Vol. 2 Cap. 271 Gravações Secretas e Arma do Crime

Olhando nos olhos de Jennifer, Luke falou com calma: — Por favor, coopere conosco enquanto trabalhamos neste caso. O que faz com seus empregados não é da nossa conta. Srta. Perry, você é rica e provavelmente conhece muitas pessoas, mas não pode reduzir o impacto negativo que este incidente pode ter se a verdade vazar. Se isso acontecer, você não acredita que pode manter o que aconteceu aqui em segredo da mídia, acredita?

Lutando consigo mesma, Jennifer finalmente respondeu em voz baixa: — Você pode me prometer… — Ela realmente não sabia o que queria dizer.

Luke sorriu: — Srta. Perry, você não tem escolha. Será um enorme problema se esta caso não for resolvido rápido. Você pode encontrar problemas após o caso ser resolvido, mas isso será mais fácil de lidar.

Em todo caso, Jennifer não era uma idiota. Afinal, uma idiota não teria sido capaz de se tornar uma superestrela nacional.

Ela finalmente assentiu: — Então vou com você.

Luke pensou por um momento antes de concordar. Não estava preocupado de que ela pudesse causar problema.

Pelo contrário, esta estrela pode revelar alguma informação mais interessante durante a investigação.

Após os três entrarem, Luke pediu Selina para procurar nos quartos.

Logo, encontraram muitos… Brinquedos sexuais nos quartos das empregadas.

Alguns eram elétricos e outros manuais. Também eram feitos de materiais diferentes.

Selina deu uma olhada estranha para Luke, e este gesticulou para ela continuar.

Rapidamente, para a dica de Luke, Selina encontrou um compartimento oculto embaixo da cama de Millis. Havia muitas fitas de vídeo no espaço.

A expressão de Jennifer ficou muito feia porque precisava haver um motivo para aquelas fitas de vídeo terem sido tão bem escondidas.

Luke olhou para ela, mas não falou nada.

Ele tirou um saco de evidência e colocou todas as fitas de vídeo dentro.

— Srta. Perry, podemos ir ao seu quarto? — perguntou Luke.

Jennifer recusou rapidamente: — Seu mandado de busca não inclui meu quarto.

Luke assentiu: — Se esse é o caso, terminamos aqui. Selina, feche a porta.

Após a porta fechar, Luke colocou as luvas e pegou as fitas de vídeo que tinha “EU” nelas. Então, escolheu a fita de vídeo mais recente e inseriu no videocassete no quarto. Um momento depois, a TV começou a rodar a gravação.

Selina, que estava encarando a tela, ficou completamente chocada.

Luke ficou em silêncio.

Ele havia mutado a TV mais cedo, então o quarto estava em completo silêncio.

Dez segundos depois, ele trocou a fita de vídeo com outra que tinha “TODAS” nela.

Jennifer corou tanto que parecia estar prestes a explodir: — O que… O que você quer?

Luke pressionou o botão de pare, tirou a fita, e desligou a TV. Ele se virou e olhou para a estrela serenamente: — É muito simples: quero que me ajude a resolver este caso o mais rápido possível. Quanto a estas fitas de vídeo, é possível que não estejam relacionadas ao caso, certo?

Jennifer foi convencida: — Então me entregue todas agora.

Luke balançou a mão: — Me perdoe, mas não posso devolver até resolvermos o caso. Afinal, esta é a prova que pode ter um motivo para matá-las.

Jennifer rangeu os dentes: — Se quiser levá-las, como sei que não vai fazer uma cópia delas?

Luke falou: — É muito simples. Resolvemos os dois casos hoje, e não terei que levar as fitas de vídeo.

Jennifer perguntou descrente: — O quê? Como isso é possível?

O sorriso de Luke desapareceu e olhou para ela com calma: — Srta. Perry, você realmente não sabe de nada? Quero que confesse tudo que sabe. Você não tem nada a esconder agora, certo? — Ele balançou a fita de vídeo em sua mão.

Jennifer estava constrangida e levemente com raiva. Após um longo tempo, finalmente suspirou: — Tudo bem, o que quer saber?

Luke perguntou: — Os seguranças sabem do seu relacionamento com as duas empregadas? Diga-me, mesmo que só seja suspeita.

Jennifer balançou a cabeça: — Isso é impossível. Só fazemos em segredo… É por isso que proíbo seguranças de entrar na casa à noite.

Luke indagou: — Você pediu a Millis para gravar os vídeos?

Jennifer cerrou os dentes: — Nem pensar, não sou idiota. Ela gravou secretamente. O que ela quer, exatamente?

Luke expressou: — Talvez manter as fitas de vídeo como souvenirs, ou talvez ameaçar você algum dia. De qualquer forma, Millis gravou os vídeos sem seu conhecimento?

Jennifer assentiu triste: — Sim.

Luke questionou de novo: — E quanto a Manny? Você notou algo estranho sobre ela?

Jennifer respondeu: — Não realmente, exceto que… — Ela parou de vergonha.

Luke levantou a mão, dizendo para ela continuar.

Ela só podia abaixar a cabeça e prosseguir numa voz baixa: — Exceto… Exceto que elas lutam pela minha afeição de vez em quando.

Selina ficou completamente perplexa pela conversa.

O que a estrela fez foi uma grande surpresa para ela.

Luke assentiu e perguntou: — O que acha do Thomson, o chefe da segurança?

Jennifer ficou confusa: — Hã? Acho que ele faz um bom trabalho.

Luke quase riu, mas conseguiu se conter: — E quanto ao Morgan?

Jennifer pensou por um momento antes de balançar a cabeça: — Ele não é nada de especial.

Luke ficou sem palavras: — Vamos lá. Srta. Perry, você pode vir conosco se não confia em nós.

Jennifer perguntou: — Hã? Onde?

Luke respondeu: — Procurar nos quartos dos seguranças. Afinal, todos são suspeitos agora, não são?

Dez minutos depois, Luke e os cientistas forenses saíram do dormitório dos seguranças com um saco de evidência.

Jennifer estava fora do dormitório com Selina, que estava segurando um saco que cotinha as fitas de vídeo. Vendo Luke e o item no saco, Jennifer corou de novo: — O que… O que você está fazendo?

Luke disse misteriosamente: — Esta é a arma do crime.

Selina e Jennifer exclamaram: — O quê?

Nitidamente, nenhuma delas estava convencida de que o item poderia ser uma arma do crime.

Com um sorriso estranho, Luke indagou: — Embora seja destinado para satisfazer as senhoras, quem disse que não pode ser usada para fraturar o crânio da Millis?

Jennifer e Selina ficaram chocadas.

Elas nunca consideraram tal possibilidade inacreditável.

Vol. 2 Cap. 272 Nunca Vi este Tipo de Arma do Crime Antes

Luke mostrou o item e falou: — Você vê o sangue nisto? Deve ser da Millis.

Ele entregou o saco de evidência para o cientista forense que estava com ele. O cientista forense claramente também ficaram surpresos: — Nunca vi este tipo de arma do crime antes em todos meus anos de trabalho. Este assassino é realmente um gênio.

Luke olhou para ele: — Apenas mantenha para si. Este caso ainda não foi resolvido.

O homem de meia-idade deu de ombros: — Confie em mim, ninguém gosta de ouvir os detalhes do meu trabalho.

Luke riu e não tinha nada a dizer sobre isso.

A maioria das pessoas não sabia quão nojento o trabalho forense poderia ser.

Também era um dos motivos pelo qual era muito difícil para um cientista forense que um oficial normal encontrar uma alma gêmea.

— Investigue a arma do crime primeiro — Luke pediu: — Estarei esperando para fechar este caso.

O homem de meia-idade assentiu: — Os resultados sairão esta noite. Ligarei para você.

Este era um caso critico que tinha que ser resolvido antes da mídia notar e fazer reportagens, ou as habilidades da polícia seriam questionadas. O cientista forense priorizaria este caso mesmo sem o lembrete de Luke.

O cientista forense saiu com um monte de evidências e Luke voltou à mansão.

— Vamos ver seu quarto — disse Luke.

Jennifer não hesitou desta vez. Afinal, agora que este detetive tinha as fitas de vídeo de seu maior segredo, não tinha nada mais a esconder. Indo ao quarto, Luke olhou para ela e perguntou: — O que você estava fazendo quando a Millis foi atacada?

Envergonhada, Jennifer falou baixinho: — Eu… Não estava fazendo nada.

Luke apontou para o armário no canto do quarto: — Quer que eu abra o armário e cheque?

Jennifer exclamou: — Não, isso é desnecessário. Na verdade, estava aguardando pela Millis no meu quarto. Ela falou que ia buscar algo, mas nunca retornou.

Luke perguntou: — Por que não foi procurar por ela? Você tem um sistema de ligação bem conveniente em sua casa, certo?

Jennifer abaixou a cabeça e respondeu: — A Manny também estava aqui, então eu esqueci…

Luke ergueu a sobrancelha: — Então, antes da Millis ser atacava, você, a Manny e a Millis estavam juntas?

Jennifer só podia assentir, nem ousando olhar para ele.

Selina ficou completamente calada. Achou impossível de entender o estilo de vida dos ricos e famosos.

Luke não ficou nada surpreso. Havia descoberto vários segredos com o Olfato aguçado. O cheiro nunca mentiria.

Seus atributos físicos eram muito maiores que de uma pessoa normal e seu Olfato Aguçado também foi melhorado.

Com tempo suficiente, e desde que o ambiente não fosse atingido pelo vento ou uma tempestade, poderia agarrar os detalhes sutis com o Olfato Aguçado.

Por exemplo, não era estranho que ele tivesse detectado os cheiros das duas empregadas no quarto de Jennifer, mas o cheiro de certos fluidos corporais certamente não era normal.

Ainda mais estranho foi que os cheiros distintos estavam misturados e vieram de várias roupas e itens pessoais. Havia roupas similares e itens nos quartos das empregadas também.

Enquanto Selina ainda estava chocada pelas fitas de vídeo, Luke já havia entendido isto.

— E quanto a esta manhã? Você ouviu o grito da Manny quando estava conversando com o Thomson? — Luke perguntou.

Jennifer assentiu: — Ouvi.

Luke indagou: — Você tem certeza de que ouviu a Manny gritar durante a conversa com ele?

Jennifer franziu a testa por um momento e assentiu lentamente: — Ouvi Manny gritar de repente enquanto conversávamos.

— Os seguranças podem entrar à noite na sua casa sem te alertar? — Luke perguntou.

Jennifer balançou a cabeça: — Eles podem ter um controle para abrir a porta, mas recebo uma notificação quando qualquer um é usado, e posso rastrear se abriu.

Luke: — E se abrir de dentro? Haverá um registro?

Jennifer ficou atordoada: — Por que eu abriria a porta… Espera, você está falando das empregadas?

Ela entendeu de repente, e balançou a cabeça: — Haverá um registro se a porta for aberta de dentro, mas as empregadas não podem apagar isso.

Por outro lado, Luke estava pensando que, se os seguranças estavam conspirando com as empregadas, poderiam entrar na casa sem Jennifer perceber.

— Isso é tudo por enquanto. — Luke pediu: — Provavelmente vamos ficar aqui por algum tempo. Podemos colocar o carro para dentro?

Naturalmente, era impossível para ela recusar.

— Muito bem. Srta. Perry, você está livre para ir agora. Ficaremos aqui por um tempo.” Os olhos de Luke pararam brevemente nas fitas de vídeo.

Jennifer só podia continuar assentindo. Ela certamente não queria que tirassem as fitas de vídeo de sua vista. Luke rapidamente estacionou o carro no pátio.

Então, conversou com Selina por um longo tempo no carro.

Após isso, Selina fez companhia a Jennifer e Luke preparou alguma comida e água para eles na cozinha.

Como uma das grandes estrelas, Jennifer tinha todos os tipos de comida exótica na casa.

Selina não era exigente com comida, mas bebeu o Dr. Pepper que estava no carro de Luke e não a água VOSS de Jennifer.

Enquanto Jennifer estava distraída, Luke entrou novamente no quarto de Millis e assistiu a única fita que tinha um número especial nela.

Então, riu, sentindo-se entediado.

Naquele momento, lembrou de repente do que Takagi perguntou antes: — Que tipo de terroristas são vocês? Vocês só querem dinheiro?

Agora, ele estava com vontade de gritar, Que tipo de amor é este? A arma do crime e as fitas de vídeo eram o bastante para mostrar o que aconteceu.

Entretanto, Luke ainda não podia encerrar o caso, porque não tinha nenhuma prova.

A menos que o criminoso tivesse deixado evidência na arma do crime, o caso não poderia ser encerrado, mesmo que soubesse de cada detalhe.

Ele então falou com Selina por um tempo, e disse para ela tirar um cochilo enquanto fazia companhia a Perry.

Luke pegou um pouco de água e perguntou: — Srta. Perry, o que fará quando o caso for encerrado?

Jennifer estava claramente perdida: — Eu… Não sei.

Luke assentiu: — Compreensível. — A estrela ficaria definitivamente traumatizada após este incidente.

De repente, seu celular tocou.

Vol. 2 Cap. 273 Ligue para Sua Família quando Estiver em Problemas

Luke atendeu a ligação, só para ficar atordoado. Simplesmente falou: — Entendido.

Jennifer parecia calma, mas seu olhar estava fixo no detetive: — O que aconteceu?

Luke escorou na cadeira e olhou para o céu azul: — Srta. Manny Scott acabou de falecer no hospital.

Várias emoções passaram pelo rosto de Jennifer, antes de eventualmente suspirar e cobriu o rosto com um chapéu enquanto inclinava contra a cadeira.

Luke balançou a cabeça secretamente, mas não interrompeu seu choro silencioso.

Ele se levantou e foi fazer uma ligação: — Ei, os resultados da arma do crime já saíram? Pelo menos terminaram com o bastão extensível?

Um momento depois, desligou impotente e suspirou: — Parece que ele não é um completo idiota, no final.

O exame do bastão extensível revelou duas coisas.

Primeiro, era realmente a arma que foi usada para atingir a cabeça de Manny, pois tinha seu sangue e cabelo nele.

Segundo, havia as digitais de apenas uma pessoa, e pertenciam a Thomson.

Quanto ao produto de borracha das senhoras, tinha o sangue de Millis. Então, alguém deve tê-la golpeado na cabeça noite passada.

Porém, não havia digitais no produto.

Uma das armas do crime foi encontrada na porta dos fundos da sala de estar, e a outra num canto do banheiro comunitário dos seguranças.

Portanto, era impossível condenar alguém usando as armas do crime.

Após uma breve hesitação, Luke finalmente fez uma ligação: — Grissom, sou eu, Luke. Está livre agora?

Velho Grissom respondeu casualmente: — Não, mas posso te dar cinco minutos.

Luke ficou contente: — Estou trabalhando num caso. Encontrei a arma do crime, mas pertence a outra pessoa e as digitais do criminoso não estão nela. Você tem alguma sugestão?

Velho Grissom: — Que tipo de arma?

Luke: — Um bastão extensível.

Velho Grissom: — Onde atingiu? A cabeça?

Luke: — Sim.

Velho Grissom: — Cheque se o sangue da vítima pode ser encontrado nas roupas do suspeito.

Luke: — O suspeito fingiu estar resgatando a vítima com todos, então tem muito sangue em suas roupas.

Velho Grissom: — É mesmo? Mande seus cientistas forenses me enviaram as fotos do sangue nas roupas. Vou dar uma olhada.

Luke: — Hã? Posso fazer isso?

Velho Grissom: — Estou pedindo por fotos, não a evidência em si. Direi se encontrar algo. Okay, estou muito ocupado. Envie as fotos no final do dia.

Luke: — … Okay.

Um momento depois, contatou o departamento forense e pediu para enviar as fotos.

O departamento forense não discutiu. Afinal, era o maior especialista do país que estava pedindo pelas fotos.

Como pessoas do ramo, sabiam melhor que Luke como o homem Gilbert Grissom era maravilhoso.

Em menos de uma hora, Velho Grissom ligou de volta: — Algo está errado com o sangue nas fotos M12, M17 e M33. O padrão só pode ter sido causado por um salpico em alta velocidade. Se necessário, faça seu departamento forense encontrar um especialista em análise de padrão de sangue. Isto bastará como prova.

Luke perguntou: — E se o sangue foi causado quando alguém balançou a mão? Havia muitas pessoas em volta.

Velho Grissom: — Isso é improvável, a menos que alguém foi atrás do suspeito e moveu como se estivesse arremessando uma bola de beisebol. Mas mesmo assim, o padrão seria um pouco diferente. Esqueça, vou de mandar um número. Você pode dizer a ela que te enviei, e peça-a para fazer uma análise de padrão de sangue para você. Preciso te avisar, no entanto, o preço dela é muito alto.

Velho Grissom era um homem ocupado, e desligou logo após isso.

Após pensar por um momento, Luke não ligou para o número. Ao invés disso, encaminhou a conclusão do Velho Grissom para o departamento forense.

Muito rapidamente, o departamento forense ligou de volta: — É verdade que há algo errado com o padrão de sangue.

Luke perguntou: — Isso convencerá o juiz?

O cientista forense respondeu: — Sim, a menos que o suspeito seja rico o bastante para contratar um especialista mais profissional para refutar nossa conclusão. Então, ele é rico?

Luke olhou para o dormitório dos seguranças e riu: — Bem, acho que não.

O cientista forense falou: — Então não é um problema. A menos que tenha guardado todo seu dinheiro por anos e não gastado nada, não pode pagar um especialista como esse.

Luke desligou e pensou por um momento. Um caso foi resolvido, mas e quanto ao outro?

Ele fez outra ligação: — Elsa, alguma atualização no caso da Jennifer Perry?

Elsa respondeu: — O chefe perguntou uma vez. Ele não começou a pressionar ainda, mas acredito que estejamos sob muita pressão em um ou dois dias.

Luke expressou: — Encontrei um suspeito e tenho certeza que ele é culpado, mas só temos uma análise de padrão de sangue, o que não é o bastante para provar que é o assassino. Você pode lidar com ele?

Luke: — Me dê seu arquivo. Vou lidar com ele. Hein, espera, por que vocês não estão voltando?

Luke respondeu: — Porque há dois casos e dois assassinos, e só encontrei um deles.

Elsa: — … Tudo bem. Tentarei encontrar mais pistas para você do meu lado.

Luke: Não se pressione demais. Será bom o bastante se puder cuidar do suspeito. Trabalharei mais do meu lado.

Luke encerrou a ligação e ligou para Elizabeth: — Elizabeth, me ajude a investigar alguém; cheque seu registro criminal, histórico de relacionamento e bens pessoais. Me envie a informação para a casa da Jennifer quando terminar.

Um momento depois, Elizabeth veio com os arquivos. Ela perguntou curiosamente: — Você fez algum progresso hoje?

Luke assentiu: — Bem, com alguma sorte, os dois casos aqui serão resolvidos hoje.

Os olhos de Elizabeth brilharam: — Tão rápido?

Luke disse: — Nossa chefe e você ajudaram muito. Levaria dias se eu tivesse que investigar meus casos sozinho.

Elizabeth certamente não levou isto a sério: — Você está me elogiando demais. Tudo que fiz foi reunir a informação para você.

Enquanto lia os arquivos, Luke perguntou: — Encontrou algo?

Elizabeth respondeu: — Duas coisas. Primeiro, Thomson está passando por um divórcio. Segundo, sua mãe vem recebendo transferências bancárias regulares. Adivinha quem vem dando o dinheiro?

Luke retrucou: — Aposto que não é a esposa.

Elizabeth achou divertido: — Se ela fosse tão generosa, não estaria exigindo tanta pensão alimentícia de Thomson.

Luke riu: — Haha, posso ver isso. Valeu, Elizabeth, isso ajudou muito. — Ele então entrou na casa.

Vol. 2 Cap. 274 Derrubando Morgan

Elizabeth apressou em segui-lo: — Posso ir com você?

Luke respondeu sem olhar para trás: — Este é seu caso em primeiro lugar. Estava planejando se esconder atrás? — Ao ouvir isso, Elizabeth o seguiu feliz até a mansão.

Na realidade, embora fosse seu caso, Elsa pediu a Luke para investigá-lo.

Elsa indicou anteriormente a Elizabeth que enquanto trabalhasse duro quando estivesse com Luke, não seria injustiçada. Ela ficou levemente confusa naquela época.

No começo, pensou que Luke lhe daria a orientação em troca do trabalho sujo que ela teria que fazer por ele. Contudo, após alguns casos, percebeu que estava pensando demais nas coisas.

Após resolver seus casos com muita ajuda de Luke, ela passou os relatórios, mas Luke simplesmente retirou a menção de seu envolvimento para eles.

Dessa maneira, Elizabeth e seu parceiro ganharam todo o crédito por eles.

Ela achou um tanto estranho quando entregou seu primeiro relatório a Elsa, porém, está simplesmente respondeu: — Continue, e ouça o Luke.

Elizabeth imediatamente entendeu. Luke não estava interessado em ganhar crédito por resolver um caso e simplesmente focou em resolvê-los. É claro, ela sabia o motivo dele estar sendo tão seguro de si; era porque era o detetive mais eficiente da Divisão de Crimes Graves.

Luke realmente não precisava de crédito, enquanto Elizabeth e seu parceiro certamente se lembrariam do favor.

Luke era preguiçoso demais para reivindicar o crédito dos casos de Elizabeth.

Além disso, o sistema lhe dava experiência e pontos de crédito quando os casos de Elizabeth eram resolvidos, o que já era bom o bastante para ele.

Nos dias recentes, Elizabeth estava realizando animada as tarefas passadas por Luke.

Por exemplo, poderia passar cinco horas procurando pelo homem, e ninguém a culparia por isto. Porém, terminou a tarefa em uma hora.

Após Luke e Elizabeth entrarem, a última cumprimentou obedientemente Selina.

É claro, seria ainda melhor se pudesse ter um parceiro como Luke.

Ele levou Thomson até o jardim. Mostrou o gravador que estava segurando e perguntou: — Vou gravar nossa conversa. Está tudo bem para você?

Thomson franziu a testa e hesitou por um momento, mas notando o olhar estranho de Jennifer, só podia assentir: — É claro.

Luke falou: — Muito bem. Vamos começar. Qual seu relacionamento com Manny?

Atordoado por um momento, Thomson respondeu triste: — Somos bem próximos. Acho que somos amigos.

Luke: — Oh? Que tipo de amigos? Amigos que só dizem oi de passagem, amigos que conversam, ou amigos que são mais próximos?

Thomson: — Conversamos de vez em quando. Afinal, trabalhamos aqui.

Luke: — Onde estava após a meia-noite do da noite passada?

Thomson: — Dormindo no meu quarto.

Luke: — Como o chefe da segurança, você não tem que patrulhar à noite?

Thomson: — Temos dois turnos. Não estava no dever noite passada.

Luke: — Então, você não estava no quarto da Manny noite passada?

Thomson parecia um tanto tenso, porém, ainda respondeu calmamente: — Não.

Luke assentiu: — Okay, você pode fazer uma pausa.

De repente, o celular de Luke tocou.

Ele olhou para o número e caminhou para o lado. Conversou no celular por um tempo e olhou para Thomson, que acabara de se levantar.

Thomson, que estava desconfortável em primeiro lugar, ficou ainda mais. Aturdido por um momento, finalmente se afastou. Contudo, não pôde deixar de virar a cabeça para olhar para Luke várias vezes no caminho.

Luke estava o encarando enquanto falava no celular.

O coração de Thomson estava acelerado. Teve uma sensação ruim.

Na realidade, a ligação não era totalmente sobre Thomson.

A ligação era de Elsa. Morgan não conseguiu aguentar a pressão e confessou.

Morgan confessou muitas coisas, mas não eram muito importantes.

Após Luke descobrir a evidência da mancha de sangue, Elsa descobriu evidência ainda mais solida da gravação levada.

A mansão de Jennifer em Beverly Hills tinha muitas câmeras.

Morgan fora um guarda de segurança por um longo tempo e planejou tudo quando atacou.

Entretanto, a chegada de Luke esta manhã estava fora das expectativas, e algo deu muito errado quando mudou a culpa para Thomson.

Após examinar a gravação, Elsa descobriu que todos os guardas tinham álibis, exceto Thomson e Morgan.

Portanto, só podia ter sido um dos dois que teve a oportunidade para matar Manny.

Jennifer não era uma suspeita. A menos que tivesse super habilidades, não teria força para fazer um buraco no crânio de Manny.

Ela não era uma estrela de filme de ação, e malhava apenas para manter sua figura, não aumentar a força.

Desde que Jennifer estava conversando com Thomson quando o crime aconteceu, Morgan era o principal suspeito. Porém, Morgan não podia ser condenado só pela gravação. Afinal, ninguém podia provar que os cinco guardas e Jennifer eram as únicas pessoas na casa, e era possível que mais alguém tivesse invadido.

A análise de padrão de sangue, todavia, foi o ponto de virada. A mancha de sangue que Velho Grissom comentou que poderia ter sido causada ao atingir a vítima com um bastão. Com as duas evidências, Morgan não podia escapar, não sem um bom advogado.

Além disso, esteve na sala de interrogatório e não tinha ideia de que Manny já estava morta.

Assim, pensou que era apenas um ataque e não tinha ideia que virou um assassinato. Após Morgan se declarar culpado, confessou muitas coisas, incluindo o motivo de ter atacado Manny.

Ele falou que foi uma represália porque Manny feriu Millis primeiro. Somente as três mulheres estava na casa noite passada. Jennifer gostava de Millis, que era mais jovem e melhor. Era altamente improvável que tivesse a matado.

Era provável que Manny tivesse feito isto, temendo que Millis a substituísse.

Além disso, foi ela que também encontrou Millis inconsciente na sala de estar.

No entanto, após ouvir o que Elsa falou e lembrando dos arquivos que leu, entendeu de onde Morgan estava vindo.

As duas empregadas tinham um relacionamento especial com Jennifer. Era possível que uma delas tivesse atacado a outra por inveja.

Se Luke não tivesse o Olfato Aguçado, também não teria acreditado que Manny era uma suspeita. Porém, com sua habilidade, sabia que foi Thomson que atacou Millis.

Vol. 2 Cap. 275 Perfume e Câmera

Então e quanto a evidência?

Luke pensou por um momento antes de levar Elizabeth para a casa.

No caminho, perguntou: — Elizabeth, como o outro caso está indo?

Caminhando atrás dele, Elizabeth respondeu baixinho: — É realmente estranho. Aquele corpo… é realmente da mãe.

Luke não esperava essa resposta, e pausou por um momento: — Não vamos ser apressados. Terminaremos este caso antes de pensarmos naquele corpo que ainda está fresco mesmo após ser morto por um ano.

Elizabeth assentiu, e não duvidou nenhum pouco de que Luke conseguiria resolver este caso hoje.

Enquanto caminhava, Luke perguntou: — O que você faria para encontrar a evidência de que foi o Thomson que fez isto?

Elizabeth sabia que Luke estava usando este caso para ensiná-la. Ela imediatamente franziu a testa e refletiu sobre isto.

Ela só leu o arquivo de Thomson. O homem era bastante suspeito, mas não havia evidência que o ligava ao ataque de Millis.

Sem digitais, sem mancha de sangue, sem testemunha, sem imagem de vigilância — nada.

Mesmo que estivesse mentindo, isso não provava que cometeu o crime.

Pensando por um momento, Elizabeth sugeriu: — A cena do crime, Millis foi encontrada na sala de estar, mas do que vi no relatório, a sala de estar estava limpa e arrumada demais para ser a cena do crime.

Luke assentiu: — Continue.

Elizabeth prosseguiu: — Ela poderia ter sido atacada em seu quarto?

Luke assentiu, mas então balançou a cabeça: — Checamos seu quarto e não encontramos nada.

Elizabeth franziu a testa: — É possível que tenhamos deixado algo passar?

Luke retrucou: — É possível. Você tem algum outro pensamento?

Até então, eles chegaram no corredor que separava os dois quartos das empregadas.

Olhando à esquerda e direita, Elizabeth teve um palpite: — Poderia ter acontecido no quarto de Manny?

Luke sorriu: — Sim, isso é possível. Vamos entrar e dar uma olhada.

Eles abriram a porta e entraram, e olharam em volta do quarto de Manny.

Após a conversa com Luke, Elizabeth imediatamente achou estranho: — Espera, por que sinto que…

Luke terminou o pensamento: — Este lugar foi reorganizado.

Este quarto não estava exatamente arrumado, mas os itens no quarto estavam todos no lugar, como se tivessem sido colocados de volta.

Luke e Elizabeth observaram o cômodo.

Manny era uma mulher e não tinha TOC. Havia muitas coisas no quarto.

O quarto não estava exatamente sujo ou bagunçado, só que havia perfume, maquiagem e acessórios por toda parte.

Elizabeth ficou perplexa: — As empregadas ganham tanto dinheiro assim? Ela pode comprar perfume Dior? Vamos ver. Este é do ano passado, destinado a mulheres jovens. Bem, estes dois são deste ano, um para mulheres maduras e outro para… garotas?

Vasculhando lentamente o quarto, Luke perguntou: — Ela só tem vinte e quatro anos. Ainda é uma garota, não?

Elizabeth ficou em silêncio por um momento antes de responder: — Mas este perfume só é designado para aquelas por volta dos vinte. Julgando pelos outros frascos de perfume, ela não parece com alguém que escolheria o perfume errado.

Luke perguntou: — E se ela quisesse se sentir jovem ao invés de madura de repente?

Elizabeth: — … bem, essa é realmente uma possibilidade.

Luke indagou: — Achou algo mais? — ele pensou que Manny realmente poderia ter se sentido ameaçada por Millis.

Millis só tinha vinte. Ela era mais jovem que Manny.

O perfume para garotas claramente era mais adequado para Millis, só que Manny ainda o comprou; era óbvio no que estava pensando.

Espera! Algo não estava certo!

Sentindo algo, Luke foi até o perfume e cheirou.

Com Olfato Aguçado, Luke sentiu os cheiros de Millis e Thomson no frasco, mas não de Manny.

Isso era interessante. Para simplificar, Manny nunca tocou no perfume que estava na cômoda, mas Millis e Thomson tocaram.

Além disso, o perfume era familiar. Luke lembrou do quarto de Jennifer, mas havia muitos cheiros de perfumes misturados, então não prestou muita atenção.

Agora que o frasco inteiro estava na sua frente, imediatamente sentiu que algo estava errado com este perfume.

Sentindo o cheiro cuidadosamente por um tempo, falou: — Elizabeth, dê outra olhada no quarto. Há outros itens que não se encaixam ao estilo da Manny?

Elizabeth olhou em volta e viu algo: — Não acho que a Manny gostaria desta obra de arte, né? Além disso, não se encaixa ao ambiente.

Ela estava se referindo a uma estátua abstrata e elegante no topo de um pedestal quadrado preto. Estava em uma caixa ao lado do espelho.

Luke olhou e então lembrou que havia uma estátua similar no quarto de Jennifer.

Ele não tocou, apenas ativou seu Olfato Aguçado.

Igual ao frasco de perfume, somente os cheiros de Millis e Thomson estavam nele, embora o cheiro do último fosse leve, o que nitidamente indicava que só tocou brevemente. Enquanto isso, Luke sentiu cheiro de outra coisa na estátua que estava fora do lugar.

Luke colocou um par de luvas e observou por um momento. Em seguida, pressionou uma área peculiar e parte do pedestal abriu. Elizabeth exclamou: — Uau! Uma câmera oculta? — ela ficou surpresa.

O pedestal estava vazio e uma câmera pequena foi instalada dentro.

Luke tirou a câmera, somente para descobrir que estava descarregada.

— Elizabeth, veja se consegue encontrar um carregador para esta câmera no quarto da Millis — pediu Luke.

Elizabeth imediatamente foi ao quarto e logo retornou com um carregador.

Luke plugou no carregador e pressionou a função reprodução na câmera.

Então, ouviram a voz da Millis: — Haha. Manny, você está ferrada! Haha, com estas fitas, Jennifer fará qualquer coisa que eu disser. Todo seu dinheiro será meu! Haha!

Elizabeth ficou perplexa. Duas empregadas estavam lutando pelo dinheiro de Jennifer?

Vários segundos depois, todavia, Millis desapareceu da câmera após uma pancada.

Vol. 2 Cap. 276 Chefe, terminei

Na tela da câmera, Millis foi golpeada na cabeça por trás com um produto de borracha vermelho e desabou. Então, um homem grunhiu baixinho: — Você quer se livrar da Manny e pegar todo o dinheiro? O dinheiro é meu! Meu! Vá pro inferno, vadia!

Quando rugiu, houve som do produto de borracha atingindo carne.

Elizabeth ficou completamente sem palavras enquanto observava o vídeo.

Na tela estava o rosto nítido, mas distorcido de um homem e era ninguém menos que Thomson, o chefe da segurança.

Luke não falou nada. Após o homem espancar Millis num frenesi, voltou de repente aos sentidos e começou a limpar a bagunça. Ficou um pouco em pânico, mas ainda organizou. Colocou os itens que Millis derrubou com sua queda no lugar, antes de arrastar a mulher inconsciente para fora.

Então, o quarto ficou quieto mais uma vez.

Luke rodou o vídeo em 24x da velocidade normal e confirmou que ninguém entrou no quarto de novo, até a câmera parar de gravar quando descarregou.

Ele levantou a cabeça e olhou para Elizabeth: — Parece que este caso está resolvido. Elizabeth, você fez um ótimo trabalho. Continue assim.

Elizabeth: — Hã? Okay.

Ela encontrou alguns sacos de evidência e empacotou a estátua, câmera e o frasco de perfume. Então saiu do quarto com Luke.

No jardim, Luke falou para Jennifer, que ainda estava atordoada: — Srta. Perry, por favor, convoque seus guardas.

Jennifer não perguntou nada e simplesmente os chamou.

Os quatro guardas que estavam descansando no dormitório chegaram logo. Nenhum deles parecia bem.

Não fizeram muitas perguntas, mas ainda estavam um tanto irritados. Todos estavam olhando como se fossem todos assassinos.

Além disso, Morgan foi levado à tarde, mas não retornou.

Após serem companheiros de trabalho por tanto tempo, inevitavelmente sentiam falta dele.

Olhando para os guardas, Luke falou: — Okay. Green, Ram e Ricky, podem ir agora.

Os três se entreolharam antes de sair.

Luke olhou para Thomson e continuou: — Thomson, vamos lá. Precisamos de sua ajuda com a investigação no departamento de polícia.

Thomson avançou de repente na direção de Jennifer enquanto estendia a mão para arma.

Todos os guardas, incluindo Thomson, ficaram alarmados.

Balançando a cabeça, Luke avançou para bloquear o caminho. Levantou a mão para impedi-lo de pegar a arma, então socou o homem no estômago com a outra mão.

Thomson imediatamente desabou.

O soco de Luke parecia leve, mas Thomson sentiu como se seu estômago estivesse com cólica.

Luke algemou o homem sem presa e disse: — Thomson, o que eu deveria dizer sobre você, tentar pegar a Srta. Perry de refém na frente de três detetives da polícia? Eu deveria elogiá-lo por sua coragem?

Estava acabado para o cara! Havia câmeras no carro de Luke, que não estava estacionado muito longe e havia gravado tudo, o que dava mais evidência para usar contra Thomson.

Thomson não podia dizer nada. não havia nada além de pânico e medo em seus olhos.

Ele não tinha ideia do porquê fez isso também.

Talvez porque Morgan foi levado, ou foi a maneira que Luke olhou para Thomson e como foi dito para ficar quando seus companheiros de trabalho foram dispensados; tudo parecia estar dizendo a Thomson que seu ataque em Millis foi revelado.

Ele não estava errado. Luke pediu a todos os guardas para vir no caso de Thomson achar suspeito e fugir.

Embora ainda pudesse pegar o homem, mesmo que ele fugisse, certamente não desistiria da abordagem mais fácil.

Jennifer parecia calma, mas olhou para Thomson com arrogância e nojo. Luke fez uma ligação: — Chefe, terminei aqui. Pedirei para Elizabeth e Selina levar o Thomson.

Elsa ficou perdida: — Hã?

Luke explicou: — Encontrei evidência. Elizabeth fará o relatório mais tarde. Ela fez um bom trabalho hoje.

Após desligar, Luke falou: — Selina, você e a Elizabeth podem levar o Thomson ao departamento em nosso carro. Elizabeth, me dê as chaves do seu carro. Vou voltar quando terminar aqui.

As garotas assentiram e voltaram ao departamento com Thomson e a nova evidência.

Thomson poderia escapar de um carro que Luke modificou? Não se não tivesse super habilidades.

Observando o carro sair pela porta dos fundos, Luke pegou as fitas na mesa e falou: — Vamos lá, Srta. Perry. Preciso ver todas as fitas.

Jennifer não conseguiu permanecer calma: — Por quê? Você já não prendeu os suspeitos?

Luke respondeu casualmente: — Srta. Perry, perdoe a franqueza, mas você está no centro dos dois casos e poderia ser uma suspeita também. Muitas celebridades matam para manter seus segredos em segurança.

Jennifer ficou sem palavras.

Enquanto conversavam, retornarão ao quarto de Millis.

Uma hora depois, Luke saiu, de mãos vazias.

Antes de entrar no carro, olhou para os guardas parados no portão e a linda mansão fechada, antes de balançar a cabeça: — Beverly Hills? Pessoas ricas? Hehe.

Ele encontrou Elsa no departamento: — Chefe, você não vai fazer uma pausa?

Elsa havia acabado de sair da sala de interrogatório. Ela balançou a cabeça: — Millis também está morta devido a um sangramento cerebral.

Luke imediatamente entendeu. Um caso de ataque escalou para dois assassinatos, o que era muito mais sério.

Porém, Elsa estava se sentindo relaxada, pois os casos já foram resolvidos.

A evidência dos dois crimes foi encontrada; praticamente não havia como mudar a sentença agora

— Onde está a Elizabeth? — perguntou Luke.

Elsa respondeu: — Está pegando a declaração do Thomson na sala de interrogatório. Ela se acostumará com isto após trabalhar em mais casos desses.

Luke assentiu.

Era melhor dar aos detetives novatos esta parte do trabalho porque Elsa e Luke cuidaram da porção crítica. Elizabeth e seu parceiro poderiam se familiarizar livremente com o procedimento padrão ao resolver casos. Após entrarem no escritório de Elsa, Luke finalmente perguntou: — Há algo que devo prestar atenção com estes casos?

Ele tinha certeza de que não cometeu nenhum erro durante o dia, mas ainda perguntou a Elsa por hábito. Afinal, ela era a pessoa encarregada.

Elsa balançou a cabeça: — Não. Você está interessado na informação que conseguimos?

Vol. 2 Cap. 277 Empregadas ou Segurança?

Luke assentiu: — Só o essencial serve.

Após Elsa dizer o principal do interrogatório, Luke falou: — Tudo bem, chefe. Você não deve falar mais. Você passou o dia inteiro gritando com os suspeitos, não?

Elsa bebeu um pouco de água e abaixou o tom: — Eu tenho uma escolha? Tive que elevar minha voz para colocar pressão neles.

Luke perguntou de novo: — E quanto a Selina?

Elsa respondeu: — Ela está observando Elizabeth e seu parceiro na sala de interrogatório.

Luke se levantou e falou: — Então não vou te perturbar mais. Chefe, você deve descansar; você merece por resolver dois casos de assassinato em um dia.

Elsa assentiu e observou Luke sair da sala de interrogatório.

Na sala, Elizabeth e Billy estavam bombardeando Thomson com perguntas, e Selina estava observando Thomson, bem como os detetives através do espelho unidirecional da sala ao lado.

Ela notaria qualquer reação incomum da parte de Thomson, bem como quaisquer falhas que os novatos possam ter.

Quando notasse algo, lembraria Elizabeth e seu parceiro pelos fones de ouvido. Era difícil de um suspeito aguentar o ataque conjunto de vários detetives na sala de interrogatório. Vendo Luke entrar, Selina perguntou curiosamente: — O que você fez lá? Você… hehehe.

Luke revirou os olhos: — Não vê qual é o “passatempo especial” dela? Você está ficando mais pervertida hoje em dia.

Selina bufou: — Então o que você fez, exatamente?

Luke tossiu e respondeu: — Assisti todas as fitas de vídeo.

Selina ficou sem palavras. E você está dizendo que estou ficando pervertida?

Luke disse: — Aquelas fitas de vídeo têm a ver com os casos, afinal de contas. E se seguirmos o procedimento, elas devem ser processadas. Entretanto, você acha que é uma boa ideia?

Selina balançou a cabeça imediatamente.

A menos que fosse necessário, era melhor não trazer de volta as fitas de vídeo ao departamento, só por precaução de alguém copiá-las e vender por dinheiro.

Elas tinham a ver com a vida privada de Jennifer Perry e podiam vender facilmente por milhões de dólares. Poucos oficiais se importariam com a ética ou profissionalismo com tanto dinheiro em jogo.

— Como prometi a Jennifer que não traria as fitas comigo, então tive de ver as gravações para ter certeza que não perdi nada. Não esqueça que Jennifer é a empregadora de duas vítimas e dois suspeitos. Como podemos ter certeza de que ela está limpa? — Luke explicou.

Selina pensou por um momento e assentiu: — Isso faz sentido. O que você encontrou, no final?

Luke assentiu: — Há três tipos de gravações. Duas são da Jennifer com uma das empregadas e uma é com as três. Não há mais nada.

Selina estalou a língua e olhou para ele: — Você realmente deve ter aproveitado!

Luke riu: — Contanto que esteja disposta a pagar, pode ir ao Vale de São Fernando e imediatamente fazer uma dezena de filmes desse. Tudo bem, acho que está basicamente terminado, certo? Peça a Elizabeth para sair. Vou entregar a chave do caso.

Selina revirou os olhos e falou algo em seu fone.

Elizabeth logo saiu para pegar a chave. Luke a encorajou um pouco: — Estaremos contando com você para finalizar os casos agora. Além disso, não seja apressada com o caso de Wever. Vou ler o arquivo amanhã e então decidimos o que fazer.

Elizabeth assentiu rapidamente: — Entendido, não se preocupe, Luke. Hm, você também, Selina.

Selina riu e fingiu parecer ofendida, antes de agarrar sua bolsa e sair.

Luke sorriu e acenou em despedida.

Elizabeth estava se sentindo bastante otimista.

Luke obviamente estava implicando que receberiam o crédito enquanto os casos fossem finalizados.

O que Elizabeth e seu parceiro mais precisavam era de crédito.

Assim que tivessem mais créditos, não teriam que se preocupar em cometer erros toda vez.

Os detetives experientes tendiam a ser malvados com novatos, o que não era incomum em qualquer troca.

Porém, quanto mais casos resolvesse, menos pretensiosos os detetives veteranos agiriam com eles.

Luke e Selina saíram do departamento e foram para casa.

Quando voltaram, Selina tirou o casaco, os sapatos e jogou a bolsa, antes de saltar no sofá: — Oh, lar doce lar. Aquela mansão era linda, mas não me senti nada confortável lá.”

Luke sorriu: — Farei o jantar. Vá tomar um banho.

Ignorando-o, Selina ligou a TV com o controle: — Deixe-me ver, onde estão as séries que marquei? Haha, estão bem aqui.

Das fitas e informações reunidas, bem como as confissões que Elsa e Selina relataram, Luke podia adivinhar o que aconteceu nos dois casos. Num resumo, o caso era um motivo simples: dinheiro.

Millis e Manny vinham recebendo bônus gigantescos de Jennifer pelos serviços pessoais e extensivos.

No entanto, Millis, que era mais jovem e menos dócil, colocou na cabeça que chantagearia sua empregadora após gravar secretamente suas façanhas. Pelos cálculos dela, ganharia pelo menos um milhão de dólares disto.

Contudo, foi descuidada e descoberta por Morgan quando montou a câmera e ficou com tanto medo que confessou seu esquema.

Morgan, por outro lado, que não era nada cavalheiresco, a ameaçou.

Além disso, era mais profissional e audacioso.

Prometeu que a ajudaria com as gravações e a chantagem, na condição de receber metade do dinheiro.

Não havia como Millis recusar. Morgan também desdenhava sua falta de ambição e sentiu que as fitas valiam dez milhões, no mínimo.

Vol. 2 Cap. 278 Não Seja Cegado pelo Dinheiro

A vista de Millis foi ampliada por Morgan. Com sua ajuda, ela conseguiu colocar o plano em ação.

Entretanto, Millis pode ser jovem, mas com certeza não era idiota.

Ela fez as gravações, mas mentiu para Morgan e falou que não conseguiu fazer as gravações por causa de Manny.

Entretanto, gravou secretamente Morgan planejando a operação de extorsão, que estava na fita que tinha um número único.

Millis colocou a câmera oculta disfarçada como uma obra de arte no quarto de Manny para testar se estava funcionando enquanto colocava sua maquiagem.

Sua declaração sobre ensinar uma lição a Manny e fazer Jennifer ouvi-la foi tudo devido às fitas de vídeo.

Se conseguisse dez milhões, com certeza não trabalharia mais como uma empregada.

Além disso, o perfume era algo que Morgan comprou para Millis, que tinha uma qualidade afrodisíaca. A última vez que Millis colocou um pouco de perfume, as duas mulheres não notaram nada fora do comum, ao invés disto, foram estimuladas. Assim, Millis planejava usar mais desta vez.

Com o perfume e as câmeras, conseguiria gravar muitas coisas escandalosas de Jennifer.

Ela pensou numa desculpa, então foi ao quarto buscar o perfume. Fantasiando como se tornaria rica com as gravações, fez a declaração feliz na frente do espelho da Manny enquanto se refrescava.

Por outro lado, Thomson esteve transando com Manny enquanto trabalhavam juntos, e prometeu que ele se casaria com ela após se divorciar de sua esposa.

Embora Manny fosse mais velha que Millis, não era tão astuta e planejou ficar com Thomson.

Sentindo que Jennifer preferia Millis, que era mais jovem, Manny também planejava se demitir.

Porém, estava relutante em se despedir da remuneração e seus bônus “especiais”.

Thomson ocasionalmente pedia dinheiro a Manny e a fazia transferir para a conta de sua mãe, com a desculpe que não queria que sua esposa tivesse acesso a ele.

Na noite anterior, Thomson foi procurar por Manny no calor do momento.

Porém, não a encontrou no quarto, ao invés disto, encontrou Millis falando sobre monopolizar o amor e dinheiro de Jennifer.

Manny vinha esperando pelo divórcio de Thomson acontecer. Ela transferiu muito dinheiro para a conta da mãe dele, mas ainda não havia recebido nenhuma atualização do divórcio.

Ela ficou suspeito do motivo de Thomson, e ficou relutante em dar mais dinheiro a mãe dele.

Assim, Manny deu uma desculpa de que Jennifer gostava mais de Millis, então não recebia mais tanto “honorário de cuidador”.

Manny falou que Jennifer estava mentalmente fraca e não conseguia dormir a menos que alguém estivesse próxima dela à noite, e sempre que passava a noite com ela, receberia um “honorário de cuidador”.

Thomson não duvidou disso. Podia dizer que Jennifer gostava mais de Millis.

Os processos do divórcio não estavam indo bem para Thomson. Era provável que perdesse todo o dinheiro e tivesse que pagar anos de pensão alimentícia.

Manny também não tinha dinheiro, e julgando da declaração de Millis, parecia que ela estava prestes a expulsar Manny.

Para Thomson, isso era como destruir sua grana fácil.

Thomson, que estava se sentindo ansioso este tempo todo, explodiu em fúria e esmagou a cabeça de Millis com uma coisa aleatória que agarrou. Após voltar a si, limpou a bagunça, mas confundiu o perfume de Millis com a de Manny e deixou no quarto da última. Após o ataque, Thomson não podia sair da mansão para desfazer da arma, então só podia esconder no banheiro comunitário.

Dessa maneira, ninguém poderia chegar nele mesmo que a arma fosse encontrada. Após descobrir a ferida de Millis na manhã, Morgan, que estava conspirando com ela, sabia muito bem que Millis não deveria estar na sala de estar porque precisava gravar vídeos naquela noite.

Jennifer, Manny e Millis não podiam ser as únicas na casa noite passada.

Lembrando de como Millis falou que Manny estava no seu caminho, e pensando que havia perdido dez milhões de dólares, Morgan ficou tão furioso que roubou o cassetete de Thomson e atacou Manny por trás.

Ele não sabia que, assim como ele, Thomson poderia entrar na mansão por uma janela.

A única diferença era que Thomson entrou pela janela de Manny, enquanto Morgan pela de Millis. Também nem esperava que Luke aparecesse naquela manhã. Como resultado, seu plano simples e eficaz para culpar Thomson, falhou.

Selina, que havia terminado o jantar e estava descansando enquanto digeria a comida, comentou: — Aqueles homens e mulheres realmente trabalharam duro pelo dinheiro, né?

Luke concordou: — Então, nunca seja cegada pelo dinheiro.

Selina revirou os olhos: — Eu sou muito pobre. Você nem precisa se preocupar com isso, porque nunca me viu deslumbrada com dinheiro.

Luke achou engraçado.

Enquanto Jennifer e Manny eram inocentes, todos os outros envolvidos mereceram o que aconteceu com eles.

Jennifer Perry pagou por aqueles serviços especiais, mas quase perdeu tudo.

Nem Millis ou os guardas estavam satisfeitos com seus salários e todos queriam ganhar mais da dona da mansão.

Na realidade, todos se envolveram no crime, incluindo a própria Jennifer. Eles eram escravos do dinheiro e desejo e não conseguiram resistir à tentação.

Luke olhou subconscientemente para Selina, que estava colando no sofá como uma lagarta e achou engraçado. Pelo menos, conhecia alguém que preferia comida a dinheiro.

Selina não tomou banho antes do jantar. Por isso, enquanto descansava após a comida, Luke falou: — Como você não tomou banho ainda, e não queremos exercitar durante o dia, vamos ao ginásio agora.

Selina ficou sem apalavras. No final, tomou um banho e foi dormir antes da meia-noite sem precisar da ajuda de Luke.

Ela exercitou bem mais o cérebro que o corpo hoje, o que era praticamente um feriado ao comparar com o treinamento que passou nos últimos dias.

Após o banho, Luke confirmou que Selina realmente foi para a cama. Então voltou a oficina e continuou trabalhando.

Era uma bênção ser ignorante às vezes.

Selina, por exemplo, podia dormir tranquilamente à noite, enquanto Luke tinha que se movimentar todos os dias.

No entanto, não tinha certeza se o Mercenário já havia partido, então não podia sair ainda para limpar as ruas, só podia ficar em casa à noite para fazer alguns equipamentos para si mesmo.

Ele gostava bastante do trabalho.

Vol. 2 Cap. 279 Os Casos em Wever

Desde o surgimento do sistema, Luke passou a gostar cada vez mais de armas.

As armas de fogo eram armas que podia usar abertamente a longo prazo. Com as habilidades de Tony Stark, não era difícil para ele fazer suas próprias armas especiais.

A modificação de arma era como um instinto que estava na linhagem do playboy.

Começando com Howard Stark, que era o pai de Tony e também um playboy, eles inventaram muitas armas, incluindo os trajes de ferro desenvolvido por Tony Stark.

Embora Tony tenha fechado a divisão de armas de sua corporação, nunca abandonou a perseguição por armas mais poderosas.

Embora Luke não fosse tão bom quanto Tony, não era difícil para ele fazer armas de fogo com as habilidades do homem.

Após fazer duas pistolas especiais para si, Luke brincou com as outras armas de fogo.

Embora pudesse usar uma pistola como um detetive da polícia, era impossível pegar um rifle consigo quando estava no serviço.

Então, as outras armas que projetou eram para suas perseguições de vigilante. Ele tinha que fazê-las para que não houvesse registro delas em lugar algum.

Como suas pistolas, estas armas foram construídas para propósitos diferentes e não só matar.

Vendo cada vez mais armas no seu inventário, Luke ficou bem animado, apesar de seus resmungos de excesso de trabalho.

Ele não gostava delas antes porque não era bom com elas. Era como as pessoas que não eram espertas e não gostava da escola.

Agora que tinha proficiência, se divertiu fazendo seus próprios brinquedos e derrotando os oponentes com elas.

Ele ficou ocupado a noite inteira. Foi para cama mais tarde que Selina e levantou antes dela.

Após fazer um café da manhã simples, acordou Selina.

Após comer, Luke apontou para a caixa na mesa: — Trabalhe duro hoje, tá? Sua sobremesa para o dia está na caixa.

Selina rapidamente terminou o sanduíche e abriu a caixa: — Isto é… bolo de chá-verde?

Luke assentiu: — É a primeira vez que faço. Se gostar, posso fazer outras sobremesas com chá-verde, mas se não gostar, farei outra coisa da próxima.

Selina comeu um pedaço e comentou: — Huh, o sabor não é ruim. Acho que podemos comer isto por alguns dias.

Luke: — Parece que você não comprou a ideia. Talvez eu faça outra coisa para você.

Selina: — … querido, você é tão atencioso.

Luke: — Não é nada. Você pode comer o quanto quiser contanto que não falte no treino.

Selina imediatamente ficou sombria: — Podemos falar sobre algo menos deprimente nesta linda manhã?

Luke: — Okay. Então, vou falar sobre isto quando sairmos do trabalho.

Selina: …

Selina cortou o bolo e os guardou em vários sacos de papel.

Como Luke falou que faria mais comida, decidiu usar o bolo para se conectar com seus colegas menos agradáveis.

Ela achou bem confortável em fazer isto.

Como uma mulher amigável e maravilhosa, não era estranho dar presente aos outros.

Luke, por outro lado, pode parecer educado, mas sempre parecia distante para seus colegas.

Assim, Selina tinha que se conectar a eles no seu lugar.

Após chegarem, Selina começou a distribuir o bolo.

Eles não vieram cedo demais. No momento que chegaram, 80% dos detetives já estavam ali.

Cada saco de papel continha quatro fatias de bolo para cada equipe de detetives.

Luke não saiu, apenas sorriu e acenou de volta para os colegas que agradeceram.

Após Selina terminar de distribuir o bolo, foi ao escritório de Elsa.

Elsa provocou Luke: — Você não preparou nada para mim?

Luke riu e fechou a porta, e Selina deu dois sacos: — Chefe, aqui tem alguns doces para você e o Dustin.

Elsa rapidamente escondeu a comida: — Vocês fizeram um bom trabalho ontem. Até o Diretor Brad elogiou.

Luke e Selina não ficaram felizes.

Aqui não era Houston e não foram excluídos aqui.

Embora possa parecer muito dizer que tinham muitos amigos no departamento, não tinham inimigos.

Elsa, Dustin, o diretor e o vice-diretor não lhes dariam nenhum problema e ofereceriam ajuda quando necessário.

As vidas de Luke e Selina aqui era muito melhor que em Houston.

Elsa só mencionou Brad porque não queria que eles sentissem que estavam sendo ignorados, mesmo que ainda fossem jovens e não estivessem com pressa de serem promovidos.

— Vocês vão investigar os dois casos em Wever hoje? — perguntou Elsa.

Os outros detetives podem fazer uma pausa após resolver um grande caso, mas ela sabia que estes dois não fariam isto.

Luke assentiu: — Vou ler eles primeiro. Estes casos podem ser complicados.

Elsa assentiu: — Tudo bem. Se não encontrar alguma pista em três dias, os casos serão transferidos ao FBI.

Selina achou estranho: — Hã? Estes crimes foram cometidos por um assassino em série?

Normalmente, o FBI não interveria a menos que um caso fosse importante ou envolvesse vários assassinatos e localizações.

Estes dois casos dificilmente eram grandes casos, então só poderia ser um assassino em série.

Elsa balançou a cabeça: — Não está claro, mas Dustin já nos falou para prestar atenção extra nos casos que temos alguns problemas.

Luke franziu a testa: — Problema?

Elsa não manteve segredo de Luke: — O FBI já decidiu que assumirão em três dias.

Luke assentiu: — Qual é a opinião do chefe? — Ele estava bem com isso.

Elsa balançou a cabeça: — O chefe não tem objeções. Se o FBI quiser assumir, apenas deixe pra eles.

Luke entendeu imediatamente. Não havia nada a ganhar dos casos em Wever, então o departamento ficaria feliz em dá-los ao FBI como um gesto de boa-vontade: — Vamos dar uma olhada primeiro. — Luke não deu uma resposta direto, o que fez Elsa assentir.

Luke e Selina então saíram do escritório e retornaram para suas mesas. Na mesa adjacente, Elizabeth levantou a cabeça e deu a Selina um olhar questionador.

Selina falou: — Tudo bem, Elizabeth, você pode vir. Não precisa ficar me encarando assim.

Elizabeth se levantou com um sorriso: — Obrigada pelo bolo, Selina.

Selina só podia rir. Elsa e Dustin eram os únicos no departamento que sabiam de onde o bolo veio, enquanto o resto pensou ter sido feito por Selina.

Vol. 2 Cap. 280 Casa Mal-assombrada em Wever

Luke falou: — Diga-me os problemas neste caso. — Então pegou o arquivo de Elizabeth e o analisou.

Billy, parceiro de Elizabeth, estava ao lado. Ele era um homem quieto, mas Luke ficou muito satisfeito com ele porque era calmo e paciente. Elizabeth trabalhou duro. Embora tivesse ajudado com o caso de Jennifer Perry ontem, ainda conseguiu reunir muita informação nova neste caso.

Elizabeth respondeu: — O maior problema é que o cadáver da mulher foi identificado como de Vivian Violent, que foi enterrada um ano atrás.

Luke assentiu: — Okay. E quanto a garotinha desaparecida?

Elizabeth respondeu: — Conversamos com a Família Remus que se mudou recentemente para Wever…

Após ouvir a explicação, Luke e Selina tinham uma visão geral do caso.

A Família Remus, que era composta de um casal e seu filho Gary, compraram uma casa em Wever.

Na noite que se mudaram, no entanto, correram da casa, gritando por ajuda.

Quando a polícia chegou, a família falou que havia fantasmas na casa que queriam matá-los.

Os policiais procuraram na casa, mas não encontraram nada. A Família Remus estava assustada. Decidiram sair do lugar. Pediram aos policiais para tirar alguns dos pertences por eles para que pudessem sair.

Entretanto, quando questionaram a família, os policiais notaram que todos mencionaram duas pessoas.

Um deles era Harry Violet, um pai que costumava viver até que se matou após sua filha desaparecer e a outra era Tessa Violet, a filha desaparecida.

Eles foram os fantasmas que a nova família encontro.

Quanto ao motivo da nova família saber das identidades dos fantasmas, foi porque as fotos do pai e da filha ainda estava na casa quando se mudaram.

Os policiais teriam rido e ido embora se a nova família só tivesse visto Harry, mas como a garota Tessa era uma pessoa desaparecida, a família teve que ficar num hotel por enquanto até que Luke pudesse fazer mais perguntas.

Luke pensou por um momento: — Vamos fazer as perguntas para a Família Remus primeiro, depois checar o corpo da Viviam Violet.

Os quatro saíram e chegaram no hotel logo.

Encontraram a Família Remus lá. A família parecia cansada e assustada.

Apesar de lá ser ensolarado, eles tremiam ocasionalmente como se estivessem com frio.

Luke mostrou seu distintivo e conversou com a família.

Meia hora depois, Luke e seu grupo foi ao necrotério.

No caminho do necrotério, Elizabeth perguntou: — Luke, você notou algo?

Luke respondeu: — Embora várias pessoas sejam boas mentirosas, não acho que estejam mentindo. Várias partes críticas de suas declarações são idênticas, como a descrição das aparências do pai e da filha. Além disso, eles usaram estilos diferentes na descrição, então não acho que tenham memorizado algo antecipadamente.

Selina perguntou: — Você realmente não acha que a casa é mal-assombrada, não é?

Luke não falou nada, mas murmurou internamente, Não posso dizer com certeza ainda.

Quando checaram o corpo no necrotério e ouviram o legista, até Selina ficou em silêncio.

Vivian foi morta há um ano, mas o corpo estava fresco como se tivesse falecido há dois dias. Suas digitais, seu DNA e seu registro dentário provavam que era Viviam Violet.

Elizabeth investigou o tumulo da senhora e não encontrou sinais de escavação, mas abrir o caixão precisava da permissão da família, bem como aprovação da corte. Como a família de Viviam estava morta e era complicado de chegar em qualquer outro parente, seu caixão não podia ser aberto ainda.

Em três dias, o FBI assumiria o caso e se o caixão podia ser aberto ou não, não seria mais da conta dos policiais.

Luke até examinou pessoalmente o corpo de Vivian para confirmar que não era falso.

Selina não ousou tocar.

Ela não estava com medo do corpo, pois viu muito deste tipo, era só que o caso ainda era assustador demais para ela.

Após saírem, Luke falou: — Vamos dar uma olhada na casa.

Meia hora depois, chegaram no núm. 1120 da Estrada Westchester.

Olhando para a casa, Selina ficou atordoada de novo: — Outra mansão?

Luke riu: — Esta casa cobre cerca de mil metros quadrados e tem três andares, que inclui seis quartos e quatro banheiros. Nosso salário mal dá para pagar a manutenção, quanto mais alugar a casa.

O portão não estava trancado e os quatro entraram tranquilamente no jardim da frente.

Luke falou: — Elizabeth, Billy, deem uma olhada no lugar.

Os dois naturalmente não tinham objeções.

Embora o caso tivesse acontecido na casa, poderia haver pistas fora.

Luke e Selina vagaram até a porta da frente, qual também não estava trancada.

Luke balançou a cabeça: — Quão assustados devem ter ficado! Eles nem trancaram as portas. — Ele então entrou.

No momento que fez isto, sua expressão mudou e recuou tão rápido que esbarrou em Selina, que tinha entrado logo após ele. Esfregando o peito, Selina exclamou: — Aí! Você fez de propósito, não foi? — Ela não estava sendo irracional. O movimento de Luke foi tão violento que até seus seios doeram.

Luke a puxou para longe. Então tirou o celular: — Elizabeth, o Billy está com você? Saiam agora. Não entrem na casa, incluindo o porão, garagem e galpão de ferramentas.

Elizabeth e seu parceiro retornaram minutos depois. Ambos estavam intrigados: — Qual é o problema, Luke?

Luke simplesmente falou para todos entrarem no carro. Não falou até retornarem ao departamento de polícia: — Estamos saindo deste caso. Falarei com a chefe mais tarde.

Após uma breve hesitação, Elizabeth perguntou: — Luke, posso perguntar por que estamos largando?

Ponderando por um momento, Luke falou em voz baixa: — Um físico será capaz de fazer mais que nós neste caso. — Elizabeth e Billy se entreolharam perplexos, não sabendo o que dizer. Eles realmente não acreditavam que Luke era um covarde, porque todos disseram que ele era o detetive mais capaz no quesito luta do departamento. Então… ele estava com medo de fantasmas?”

Olhando para eles, Luke explicou: — Deixe-me colocar desta maneira. Se este caso envolve o sobrenatural, como você vai resolver?

Elizabeth e Billy se entreolharam e balançaram a cabeça silenciosamente. Certamente não tinham uma resposta. Eles eram detetives, não exorcistas.

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