ligação ameaçadora para Sidney.
Selina ficou surpresa: — Hã? Billy não é o assassino?
Luke riu: — Não pule para as conclusões ainda. Vários assassinos em série têm cúmplices.
Selina assentiu, pensativa.
Luke continuou: — Então, é uma coisa boa se o Billy for solto.
Selina considerou por um momento e arriscou: — Você está dizendo que ele cometerá outro crime?
Luke indagou: — Por que mais ele faria seu cúmplice fazer a ligação para justificar sua inocência tão rápido?
Selina ficou chocada: — É realmente ele?
Lembrando de suas descobertas no armário de evidências, Luke assentiu: — Muito provavelmente, mas ele provavelmente tem um parceiro o ajudando.
Selina perguntou: — Quem é?
Luke respondeu com um sorriso: — Você já o conheceu.
Franzindo a testa, Selina penou por um longo tempo, mas balançou a cabeça: — Não consigo pensar em ninguém. Conhecemos muitas pessoas hoje.
Luke falou: — Dica: tivemos um pequeno conflito com ele hoje.
Selina imediatamente lembrou do incidente: — Tá falando do namorado da garota número 10?
Luke assentiu: — Sim, mas não tenho provas ainda. Teremos que ficar de olho na próxima execução.
As outras pessoas poderiam ter perguntado por que ele suspeitava do namorado da garota número 10, mas Selina sabia que Luke tinha motivos pessoais para manter as coisas para si. Naturalmente, ela não investigou e apenas continuou com a investigação daquele ponto.
Ela franziu a testa: — Não tenho os arquivos do Stu, mas o Billy é de uma família rica e nunca foi maltratado. Por que eles matariam pessoas de uma maneira tão horrível quando são apenas alunos do ensino médio?
Luke retrucou: — Lembra do que o Burke disse?
Selina perguntou: — Do que está falando?
— Eu teria jurado que ele não era o assassino se fosse vinte anos atrás, mas as crianças de hoje em dia… Quem sabe? — Luke repetiu casualmente as palavras de Burke.
Selina ficou em silêncio.
Já era um fato bem-conhecido que as crianças estavam amadurecendo cada vez mais rápido na era da informação tecnológica.
Então, não seria nenhum pouco incomum para Billy e o namorado da garota número 10 fazerem algo tão insano assim.
Vol. 2 Cap. 245 Convite de Festa
A América inaugurou uma era de abundância à frente de vários países no mundo. Várias pessoas não precisavam trabalhar muito hoje em dia, então caçadores de emoção não era algo incomum.
Após dizer a Selina suas descobertas, Luke perguntou: — E quanto a você? Encontrou algo suspeito?
— Com o que acabou de me dizer, tenho algo suspeito. Por exemplo, vale a pena rever os detalhes do assassinato da mãe da Sidney de um ano atrás. — Selina deu um tapinha no arquivo em mãos.
Folheando para uma página em particular, ela continuou: — Aqui no testemunho da Sidney, ela falou que viu Cotton Weary fugir da sua casa às dez da noite. Suas palavras exatas são: “Vi o assassino fugir pela janela do meu quarto.” Foi por isso que o Cotton se tornou um suspeito. O que acha?
Luke pensou por um momento e disse: — O quarto de Sidney fica no canto da casa, então talvez ela só tenha visto as costas? Além disso, era tarde da noite.
Selina deu de ombros: — Isso mesmo. Quando a polícia investigou um ano atrás, encontraram um casaco manchado com o sangue de sua mãe na casa do Cotton, mas o Cotton estava bêbado quando foi encontrado e não conseguia dizer o que fez.
Pensativo, Luke falou: — Vamos caminhar.
Selina perguntou: — O que vai fazer?
Luke riu: — Eles têm truques, mas eu tenho tecnologia.
Selina ficou confusa: — Hã?
Eles conversaram com Beverly e saíram da casa.
Levemente preocupada, Beverly ligou para Burke após saírem, mas este simplesmente disse: — Entendo. Não se preocupe com eles. Eles sabem o que estão fazendo.
O plano de Luke era muito simples.
Baseado nos arquivos que Selina leu, e após uma ligação para Burke, descobriram onde Billy morava e foram lá.
Então, foram à casa de Stu. Ele era o namorado da garota número 10, bem como o cara que discutiu com Luke mais cedo.
Luke escondeu algumas câmeras nas árvores em volta das casas e certificou que não houvesse pontos cegos.
Então instalou dois amplificadores de sinal em alguns lugares discretos para que fosse capaz de receber a transmissão das câmeras na maior parte da cidade.
As câmeras não estariam ligadas o tempo todo. Ao invés disto, ligavam automaticamente à noite e as baterias durariam três noites.
Luke acreditava ser o bastante. Não acreditava que os dois estudantes do ensino médio eram muito pacientes.
Após tudo ser feito, voltaram para casa de Burke e disseram boa noite para Beverly antes de irem descansar em seus respectivos quartos.
Luke leu os arquivos das gangues em LA até às quatro da manhã, antes de finalmente ir dormir.
O dia seguinte estava caloroso e ensolarado.
Luke e Selina foram para a escola, mas antes que pudessem entrar, ouviram uma transmissão: — A escola será suspensa por uma semana devido a riscos de segurança. Por favor, fiquem em casa e não saiam, é pela sua própria segurança.
Animados, os estudantes explodiram com aplausos, comemoração e assobios.
Selina e Luke se entreolharam perplexos.
Um momento depois, Selina se virou e perguntou sombriamente: — Fingir ser um aluno e professora? Investigação secreta?
Enquanto os dois se perguntavam o que iam fazer, um jovem num uniforme policial saiu do prédio com duas garotas.
Uma das garotas ficou animada ao ver Luke: — Ah, é você!
O policial também ficou atordoado por um momento: — Você é… O sobrinho do Burke, certo?
Luke sorriu e cumprimentou: — Prazer em conhecê-lo, Dewey. Sou Luke, esta é minha prima, Selina. Posso saber o nome desta linda garota aqui?
A garota era ninguém menos que aquela com o suéter com número 10.
Ela não podia ficar mais feliz: — Sou Tatum. Sou irmã do Dewey.
Luke riu: — Prazer em conhecê-la, Tatum.
Pensativa, Tatum falou: — Certo, há uma festa na casa do Stu esta noite. Gostaria de vir?
Luke e Selina ficaram sem palavras. Fazer uma festa quando a cidade inteira estava intimidada por um assassino em série? Que… Emocionante.
Luke assentiu com um sorriso: — Tudo bem, estarei lá.
Tatum disse: — Você quer que eu te mostre o caminho?
Luke: — Está tudo bem. Melhor fazer companhia a sua amiga. — Ele olhou para Sidney, que era a outra garota com Dewey.
Tatum assentiu triste: — Tudo bem. Se não souber o caminho, apenas peça ao Dewey para te levar lá.
Que pena. Tatum esperava por uma chance para conversar com este garoto bonito.
Observando-os ir embora, Selina avisou Luke: — Não seja apressado. Ela pediu para procurar por ela mais tarde, não é?
Luke: — Você não notou onde a festa vai acontecer? Estou pensando em trabalho, não sexo, tá?
Lembrando o que Tatum falou, Selina entendeu imediatamente: — Você está dizendo que o Stu está pensando em fazer algo na sua casa?
— Se você vai fazer uma festa em algum lugar, definitivamente precisa pedir por permissão primeiro, certo? — perguntou Luke.
Selina assentiu: — Então, esta noite…
Luke sorriu: — Há duas minicâmeras no carro. Vamos para a festa esta noite. É provável que consigamos algumas imagens interessantes.
Selina perguntou: — Tem certeza de que não vai ser o tipo de imagem que tirou com a Elena?
Luke respondeu: — Sinta-se livre para tirar esses tipos de fotos se quiser, eu vou focar no assassino. Tenho que dizer que um certo alguém está ficando cada vez mais obsceno.
Selina cerrou os dentes: — Você realmente não sabe quem é o mais obsceno entre nós?
Luke: — Hehe.
— Ainda é de manhã. O que devemos fazer pelo resto do dia? — perguntou Selina.
Luke respondeu: — Vamos apenas ficar de olho naqueles dois jovens imprudentes.
Resolver um caso normalmente não era tão emocionante quanto a maioria das pessoas pensava.
Não era incomum dois detetives dormirem e comerem no carro por dias enquanto monitoravam um suspeito.
Luke dificilmente fazia este tipo de coisa. Na maioria do tempo, ele preferiria sair e procurar por pistas.
Selina, por outro lado, seguiu muitos suspeitos quando trabalhou com Donald, então estava familiarizada com esta rotina.
Foi uma manhã pacífica e enfadonha.
Graças aos amplificadores de sinal que Luke instalou, os dois ainda podiam vagar pela cidade no carro.
Eles comeram o especial local de um restaurante ao meio-dia. A comida não era ruim; Selina não reclamou, pelo menos.
Quando passou um pouco das cinco, Selina falou de repente: — Hã? Billy está saindo?
Vol. 2 Cap. 246 Segredo de Billy
Os olhos de Luke imediatamente se concentraram no tablet na mão de Selina. Na tela, Billy estava saindo pela porta dos fundos com um moletom de capuz e uma mochila nas costas.
Luke sorriu no momento que viu Billy: — Ele não pode estar considerando fazer algo bom vestido assim.
Selina perguntou: — Moletons são comuns, tudo bem? Como pode ter certeza que ele está considerando fazer algo?
Luke hesitou e respondeu: — Bem, você normalmente abaixa a cabeça para cobrir o rosto quando vai fazer uma boa ação?
Selina retrucou: — … Isso faz sentido.
Felizmente, Luke escapou com essa explicação sem revelar seu próprio hábito de se vestir como vigilante!
Eles seguiram Billy um pouco atrás e certificaram que estavam no rastro certo.
Um momento depois, Billy os levou para… A escola.
Qual era seu plano?
A escola estava suspensa e havia penas guardas no campus agora.
Franzindo a testa por um momento, Luke pensou em algo: — Temos o número do Diretor Himbry?
Selina respondeu: — Sim, tenho seu cartão.
Luke falou: — Ligue para ele e pergunte-o se tem alguém na escola.
Após o diretor atender, Selina perguntou: — Hã? Nenhum aluno e professor? Oh, obrigado…
Luke se intrometeu de repente: — Sr. Himbry, você ainda está na escola?
Himbry respondeu: — Sim, estou prestes a terminar com o trabalho e estou saindo agora.
Luke e Selina se entreolharam, antes do primeiro rapidamente sair e correr na direção da escola.
Selina disse: — Você ainda está no escritório? Gostaríamos de consultá-lo sobre algo. Ah, tudo bem. Chegaremos logo.
Desligando a ligação, Selina gritou: — Ele está no escritório!
Luke balançou a mão em reconhecimento quando apressou para dentro.
O guarda da escola gritou: — Ei, o que está fazendo?
Selina correu até eles, parou o guarda e mostrou sua carteira de identidade temporária: — Sinto muito. Aquele é meu primo. Ele precisa perguntar algo ao Diretor Himbry, mas o diretor falou que estava saindo, então meu primo ficou ansioso. Sinto muito.
A fúria do guarda acalmou para a explicação da linda garota; fazia muito tempo desde que um sorriso como esse foi direcionado a ele.
Luke não correu a toda velocidade porque era desnecessário.
Billy havia acabado de entrar na escola. Não podia passar pelas portas da frente ou algum outro lugar que tinha câmera de segurança, então ele não podia ser mais rápido que Luke.
Luke apressou para o quinto andar um momento depois sem esconder o som de seus passos. Entrou no escritório do diretor sem bater: — Sr. Himbry, você está aqui?
Quando falou, olhou em volta da sala e ativou Olfato Aguçado.
Himbry não estava aqui e Luke detectou o cheiro de Billy no andar de baixo.
O cara provavelmente estava procurando uma maneira de escalar o prédio.
Pensando um pouco, Luke chamou ainda mais alto: — Sr. Himbry, você está aqui? Há algo que minha prima e eu precisamos conversar.
Billy imediatamente parou de se mover quando ouviu a voz de Luke no escritório do diretor.
Havia mais duas pessoas no escritório? Billy hesitou, e então saiu, desaparecendo na floresta fora do prédio.
Ele não notou Luke inclinar um espelho por um lado da janela para observá-lo sair.
De repente, alguém abriu a porta: — Ah, você é o sobrinho do Burke, certo?
Luke rapidamente retraiu o espelho e sorriu: — Sim, sou Luke. Você está saindo do trabalho, Sr. Himbry? Vamos conversar enquanto caminhamos. Sabe, esta suspensão pode afetar nossos futuros, então queremos pedir por sua opinião.
Himbry ficou levemente intrigado, mas era verdade que estava saindo; ele só tinha ido ao banheiro agora há pouco.
Ouvindo o que Luke disse, ele pegou seu terno e falou: — Essa é uma coincidência infeliz e não posso fazer nada sobre o assunto.
Afinal, eles eram da família de Burke, e ele não podia dizer que só trabalhava no horário comercial.
Eles encontraram Selina no caminho e conversaram enquanto saíam do prédio.
No final, observaram Himbry entrar no carro e o seguiram para certificar que chegou em casa, antes de finalmente se viraram e dirigirem para a festa na casa de Stu.
Selina perguntou no caminho: — Billy realmente foi atrás do Himbry?
Luke respondeu: — Ele estava fora do prédio quando cheguei e o Himbry era a única pessoa no lugar. Ele só foi embora quando chamei alto pelo Himbry.
Selina hesitou de repente: — Mas desde que estamos aqui, não podemos apenas observar e deixá-los matar alguém, certo? Como vamos ligá-los aos casos anteriores?
Luke deu de ombros: — Podemos ajudar as vítimas.
Selina apagou: — Hã?
Luke explicou: — Por exemplo, podemos dar uma arma de choque no caso de perigo. Como aqueles dois jovens se machucam depois não é problema nosso.
Selina ficou sem palavras: — Podemos fazer isso? — Ela nunca fez nada assim quando trabalhou com Donald.
Na verdade, nem Luke fez.
Na maioria das vezes, ele derrubava furtivamente dos criminosos sem deixar as vítimas se envolverem.
Enquanto conversavam, chegaram na casa de Stu.
Como a maioria das festas do ensino médio, a casa estava lotada com adolescentes que estavam rindo e dançando.
Como o anfitrião, Stu estava vagando pela casa de pijamas carmesim.
Selina bufou: — Aquele cara é realmente o cúmplice do Stu?
Billy parecia intimidador, mas ainda podia ser descrito como lindo. Stu, por outro lado, realmente parecia ser um idiota sem cérebro.
Luke riu: — Acho que ele é tão louco quanto parece.
Eles se esconderam no bosque a alguma distância da casa. Selina ficou de olho nas câmeras de segurança, e Luke observou as redondezas. Quando ficou completamente escuro, Luke falou de repente: — Alguém está aqui.
Um Ford velho apareceu e passou por eles na estrada e entrou na floresta a um pouco mais de trinta metros de distância.
O ponto que Luke e Selina estavam escondidos era bastante denso, e era impossível ver o carro entre as árvores e arbustos.
Então, o motorista do carro não os notou.
Luke sentiu um cheiro familiar através da janela meio aberta do carro.
Gesticulou para Selina ficar quieta, antes de sair do carro.
Ele chegou no veículo desconhecido em menos de dez segundos.
Olhando para as duas pessoas na frente dele, Luke sorriu e disse a si mesmo: — Te peguei, Billy! — Ele levantou a câmera que estava segurando.
Vol. 2 Cap. 247 Reunião de Família
Próximo ao Ford, Billy estava arrastando um homem de meia-idade amarrado. Ele falou: — … Nei, sua esposa era uma puta. Você não conseguiu tê-la sob controle, e a deixar ter um caso com qualquer homem na cidade, até minha mãe a pegou na cama com meu pai.
O homem de meia-idade chamado Neil gemeu de dor, somente para ser socado no estômago por Billy: — Calado. Foi precisava porque você foi um inútil em controlar sua esposa que fez minha mãe sair de casa sem ao menos escrever uma carta para mim. Me tornei um órfão.
Neil ofegou de dor.
— Vimos a puta da sua esposa de novo naquela noite. Ela deve ter pensado que era a Sharon Stone, pensando em cada homem na praça e mostrando suas pernas. Então, realizamos seu desejo e levamos para o nosso carro. Haha, ela pode continuar sendo uma puta no inferno agora. — Não havia nada além de insanidade no rosto de Billy.
Recuperando o fôlego, ele continuou: — Tudo terminará esta noite. Hoje à noite, vou foder sua filha e torná-la tão puta quanto sua mãe. Então, vou matá-la. Haha, como isso parece? Feliz? Relaxe, você irá pro inferno junto da sua preciosa filha. Sua família se reunirá lá.
Luke assobiou internamente. Você tendia a revelar todos os seus segredos enquanto mais falava com um inimigo!
Billy estivera definitivamente envolvido no assassinato de um ano atrás.
Ouvindo o monólogo do jovem enlouquecido, Luke não se preocupou em Billy matando Neil tão cedo.
Este Neil era o pai de Sidney e um potencial suspeito, que estava desaparecido a meio mês.
Parecia que Billy estava tramando algo grande esta noite. Também estava planejando culpar Neil, porque este homem definitivamente se encaixaria no papel de assassino.
Sua esposa foi assassinada no mesmo dia um ano atrás; era praticamente a desculpa perfeito para um massacre.
Luke voltou silenciosamente e contou a Selina o que acabou de acontecer. Ela ficou sem palavras.
Um momento depois, perguntou: — Então, podemos pelo menos colocar o Billy na cadeia agora?
Luke assentiu: — Acho que sim. Mas evidência demais nunca é ruim. Vamos agir. Você observa o Stu e seguirei o Billy. Não hesite em disparar se estiver em perigo.
Selina falou: — Entendido.
Billy já havia arrastado Neil para o jardim dos fundos da casa. Agora que os dois suspeitos estavam na casa, Luke e Selina não precisavam mais observar o perímetro.
Eles estavam prestes a entrar pela porta dos fundos, quando houve gritos e um barulhão repentino da casa, antes de um bando de adolescentes fugirem da casa.
Selina perguntou em voz baixa: — O que está acontecendo? Devemos segui-los?
Luke respirou fundo algumas vezes e respondeu: — Não precisa, as estrelas do show ainda estão na casa. Isso pode ter sido somente uma distração.
Segundo o Olfato Aguçado, nem Billy ou Stu saíram, e o primeiro já estava na casa.
Luke e Selina entraram silenciosamente.
Foi fácil esgueirar numa casa tendo uma festa de adolescentes.
Como muitas pessoas fugiram agora há pouco, não havia muitas pessoas restantes na casa.
Selina escondeu num quarto de convidados num lado do corredor. A cama bagunçada sugeria que alguém acabara de ter muita diversão.
Ela franziu a testa. Adolescentes eram realmente fortes e não hesitariam em fazer sempre que tivessem chance.
Através da porta entreaberta, observou a sala de estar.
Todos estavam de costas para ela e ninguém a notou entrar.
Um garoto estava vendo um filme de terror na sala. Billy havia acabado de entrar e estava no segundo andar com Sidney.
Dewey também estava aqui, mas estava ocupado cantando uma mulher atraente e madura. Eles estavam conversando e rindo num canto.
Luke, por outro lado, foi a garagem nos fundos da casa.
Lá, Tatum estava confrontando um homem e Luke conseguiu ouvi-los através da porta de cachorro na porta da garagem.
— Oh, o que quer que eu faça? Fingir estar com medo? Tudo bem. Ah! Estou com tanto medo! Alguém me ajude! — disse Tatum despreocupada.
— Você já teve diversão o bastante? Estou aqui para pegar uma cerveja. Saia do caminho. — Tatum pensou que o homem mascarado na sua frente era apenas um colega de classe brincando.
Mas ela gritou no momento seguinte.
Observando a situação com um pequeno espelho, Luke viu que o homem cortou o braço dela com uma faca.
Pensando por um momento, passou a câmera pela porta de cachorro.
Então, agarrou duas bolas de ferro.
Na garagem, o homem mascarado e Tatum lutaram, mas o homem claramente não estava levando a sério e não estava com pressa de matá-la.
Finalmente, Tatum ficou desesperada e jogou a cerveja que estava segurando no abdômen do homem mascarado. O homem dobrou de dor.
Então, ela imediatamente jogou uma segunda garrafa nele.
O homem mascarado conseguiu levantar a mão e impediu a garrafa de atingir sua cabeça.
Aproveitando o momento, Tatum correu do canto que estava presa e tentou criar uma brecha para sair pela porta que levava para casa.
O homem mascarado, no entanto, balançou sua faca nela, forçando-a a recuar. Em pânico, ela procurou por uma saída, e de repente, correu na direção da porta de cachorro.
Luke ficou sem palavras. Esta mulher parecia estar subestimando o tamanho de seus peitos e traseiro. Ela realmente acha que conseguiria rastejar pela porta de cachorro?
No momento seguinte, a cabeça de Tatum saiu pela abertura, mas metade de seus seios magníficos ficaram presos.
Ela lutou tanto que nem notou que Luke estava a observando com admiração.
Luke ficou bastante intrigado pela maneira que os seios da garota balançavam na sua luta.
Então, a porta da garagem começou a subir e Tatum olhou para o topo da porta com medo.
Se a porta subisse assim, ela seria esmagada.
Como estava se contorcendo, agora estava inclinada de um lado e não conseguia exercer nenhuma força enquanto era levantada pela porta da garagem.
Vol. 2 Cap. 248 Resgate e Fuga
Tatum não pôde deixar de gritar: — Não, socorro! Alguém me ajude!
— Tatum! — A voz foi o som mais doce que já ouviu.
Ela conseguiu levantar a cabeça e viu o rosto de uma pessoa familiar não muito longe: — Hã? É você? Socorro! Alguém está tentando me matar!
Luke imediatamente perguntou: — O quê? Onde ele está?
Tatum respondeu: — Ele está na garagem! Ele está abrindo esta porta para me esmagar! Me ajude!
Luke falou: — Não fique com medo! Estou aqui para te ajudar! — Então, deslizou sob a porta entreaberta.
— Pare, seu assassino! — Luke exigiu dentro.
Tatum estava quase chorando: — Apenas derrube-o logo! — Você realmente pode parar um assassino com palavras?
Luke gritou: — Você quase a matou e não vai parar?
Tatum observou a borda superior da porta da garagem e ficou cada vez mais desesperada. Ela já havia sido levantada.
— Não apenas grite! Faça algo! — Ela rugiu desesperada.
Luke, no entanto, não estava com pressa.
Se usasse seu poder total, rasgaria facilmente a porta da garagem.
Esclarecido, ele pegou um objeto branco de repente e falou: — Certo, cheque isto!
Swoosh! Bam!
A porta da garagem parou de se mover de repente.
No momento seguinte, Tatum sentiu alguém agarrar suas pernas e apoiar seu traseiro: — Relaxe e levante os braços. Vou te tirar daí.
Tatum obedeceu ao que foi dito.
Com a ajuda de Luke, ela saiu facilmente da porta do cachorro.
Luke soltou e Tatum aterrissou no chão. Ela agarrou subconscientemente a cintura de Luke.
— Está tudo bem agora. — Ouvindo a voz gentil masculina, ela levantou a cabeça e viu um rosto sorridente.
— Obrigada! Obrigada! — Ela não conseguiu parar de soluçar enquanto agradecia.
Ela quase morrera após o homem mascarado a torturar por tanto tempo, e quase colapsara de desespero.
— Está tudo bem agora. Vamos ver quem é este homem mascarado primeiro — Luke propôs quando se aproximou do homem deitado no chão.
Tatum estava com muito medo do homem mascarado para olhar: — Não. Vamos chamar a polícia. Dewey! O Dewey está na sala de estar!
Luke a ignorou. Foi em frente e tirou a máscara do homem: — Acho que ele é seu amigo, certo?
Atordoada, Tatum espiou e gritou: — Isso é impossível!
Ela não notou que Luke estava gravando o rosto do homem com a câmera em sua mão.
Okay, mais evidência! Luke riu secretamente.
Luke achou uma corda e amarrou o homem. Enquanto Tatum ainda estava atordoada, ele também algemou o homem.
Então, deu a Tatum um ombro para escorar quando retornaram ao primeiro andar.
Antes de sair, pressionou um botão para fechar a porta da garagem, só por precaução de mais alguém ver o que estava vendo.
Quando retornaram, ainda havia outro garoto, bem como Dewey e uma dama madura na sala de estar.
Tatum estava prestes a falar tudo ao Dewey, que era um policial e seu irmão, mas Luke a impediu: — Não deixe todos saberem o que aconteceu. Você não quer estar sob o holofote, quer?
Lembrando de como Sidney esteve na boca da mídia, Tatum imediatamente calou a boca.
Luke falou: — Dewey, por favor, venha aqui. Há algo que gostaria de falar com você.
Dewey, arrependido, disse algo para a senhora antes de se aproximar de Luke.
Luke recuou e fez um gesto de “fique quieto” para Dewey no corredor. Apontando para Tatum, continuou: — Não alerte ninguém. Vamos conversar ali.
Vendo que Tatum estava soluçando de medo, Dewey ficou ansioso: — Você…
Luke o agarrou e cobriu sua boca: — Não grite. Aquela mulher é uma repórter, certo? Você quer que ela grave tudo aqui?
Dewey não podia dizer mais nada. Pensou que Luke tinha feito algo com sua irmã.
Mas após contar o que aconteceu na garagem e sua irmã confirmar, Dewey resmungou chocado: — O- Ugh…
Luke pressionou contra seu pescoço novamente e sussurrou: — Se acalme, okay?
Dewey ficou vermelho porque Luke estava o sufocando. Então só podia assentir.
Luke explicou: — Chame o Burke e faça-o trazer mais homens aqui e certifique que nenhum dos repórteres notem, especialmente aquela que trouxe aqui. Não diga nada a ela.
Dewey só podia assentir. Tirou o celular e fez uma ligação.
Um momento depois, Dewey terminou: — Burke estará aqui em dez minutos. Nós…
Luke intrometeu: — Vamos checar o suspeito primeiro. Eu o nocauteei com uma bola de baseball e o amarrei.
Os três foram a garagem. Tatum ficou próxima de Luke, agarrada a um de seus braços.
Luke só podia rir, pois sentia quão grande certas partes de seu corpo eram ao serem pressionadas contra ele.
Um momento depois, eles estavam olhando para a garagem vazia. As roupas, a máscara e a corda estavam lá e mais nada.
Dewey ficou sem palavras: — Onde ele está?
Luke franziu a testa. Ele deu uma fungada e sua expressão escureceu ainda mais — o homem escapou!
Mais importante, como escapou? Luke não sentiu nada de errado!
Ele amarrou o homem com força e até o algemou. Além disso, estava na casa agora há pouco. O homem poderia ter escapado pela porta do cachorro também?
No entanto, o cheiro no ar indicava o oposto. Não havia rastro de seu cheiro se movendo na direção da porta de cachorro. Era quase como se tivesse desaparecido.
De repente, Selina gritou da escadaria: — Parado!
Atordoado por um momento, Luke deixou Dewey e Tatum para trás e subiu as escadas.
Dewey e Tatum só ouviram um swoosh e Luke sumiu.
Olhando entre si com perplexidade, só podiam seguir Luke.
Quando Luke chegou no segundo andar, seu Olfato Aguçado captou o cheiro intenso de sangue.
No momento seguinte, apareceu atrás de Selina, que estava mirando sua arma em um homem na janela.
Um homem meio pelado na cama foi apunhalado no pescoço e seu sangue estava espalhado por todo o cômodo.
Vol. 2 Cap. 249 Desaparecimento do Verdadeiro Assassino
Luke estreitou os olhos.
O garoto na cama era Billy.
O homem parado na janela, por outro lado, era Stu.
Coberto de sangue, segurava uma faca no pescoço de Sidney.
A garota estava nua e coberta de sangue, medo era explícito em sua expressão. Stu, porém, olhou para Billy com um sorriso assustador: — Billy, seu pai é uma puta também. Você acha que ele é algo bom? Ele seduziu minha mãe quando Maureen partiu. Vocês dois devem morrer!
Stu ficou atordoado por um momento quando viu Luke. Ele então gritou: — Você não vai me pegar de novo! — Então, moveu a faca, pronto para cortar o pescoço de Sidney.
Luke zombou e empurrou a arma de Selina para baixo antes de arremessar a bola de beisebol de novo.
Bang!
Stu caiu contra a janela e Sidney se lançou para frente, livre dele.
Luke riu: — Eu já não te peguei?
Porém, ele e Selina ficaram chocados no momento seguinte.
O corpo de Stu no chão torceu de repente, como algum tipo de efeito especial, antes de desaparecer como fumaça, deixando nada além das roupas manchadas de sangue no chão.
O que exatamente estava acontecendo?
Luke imediatamente percebeu que era uma super habilidade!
Ele não sabia como Stu conseguiu esta habilidade de desaparecer no ar, só que agora sabia com certeza que ele não poderia ser uma pessoa normal.
Contudo, Luke ficou levemente confuso. Por que o sistema não reconheceu que ele derrotou Stu quando nocauteou duas vezes com a bola de beisebol?
Dewey e Tatum finalmente chegaram. Luke deixou Dewey passar, mas parou Tatum. Ele então falou: — Dewey, assegure a área, depois tire sua namorada repórter aqui.
Dewey respondeu: — Okay. Espera… Você…
Luke já havia desaparecido, mas Dewey ainda perguntou subconscientemente: — Quem é você para me dar ordens?
Em seguida, notou Selina, que estava segurando uma arma. Ele sacou sua própria arma e comandou: — Largue sua arma.
Selina revirou os olhos e colocou a arma no coldre antes de mostrar seu distintivo: — LAPD.
Dewey não sabia o que dizer.
Levando Tatum escada acima e bloqueando a reportar de fazer o mesmo, Luke sussurrou para a jovem sobre o que aconteceu.
Tatum achou difícil de acreditar: — Como… Como isso é possível? Stu…
Luke cobriu a boca dela e disse em voz baixa: — Há uma repórter aqui. Não diga nada.
Tatum conseguiu se controlar, mas suas lágrimas continuaram a fluir: — Stu… Ele é realmente…
Luke assentiu: — Não fique triste demais.
Alguns minutos depois, Burke chegou em pessoa com outras duas viaturas, cujas luzes e sirenes estavam desligadas.
Ao todo, seis policiais, incluindo Burke, entraram na casa e fizeram todos saírem.
Alguns dos policiais os levaram à delegacia para pegar seus depoimentos, enquanto Burke cuidaria da investigação aqui.
Isto foi o que Luke e Burke concordaram mais cedo, para que a sua e a identidade de Selina não fosse exposta.
Ele certamente não queria que seu rosto aparecesse para todos os criminosos e assassinos em série do país.
Afinal, Luke aceitou este caso como um favor do Vice-diretor Condra, e não era como se a delegacia de Woodsboro pudesse lhe dar uma promoção ou algo assim.
Meia hora depois, Burke voltou com um olhar estranho, e Luke e Selina o encontraram em seu escritório.
Fechando a porta, Burke disse após um breve silêncio: — Recebemos a mensagem que o Stu foi à casa do Billy com seus colegas de casa agora há pouco. Ele não estava em casa.
Selina ficou pensativa.
Burke perguntou: — Tem certeza que você viu Stu matar o Billy?
Luke retrucou: — E quanto ao Neil? Ele não viu o Stu?
Franzindo a testa, Burke assentiu lentamente: — Neil disse que o Billy sequestrou e o aprisionou. Foi o Billy que o levou naquela noite também. Ele não viu o Stu.
Luke expressou: — Apenas traga o Stu e o interrogue. Você descobrirá tudo que precisa saber.
Burke balançou a cabeça: — Ele desapareceu. Stu saiu após chegarmos em sua localização.
Luke e Selina se entreolharam. Isso não foi por volta de quando Stu desapareceu diante de seus olhos?
No entanto, Luke e Selina permaneceram calados.
O sumiço de Stu era bizarro demais para qualquer um acreditar. As chances era de que Burke suspeitasse que algo estava errado com suas cabeças se contassem o que aconteceu.
Burke falou com eles no privado para verificar os detalhes.
Luke pensou por um momento, então deu os cartões de memória de suas câmeras. É claro, ele já havia copiado os arquivos dos cartões para seu laptop mais cedo.
— Burke, aqui tem um vídeo que gravei. Com este vídeo, você pode emitir um mandado de prisão mesmo que o Billy e o Stu tenham álibis. Além disso, o Billy e o Stu estão envolvidos nos assassinatos — explicou Luke.
Burke ficou atordoado: — Hã?
Luke deu de ombros: — Você sabe que evidência é a prova mais primordial para nós. Desde que não temos câmeras corporais, eu preparei as minhas próprias.
Burke aceitou os dois cartões de memória de Luke.
Se o vídeo fosse útil, ele seria capaz de resolver o caso ao dizer que Stu matou todas as vítimas, incluindo Billy. Se Stu sentisse que fora injustiçado, poderia se entregar para a polícia poder investigá-lo.
Burke, entretanto, tinha a sensação de que Stu não estaria mostrando as caras de novo.
Guardando os cartões de memória num lugar seguro, Burke falou: — Outra novidade. Hank, pai de Billy, morreu em sua própria casa da mesma maneira que as vítimas anteriores.
Pensando por um momento, Luke perguntou: — Por que os alunos fugiram naquela hora?
Burke respondeu: — A casa do vizinho de Billy pegou fogo e todos foram assistir. Então, viram que a porta da casa do Billy estava escancarada e que havia sangue nela. Eles chamaram a polícia e encontramos Hank morto.
Luke percebeu que foi uma distração criada por Stu.
Era impossível dizer se Billy sabia disto, já que ele morreu.
Luke falou: — O pai do Billy e a mãe do Stu provavelmente tiveram um caso, é provável que o Stu tenha o matado.
Vol. 2 Cap. 250 Treinamento Reforçado
Burke ficou atordoado por um momento: — O quê?
Luke apontou para os cartões de memória e explicou: — Eu gravei. O próprio Stu falou. Você também pode perguntar a Sidney.
Burke assentiu: — Okay, mas ela ainda está traumatizada e não acordou do sedativo.
Luke falou: — Tudo bem, vamos ver se conseguimos encontrar o Stu. Se conseguirmos, as coisas não serão muito mais simples.
Burke hesitou por um momento e disse: — Você está livre para disparar se encontrar algum perigo. Garanto que ninguém causará problemas para você.
Luke assentiu com um sorriso: — Obrigado, Burke.
Vendo os dois saírem, Burke suspirou e balançou a cabeça no escritório: — As crianças hoje em dia resolvem todos os seus problemas com assassinato?
Após um tempo, começou a emitir ordens e despachar policiais para investigar o paradeiro de Stu.
Luke e Selina foram para o sudeste por um tempo, então pararam a dez quilômetros de distância da cidade.
Selina perguntou: — Por que você parou?
Luke balançou a cabeça e respondeu sem arrependimento: — Não acho que possamos pegá-lo. Vamos voltar.
A habilidade de Stu era realmente estranha e surpreendente. Luke se perguntou por que o sistema não reconheceu a derrota de Stu quando Luke nocauteou o cara duas vezes. Naturalmente, a habilidade de Stu não estava na lista de habilidades que Luke podia aprender.
Luke tinha uma teoria sobre isto.
Por exemplo, como Stu poderia aparecer na casa de Billy e na sua própria garagem ao mesmo tempo?
As outras pessoas podem pensar que Stu se disfarçou de alguma forma, contudo, Luke preferiria acreditar que era uma habilidade.
Somente uma super habilidade poderia fazer dois Stus aparecerem ao mesmo tempo e desaparecer.
O sistema julgou que não derrotada Stu precisamente por causa dos recursos desconhecidos desta super habilidade.
Que pena!
Selina olhou para ele e perguntou: — Por que você está com esse olhar indisposto, como se tivesse bolas azuis? Não passou pelo menos vinte e quatro horas com uma mulher dois dias atrás?
Luke pensou por um momento, mas voltou a se animar: — Não, vou ficar por alguns dias. Talvez o Stu possa voltar para se vingar!
Selina achou suspeito: — É sobre a estudante do ensino médio com o suéter de número 10?
Luke respondeu: — Se é isso que pensa, não posso falar nada.
Selina revirou os olhos: — Como se você tivesse acabado de se lembrar dela!
Luke esfregou a cabeça de Selina com um sorriso, só para ela evitar a mão e zombar. Ele então expressou: — Se voltarmos tão rápido quando o caso não acabou ainda, o Vice-diretor Condra vai pensar que não trabalhamos duro o bastante nisto.
Três dias depois, Luke voltou desanimado.
Stu nunca voltou. Como um pássaro que fugiu da gaiola, sumiu sem deixar rastro.
Nem as câmeras de vigilância ou a varredura do Olfato Aguçado de Luke pegou sinais do homem.
Quando seu carro finalmente saiu de Woodsboro, os olhos de Selina afastaram do espelho retrovisor.
Ela olhou para Luke: — Parece que você fez um ótimo trabalho. As pernas de Tatum estavam tremendo após vocês dois voltarem da excursão?
Luke respondeu descaradamente: — Sim, visitamos muitos lugares, principalmente para tentar atrair o Stu.
Selina só podia rir: — Até parece!
Luke estava pensando sobre outras coisas.
Após retornar, dedicaria mais tempo no treinamento.
Como seus atributos físicos aumentaram significativamente, ele precisava esconder melhor sua habilidade de combate.
Por exemplo, Bob Munden, o homem que tinha o recorde mundial de saque de arma mais rápido, poderia sacar e disparar numa velocidade inacreditável. Seu recorde era 0,0175 segundos.
Além disso, ele ainda podia atingir dois balões instantaneamente a dois metros de distância um do outro. Ele era completamente inumano.
Com alguém como esse como exemplo, não seria surreal para Luke alcançar um feito similar.
O acidente nesta viagem foi um lembrete.
Ele não perdeu, mas também não ganhou.
Este mundo não era comum, porém, tinha todos os tipos de habilidades imprevisíveis.
Não era uma grande coisa que não derrotara Stu e adquirira sua habilidade incomum; pois havia muito mais habilidades incríveis por aí.
Entretanto, o perigo poderia surgir a qualquer momento, mesmo numa cidade pequena e aparentemente pacífica.
Ele não só tinha que trabalhar duro sozinho, também precisava treinar Selina.
Quanto potencial os humanos têm?
Era improvável que um ser humano normal derrotasse o Hulk ou o Thanos.
Mas pegue o Justiceiro, o anti-herói sombrio, por exemplo. O Justiceiro tinha habilidades de combate aterrorizante que o permitia derrotar criminosos que tinham super habilidades.
Ele era o epítome de um ser humano que estava no auge em habilidades de combate.
Nick Fury classificou o Justiceiro como um agente de nível dez da SHIELD.
Este nível dez não era só um título, mas era baseado em sua habilidade de combate genuína.
O outro agente de nível dez na SHIELD era a Viúva Negra.
Mas a Viúva Negra era alguém aprimorada com drogas, enquanto o Justiceiro ganhou seu nível exclusivamente através de suas habilidades de combate.
Luke realmente não planejava transformar Selina em outro Justiceiro através do treinamento puro.
Excluindo a si, Selina provavelmente estava entre os três melhores na Divisão de Crimes Graves em termos de habilidade de luta.
Não mais que cinco pessoas na Divisão de Crimes Graves tinha coragem de disparar em dez bandidos armados sem fraquejar.
Seus atributos físicos também eram extraordinários, e sua gordura corporal sempre esteve abaixo dos 20%.
Após treinar com Luke este tempo todo, ela era tão boa quanto uma boxeadora profissional.
Com sua construção física, não era impossível para ela se tornar tão boa quanto o Justiceiro no futuro se continuasse treinando.
E diferente do Justiceiro, Luke estava confiante que podia encontrar itens úteis para sua família e amigos para poderem se proteger.
Este era um mundo cheio de poderes extraordinários.
Ele não queria que aqueles importantes para si fossem mortos por criminosos aleatórios — de que adiantava a força enorme, quando o outro lado era a solidão?