Vol. 2 Cap. 261 Velhos Conhecidos do FBI

Luke sorriu: — Obrigado, chefe.

Dustin deve ter feito algo para obter este privilégio para ele.

Luke estava livre para dizer se queria em seu território, e o FBI não podia pregar nenhuma peça.

Um bom chefe sempre defende seus subordinados em momentos cruciais.

Dustin acenou a mão: — Você trabalha para a Divisão de Crimes Graves; é claro que vamos te proteger. Isso é tudo por agora. Não pegue nenhum caso nos próximos dias.

Luke sabia que Dustin estava assustado que seriam emboscados pelo Mercenário enquanto investigava um caso.

Ele simplesmente assentiu e falou: — Okay, estamos saindo.

Dustin assentiu e Elsa foi com eles.

Assim como Dustin apoiava Luke na frente do diretor, Elsa sendo levada ao escritório de Dustin também significava que apoiava totalmente Luke.

Ela também estava deixando sua posição clara para Luke e Selina.

Elsa os levou para uma sala de interrogatório, onde três agentes do FBI estavam aguardando.

Luke e Selina ficaram surpresos ao vê-los: — Oh, já faz um tempo, Agente Charles e… Capitão Wales?

Os agentes do FBI responderam com sorrisos. Eles se lembraram de Luke quando leram o arquivo.

Elsa ficou levemente surpresa: — Vocês se conhecem?

Luke respondeu com um sorriso: — Conhecemos o Capitão Wales em Houston.

Desde que se conheciam, a reunião foi mais tranquila.

Luke não tinha nada a esconder. Explicou o caso da noite passada e o caso da loja de donut para ilustrar as habilidades do Mercenário.

Uma hora depois, Capitão Wales estendeu a mão: — Obrigado pela cooperação, Luke e Selina.

Luke apertou a mão dele: — Você é gentil demais. Também espero que o cara seja pego mais cedo ou mais tarde. Ele é muito perigoso.

Wales balançou a cabeça com um sorriso amargo, mas não falou nada.

Se o Mercenário fosse tão fácil de pegar, ele teria sido jogado na prisão para criminosos especiais há muito tempo.

Além disso, Mercenário sempre atacava nos cantos escuros a longo alcance; era difícil de dizer quantos casos eram obra sua.

Era realmente difícil de capturar o Mercenário numa cidade grande cheia de arranha-céus e pessoas.

Após ver Capitão Wales e o Agente Charles, todos voltaram ao escritório de Elsa.

Após Selina fechar a porta, Elsa suspirou: — Por que isto continua acontecendo com você?

Luke perguntou: — Está disposta a me dar umas férias, Elsa?

Elsa respondeu: — Você fez uma viagem para Nove York e outra para Paris. Então, visitou Las Vegas e Woodsboro. Agora, tenho que te dar outras férias.

Luke deu de ombros: — Realmente não pedi por isto.

Elsa retrucou: — Tudo bem. A propósito, o pedido foi aprovado; dois novatos começarão em um ou dois dias. Vocês podem treiná-los se estiverem livres nos próximos dias.

Luke respondeu: — Tudo bem, apenas deixe conosco.

Elsa: — Tudo bem, podem ir — deixe-me com minha exaustão no escritório. — Ela soou bastante desanimada.

Mas, ela podia culpar Luke?

Claro que não.

Luke definitivamente tinha mais probabilidade que outros detetives de encontrar estes tipos de situações por causa de suas capacidades.

Se não fosse tal lutador capaz, Roger não teria pedido por sua ajuda e não teria ocorrido nenhum problema.

No entanto, se Luke não tivesse ido em apoio, Roger e seu parceiro poderiam ter acabado no necrotério.

Era a maior notícia na Divisão de Crimes Graves que ninguém morreu no caso.

Quando saíram do departamento e entraram no carro, Selina falou: — Provavelmente deveria compartilhar um pouco do tiramisu com a Elsa. É quase meio-dia mesmo.

Luke sabia que Selina só estava com pena de Elsa, que estava muito ocupada: — Vá, então. Vou esperar por você.

Selina deu generosamente uma grande porção de tiramisu, antes dela e Luke voltarem para casa.

Os próximos três dias passaram sem incidente, exceto que Luke saiu uma noite para pegar os produtos.

Os produtos eram os materiais que Damon adquiriu para ele.

Os materiais aceleraram o progresso de Luke em fabricar o equipamento.

Damon comprou quase metade dos materiais da lista e havia o bastante para durar por um tempo.

Luke até fez um celular novo para si quando estava livre.

Após testar por um dia, ligou para Jenny: — Ei, como está?

Jenny ficou surpresa ao receber a ligação: — Você está livre?

Luke respondeu impotente: — Estou no meio de algo e ainda não posso encontrar você.

Jenny ficou desapontada: — Okay. Há algo que possa fazer por você?

Luke respondeu: — Nossa empresa está começando novos negócios. Você precisa ir com meu Gerente de Relações Públicas e falar com a Google.

Jenny: — Hã?

Luke: — Aquele cara vem contatando a Google, mas não foi capaz de ver um de seus gerentes seniores, então só posso contar com você.

Jenny: — … Vou tentar.

Luke falou: — Vou dar as coisas necessárias ao Bobby, meu Gerente de Relações Públicas. Apenas contate ele.

Jenny: — Sr. CEO, você realmente não vai inspecionar sua empresa nenhuma vez?

Luke sorriu amargamente. É claro que queria! Porém, não sabia se Mercenário havia sumido. Aquele homem não tinha escrúpulos.

— Estou ocupado com um caso. Irei procurar por você quando acabar — disse Luke.

Então, encontrou Bobby no departamento e deu o novo celular que fez junto do app de navegação. Também falou a Bobby sobre Jenny. Após muita hesitação, Bobby expressou: — Não sou qualificado para o trabalho que me deu. Estou considerando sair.

Luke balançou a mão: — Não, você esteve fazendo um ótimo trabalho.

Bobby ficou confuso: — Hã? — Não conseguir nada era fazer um ótimo trabalho?

Luke explicou: — Você nunca trabalhou com relações-públicas antes. Já é bom o bastante que tenha descoberto porque não estão interessados no mapa de navegação. Até a Jenny pode ser incapaz de fazer um acordo com eles, mas temos que tentar. Apenas faça seu melhor para ajudá-la.

Bobby perguntou: — Como devo ajudá-la?

Luke olhou para ele: — Você não esqueceu da sua habilidade, certo? Não me diga que não fez nenhum progresso.

Bobby hesitou, mas assentiu: — Estou um pouco melhor agora, porém, só consigo sentir as emoções vagamente de outra pessoa. Não vi como isso pode ser útil.

Luke falou: — Isso é o bastante. Se tornará mais útil contanto que continue praticando. Tudo que precisa fazer é dizer a Jenny o que os caras da negociação estão sentindo, entendeu?

Vol. 2 Cap. 262 Treinando Novatos

Bobby assentiu.

Luke disse: — Isso é tudo por agora. Me contate se houver algo mais. Seu salário será transferido para sua conta regularmente.

Bobby se sentiu um pouco culpado.

Ele não pensou que seu trabalho recente valesse um salário anual de cem mil dólares.

Luke parou de falar e disse a Bobby para contatar Jenny.

Ao envolver Bobby e Jenny na negociação, esperava que pudessem ajudar e restringir o outro.

Além disso, não podia deixar Bobby escapar ou o homem poderia ir atrás de Sheerah novamente.

Mais importante, Luke cobiçava a habilidade de comunicação mental de Bobby e teria que perder tempo procurando pelo homem se ele desaparecesse de novo.

Ele não estava com medo do Mercenário descobri-lo através desta empresa.

A empresa não foi registrada diretamente sob Luke e Selina, mas via uma empresa no exterior.

Não seria difícil para o FBI ou IRS descobrir que Luke controlava a empresa, mas bandidos como Mercenário certamente não descobriria com facilidade.

Luke não fez isto para evitar imposto, na verdade, foi para evitar problemas.

No oitavo dia após Damon ter aparecido, Luke e Selina voltaram ao trabalho.

Nenhum deles ficou parado durante a última semana.

Além de seu próprio treinamento, eles tiveram que preparar os dois novatos transferidos para a equipe de Elsa.

Os dois novatos eram Billy Walter, um jovem negro e Elizabeth Parker, uma mulher branca.

Elsa os enviou parra aprender com Luke e Selina.

Diferente dos outros detetives experientes, Luke não manteve os truques da investigação para si.

Ele não agiu como o superior, pois Elsa era a chefe dos novatos e não ele. Ele era somente um tutor para os dois novos detetives.

Ele conversou com os dois principalmente no departamento de polícia.

Ele não fez nada por eles, apenas guiou os novados da melhor maneira de fazer as coisas no momento certo.

Quanto ao trabalho braçal, os novados tiveram que fazer sozinho, e Luke não se intrometeu.

Os dois novatos respeitaram Luke.

Quando foram transferidos para o departamento, Elsa relatou as conquistas de Luke para ambos.

Na tragédia recente em que um esquadrão da SWAT foi aniquilado, Luke era a única pessoa que sobreviveu após enfrentar o atirador misterioso.

O motivo dela dizer isto era simples, era inibir a arrogância dos novatos.

Observando o treinamento de disparo de Luke e Selina foi uma grande surpresa para os novatos.

Selina só tinha vinte e quatro anos e era uma mulher, mas era uma das melhores atiradoras na Divisão de Crimes Graves.

Nada precisava ser dito sobre Luke. Quando estava praticando saque rápido, dois alvos a dez metros de distância foram atingidos quase simultaneamente.

Eles podiam imaginar completamente que não sobreviveriam há um segundo se encontrassem um atirador tão habilidoso quanto Luke.

Elizabeth até declarou com admiração que Luke tinha que ser o homem mais rápido no mundo.

Luke rapidamente recusou o título: — Você deveria dizer isso ao Bob Munden. Não sou tão rápido quanto ele.

Elizabeth perguntou: — Quem é esse?

Luke respondeu: — Ele tem o recorde mundial de saque rápido com 0,0175 segundos. Ele está em seus cinquenta, mas ainda é jovem!

Elizabeth ficou sem palavras.

O fardo de Elsa foi reduzido agora que Luke estava ajudando a treinar os novatos.

Esta semana não foi tão cansativo quando pensava que seria.

Quando Luke e Selina voltaram a trabalhar, não parecia que estavam voltando de férias porque ainda estavam vindo ao departamento todo dia na última semana.

Pegando um novo caso de Elsa, eles estudaram em suas mesas.

A expressão de Luke ficou complicada quando leu o arquivo.

Ele se perguntou se os perpetradores eram Damon e Mindy.

Oito traficantes em seu distrito foram mortos numa casa noite passada. Dois foram baleados e seis mortos com uma lâmina.

Enquanto Elizabeth e seu parceiro pegaram o caso, eles na realidade iam ajudar Luke e Selina e aprender com eles.

Ponderando por um momento, Luke falou a Selina que estariam checando a cena de crime.

Era um prédio decrépito em uma vizinhança terrível.

Mesmo antes de Luke entrar, seu Olfato Aguçado lhe falou que seu palpite estava correto.

Esta foi realmente uma obra de Damon e Mindy.

Por que tiveram que fazer isto no meu distrito? Luke se sentiu complicado.

Ele entrou na casa e viu sangue por toda parte nas paredes e mobília. Lembrando de Mindy e sua espada longa única, não foi difícil de imaginar a batalha em sua mente.

Quanto aos dois homens baleados, Luke podia dizer facilmente que foi Damon que realizou de fora do prédio como apoio para Mindy.

Após descobrir, Luke imediatamente perdeu o interesse.

Ele realmente podia pegar Damon e Mindy?

Eles estavam fazendo o mesmo que Luke quando saía como um vigilante; era só que eram mais flagrantes sobre isto.

Hm, ele deveria lembrá-los para serem mais discretos mais tarde.

Seria mais conveniente para a polícia se fizessem a cena parecer como a de traficantes tivessem se matado.

Quando a investigação terminou, Elizabeth perguntou: — Luke, o que acha do caso?

Luke respondeu solenemente: — Provavelmente é um conflito de gangue. Se quiser analisar, pode seguir o caso por alguns dias, mas desista se não encontrar nenhuma pista.

Elizabeth sabia que Luke estava implicando que não esperava muito do caso.

Ela e seu parceiro tinham alguns casos em mãos. Agora que Luke expressou seu desinteresse neste, realmente não estavam motivados a seguir nele.

Após saírem, Luke pensou por um momento e enviou a Damon uma mensagem para pegar seu equipamento esta noite.

Vol. 2 Cap. 263 Mercenário De Novo

Eles não podem mais ficar em Los Angeles. Obviamente estão aqui para competir comigo!

Luke murmurou consigo.

Se o pai e a filha pudessem se esconder bem, Luke não se importaria, já que havia muitos gângsters em Los Angeles.

No entanto, aqueles dois obviamente não tinham intenção de se limpar. Eles simplesmente mataram os gângsters, saquearam seu dinheiro, destruíram as drogas e saíram, diferentemente de Luke, que apenas fez os gângsters desaparecerem sem transformar tudo em um caso de homicídio.

Se não fosse por estar preocupado sobre o Mercenário, Luke poderia ter ganho mil pontos de experiência e crédito na última semana.

Por outro lado, Damon recebeu uma mensagem e deu o celular para Mindy: — Mindy, traduza isto.

Mindy jogou sua faca borboleta num pilar não muito longe e leu a mensagem: — V disse que os produtos serão entregues esta noite.

Damon assentiu: — Entrega dois dias antes do tempo. Nada mau. Não temos que ficar mais neste território desconhecido.

Mindy falou: — Nova York é muito melhor. Conhecemos muitas gangues que são ricas.

Damon, entretanto, ficou sério: — Mas o Frank convenceu o Rei do Crime a enviar o Mercenário atrás de nós. Se não fosse pelas ferramentas que o Sr. V forneceu mais cedo, Mercenário teria nos rastreado quando tentamos sabotar seu negócio.

— Só o enfrentaremos se não pudermos evitá-lo! — Mindy declarou agressivamente.

Damon balançou a cabeça: — Nem mesmo pense nisto. O Mercenário é um homem formidável. A melhor maneira de lidar com ele é emboscá-lo sem lhe dar a chance de revidar. Após conseguirmos o equipamento, tentarei atraí-lo para uma armadilha e então matá-lo.

Mindy achou suspeito: — Ele cairá nisso tão fácil?

Damon respondeu: — Pelo menos, podemos ensinar uma lição. Ele só estará nos perseguindo como um cão raivoso se não mostrarmos quão bom somos. Ele também está em Los Angeles agora. Tenho certeza de que foi ele que matou a equipe da SWAT no outro dia.

Luke não sabia que Mercenário seguiu Damon e Mindy para Los Angeles. Ele ainda estava colocando os toques finais no equipamento.

Desde que teve muito tempo livre nos últimos dias, fez um colete de cortesia para ir com o equipamento que Damon pediu.

O colete era feito dos restos do seu colete à prova de balas especial. Era muito pequeno para um adulto comum usar, mas Mindy como uma garotinha poderia usá-lo.

Era um privilégio especial para a garotinha!

A noite caiu no momento que terminou. Ele fez Selina ligar o sistema de alarme da casa antes de sair.

Colocou o equipamento numa fábrica abandonada e montou a vigilância antes de enviar uma mensagem para Damon.

Dez minutos depois, Damon e Mindy chegaram.

Luke mal saiu quando ouviu um aviso no fone de ouvido: — Carro desconhecido detectado.

Quando caminhou, Luke observou o vídeo da câmera em seu celular falso.

Viu dois caminhões, seguido pelo três carros, entrar no portão da fábrica abandonada.

Ponderando por um momento, desapareceu na escuridão.

Com o equipamento que acabou de atualizar, se aproximou silenciosamente dos intrusos.

Naquele momento, ouviu outro aviso no fone: — Trinta e seis alvos detectados. Trinta com armas automáticas.

Luke franziu a testa e observou com os óculos de visão noturna que tirou do inventário.

Ele analisou os atiradores, então focou a atenção nas pessoas que saíram dos carros.

As cinco pessoas, que usavam ternos pretos, eram nitidamente diferentes dos outros atiradores que estavam equipamentos com coletes de batalha e capacetes.

Entretanto, não pareciam com os agentes da SHIELD, pareciam mais com gângsters.

Eventualmente, Luke fixou sua atenção no último homem.

Ele era a única pessoa dos carros que não estava usando um terno. No entanto, sua capa de couro maneira e a tatuagem de alvo estranha na testa lembrou Luke de alguém.

Mercenário!

Era o Mercenário!

Pensando rapidamente, Luke tirou o celular falso e enviou uma mensagem para Damon.

Então, tirou o equipamento e colocou rapidamente.

Um momento depois, estava coberto em um conjunto de armadura preta.

Além da proteção, a armadura também podia disfarçar completamente a força de seu corpo, pois não queria ser reconhecido pelo Mercenário.

Após terminar tudo, mirou a M4A1 em sua mão no inimigo.

A cem metros de distância, Mercenário, que estava observando seus subordinados avançarem, sentiu um forte senso de perigo.

Sem nenhuma hesitação, abaixou a cabeça e escondeu nas sombras de um carro.

Bang! Bang! Bang!

Três disparos destruíram a quietude da fábrica.

Luke riu secretamente. Ele sabia que não seria tão fácil.

Mercenário não era um oponente que podia ser morto numa emboscada.

Entretanto, agora que Luke iniciou o ataque, ele não pararia tão fácil. Mirou a M4A1 no carro, com dedo no gatilho.

Contanto que Mercenário fosse atingido uma vez, o sistema pode determinar que Luke venceu, porque não foi baleado desta vez.

Quando usou as balas no pente, Luke começou a mover rapidamente.

Bang! Bang!

O som de uma pistola não era óbvio entre o barulho das metralhadoras dos bandidos, mas estas duas balas atingiram onde Luke estava parado antes.

Se tivesse se movido meio segundo atrasado, teria sido atingido no rosto.

Luke, no entanto, estava mais animado que nunca.

Fazia uma eternidade desde que liberou sua capacidade total, considerando sua identidade como detetive da polícia.

Finalmente, estava enfrentando um oponente desafiador e ele não era mais Luke Coulson, era V.

Luke saltou do prédio com sua corda de escalada. Após aterrissar, moveu-se em um padrão errático.

Enquanto isso, ouviu um aviso eletrônico em seu fone: — Dois inimigos a doze metros à esquerda, um inimigo a vinte e três metros à direita…

Vol. 2 Cap. 264 Batalha Feroz

Era o sistema de radar de campo de batalha que Luke inventou recentemente. Poderia travar em seus inimigos e informar suas localizações baseado nas câmeras de vigilância que montou mais cedo.

Naturalmente, o sistema não era tão avançado quanto o Jarvis, e com seus sentidos afiados, Luke não precisava contar demais com isto.

Mas conforme continuava a atualizar o sistema, sua equipe e amigos que não tinham super habilidades também conseguiriam usá-lo.

Luke não estava com pressa para eliminar os atiradores. Ao invés disto, se moveu rapidamente para deixar aquelas pessoas vivas para interferir com as observações do Mercenário.

Bang! Bang! Bang!

Após Luke disparar três vezes, Mercenário, que correu para um canto, recuou e três buracos de bala apareceram na madeira na sua frente.

Ele recuou e zombou. Com um balançar da mão, três adagas voaram num arco estranho.

Ele mal arremessou as adagas, quando sua expressão mudou e caiu de quatro e rapidamente rastejou para vários metros de distância.

Bang! Bang! Bang!

Outros três buracos apareceram atrás dele.

Mercenário ficou frígido.

Sabia que encontrou um oponente assustador!

As três adagas que arremessou não atingiram o inimigo. Além disso, o inimigo até os usou para adivinhar sua localização e disparou de volta.

Luke não podia ficar mais animado.

Mercenário era realmente ótimo em arremesso de faca.

Luke começou a correr após o primeiro disparo, caso contrário, teria sido atingido na nuca.

Ele estava usando um capacete, mas não planejava descobrir se as adagas poderiam penetrá-lo.

Ele não sabia de nada sobre as habilidades do Mercenário, ou se o outro homem tinha habilidades melhores que ainda não exibiu.

Damon e Mindy estavam pegando o equipamento na fábrica abandonada após Luke avisá-los que o Mercenário estava aqui.

Não só isso, também explicou brevemente as habilidades para eles.

O homem basicamente não erraria um alvo a cem metros, e suas adagas poderiam até curvar e desviar para matar o inimigo.

Luke também avisou especificamente a dupla de pai e filha para usar o novo equipamento para ficar longe.

Damon e Mindy não estavam com medo do Mercenário porque eram assassinos experientes, mas não dispensariam a opinião de Luke.

Eles colocaram o novo equipamento e observaram cuidadosamente a batalha com os novos dispositivos que Luke lhes forneceu.

Sempre estiveram curiosos sobre este Sr. V.

Que tipo de pessoa era? Quão forte exatamente era?

Eles não conseguiram dizer quão bom V era do encontro que tiveram em Nova York em que eliminaram os traficantes, já que aquelas pessoas eram fracas demais.

Agora, o infame Mercenário do submundo de Nova York estava prestes a enfrentar o V.

V pediu especificamente para não interferir, então decidiram não se intrometer a menos que V estivesse perdendo.

Porém, não houve problema.

Eles observaram por um tempo, só para descobrir a diferença entre os dois homens.

Ambos usavam preto e não havia muita luz na fábrica.

Os dois homens estavam se movendo tão rápido quanto fantasmas. Sempre que disparos soavam, eles desviariam e desapareceriam.

Um momento depois, o pai e filha encontraram uma maneira de discernir quem era quem, e isso era através de suas armas.

V estava usando uma M4A1, enquanto Mercenário estava usando uma Beretta. Os sons das duas armas eram totalmente diferentes.

Contudo, não fazia muita diferença para Damon e Mindy, que suaram muito após observar por um minuto.

Mesmo que tivessem equipamento de vigilância e não estivessem envolvidos na batalha, mal conseguiam rastrear os dois homens quando estes abriam fogo.

Isto apenas sugeria que Damon e Mindy eram incapazes de lutar em tal nível e poderiam morrer super-rápido se entrassem no meio.

Luke havia esquecido totalmente daqueles dois.

Quando se adaptou ao ritmo dos ataques do Mercenário, seus movimentos ficaram mais rápidos e agressivos.

Ele nunca enfrentou um oponente extraordinário, embora adequado, antes, então tinha muitas deficiências.

Agora, sua experiência de batalha estava aumentando rápido, e estava usando truques avançados que nunca entraram em jogo quando lidava com os criminosos comuns.

Ele estava se tornando cada vez mais familiarizado com suas habilidades de batalha.

O Mercenário era a melhor pedra de amolar para se afiar.

Mesmo que o Mercenário estivesse arremessando adagas em Luke de locais menos esperados, ele não ficou com medo.

Ele estava animado, mas sua cabeça estava extremamente límpida. Ele estava aproveitando o conflito.

Enquanto os dois especialistas estavam envolvidos na batalha, os atiradores pegos no meio sofreram.

Mesmo que estivessem disparando no inimigo incessantemente da cobertura, não atingiram nada.

Desde que eram mais fracos que Damon e Mindy, foi mais difícil para diferenciarem entre os dois homens batalha.

Quanto aos dois especialistas, estes atiradores eram apenas peões no campo de batalha, e suas submetralhadoras eram mais como brinquedos que armas.

Mercenário mais uma vez bloqueou as balas de Luke com um dos atiradores.

Entretanto, os dois homens lutando loucamente no campo de batalha sabiam que Luke estava vencendo aos poucos.

Havia dois motivos.

Primeiro, Luke liberou sua força total na batalha. Seus movimentos rápidos eram uma dor de cabeça enorme para Mercenário.

Se o Mercenário fosse menos habilidoso em disparo e arremesso de faca, seria incapaz de impedir seus ataques.

No final, Mercenário estava alvejando as pernas de Luke, na esperança de limitar seus movimentos.

Segundo, Luke basicamente tinha um suprimento infinito de balas nesta batalha; ele tinha dezenas de pentes no inventário.

Mercenário, por outro lado, usou as balas de sua Beretta 92FS. Ele havia pego uma das submetralhadoras dos atiradores.

Uma vez que as balas nesta submetralhadora acabassem, seria outro momento perigoso para ele, quer tivesse que procurar por um novo pente, ou agarrar outra submetralhadora.

Ainda mais crítico, Mercenário também estava ficando sem facas.

Vol. 2 Cap. 265 Exploda Tudo se Acha que é Bom

O Mercenário nunca pensou que encontraria um inimigo cujo não podia matar com cinquenta adagas.

Ele ainda podia lutar sem elas, mas não podia demonstrar totalmente seu talento sem as adagas especiais; seus ataques de adaga era, a forma mais fácil e formidável.

Este oponente que estava enfrentando era mais forte que ele em primeiro lugar. Sem suas adagas especiais, poderia ter sido morto instantaneamente.

Por fim, Mercenário deu o primeiro comando friamente desde o começo da batalha: — Disperse e ataque com tudo que tem.

Os vinte atiradores restantes obedeceram ao comando sem nenhuma hesitação.

Imediatamente, disparos soaram.

Até Luke teve que recuar diante desta rajada.

Não só estavam disparando, também arremessaram várias granadas.

Se fosse encurralado por estes atiradores, mesmo que por um momento, o Mercenário poderia conseguir apunhalá-lo com suas adagas.

No segundo seguinte, no entanto, soube que algo estava errado

O Mercenário saltou num carro e partiu.

Enquanto isso, os homens nos ternos que nunca participaram da batalha entraram nos outros dois carros e fugiram com ele.

Luke levantou e estava prestes a disparar neles, quando os atiradores próximos explodiram de repente.

Sim, eles realmente explodiram. A poeira espessa criada pela explosão bloqueou a visão de Luke instantaneamente.

Luke agachou e xingou.

Ele tinha sentido o cheiro de bombas dos atiradores mais cedo, só que não prestou muita atenção.

Agora que pensou sobre isto, percebeu que as bombas poderiam ter sido uma precaução da parte do Mercenário.

Nos próximos dez segundos, todos os atiradores explodiram, incluindo aqueles que foram mortos mais cedo.

Luke recuou rapidamente, um olhar estranho pairava em seu rosto e enviou uma mensagem para Damon.

Ele sentiu o cheiro de uma enorme quantidade de explosivos nos caminhões também.

Os caminhões não explodiram ainda, provavelmente porque Mercenário queria atraí-lo para mais perto antes de detonar as bombas.

Era comum perseguir alguém pela mesma rota.

Se Luke não tivesse o Olfato Aguçado, teria realmente caído na armadilha.

Ele saiu da fábrica, deu a volta nos caminhões e correu até seu próprio carro.

Naquele momento, os caminhões explodiram de repente e os estilhaços dispararam com força violenta. Luke não tinha escolha além de se esconder atrás de uma parede.

Ele se perguntou quantas bombas Mercenário colocou nos caminhões.

Felizmente, os caminhões estavam a cem metros de distância da fábrica de onde Damon e Mindy estavam, e os dois já haviam evacuado após Luke enviar a mensagem.

Luke enviou outra mensagem para Damon, dizendo-lhes para sair de Los Angeles o mais rápido possível.

Ele entrou no carro e rapidamente perseguiu Mercenário.

Logo, sentiu o cheiro dos três carros.

O carro que ele estava dirigindo foi modificado e servia apenas para ocultar sua identidade, então não era top de linha.

Os três carros do Mercenário, no entanto, eram as melhores da marca Benz, e os motoristas também eram habilidosos.

Havia alguns carros na rua à noite. Os carros do Mercenário até ultrapassaram os sinais vermelho.

É claro, Luke os seguiu. Ele se perguntou se o sistema o puniria pela violação de tráfego.

Porém, o sistema reconheceu que ele estava perseguindo vilões e não o penalizou.

Luke franziu a testa quando os três carros na frente aceleraram.

Após chegar numa rodovia, os carros do Mercenário avançaram a toda velocidade sem fazer curvas.

Seus carros eram melhores que o de Luke, e ignoraram as luzes de tráfego, então Luke não conseguiu alcançá-los.

A perseguição foi bastante chamativa. As viaturas já estavam chegando.

Eles ainda precisavam chegar, mas como era procedimento da LAPD, um helicóptero seria enviado em dez minutos, no máximo.

Cinco minutos depois, houve sirenes se aproximando de todas as direções. Nitidamente, a corrida entre Luke e o Mercenário na rodovia chamou a atenção deles.

Até então, os carros chegaram na costa.

De repente, a Benza na parte de trás explodiu.

Luke não pôde deixar de xingar alto. Ele sacudiu o volante e se jogou para a outra rua para evitar o golpe da explosão. Então, cerrou os dentes e voltou a perseguição: — Droga! Você não vai fugir hoje! Exploda seu carro se acha que é bom o bastante!

Um momento depois, a segunda Benz explodiu, o que criou ainda mais distância entre seu carro e o de Mercenário.

Após outros dois minutos… Boom!

Com um olhar complicado, Luke olhou para a doca em ruínas não muito longe, antes de virar o carro sem hesitação.

O Mercenário foi louco o bastante para explodir seu próprio carro.

É claro, ele saiu num barco antes de explodir o carro na doca.

O homem criou quatro explosões nesta área nos últimos dez minutos, e Luke seria responsável se não fugisse num momento oportuno.

Além disso, não tinha um barco. Seria impossível alcançar o Mercenário.

Saindo rapidamente de Los Angeles, Luke afundou o carro numa baía. Ele fez um grande desvio e então voltou para a casa de táxi.

Quando chegou em casa, Selina estava saindo do porão. Ela perguntou: — Você está bem?

Após alguma reflexão, Luke balançou a cabeça com um sorriso: — Estou bem. Na verdade, estou muito bem.

Selina observou por um momento e assentiu: — Tudo bem.

Luke achou engraçado: — Okay, vou tomar um banho. Vá ver TV primeiro.

Selina ficou confusa: — Hã?

Luke explicou: — Cheque as notícias de última hora.

Após um banho, viu as notícias das explosões em série pela costa de LA.

Ele se sentiu sortudo após ver por um tempo.

Felizmente, não havia ninguém na fábrica ou na doca, e nenhuma vítima inocente foi ferida.

Os dois carros explodidos antes de chegarem na doca tinham três pessoas feridas, mas nada grave.

Vol. 2 Cap. 266 Poder no Nível Mais Baixo

Luke finalmente podia relaxar.

Se houvesse múltiplas mortes esta noite, o caso teria sido investigado minuciosamente.

Agora que ninguém morreu e apenas três pessoas estavam feridas, não seria uma investigação muito séria, certo?

Bem… Talvez não.

Aquelas pessoas estiveram de olho no Mercenário, incluindo Wales, que definitivamente o perseguiria com ainda mais intensidade.

O Mercenário causou uma cena enorme, porém, conseguiu escapar com vida.

Após o Mercenário ficar sem adagas e balas, Luke poderia tê-lo desgastado.

Após a batalha, Luke estimou que os atributos físicos do Mercenário deveria ser cinco vezes o normal.

O corpo do Mercenário era mais fraco que o de Luke, então só podia aguentar os ataques de Luke com suas habilidades aterrorizantes em disparo e arremesso de faca.

No entanto, o instinto de perigo de Mercenário era tão bom quanto de Luke. Ele esquivou com antecedência e evitou o disparo de Luke várias vezes.

O Mercenário era muito forte na ofensiva e defensiva. As bombas, que era insano o bastante para carregar, também o ajudaram a escapar.

Não era à toa que ele fosse o melhor lutador do Rei do Crime, e conseguia viver tão bem em Nova York!

Se fosse menos capaz e brutal, teria sido morto há muito tempo.

Infelizmente, a batalha foi outro empate, pois o Mercenário recuou antes que Luke pudesse derrotá-lo.

Então, Luke ainda não sabia quais eram as habilidades do Mercenário.

Porém, não estava ansioso.

O Mercenário morava em Nova York, um grande campo de batalha qual Luke estava destinado. Ele um dia teria as habilidades do Mercenário!

Bebendo Dr. Pepper, Selina perguntou de repente: — Há algo que queira me dizer?

Mudando o olhar da TV para Selina, Luke retrucou: — Realmente quer saber?

Selina hesitou por um momento, mas então ergueu o queixo: — Pelo menos, você pode me dizer mais sobre o Mercenário e a atiradora que encontramos.

Luke pensou por um momento e decidiu ser impossível e desnecessário manter segredo.

Em alguns anos, várias pessoas extraordinárias apareceriam e um certo playboy até se revelaria publicamente como um super-herói na TV.

Como sua parceira, Selina já encontrou alguns daqueles seres extraordinários. Não machucaria ela saber mais sobre eles antecipadamente.

Então, Luke explicou o outro lado deste mundo de uma maneira simples e direta.

Em resumo, falou que havia muitos sujeitos incomuns neste mundo. Como sujeitos normais, alguns eram bons e outros ruins, exceto aqueles que precisavam de armas para fazer coisas ruins, enquanto os incomuns tinham super habilidades para isso.

Ouvindo essa explicação, Selina disse, após um longo momento: — Você está falando que as gângsters de rua.

Luke riu: — Na verdade, apesar do fato que eles têm habilidades, normalmente resolvem problemas da mesma maneira que os gângsters.

Se um problema não pudesse ser resolvido através das negociações, poderia ser resolvido na batalha.

A animação de Selina sumiu após ouvir esta resposta enfadonha. Ela perguntou de novo: — É por isso que quer que eu treine duro?

Luke balançou a cabeça: — Não é só você, nós dois devemos treinar mais. Não sou invencível. Lembra da mulher que vimos em Las Vegas?

Selina respondeu rapidamente: — Aquela mulher de pernas longas?

Luke assentiu: — Mal consegui atingir aquele monstro de pele vermelha, enquanto ele só podia fugir em pânico daquela mulher, o que sugere que ela está níveis acima de nós em força.

Selina indagou: — Quantos níveis?

Luke respondeu: — É como a diferença entre campeões escolares, do estado, do país e do mundo. Ela pode ser uma das melhores no mundo e nós somos apenas iniciantes.

Selina imediatamente entendeu.

Luke olhou para ela e suspirou: — Não estou exigindo coisas extremas de você, mas você pelo menos deve se destacar no nível mais baixo para aumentar sua segurança.

Selina falou: — Hã? Isso é fácil.

Luke olhou para ela com sentimentos complicados: — Esse é o nível que o Mercenário está. Quanto treinamento acha que precisará antes de poder enfrentá-lo?

Selina: — … Você tá brincando comigo! Como ele pode estar no fundo?

Luke suspirou e levantou a cabeça para olhar para o teto: — Sinto muito, mas ele realmente está no fundo.

É claro, isto era puramente de uma perspectiva de combate.

Na verdade, não seria difícil para o Mercenário assassinar alguém com suas super habilidades; suas habilidades eram adequadas demais para matar.

Selina assistiu TV por um tempo e depois foi dormir.

Luke, por outro lado, desligou a TV e foi para a oficina.

Com seu físico e Autocura Elementar, seria uma perda de tempo se não trabalhasse duro.

Suas duas horas de sono eram somente para se livrar de sua exaustão mental, não física.

Mesmo que a Força Mental de Luke tenha aumentado, ele só poderia reduzir seu tempo de sono e não o eliminar ainda.

Falando nisso, ele precisava melhorar a Força Mental para 20 o mais rápido possível. Muitas coisas mudariam após ultrapassar este limiar. Ele só estava a um nível dali.

Após o que aconteceu nesta noite, ele não acreditava que o Mercenário permaneceria aqui por mais tempo.

Muitas pessoas inocentes foram colocadas em perigo pelas explosões, e ele definitivamente receberia atenção especial por causar tamanho pânico.

Pensando nisto, Luke enviou uma mensagem para Damon, e logo recebeu a resposta.

Damon e Mindy foram espertos o bastante para sair imediatamente após as explosões.

Os dois agora estavam saindo de Los Angeles e voltando para casa.

Se ficassem por perto, seriam provavelmente encontrados quando as várias agências de aplicação da lei viessem para este caso no dia seguinte.

O Mercenário tinha o apoio do Rei do Crime, mas não seria fácil para os dois, que eram essencialmente lobos solitários, se esconderem bem o bastante.

No dia seguinte, Luke e Selina comeram o café da manhã e foram trabalhar.

Eles perguntaram a Elsa por atualizações após chegarem no departamento.

Sentindo que tiveram sorte, Elsa respondeu: — Deve ser o Mercenário. Aquele sujeito estava escondido em Los Angeles este tempo todo e nunca saiu.

Vol. 2 Cap. 267 Talento na Atuação

Luke exibiu uma expressão chocada: — Sério? O que ele fez?

Ponderando por um momento, Elsa pediu a Selina para fechar a porta.

— Dustin me contou algo. Mexi alguns pauzinhos também. — Mesmo que a porta estivesse fechada, a voz de Elsa estava mais baixa quando disse: — Ouvi que o Mercenário enfrentou uma pessoa desconhecida em uma fábrica abandonada. Eles tiveram uma luta enorme, e mais de trinta pessoas morreram. No final, Mercenário fugiu para a costa e escapou de barco.

Luke perguntou descrente: — Quem foi? Temos tal gângster durão em Los Angeles?

Elsa balançou a cabeça: — Improvável. Ele pode ter sido alguém do mesmo ramo do Mercenário, se sabe o que quero dizer.

Luke e Selina se entreolharam pensativos.

Elsa pensou que estavam pensando sobre o caso anterior: — Então, este caso não é da nossa preocupação agora. A Segurança Interna e o FBI estão na cidade a procura do Mercenário. Ele só pode voltar para Nova York, onde o Rei do Crime tem mais poder se não quiser ser encontrado.

Luke indagou com alívio: — Então estou seguro agora?

A expressão de Selina ficou bem estranha.

Elsa respondeu: — Presumivelmente, sim. Contudo, o Mercenário se escondeu por um longo tempo quando pensávamos que ele havia ido embora, então você ainda deve ter cuidado. Você ficará no departamento para guiar a Elizabeth até confirmarmos que o Mercenário foi embora.

Luke e Selina disseram: — Entendido, chefe.

Elsa falou: — Elizabeth tem os arquivos do caso. Você por ir ajudá-la.

Luke assentiu, e como de costume, Selina deu a Elsa uma caixa de sobremesas.

Elsa habilmente colocou a caixa na gaveta. Tiramisu era mais do seu gosto e gostou muito do que comeu no dia anterior.

Luke e Selina voltaram para suas mesas.

Olhando para a expressão estranha de Selina, Luke avisou resignado: — Você sabe o que é atuação? Até o Sr. Stu era um ator melhor que você. Quanto mais conhecimento tiver, mais terá que atuar. Está tudo bem na frente da Elsa, mas sua expressão pode trair você se tivesse falado com outra pessoa.

Selina assentiu em silêncio.

Ela teve que admitir que Luke se saiu muito bem e agiu como se realmente não soubesse de nada da noite passada.

Ela, por outro lado, quase caiu na gargalhada naquela hora.

Enquanto conversavam, Elizabeth e Billy se aproximaram.

Os dois novatos escolheram especificamente as mesas que estavam mais próximas de Luke, para que assim fosse mais fácil de pedir por ajuda.

Eles os cumprimentaram e Elizabeth começou a repassar a visão geral.

Seus papéis eram similares a de Luke e Selina: Elizabeth era responsável por analisar a informação e Billy pelo trabalho pesado, tal como avisar ou prender os bandidos.

Elizabeth falou: — Temos três novos casos. O primeiro é uma casa em Wever. O novo dono da casa relatou que havia um corpo lá ontem, mas os oficiais não encontraram nada. O segundo caso é em Beverly Hills. A empregada de uma celebridade foi atingida com força contundente na cabeça, e pode morrer da ferida. O último caso também é em Wever. O corpo de uma mulher foi encontrado num banco de rua. Foi relatado dez minutos atrás e estamos indo checar.

Selina perguntou: — O que há com o primeiro caso? É necessário que investiguemos quando não há corpos?

Elizabeth respondeu: — O caso não teria sido escrito se o dono não tivesse mencionado a filha dos donos anteriores; ela desapareceu um ano atrás, quando tinha cinco anos. A mãe morreu de ataque cardíaco causado pela tristeza um mês após ela desaparecer e o pai se matou na casa.

— E quanto a empregada da celebridade? — Selina perguntou de novo.

Elizabeth disse: — A celebridade disse que estava dormindo e não tem ideia de quem bateu na empregada.

Selina riu e olhou para Luke, que estava girando uma caneta entre os dedos.

Luke pensou por um momento e falou: — Vão dar uma olhada no corpo no banco. Estudaremos os arquivos dos outros dois casos primeiro.

Elizabeth assentiu e entregou os arquivos antes de sair com seu parceiro.

Luke olhou para Selina e perguntou: — Você quer pegar o primeiro?

Sem hesitação, Selina pegou o caso da empregada da celebridade.

Luke sorriu; sabia que essa seria sua escolha.

Ela sempre ansiava pelas fofocas que apareciam nos casos que envolviam celebridades.

Desde que nunca vazou os detalhes de uma investigação, Luke não a impediu.

Eles pegaram um caso cada e começaram a ler.

Levou dez minutos para Luke ler os documentos.

Um deles foi a declaração do novo dono, e o outro era a informação da garota desaparecida um ano atrás.

Não havia nada de surpreendente no documento.

Havia muitas “casas mal-assombradas” e garotas desaparecidas na América.

No entanto, quando os documentos foram colocados lado a lado, ficou bastante bizarro.

Por que o novo residente proclamou que viu a garotinha? Isso era estranho.

Vendo que terminou de ler o arquivo, Selina perguntou: — Você quer ler este comigo?

Luke assentiu e sentou no braço da cadeira para ler o arquivo com ela.

Selina estava lendo as declarações, então deu a Luke o relatório da cena do crime que já havia lido.

Luke olhou para o relatório e perguntou: — Jennifer Perry? A mulher no comercial do perfume Dior?

Selina respondeu casualmente: — Sim, ela está no comercial onde usa todos aqueles diamantes brilhantes e tira a roupa enquanto caminha.

Luke falou: — Pensei ser um comercial de diamantes quando vi pela primeira vez.

Selina expressou: — Ela é rica e famosa, então este caso é confidencial.

Luke comentou: — Pessoas ricas tem privilégios.

Selina: — As chances são de que a Elsa deu este caso para nós precisamente por causa de sua experiência em lidar com mulheres ricas.

Luke. … Você está falando sobre os homens profissionais que oferecem serviços especiais?

O celular de Luke tocou enquanto estavam discutindo. Ele olhou para o número e atendeu: — Elizabeth, e aí?

Vol. 2 Cap. 268 Corpo Estranho e Outro Assalto

Elizabeth disse no celular: — Luke, o cadáver da mulher no banco em Wever é… estranho.

Luke perguntou: — Estranho como?

Elizabeth respondeu: — Você lembra do caso da casa mal-assombrada em Wever?

Luke ficou confuso: — Eles estão relacionados?

Elizabeth respondeu: — Se não estiver enganada, esta mulher no banco… Parece ser a mãe da garota desaparecida.

Luke ficou atordoado: — A mulher que morreu de ataque cardíaco?

Elizabeth falou: — Isso mesmo. Pedimos a forense para checar as digitais, DNA e registro dentário.

Luke acariciou o queixo: — Fique aí e me mantenha informado.

Após desligar, Selina perguntou: — O que está acontecendo?

Luke deu um tapinha dela na cabeça e disse: — Acho que você acabou de perder um jackpot.

Selina balançou a cabeça, recusando o tapinha: — Você tem que fazer isso quando estamos conversando?

Luke respondeu: — O corpo no banco do caso da Elizabeth pode ser a mãe morta no meu caso.

Pensando por um momento, Selina ficou chocada: — Você está falando da mãe que morreu um ano atrás?

Luke assentiu: — Agora, qual caso você quer primeiro?

Selina hesitou por um momento, mas recusou a tentação: — Vamos seguir o caso da Jennifer primeiro, depois acompanhar o andamento do seu caso ao longo do caminho. — Luke ficou sem palavras; parecia que Selina estava indisposta a desistir do caso. Isto fazia sentido. Essa era Jennifer Perry, uma das melhores atrizes em Hollywood. Ela era muito mais famosa que uma estrela B como Katie.

Luke simplesmente satisfez o desejo de Selina e deixou o arquivo de lado.

Sem novas informações, não havia muito que podia fazer, pelo menos não até a identidade do cadáver ser confirmado. Focando no caso de Jennifer, leu o arquivo por um momento e então riu: — Esta grande estrela vive no deserto do Texas? Uma empregada na sala sangrando por horas antes de ser descoberta? Seus guardas de segurança são todos como o Selev? Nesse caso, é um milagre que ainda esteja viva.

Selina assentiu: — Os guardas disseram que não tem autorização para entrar na casa à noite a menos que seja uma emergência.

Luke falou: — Então, a casa é um contêiner selado, e ninguém de fora sabe o que aconteceu dentro, certo?

Selina respondeu: — Sim. Havia apenas três pessoas na casa naquela noite: a vítima, Millis, outra empregada chamada Manny, e Jennifer, nossa estrela.

Olhando para a foto da cabeça da empregada ferida, bem como o diagnóstico médico do hospital, fez sua opinião mudar.

Ele folheou e reexaminou o arquivo e fotos. Ponderando por um momento, balançou a cabeça: — Nenhuma arma foi encontrada?

Selina respondeu, sem levantar a cabeça: — Ainda não. Não há itens que combina na casa.

— Nem a Jennifer, ou a Manny são muito fortes, não é? — perguntou Luke.

Selina assentiu no começo, mas então balançou a cabeça: — Jennifer é normal. Saudável, no máximo. Quanto a Manny, teremos que encontrá-la pessoalmente pra ter certeza.

— Se Manny não é uma profissional, seria difícil para ela afundar o crânio da Millis assim. — Estreitando os olhos, continuou: — Vamos ir à casa da celebridade.

Selina ficou surpresa: — Estamos saindo do departamento?

Mas rapidamente voltou a si e colocou o caso na bolsa: — Tudo bem, vamos lá!

Quando viu o olhar no rosto de Luke, ela finalmente lembrou que não haviam ficado no departamento como Elsa instruiu.

Luke forçou Mercenário a fugir noite passada. Selina realmente precisava se preocupar sobre Mercenário?

Não; pelo menos, não quando ela estava com Luke.

Eles foram direto para a casa de Jennifer Perry em Beverly Hills.

Olhando para a mansão atrás do portão, os olhos de Selina brilharam: — Luke, você acha que haverá… Hm, esquece. Esqueça que perguntei.

Ela lembrou de sua fantasia de cem empregadas e um mordomo com um terno britânico clássico quando viu a grande mansão.

No entanto, as declarações que acabou de ler sugeria que havia apenas duas empregadas regulares nesta mansão, e todos os outros empregados sairiam após terminarem seu trabalho diário.

Luke pressionou um botão no portão e disse: — Sou Detetive Luke da LAPD. Esta é a Detetive Selina. Estamos aqui sobre o ferimento de Millis da noite passada.

Enquanto isso, mostrou o distintivo na câmera para os guardas poderem dar uma boa olhada. Selina fez o mesmo.

Um momento depois, alguém respondeu: — Um minuto. — Após isso, não houve mais nada.

Após aguardar por quase dez minutos, Selina não conseguiu aguentar mais. Ela perguntou surpresa: — Qual é o significado disto?

Luke riu: — Elsa e eu aguardamos por um tempão quando visitamos a Katie. Então, uma empregada correu gritando que a Katie estava morta.

Selina caiu na gargalhada: — Isso é apenas uma coincidência. Não tem como acontecer de novo…

O portão abriu de repente, e uma voz masculina soou ansiosa: — Detetives, por favor, entrem. Manny foi atacada!

Selina e Luke ficaram sem palavras.

A mansão estava em caos quando entraram.

Luke gritou: — LAPD! Pessoal, fiquem onde estão — Atordoados, todos olharam para eles.

Luke falou friamente: — Srta. Jennifer Perry e a pessoa que descobriu a empregada ferida, ficarão. O resto de vocês, saiam. Não falem entre si e sem celulares. Estamos claros?

Todos olharam entre si atordoados. Um momento depois, uma mulher linda com cabelo castanho balançou a mão: — Apenas ouçam este… Detetive.

Luke olhou para ela e perguntou: — Srta. Perry, você chamou a uma ambulância? — Jennifer respondeu em afirmação.

Luke assentiu e deixou uma dica para Selina.

Selina imediatamente entendeu seu significado. Ela rapidamente caminhou até a janela e tirou um celular que Luke fez, antes de ativar a função de gravação de voz e apontou para os quatro guardas na varanda.

Notando que Selina fez o que ele queria, Luke focou sua atenção na linda mulher na sua frente.

Vol. 2 Cap. 269 Cena de Crime Arruinada

Jennifer Perry tinha 27 anos e estava no auge da vida de uma mulher.

Sua carreira estava disparando e foi classificada entre as cinco maiores estrelas do país em termos de ganhos no último ano. Ela teve sucesso em cada perspectiva. Agora, diante desta tragédia em sua sala de estar, estava mais perplexa que chocada.

Luke gesticulou para ela sentar. Evitando cuidadosamente a bagunça no chão, examinou a empregada, que foi movida para o sofá, e balançou a cabeça.

O crânio da mulher foi fraturado com o golpe. Restava saber se sobreviveria.

Luke não tinha a capacidade para salvá-la.

Só sabia fazer primeiros socorros, não cirurgia cerebral, então parou após um breve exame.

Após pedir reforços ao departamento, perguntou a um segurança: — Foi você que a descobriu?

O segurança assentiu rapidamente: — Sim. Quando entrei, ela…

Luke o interrompeu: — Qual seu nome e trabalho aqui?

O guarda respondeu: — Me chamo Thomson Morris. Sou o chefe da segurança.

— Qual o nome e trabalho dela? — Luke apontou para a empregada no sofá.

— Manny Scott. Ela é uma empregada aqui — respondeu Thomson.

Luke assentiu: — Fique aqui. — Ele circulou a sala de estar e franziu a testa. Ele gritou quando entrou agora há pouco precisamente porque os cinco seguranças e Jennifer estavam atropelando toda a cena de crime em volta da empregada. Ele tinha certeza que a maioria das pistas na sala se foram.

Além disso, enquanto tentavam resgatar Manny, eles derramaram sangue por todo lugar.

Havia tecidos, toalhas, lenções e um kit de primeiros socorros em volta de Manny, tudo manchado com sangue.

As pessoas aqui também tinham quantidades de sangue alternado em suas roupas.

Eles só estavam tentando salvar Manny. Porém, foi fútil. Primeiros socorros normais era inútil para a ferida de Manny, e tudo que conseguiram fazer foi arruinar a cena de crime.

O departamento forense provavelmente xingaria como loucos também! Luke abaixou a cabeça em sua mão quando viu as incontáveis pegadas sangrentas de seis pessoas por todo cômodo.

— Thomson, diga-me como descobriu a Manny — pediu Luke.

Thomson, o chefe de segurança, se apressou em explicar.

A situação era muito simples. Ele estava dizendo a Jennifer que Luke estava no portal e pediu por sua permissão para deixá-lo entrar quando ouviu o grito de Manny.

Ele correu pelas portas dos fundos da sala de estar, somente para ver Manny deitada no chão, então gritou por ajuda.

Os outros seguranças chegaram e ajudaram a colocar Manny na sala de estar.

Só foi então que Thomson lembrou de Luke e apressou para destrancar o portão para deixar os dois detetives entrarem.

Luke ficou sem palavras. Você realmente acha que aqueles seguranças ajudaram? No mínimo, só ajudaram o criminoso!

Tudo que fizeram foi bagunçar completamente a cena de crime e aumentar o número de suspeitos de dois para seis. Luke resmungou internamente, Se estivéssemos em um show de detetive de TV, você definitivamente seria o assassino, e esta seria sua trama para sabotar a cena de crime!

Embora tenha reclamado, não pensou que Thomson era realmente aquele que cometeu o crime.

Após ser um detetive por um tempo, sabia quão inseguros os preconceitos podiam ser.

Os outros detetives só poderiam ser capazes de seguir sua intuição, mas Luke tinha o Olfato Aguçado.

Embora os cheiros no cômodo estivesse uma bagunça completa e fosse como um nó complicado de cheiros, ele ainda conseguiu trabalhar com isso.

O cheiro de Jennifer era o mais simples. Era o único que veio da escada, e transportado pela menor distância. Então havia o cheiro de Manny. Aqueles dois poderiam ser descartados primeiro.

Julgando da ferida de Manny, os seguranças eram os suspeitos mais prováveis que Jennifer.

Luke falou: — Fiquem onde está. Thomson, você pode sentar no sofá se estiver cansado. Não me incomode.

Então, contornou a bagunça de sangue e pegadas no chão e começou sua investigação.

Poderia ser problemático para outras pessoas revelar o criminoso, mas Luke tinha uma pista, a arma do crime.

Segundo a descrição de Thomson, e considerando quão rápido Luke chegou. Era impossível o criminoso ter se livrado da arma tão rápido.

O sangue de Manny e o cheiro do criminoso com certeza estariam na arma.

Fungando por um momento, Luke percebeu algo, mas não disse nada.

Ele chegou em Selina, que estava na janela, e fez uma pergunta com o olhar, porém, ela balançou a cabeça.

Isso significava que nenhum dos seguranças do lado de fora exibiu alguma anormalidade.

Entretanto, Luke já tinha uma teoria de quem era o perpetrador.

Pode parecer difícil de descobrir a pessoa, mas Luke conseguiu travar no homem com seu Olfato Aguçado. O problema mais desafiador no caso foi resolvido, e tudo que precisava era da evidência agora.

Vinte minutos depois, os forenses chegaram.

Luke os parou e sussurrou algo para a pessoa encarregada, que assentiu levemente.

Um dos dois cientistas forense lidaram com as pessoas de fora, e o outro com a sala.

Todos tiraram as roupas com manchas de sangue, que eram evidências.

Em seguida, aquelas pessoas tiveram que sair da mansão até os cientistas forenses terminassem com seu trabalho.

Jennifer não foi exceção. Acompanhada por Selina, ela tirou os sapatos e trocou de roupas, antes de sentar no jardim.

Luke entrou novamente na sala de estar e apontou para o fundo de um armário não muito longe da porta dos fundos.

Vendo o movimento de Luke, um dos cientistas forenses ligou a lanterna e encontrou um bastão extensível embaixo do armário. Havia sangue óbvio no bastão.

Luke, por outro lado, subiu as escadas para o segundo andar. Abriu a porta de um dos quartos e respirou fundo.

Não havia erros: Este era o quarto de Jennifer. Somente seu cheiro e daquelas duas empregadas estavam neste quarto.

Entretanto, a expressão de Luke ficou estranha, e não entrou no quarto.

Vol. 2 Cap. 270 Grande Revelação

Observando o quarto da porta por um tempo, Luke confirmou seus achados com Olfato Aguçado novamente antes de fechar a porta.

Ele desceu as escadas e ligou para Selina: — Onde fica os quartos das empregadas?

Selina perguntou a Jennifer e logo respondeu: — Os quartos ficam no primeiro andar abaixo do quarto de Jennifer. O quarto da Manny é a da porta azul, o de Millis tem a porta vermelha.

Luke desligou quando estava fora dos quartos.

Nenhum quarto estava trancado, mas Luke não entrou. Ele simplesmente ativou Olfato Aguçado novamente.

Um momento depois, foi ao jardim, uma expressão ainda mais estranha estava em seu rosto. Ele sentou na frente de Jennifer no jardim e perguntou: — Srta. Perry, você notou algo de errado quando a Millis foi ferida noite passada?

Jennifer respondeu com calma: — Não. Não me senti bem noite passada e fui para a cama mais cedo. Não ouvi nada.

Luke comentou: — Isso é compreensível. Posso dizer que seu quarto deve ser à prova de som.

Jennifer assentiu: — Tenho problemas para dormir e acordo com qualquer barulho, então meu quarto tem que ser quieto.

Luke indagou: — Quanto tempo suas empregadas trabalham para você? — Após um breve silêncio, Jennifer respondeu: — Manny fará três anos e dois meses trabalhando para mim. Millis faz quatorze meses.

Luke perguntou: — Elas são próximas?

Jennifer respondeu com calma: — Acho que sim. Pelo menos, nunca as vi brigar.

Luke tossiu e continuou: — Você permite que seus empregados tenham relacionamentos românticos entre si?

Jennifer ficou atordoada: — O quê?

Luke perguntou com uma expressão estranha: — Se um segurança se apaixonar por uma empregada, você os despedirá?

Jennifer assentiu rapidamente: — É claro; está estipulado no contrato que serão despedidos, pois pode afetar o trabalho. Acredito que a polícia tenha regras similares, certo?

Luke assentiu: — Sim. Então, você não está ciente de nenhum tipo de relacionamento assim aqui?

Jennifer ficou atordoada: — Hã?

Luke explicou: — Em outras palavras, você não sentiu que nenhum deles estava junto, caso contrário, alguém teria sido despedido, certo?

Após um breve silêncio, Jennifer assentiu: — Sim.

Luke falou: — Okay, isso é tudo por agora. Srta. Perry, você pode ficar aqui ou descansar em algum lugar fora; vai levar um tempo enquanto até a forense terminar.

Jennifer disse: — Tudo bem. Ficarei bem aqui. Não causarei nenhum problema.

Luke assentiu e saiu com Selina.

Após saírem da casa, Selina perguntou: — Você encontrou algo?

Luke respondeu: — Posso adivinhar mais ou menos quem feriu a Manny, mas não consigo determinar um motivo.

Selina o exortou: — Fala logo.

Luke disse: — Vamos falar no carro. Não fale sobre um caso em um ambiente inseguro, lembra?

Selina imediatamente fechou a boca.

Na verdade, este era um entendimento entre ambos.

Não era apenas em casos; seus segredos, tais como os movimentos ou equipamento de Luke, não eram para discutir em ambientes inseguros.

Se Luke conseguisse criar uma ferramenta para ouvir remotamente seus alvos, era possível que as outras pessoas tivessem equipamentos similares.

Após entrarem no carro, Luke pressionou um botão para garantir que era seguro, então falou: — Manny foi atacada pelo segurança chamado Morgan James.

Selina não falou nada e simplesmente esperou ele terminar.

Luke riu: — Morgan tem um relacionamento secreto com a Millis, que foi ferida noite passada.

Os olhos de Selina brilharam quando ouviu as notícias animadoras.

Luke continuou: — Manny, por outro lado, está em um relacionamento com Thomson, o chefe de segurança.

— Meu Deus! — Selina perguntou chocada: — Por que a Manny foi atacada? Foi porque ela descobriu que a Millis e o Morgan estavam num relacionamento? Mas isso é apenas um trabalho. Não há necessidade em matá-la, certo?

Luke riu e pegou seu celular: — Chefe, preciso de um mandado de busca para a casa da Jennifer.

Elsa ficou surpresa: — Por quê? Você sabe que isto pode causar problema. Se a grande estrela ficar chateada, pode contratar um advogado especificamente para fazer uma reclamação contra você.

Luke explicou: — Eu sei, então estou pedindo por um mandado para procurar nos quartos das empregadas e seguranças, não o dela.

Elsa ficou aliviada ao ouvir isso.

Todos os seguranças eram suspeitos, e era rotina procurar em seus quartos, então falou: — Okay, vou pedir.

Luke: — Chefe, preciso de um mandado assim que possível. Certa evidência pode desaparecer quando a forense terminar e aquelas pessoas voltarem aos seus quartos.

Elsa imediatamente percebeu que Luke encontrou algo e o mandado de busca era para preservar a evidência legítima.

Ela disse: — Um mandado de busca eletrônico será enviado para seu celular em dez minutos, no máximo.

De fato, Luke recebeu um mandado de busca eletrônico em apenas cinco minutos. Os dois saíram e voltaram para casa. Encontraram Jennifer no jardim e mostraram o mandado de busca.

A expressão de Jennifer mudou imediatamente: — Você não pode fazer isso.

Então, percebeu que Luke e Selina estavam olhando para ela sorridentes, como se esperassem sua mudança.

Jennifer cerrou os dentes: — Vou chamar meu advogado.

Luke sorriu: — Srta. Perry, mesmo que chame seu advogado, levará pelo menos uma hora para encontrar o juiz e cancelar o mandado de busca. Nossa busca estará terminada até lá. Você acha que isso vai ajudar?

Jennifer parecia ainda mais medonha: — O que você quer?

Ela também sabia que seu advogado não poderia ajudar, mas havia certas coisas em sua casa que não podiam ser encontradas.

O que temia era dos paparazzi que eram fanáticos sobre seus assuntos privados, não a polícia.

Luke continuou sorridente: — Srta. Perry, somos detetives, estamos aqui num caso. Duas agressões graves que poderiam ter se transformado em assassinatos aconteceram aqui.

Jennifer hesitou, sua expressão continuou mudando: — O que está tentando dizer?”

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