Vol. 2 Cap. 281 A Habilidade Oculta do Sistema
Luke abriu as mãos e falou: — Então, não vamos seguir mais neste caso. Apenas entregue ao FBI. Somos detetives, trabalhamos com os vivos.
Elizabeth e Billy assentiram com sorrisos amargos.
Eles não queriam chatear Luke. Afinal, não era um caso que tinham que resolver.
Luke então levou Selina ao escritório de Elsa e informou a decisão de largar o caso.
Elsa não ficou muito surpresa.
Não era incomum para um detetive recusar a trabalhar em certos casos estranhos.
Contudo, foi a primeira vez que Luke desistiu de um após começar a investigar. Antes de sair do escritório, Luke perguntou casualmente: — Certo, quem vai vir do FBI? Eu os conheço?
Elsa respondeu: — Acho que é um dos pesquisadores seniores, mas não sei exatamente quem é.
Luke falou: — Okay. Vou ler o arquivo primeiro.
Elsa abaixou a cabeça e acenou, implicando que podia sair.
Como largou o caso de Wever, Elsa naturalmente deu um novo. Após retornarem as mesas, Selina perguntou baixinho: — Realmente vamos abandonar o caso?
Luke assentiu: — Sim. Como detetives, devemos ficar o mais longe possíveis destes casos, já que quase não podemos fazer nada além de nos matar.
Selina assentiu.
Luke não era um detetive comum, mas até ele estava indisposto a investigar. Não era difícil de imaginar como o lugar precisava ser perigoso.
Porém, naquele momento, Luke não estava sentindo medo, apenas deleite. Quando colocou o pé na casa, o sistema reagiu de repente.
Sistema: Energia negativa desconhecida tentando estabelecer uma ligação com o anfitrião detectada. Você aceita?
É claro que Luke não aceitou.
O sistema estava ligado à sua alma e não reagiu à maioria dos perigos.
Existiu como uma ferramenta de apoio o tempo todo e nunca impediu Luke de fazer algo.
Luke vinha descobrindo as regras do sistema ao realizar testes.
Agora que o sistema enviou um alerta por vontade própria, não parecia nada bom.
Luke certamente não era um idiota para aceitar a ligação.
Lembrando das pessoas que morreram naquela casa e a Família Remus que quase enlouqueceu, Luke sentiu que era melhor ficar longe de seres estranhos e complicados.
Ele só era capaz de ataques físicos e tinha a Autocura Elementar por ora, e não podia lidar com criaturas sobrenaturais. Uma aventura imprudente não valia a pena.
No entanto, ainda havia lado positivo.
Se a energia negativa na casa eram fantasmas e o sistema podia rejeitar uma conexão com eles, então por extrapolação, o sistema poderia rejeitar a invasão daqueles com super habilidades mentais?
Isso significa que o sistema poderia ajudá-lo a resistir a ataques mentais?
Luke ficou feliz com isso. Isto era muito mais importante que descobrir a verdade sobre a casa mal-assombrada.
Mais importante, era um risco desnecessário, já que tinha outro sujeito com habilidades mentais: Bobby.
Luke se perguntou se o chefe do departamento de relações-públicas da sua empresa fez algum progresso na Comunicação Mental.
Mais tarde, poderia fazer Bobby usar a Comunicação Mental nele; seria uma maneira segura e conveniente de obter resultados.
Enquanto pensava nisto, o celular na mesa tocou. Selina atendeu: — Dustin quer você no escritório.
Luke assentiu: — Você pode ler este arquivo primeiro. Então se levantou e saiu.
Quando chegou no escritório de Dustin, parou antes de entrar.
Dustin se levantou e saiu, usando sua jaqueta. Indicando para Luke o seguir, falou em voz baixa: — Jennifer está aqui.
Luke perguntou: — Aquela grande celebridade?
Dustin assentiu levemente e continuou em voz baixa: — Ela está esperando você no escritório do diretor.
Luke ficou intrigado: — Hã? Ela está aqui para registrar uma reclamação sobre mim?
Dustin olhou estranhamente e continuou: — Não, ela está aqui para agradecer você.
Luke: — … Você não está sendo sarcástico, está, chefe?
Dustin achou isso estranho: — Você resolveu um problema enorme para ela. Os empregados dela que causaram o problema, não você. Por que ela reclamaria?
Luke. … Eu certamente não posso dizer que vi várias gravações dela em momentos íntimos.
Dustin continuou: — Ela falou que está aqui para agradecer o departamento, mas não falará até você estar junto.
Luke entendeu imediatamente: — Ela quer fazer uma doação?
Dustin falou: — Não temos certeza, mas é possível, e não será pouco.
Luke: — Não acho que precise decidir isso por ela, certo?
E se a estrela estivesse aqui só para expressar verbalmente sua gratidão e os chefes achassem que foi Luke que estragou tudo?
Dustin sabia o que Luke estava pensando: — Não, você não será culpado mesmo que ela não doe nada. Porém, quanto mais generoso ela for, mais crédito você ganha.
Luke. … Não é um aumento no pagamento ou um bônus. Que bem esse crédito me fará?
É claro, ele só pensou consigo. Na realidade, não se importava com um bônus também; se importava mais em obter apoio para o seu departamento.
Pegue o caso de Wever, por exemplo. Podia largar sem explicar, o que era precisamente o apoio implícito do departamento. Os outros detetives teriam que se explicar se quisessem desistir de um caso, e se seu chefe ficasse com raiva, poderiam receber a ordem de continuar no caso.
Luke não tinha estes problemas. Agora estava livre para escolher os casos que quisesse, assim como seu Tio Grissom.
No escritório do diretor, Dustin assentiu e deixou Luke entrar, e simplesmente falou antes de sair: — Diretor, Luke está aqui.
Bem, Dustin fora o subordinado confiável do Diretor Brad Pierre por muito tempo. Isso lhe dava o direito de ser tão casual.
Brad balançou a mão como um cumprimento e Luke saudou seu chefe do departamento após fechar a porta: — Diretor, Luke Coulson, apresentando-se ao serviço.
Brad assentiu: — Sente-se.
Luke se sentou no sofá e olhou para Jennifer Perry, que estava na frente.
Ele estava calmo e até sorriu para ela educadamente, porém, a grande estrela afastou o olhar involuntariamente.
Vol. 2 Cap. 282 Não Somos Profissionais
Felizmente, Diretor Brad quebrou a atmosfera estranha com um longo discurso monótono.
Era basicamente o que Dustin falou a Luke mais cedo, mas expresso em termos muito sutis e implícitos.
Após terminar, Brad falou: — Luke, Srta. Perry gostaria de expressar sua gratidão a você sozinha. Você falará com ela na sala de recepção.
A sala de recepção estava à direita do escritório do diretor. Eles entraram e Luke fechou a porta.
Após uma breve hesitação, Jennifer disse: — Fui salva de muitos problemas graças a sua eficiência. Darei a você um milhão de dólares como uma recompensa pessoal.
Luke balançou a cabeça com diversão: — Não, Srta. Perry, não contribui muito no caso, então a recompensa é desnecessária.
Ele com certeza não queria pegar o dinheiro.
Por um lado, o dinheiro não era muito para ele, já que estava vivendo numa mansão e tinha um milhão de dólares na conta do banco, bem como outro milhão que saqueou dos criminosos.
Por outro lado, a oferta de Jennifer era uma tentativa flagrante de manter seu silêncio. Se pegasse o dinheiro, se sentiria como se estivesse a chantageando.
Mordendo os lábios, Jennifer falou: — Por favor, pegue.
Luke sabia quais eram as intenções dela. Pensou por um momento e perguntou: — Você doará para o meu departamento de polícia desta vez?
Atordoada por um momento, Jennifer respondeu: — Sim, doarei um milhão de dólares ao departamento. — Naturalmente, o objetivo também era manter os oficiais que estavam envolvidos no caso quietos.
Quanto aos dois guardas que cometeram assassinato, não importava o que dissessem.
A coisa mais importante era impedir a polícia de confirmar suas declarações.
Luke assentiu: — Doe dois milhões, então. Se estiver disposto, ficaria feliz se pudesse doar metade diretamente ao Departamento de Crimes Graves.
Jennifer ficou surpresa: — A Divisão de Crimes Graves?
Ele estava dando um milhão de dólares ao departamento? Pelo quê? Um monte de medalhas?
Luke assentiu e disse solenemente: — Sim. Trabalhei duro porque sou pago pelo departamento de polícia, não pelas vítimas. Okay, Srta. Perry, não levei as fitas comigo ontem. Acho que minha atitude deve ser clara o bastante. Não precisa se preocupar com isto. Tenho coisas melhores para fazer.
Jennifer quase sentiu vergonha após ouvir isso. Ela estava pensando demais e ele só estava tentando ser um bom policial?
Após enganar de Perry, Luke retornou ao escritório do diretor com ela.
Luke falou: — Diretor, Srta. Perry e eu terminamos a conversa.
Brad olhou para os dois e assentiu: — Okay, você pode voltar ao trabalhar.
Luke fez continência e saiu do escritório.
Selina estava lendo tranquila o arquivo quando Luke retornou. Seus olhos brilharam quando perguntou: — O que eles te deram agora?
Luke riu: — Por que você não acha que o Dustin me convocou para me repreender?
Selina respondeu: — É claro que ele não repreenderá alguém como você que trabalha duro e não quer uma promoção.
Luke concordou com isso. Ele gesticulou para Selina se aproximar e falou sobre Jennifer.
Ela ficou sem palavras.
Luke expressou: — Guarde segredo. Não diga a ninguém, nem mesmo a Elsa ou o Dustin. Entendeu?
Selina ficou atordoada: — Hã?
Luke: — É tudo sobre atuação, Detetive Selina. Você não pode conseguir uma promoção ou um aumento sem habilidades de atuação.
Selina: — Okay, entendi.
Logo, o celular na mesa de Luke tocou de novo. Ele atendeu e conversou por um momento, só para parecer confuso.
Selina: — Atuação! É tudo sobre atuação, Detetive Luke!
Luke: — … Aguenta aí, é possível que eu tenha que atuar mais tarde.
Selina ficou surpresa: — O quê?
Luke explicou: — O diretor acabou de me falar que a estrela quer pedir por um favor.
Selina perguntou: — Ela mudou de orientação sexual de repente?
Luke riu e foi ao escritório do diretor mais uma vez.
Dez minutos depois, retornou.
Selina o encarou curiosamente.
Embora Selina não fosse uma fã de alguma estrela particular, Luke sabia que ela prestava atenção em tudo sobre as estrelas, particularmente as fofocas constrangedoras.
— Tudo bem, se prepare. Entregue seu caso para Elizabeth por ora. Temos uma nova missão — disse Luke com um sorriso.
Selina rapidamente se levantou e entregou o caso para Elizabeth. Então voltou e colocou seu casaco.
Luke ajudou e pegou a bolsa dela e ambos saíram.
Selina perguntou: — Qual é a nova missão? Onde está o arquivo?
Passando a bolsa para ela, Luke respondeu: — Vamos conversar no carro.
Eles foram ao estacionamento e entraram no carro. Luke então dirigiu até um Benz Sprinter, antes de descer a janela e buzinar.
O Benz Sprinter ligou e moveu lentamente e Luke seguiu.
Selina olhou para o carro e perguntou curiosamente: — Aquele é o carro da Jennifer?
Luke respondeu: — É claro. Nenhuma pessoa regular pode ter um carro luxuoso desse na vida.
Selina indagou: — Quanto custa? Cem mil dólares?
Luke respondeu: — Não sei, mas o carro foi modificado; as chances são das modificações custarem mais que o carro.
Selina assentiu: — Ela é nossa nova missão?
Luke respondeu impotente: — Ela é rica demais para eu recusar.
Selina achou isso estranho: — O que aconteceu?
— Aparentemente, muitos acidentes estiveram acontecendo na equipe de produção que está se juntando, então nos contratou para protegê-la por alguns dias no set — explicou Luke.
Selina: — O quê? Não somos guarda-costas profissionais!
Luke: — Mas ela nos deu dinheiro.
Selina: — Hã? Que dinheiro?
Luke: — Um milhão para o departamento e outro milhão exclusivamente para a Divisão de Crimes Graves.
Selina: — … Okay. Nesse caso, posso protegê-la vinte horas por dia.
Luke: — Só precisamos observá-la no set. você não tem que ficar tão animada. O dinheiro não é para você, de qualquer forma.
Selina: — Mas definitivamente receberemos um bônus. Acho que posso celebrar num grande restaurante mais tarde.
Luke não podia argumentar com isso.
Eles resolveram o caso anterior e certamente receberiam um enorme bônus.
Seria muito ultrajante se não recebessem nada após o departamento receber tamanha doação.
Enquanto conversavam, Luke dirigiu o carro até Hollywood.
Vol. 2 Cap. 283 Vendo Pessoas Gravarem um Filme de Terror
Hollywood estava na área de Luke e Selina, mas eles raramente apareciam.
Principalmente porque Luke não fez muitas viagens de trabalho ou tirou férias.
Selina sempre sonhou em trabalhar neste lugar.
Ela gostava muito de conhecer celebridades pessoalmente.
Logo, seguiram o carro de Jennifer até o set de filmagem.
Com o carro de Jennifer liderando o caminho, os guardas no portão simplesmente deram um passe temporário a Luke e o deixou entrar.
Luke estacionou, mas só foi após cinco minutos que a estrela finalmente saiu do próprio carro.
Luke ficou confuso quando viu Jennifer usando um chapéu e um grande par de óculos de sol. Ninguém pode ver sua maquiagem, e você vai colocar de novo antes da gravação começa, então o que estava fazendo no carro nos últimos cinco minutos?
É claro, realmente não pretendia fazer a pergunta idiota alto.
Simplesmente aguardou a cinco metros de distância com Selina até Jennifer entrar no set.
A estrela, contudo, acenou para Luke e ele se aproximou.
Ele não teve escolha. Afinal, estava sendo pago.
— Srta. Perry, em que posso ajudar? — perguntou Luke.
Jennifer levantou a mão: — Me chame de Jennifer. Você também, Selina. Você não se importa de chamar pelos seus nomes, né?
Eles balançaram as cabeças.
— Vocês podem ficar do meu lado, exceto quando não estou filmando? — ela perguntou num tom extremamente baixo.
Luke e Selina assentiram de novo. Era bom ficar mais perto de Jennifer porque sua missão era protegê-la.
A missão mais complicada era tentar proteger um cliente que proibia os guardas de permanecerem perto, casos em que os guardas podem não chegar atempo quando houvesse uma emergência.
Após caminhar cem metros, entraram no set. Selina quase exclamou de admiração para a cena.
Era um set de grande floresta. À primeira vista, era quase como uma floresta real.
É claro, isso só foi o caso para Selina. Luke já havia detectado o cheiro de equipamento eletrônico moderno, o que não sentiria no ar de uma floresta no momento que entrassem.
Além disso, alguns fãs e equipamentos desconhecidos próximos estavam zunindo suavemente, então o lugar não tinha metade do silêncio que uma floresta real teria.
Bastante pessoas cumprimentaram Jennifer quando ela entrou.
Jennifer simplesmente assentiu e mal falou algo de volta.
Quando chegou numa câmera, dois homens levantaram as cabeças de quando estavam sentados e olharam para ela: — Jennifer, você chegou.
— Ei, Jenny. Se sente melhor?
Jennifer assentiu para eles: — Estou bem agora. Foi só um resfriado.
Os dois notaram de repente Luke e Selina atrás dela. Um deles, que era magro e tinha barba, achou estranho: — Você trocou de guarda-costas?
Jennifer riu: — Eles são temporários.
O diretor ficou em silêncio por um momento, mas falou em voz baixa: — Okay, se é o que quer.
Luke e Selina viram nitidamente o rosto do diretor. Era óbvio que ele estava ciente do rumor que não era seguro em sua equipe.
Após terminar a pequena conversa, Jennifer sentou não muito longe.
Várias pessoas imediatamente a cercaram.
Enquanto colocavam maquiagem e o roupa, um diretor assistente deu as notas das cenas que fariam.
Naturalmente, o diretor assistente não estava ensinando Jennifer a atuar. Não estava qualificado também.
Ele simplesmente estava dizendo onde as câmeras estariam e como as luzes seriam organizadas para que não desperdiçassem o tempo precioso de Jennifer.
Ela apenas assentiu ocasionalmente sem dizer nada. Os funcionários próximos tiveram que atender aos seus pedidos, e não ousaram pedir para ela ser mais cooperativa.
Selina estalou a língua, espantada pelo comportamento da grande estrela.
Diferente de Selina, que estava curiosa sobre Jennifer, Luke focou no set.
Ele não ativou totalmente Olfato Aguçado, porque o lugar não cheirava bem.
Contudo, não havia muitos objetos perigosos aqui. O único cheiro de pólvora era do departamento de adereço.
Certas bolsas carmesins não cheiravam a sangue, cheiravam a ketchup e mel.
Isto explicava por que os atores nos filmes de terror podiam correr tão rápido quando estavam sangrando; claramente, seu “sangue” lhes deu muito açúcar. Como Jennifer ainda estava se preparando, o diretor gravou as outras cenas primeiro.
Não foi porque Jennifer não era famosa o bastante, mas porque o diretor queria que os outros atores ajustassem suas mentalidades primeiro, no caso de perderem sua calma quando Jennifer começar a gravar.
Jennifer só estava aparecendo como uma estrela convidada no filme.
O diretor deste filme também foi quem escolheu Jennifer como a principal no filme que a tornou famosa.
Assim, ela estava aqui para retribuir o favor e fazer parte do novo filme do diretor como uma estrela convidada sem ser paga. Luke sabia parcialmente disto porque Jennifer contou mais cedo e parcialmente porque pediu Selina para dar uma olhada no arquivo.
Pode ou não ser muito útil para seu bico temporário de guarda-costas.
Em todo caso, sem a informação, acharia difícil de entender o motivo pelo qual Jennifer estrelaria num filme de terror de baixo orçamento.
Luke assistiu ao filme que Jennifer Perry gravou antes da fama. Ele nunca pensou que a assistiria pessoalmente gravar um filme de terror um dia.
Isto parecia um tanto estranho.
Numa floresta silenciosa, uma mulher num vestindo fino tropeçava e olhava para trás de vez em quando, medo estava escancarado em seu rosto.
Enquanto corria, seus seios quase saltaram para fora do vestido.
De repente, sua expressão mudou e ela gritou.
Vol. 2 Cap. 284 Corpo Falso
— Corta! — gritou Pierce, o diretor e saltou da cadeira: — Sarah, o que você está fazendo?
A mulher no vestido fino ficou perdida: — Hã?
— Qual é o problema com seu rosto? Está naquela época do mês? Você só está assustada, você não perdeu nenhum membro ainda. Você está agindo como se já tivesse sido apunhalada várias vezes, quando tudo acabou de começar. De novo! — Pierce a repreendeu e voltou ao seu assento.
Um momento depois, fizeram outra tomada.
Perplexa, Selina falou ao Luke baixinho: — Isto é atuação? Eu achei que a atriz fez bem. Eu teria tirado minha arma se tivesse a encontrado; parecia que alguém estava perseguindo-a.
Luke sorriu: — Você verá o que é uma grande atuação hoje de verdade. Talvez não pareça mais tão boba após observar.
Selina ficou insatisfeita: — E você acha que é melhor que eu?
Luke sorriu e não falou que como era um transmigrador, vinha atuando desde os cinco anos.
Após outros dez minutos, quando até Luke sentiu que era demais, o diretor finalmente aprovou a tomada.
Para ser honesto, Luke realmente não conseguia dizer a diferença entre a primeira e a última tomada. Tudo que sabia era que aqueles seios eram enormes e ousados.
Jennifer estava vestida. Vendo que Luke e Selina estavam interessados na filmagem, falou: — As exigências do Pierce podem ser muito altas. Ele grava a mesma cena dezenas de vezes até ficar satisfeito. Pode parecer ultrajante, mas você tem que admitir que seu trabalho sempre tem um estilo único.
Luke assentiu, não realmente interessado de verdade.
Alguns diretores rigorosos poderiam até traumatizar os atores no set.
Estes atores precisavam ir ao psiquiatra após vários meses de tortura, e não era incomum fazerem uma pausa de um ou dois anos após terminarem um filme.
Assim que a equipe estava preparando para a segunda cena, alguém exclamou em choque: — Ah, Frank… Frank está morto!
Todos olharam para a mulher gritando, que era Sarah Poch, a atriz principal do filme.
Naquele momento, ela estava tremendo e apontando para o set da floresta.
Ela estava mudando de roupa quando notou a anomalia. Amedrontada, apontou para a floresta e ainda precisava abotoar o vestido.
Porém, poucas pessoas tiveram tempo olhar para a nudez parcial da Srta. Poch. Todos exclamaram e olharam para onde ela estava apontando.
Luke rapidamente deu um tapinha no ombro de Selina e falou: — Observe a Jennifer e não se distraia. Vou dar uma olhada.
Selina imediatamente afastou o olhar. Ela assentiu e prestou atenção nas redondezas.
Luke se aproximou e mostrou o distintivo: — LAPD. Fiquem onde estão e não cheguem perto.
Alguns indivíduos que estavam prestes a se aproximar pararam e olharam para Pierce.
Este franziu a testa e olhou para Jennifer.
Esta assentiu e se levantou.
Então, Pierce não falou nada.
Ambos se conheciam por vários anos e trabalharam juntos em vários filmes e ele confiava em Jennifer.
Jennifer se aproximou dele e falou para todos saírem, antes de explicar o assunto para Pierce e Todd, seu escritor, baixinho. Do outro lado, Luke entrou no set de floresta e caminhou na direção do corpo que estava pendurado.
No momento que entrou, sua expressão mudou. Quem era este cara? Isto era algum tipo de piada?
Quando se aproximou do “corpo”, seu Olfato Aguçado disse que o homem ainda estava vivo.
Carrancudo, Luke pegou um adereço de galho aleatório e cutucou a bunda do homem.
O corpo se moveu de repente e gritou: — Au! Para! Isso dói!
Todos no set ficaram confusos. O que exatamente estava acontecendo? Até Luke quase explodiu de raiva, apesar de sua calma normal: — Desça aqui e me diga por que fez isto.
O “corpo” se desprendeu obedientemente de uma corda de metal quase imperceptível na cintura, que o prendia com segurança à árvore.
Quando desceu, não pôde deixar de lamber o sabor doce e azedo de sangue falso dos lábios.
Luke falou: — Nome, idade, ocupação, endereço e número de seguro social. Vou te levar ao departamento de polícia se não me der os detalhes.
O “corpo” sorriu estranhamente: — Oficial, foi apenas uma piada. Você não precisa me prender, né?
Luke se virou para o lado: — Srta. Jennifer Perry, você acha que esta é uma piada que não afetará seu desempenho mais tarde?
A calma de Jennifer foi restaurada. Ela balançou a cabeça e respondeu: — Não, me deixou inquieta, o que pode afetar as filmagens.
Luke se virou para o homem: — Agora, você quer ser um convidado na nossa sala de interrogatório do departamento de polícia?
O “corpo” só podia desistir agora.
Ele com certeza sabia quem era Jennifer Perry. Como era a vítima, e ele realmente interrompeu as filmagens no set, era possível que fosse mantido sob custódia por um ou dois dias.
Luke então o levou para um canto e o interrogou. Dez minutos depois, retornou calmo.
Jennifer já estava atuando. Quando retornou, Selina perguntou baixinho: — O que foi isso tudo?
Luke balançou a cabeça: — Aquele cara é apenas um figurante. Alguém o pagou para fingir ser um morto, dizendo que ajudaria a construir a atmosfera de um filme de terror.
Os olhos de Selina esbugalharam: — E ele acreditou nisso?
Luke riu: — Isso acontece muito. Afinal de contas, várias equipes de produção fazem dezenas de coisas bizarras para um filme.
Ele até suspeitava que alguém havia fabricado intencionalmente o rumor de acidentes frequentes na equipe.
— Então, você o deixou ir? — perguntou Selina.
Luke respondeu: — Não, algemei ele em um adereço bem ali. Ele vai ficar lá até a Jennifer terminar.
Vol. 2 Cap. 285 Poch está Morta e o Corpo Ainda Vivo
Enquanto Luke e Selina conversavam, Jennifer começou a gravar outra cena.
Eles pararam de falar e focaram. Seria constrangedor se algo realmente acontecesse com a grande estrela.
Pierce aprovou as cenas após duas refilmagens, mas ainda levou quase uma hora.
Na verdade, as duas refilmagens não eram totalmente necessárias, mas o desempenho de Jennifer era levemente diferente em cada uma. Então, Pierce era livre para escolher qualquer tomada que quisesse durante a edição. Quando Jennifer voltou, apontou de repente para o teto com medo: — O que é isso?
Luke se virou, só para ver uma pessoa pendurada num canto do teto.
Todos ficaram aterrorizados no começo, mas então perceberam que poderia ser outra piada, como a que o Sr. Ninguém fez mais cedo.
— Selina, faça-os descer aquela pessoa. — Luke, todavia, franziu a testa e apontou para a pessoa, antes de correr para onde o Sr. Ninguém foi algemado.
Desviando dos diversos itens no caminho, Luke viu Sr. Ninguém e chegou numa parada abrupta. Então sacou a pistola.
Bang! Bang! Uma corda foi imediatamente cortada e o Sr. Ninguém, que quase foi sufocado, caiu, ofegando apressadamente.
Luke se virou e gesticulou para Selina, que também tirou a arma. Ele então liberou o Sr. Ninguém e perguntou: — Quem fez isto?
Sr. Ninguém balançou a cabeça com dor enquanto arfava com força.
Luke tirou o laço do pescoço do homem e cheirou, só para franzir a testa; não porque não havia cheiro no laço, mas porque havia vários.
A maioria dos cheiros pertencia à equipe de adereços e seus assistentes, porém, isso não podia provar nada, pois eram responsáveis pela maioria dos adereços.
Os cheiros das outras pessoas no laço eram vagos.
Isso poderia ser porque tocaram na corda há muito tempo, ou porque só tocaram brevemente. Era difícil de dizer a diferença, particularmente quando o cheiro de uma dezena de pessoas estava ali. Deixando a corda numa prateleira de madeira próxima, Luke observou a engenhoca assassina que quase transformou o Sr. Ninguém num cadáver real.
A armação fatal era muito simples. Uma corda com um laço numa ponta foi amarrada numa prancha de madeira que era parte de um moinho de vento. Assim que o moinho girou, o Sr. Ninguém, cujas mãos estavam algemadas num adereço, seria incapaz de resistir quando o laço apertasse seu pescoço.
Para conveniência de filmagem, era um moinho de vento elétrico, e o interruptor estava no chão próximo e ligou com uma corda que estava amarrada.
Luke não notou mais cedo porque o ambiente estava barulhento com todos os tipos de máquinas e adereços.
Além disso, Jennifer estava filmando uma cena na floresta.
Embora a câmera estivesse focada principalmente nela, os outros figurantes trabalharam duro para gritar, tropeçar e cair, criando todos os tipos de barulho.
Luke não era Deus. Não podia captar tudo que acontecia a sua volta quando a atenção estava fixa em Jennifer.
Franzindo a testa, Luke examinou cuidadosamente as pistas que tinha.
Não conseguiu detectar nenhum cheiro de um estranho, o que era interessante.
Luke caminhou lentamente pelo set.
Alguns minutos depois, parou e balançou a cabeça.
Havia pessoas demais aqui.
A equipe de produção, além dos funcionários que os atores trouxeram junto, dava mais de cinquenta pessoas.
Além disso, este era um set de filme, e as pessoas andavam para lá e para cá o tempo todo. Era difícil de dizer quem era o assassino.
Ele voltou ao Sr. Ninguém de novo e perguntou: — Mike, pode falar agora?
Mike se esforçou para assentir.
Luke perguntou: — Quem te atacou?
Mike balançou a cabeça: — Não vi. Agora há pouco, o moinho de vento atrás de mim começou a girar e um laço começou a me estrangular.
Luke franziu a testa: — Você ouviu algo incomum?
Mike balançou a cabeça de novo: — Não, fui estrangulado do nada. Não notei nada.
Luke não achou isso estranho.
Para ensinar uma lição, Luke o algemou numa estante de ferro baixa para que pudesse ficar agachado ali. Seria difícil dele se virar e ver o que estava atrás dele.
— Vamos lá, mas não diga nada a ninguém, entendeu? — Luke o instruiu.
Mike assentiu e cambaleou atrás dele.
Luke levou o homem, que quase morreu de verdade após fingir, até Selina e sussurrou algo a ela, antes de perguntar a Jennifer: — Jennifer, você terminou a filmagem?
Ela assentiu.
Luke então perguntou: — Então você poderia sair primeiro?
Jennifer sabia o que ele queria dizer.
Seu acordo com o Luke era que a protegeria durante a filmagem.
Assim que saísse do set, o trabalho como guarda-costas de Luke terminaria. Ele então seria livre para se dedicar totalmente ao caso.
Jennifer estava ciente das capacidades do jovem detetive para resolver um caso.
Ela não falou mais nada, simplesmente assentiu. Ela então falou algo a Pierce e Todd, antes de se despedir.
Vendo-a sair, Luke se virou para Pierce: — Agora está é uma cena de crime, então, por favor, coopere conosco ao não se mover ou falar com pessoas aleatórias e ninguém pode sair sem permissão.
Pierce olhou silenciosamente para o corpo nu que estava não muito longe do chão.
Luke olhou para Selina e está assentiu: — Contatei o departamento de polícia. A perícia está a caminho.
Luke ficou bastante satisfeito. Selina fez um ótimo trabalho como suporte. Ela com certeza aprendeu muito enquanto trabalhava com Donald.
Luke então abaixou a cabeça e olhou para o corpo tirado do teto.
Ele já estava familiarizado com esta pessoa, que não era ninguém menos que Sara Poch, a atriz principal do filme.
Agora, seus olhos estavam fechados e seu corpo nu foi coberto com um lençol. Sua boca estava meio aberta, mas não estava respirando.
Um médico na equipe estava executando RCP em Sara, mas Luke sabia que a Srta. Sarah já estava completamente morta.
Luke não viu seu tórax mover, e já havia detectado o cheiro de excremento quando ela ainda estava pendurada no teto. Selina examinou seu pulso mais cedo e confirmou que ela estava morta.
Vol. 2 Cap. 286 Reduza o Intervalo
Luke parecia estar observando o corpo de Sarah, mas, na realidade, estava examinando discretamente as reações de todos.
Lamentavelmente, embora suas reações não fossem totalmente iguais, nada de suspeito realmente aconteceu.
Luke não achou nada de estranho.
O assassino atacou duas pessoas após Luke se identificar como policial. O suspeito tinha que ser um psicopata, já que nenhuma pessoa sã cometeria um crime quando sabia que policiais estavam presentes.
Ambos estavam usando gravadores que Luke modificou e não precisavam escrever tudo sozinho.
Meia hora depois, Elizabeth e Billy chegaram. Elsa e seu novo parceiro, Simmons, um jovem detetive branco, também apareceu logo depois.
Sua ajuda seria indispensável porque havia muitas pessoas que precisavam ser questionadas.
Este também era um grande caso. A atriz principal de um filme foi morta bem na frente de policiais e pendurada no teto. Era uma provocação independente de como olhassem.
O assassino até tentou matar outra pessoa. Eles realmente pensam que a polícia era nada?
Luke rapidamente explicou o que aconteceu aos seus colegas que acabaram de chegar.
Franzindo a testa, Elsa perguntou: — Alguém viu você algemar Mike?
— Não. Algemei ele num canto. Ninguém conseguia vê-lo atrás dos itens no caminho a menos que estivessem próximos. — Luke balançou a cabeça.
Ele sabia o motivo de Elsa perguntar isto. Significava eu o ataque do assassino em Mike não foi planejado, apenas improvisado.
Afinal, o assassino não conseguia saber que Luke era um policial, ou que ele algemaria Mike naquele canto.
Elsa ficou sombria: — Qual é o objetivo dele? Provocar a polícia?
Matar um suspeito que Luke algemou era ainda mais louco que matar um aleatório na frente dele.
Luke teria estado em sérios problemas se Mike fosse morto.
Mike não merecia morrer por causa de uma pegadinha. Se o incidente fosse relatado, Luke seria provavelmente rebaixado e transferido.
Se Elsa perdesse Luke, a eficiência da equipe definitivamente afundaria. Elsa perguntou em voz baixa: — Faremos hora extra hoje. Alguém tem um problema com isso?
Ninguém falou nada. Eles certamente não tinham coragem de rejeitar abertamente sua chefe.
Elsa falou: — Luke, você pode agir livremente. O resto investigará os funcionários comigo. Deixe-me saber se encontrar algo.
Todos assentiram, e a equipe foi dividida em vários grupos para interrogatório.
Luke não recebeu uma tarefa porque Elsa sabia que ele tinha uma maneira misteriosa de resolver casos.
Ele podia até encontrar coisas suspeitas após vagar na cena do crime por um tempo.
Por isso, Elsa preferiria não prender as habilidades de Luke ao fazê-lo interrogar os funcionários.
Luke caminhou para frente e para trás no set, principalmente em volta de onde sara foi pendurada e onde Mike quase foi estrangulado.
Porém, não encontrou nada.
O assassino era muito astuto.
As armas do assassinato foram usadas de todos os adereços tocados por muitas pessoas, assim como o laço em volta do pescoço de Mike.
Após examinar a cena do crime, Luke deduziu que o assassino deveria ter usado uma armadilha prática e simples para pendurar Sarah ao invés de fazer isto pessoalmente.
Quando Sarah pisou na armadilha, o laço caiu em seu pescoço e apertou.
Sarah tinha só 1,6 de altura, e segundo Jennifer, ajudou Sarah a ter uma aparência mais lamentável no filme.
Sarah não era uma mulher forte. No momento que pisou na armadilha, o laço apertou em seu pescoço e ela foi enforcada.
Luke conseguia imaginar totalmente quão desesperada ela deve ter estado com um monte de pessoas diante de seus olhos, porém, não podia gritar por ajuda.
Luke não ficou totalmente decepcionado após sua inspeção.
Era uma coisa boa para o assassino, porque seria difícil da polícia rastreá-lo.
Contudo, o assassino ainda deixou pistas.
E havia uma óbvia na morte de Sarah.
Por que o assassino estava tão confiante que Sarah colocaria o pé na armadilha?
Esta não era uma selva e o assassino só montou uma armadilha, e ainda assim, sabia que Sarah cairia nela.
O alcance da armadilha era muito pequeno; apenas vinte centímetros errado e não pegaria Sarah.
Luke achou isso interessante.
Elsa não o contatou, o que significava que ainda não descobriu nada. Os cientistas forenses já estavam no trabalho quando ele retornou ao corpo de Sarah.
Luke fez algumas perguntas e suas respostas estavam dentro do esperado.
Sarah morreu realmente enforcada e não foi pendurada só após ser estrangulada; caso contrário, o corpo teria exibido uma diferente de conjunto de marcas. Além disso, não havia nada de incomum sob suas unhas.
Claramente, o assassino não deu chance dela lutar. Talvez, o assassino tivesse simples e silenciosamente a observado pisar na armadilha e ser pendurada. Sangue-frio e planejador, o assassino parecia com um assassino em série.
Tanto quanto podia se lembrar, no entanto, vários assassinos em séries gostavam de usar estrangulamento, mas alguns penduravam suas vítimas próximos de uma multidão.
Logo, os cientistas forenses levaram o corpo de Sarah. Até um exame mais aprofundado, era impossível para Luke adquirir alguma outra pista deles.
Luke circulou o set de novo.
Desta vez, se acalmou e analisou cuidadosamente os cheiros nos laços usados para pendurar Sarah e Mike.
Embora não pudesse encontrar diretamente o assassino desta forma, poderia diminuir o alcance de suspeitos. Havia traços de vinte pessoas nos dois laços, o que era aproximadamente metade das quase cinquenta pessoas.
Após isso, havia somente cerca de cinco alvos cujos cheiros estavam nos dois laços.
Era apenas um décimo de todas as pessoas no set, que era bom o bastante para sua investigação.
Vol. 2 Cap. 287 O Maior Suspeito (1)
Luke foi até Elsa e sussurrou algo.
Após ouvir, reorganizou as tarefas e fez os novatos continuarem o interrogatório, enquanto ela e Selina começaram a questionar os cinco maiores suspeitos.
Luke ficou atrás e observou a reação dos suspeitos durante o interrogatório. Quando o último homem veio, os outros o cumprimentaram: — Ei, Todd.
Ele era ninguém menos que Todd Vince, o segundo no comando da equipe.
Ele era o escritor e primeiro assistente de direção no filme.
Além de Pierce, o diretor do filme, ele era o homem mais poderoso na equipe.
Após alguns minutos de questionamento, Todd se levantou e saiu.
Após um momento, Elsa se virou para Luke: — Você notou algo?
Luke se aproximou delas e falou: — Talvez, mas diga-me o que descobriu primeiro para que eu não influencie suas visões.
Evidência era necessário para condenar um criminoso. Ele podia basicamente deduzir quem era o assassino, mas não era prova.
Selina pensou por um momento e falou: — Pelo que me lembro, não vi o gerente dos adereços e seus assistentes durante a filmagem.
Elsa ponderou por um momento antes de balançar a cabeça: — Luke disse que o assassino usou uma armadilha para matar Sarah, então não precisava estar lá. Ele poderia estar usando você e o Luke como o melhor álibi.
Luke assentiu internamente.
Ninguém sabia como Sarah pisou na armadilha e era impossível identificar o assassino porque a armadilha poderia ter sido montada antes.
Elsa disse: — Até as pessoas que estavam à vista ainda poderiam ser suspeitas. Eles podem ter montado a armadilha antes de vocês chegarem. — Selina e Luke assentiram.
Fazer isso fazia ter o risco de a armadilha ser exposta mais cedo, mas também dificultava a investigação.
Elsa olhou para Luke e perguntou: — Agora, você pode nos dizer o que descobriu?
Luke respondeu: — Todd é o maior suspeito.
Elsa e Selina ficaram atordoadas por um momento. A primeira então perguntou: — Por que ele?
Como o escritor e assistente de direção, ele sempre esteve com Pierce, e muitas pessoas teriam prestado atenção nele. Luke havia achado uma desculpa. Ele abriu as mãos e explicou: — Precisamente porque ele não teve tempo para cometer o crime.
Elsa percebeu o que Luke queria dizer: — Ele usou uma armadilha para matar Sarah porque não podia desaparecer por muito tempo?
Luke assentiu e acrescentou: — Em segundo lugar, como o escritor e assistente de direção, ele é um dos poucos que pode dizer a Sarah aonde ir.
Elsa e Selina finalmente compreenderam.
Embora Sarah fosse apenas uma atriz da lista C, somente Pierce e Todd poderiam dar ordens a ela.
Neste filme de terror de baixo custo, ela era a maior estrela.
É claro, nesse sentido, Pierce tinha ainda mais poder.
Se falasse a Sarah para remover as roupas e fazer uma dança de colo, ela precisaria.
Contudo, Pierce não tinha motivo, e seu cheiro não estava nos dois laços.
Luke comparou os cheiros nas cenas do crime com o que estava nas armas do assassinato para identificar o assassino.
Ninguém esteve perto da área onde Sarah morreu hoje, mas o cheiro de Todd estava presente deste o dia anterior, bem como da própria Sarah.
Sem olhar para a filmagem de segurança, mais ninguém perceberia isto porque todos estavam ocupados filmando e não ficariam de olho no paradeiro de cada um.
Se Jennifer não tivesse trazido Luke hoje, era possível que Todd pudesse ter enganado todos.
— Se é o Todd, qual é o motivo? — Selina estava intrigada: — Ele é o escritor e um assistente de direção. Que bom fará para o filme ser assombrado por notícias negativas?
Elsa e Luke não podiam dar uma resposta, porque havia possibilidades demais.
Em todo caso, Elsa simplesmente decidiu: — Farei Billy e o Simmons continuarem a investigar o set como uma distração. Todos os outros focarão no Todd e tentarão descobrir seu ponto fraco.
Luke e Selina certamente não tinham objeções.
Era melhor as três detetives interrogarem a equipe porque eram menos agressivas como mulheres e se comunicariam com mais facilidade com eles.
Os detetives e membros da equipe estavam exaustos após outra rodada de perguntas, mas ninguém reclamou.
Quem sabia se a equipe ainda existiria após este incidente.
Várias pessoas na equipe estavam contando com este filme e os detetives também esperavam resolver este caso o mais rápido possível para minimizar o impacto negativo.
Após uma hora, Elsa retornou e se encontrou com Luke de novo: — Há algo de errado com o Todd.
Luke não respondeu, apenas esperou ela continuar.
Porém, Elsa tomou um pouco de água e indicou a Elizabeth que continuasse de onde parou.
Elizabeth deu uma garrafa de água a todos e continuou: — Baseado na nossa investigação, Todd era próximo de Sarah. Na verdade, foi Todd que a recompensou como atriz principal.
Luke continuou a ouvir.
— Porém, parecia que Pierce não estava satisfeita com o desempenho de Sarah e estava considerando substituí-la — Elizabeth prosseguiu.
Luke ficou intrigado: — Mas as gravações já começaram. Eles não perderão muito dinheiro se substituíssem a atriz principal agora?
Elizabeth respondeu: — Sempre haverá perdas, mas as gravações começaram faz apenas uma semana, e como Pierce estava insatisfeito com o desempenho dela, o progresso foi devagar. Se a atriz principal for substituída, as gravações prosseguirão mais suavemente.
Luke assentiu. Se Pierce estivesse satisfeito com o desempenho da nova atriz principal, era possível que a equipe pudesse poupar umas semanas ou meses de gravação, então substituir a atriz principal não seria perda de tempo.
Elizabeth falou: — Todd e a Sarah
eram mais que próximos. Aparentemente, eles eram bem… íntimos.
Olhando para Elizabeth, Selina interveio: — Isso não é estranho, mas é apenas nossa especulação. Ninguém falou nada concreto. — Após acrescentar isso, gesticulou para Elizabeth continuar.
Elizabeth sorriu estranhamente. Ela ficou bem envergonhada de falar sobre isto. Como uma detetive nova que acabou de formar da faculdade, ainda não estava preparada para enfrentar a feiura da realidade.
Vol. 2 Cap. 288 O Maior Suspeito (2)
— Várias pessoas na equipe mencionaram que Todd não estava por perto quando o corpo da Sarah foi localizado, mas ele só sumiu por cerca de cinco minutos — disse Elizabeth: — Isso é tudo que sabemos.
Luke assentiu e olhou para Elsa.
Elsa concluiu: — Então, Todd é definitivamente suspeito, mas não temos nenhuma evidência direta.
Ela olhou para Luke e perguntou: — Você encontrou algo mais?
Luke balançou a cabeça: — Não.
Elsa franziu a testa: — Então vamos encerrar o dia e retornar ao departamento de polícia.
Embora Todd fosse um suspeito, era improvável que fugisse se considerasse sua reputação no campo.
Não era comum a polícia resolver o caso em um dia. Os dois casos de Jennifer Perry eram exceções porque Luke aconteceu de estar lá.
Luke falou: — Teremos que interrogar Mike numa outra hora. Devemos pelo menos descobrir por que ele foi morto.
Elsa assentiu: — Ele foi enviado ao hospital. Podemos visitá-lo mais tarde.
Todos na equipe ficaram aliviados, porque finalmente poderiam ir para casa descansar. Porém, o que Pierce falou os chateou.
Eles receberam a notícia de que a filmagem seria adiada até um próximo aviso.
Elsa levou Luke e Selina ao hospital, enquanto os outros detetives retornaram ao departamento para analisar os arquivos.
Eles encontraram Mike no hospital.
A equipe do filme estava cobrindo as despesas médicas. Embora o acidente fosse parcialmente culpa de Mike, Pierce preferiria que Mike não fizesse uma bagunça sobre isto.
Vendo Luke entrar e fechar a porta, Mike ficou ansioso.
Ele ficou com medo de Luke após aprender a lição.
Luke não fez nenhuma pergunta, ao invés disso, deixou o trabalho para Elsa.
Um momento depois, após alguns estímulos de Elsa, Mike finalmente confessou o que sabia.
A pessoa que o contratou para assustar as pessoas no set foi ninguém menos que Sara Poch.
Os detetives se entreolharam, sentindo-se apavorados.
Sara falou para ele fingir ser um cadáver enforcado, mas logo, ela se tornou o real.
Bem, ela levou a pior, pois Mike pelo menos manteve as roupas, enquanto ela foi pendurada nua.
Elsa pediu para Mike continuar.
Para convencer Mike, Sarah mencionou que estava noiva de Todd e que por isso, Mike não entraria em problemas.
Mike sonhava em se tornar um ator e sabia quem era Todd, então aceitou a tarefa sem muita hesitação.
Os detetives se entreolharam e confirmaram que havia algo de errado com Todd.
Porém, não havia motivo para ele matar Mike.
Sarah não se traiu nenhum pouco quando viu o desempenho de Mike. Até Pierce, que não ficou satisfeito com sua atuação, não notou nada de errado.
Após a morte de Sarah, ninguém acreditaria que Todd estava envolvido neste caso, pois Sarah poderia estar usando o nome de Todd para enganar Mike.
Todavia, se Mike tivesse morrido hoje, eles certamente teriam menos conexões entre a morte de Todd e Sarah.
Eles não conseguiram mais informações úteis após isso.
Mike só conversou com Sarah e ninguém viu ela e Todd juntos. Suas palavras não podiam ser usadas como evidência, e só podiam apontar uma direção para investigar.
Todavia, sua declaração convenceu Elsa de que Todd era um suspeito.
Era muito mais fácil investigar Todd sozinho que investigar cinco pessoas.
Após isso, todos foram para casa.
Os três novatos naturalmente tiveram que trabalhar hora extra. Elsa simplesmente os chamou e falou para continuarem com a investigação antes de ir para casa.
Esse era o privilégio de ter novatos.
Eles tinham que trabalhar duro se quisessem se estabelecer na Divisão de Crimes Graves. Após o jantar em casa, Luke e Selina tiveram um treino básico.
Selina então foi para a casa e Luke continuou trabalhando à noite.
Ele não estava preocupado com o caso novo.
Não seria estranho se não conseguissem encontrar nenhuma evidência para prender Todd no final.
Ele trabalhou em quase cem casos na Divisão de Crimes Graves, e só resolveu trinta deles. Mesmo assim, ainda tinha a taxa mais alta de casos resolvidos na divisão.
Precisava-se aprender a desistir ocasionalmente como um detetive.
No dia seguinte, Luke e Selina foram ao escritório de Elsa e encontraram os três novatos exaustos se reportando a ela.
Eles simplesmente assentiram e ouviram o que os novatos tinham a dizer.
Após ouvir o relatório, Elsa olhou para Luke: — Parece que este caso está ficando complicado.
Luke assentiu: — Não podemos condenar Todd sem provas.
Na realidade, todos sabiam que a coisa mais complicada era a identidade de Todd.
Ele não era poderoso, mas conhecia muitas pessoas no meio artístico.
Contanto que algum deles falasse para a mídia, estes poderiam dar uma grande dor de cabeça ao departamento.
Elsa pensou por um momento antes de expressar: — Seguirei o caso com a equipe da Elizabeth. Você pode trabalhar em outros casos.
Dessa maneira, os três novatos ganhariam alguma experiência e a eficiência da equipe como um todo não diminuiria.
Luke assentiu: — Vou visitar a Jennifer mais tarde e ver se ela sabe de algo.
Elsa simplesmente assentiu e dispensou todos.
Após Luke e Selina saírem, ele ligou para Jennifer.
Era o número privado dela, qual Luke obteve no dia anterior. Jennifer hesitou por um momento antes de falar para Luke que ligaria de volta.
Alguns minutos depois, ela ligou: — Pierce está na minha casa. Você quer falar com ele?
É claro que Luke queria.
Pierce trabalhou com Todd por mais de uma década e seria uma fonte conveniente de informação.
Quando chegaram na casa de Jennifer, Luke viu que os guardas de segurança foram trocados.
Após checar seus distintivos, os dois guardas os deixaram entrar.
Luke e Selina encontraram Jennifer e Pierce no jardim.
Ambos estavam aproveitando o café sob um guarda-sol.
Após Luke e Selina sentarem, Jennifer chamou uma empregada, uma senhora gorda em seus quarenta que fazia um bom café.
Após a empregada sair, Jennifer falou: — Pierce, estes dois detetives são muito capazes. Algo aconteceu aqui alguns dias atrás e eles resolveram o problema em um dia. Você pode conversar com eles enquanto vou colocar uma máscara facial. — Ela então saiu.
Vol. 2 Cap. 289 Dois Experimentos
A conversa de Luke e Selina com Pierce terminou em aproximadamente quarenta minutos.
Após saírem da mansão de Jennifer, Selina comentou no carro: — Esse é o mundo do entretenimento! Todd queria dirigir este filme sozinho.
Luke deu de ombros: — As políticas são inevitáveis quando alcança certo nível, mesmo que seja um policial.
— Haha, você está falando besteira de novo. — Selina sorriu e continuou: — Mas essa vida parecer muito extravagante na TV. Não achei que é tão difícil quanto a nossa.
Luke riu: — Depende de como está comparando com eles. Todos têm que trabalhar duro se quiserem ter vidas melhores.
Conversando no carro, logo chegaram em casa.
Selina achou isso estranho: — Por que voltamos para casa?
Luke respondeu: — Diminuímos seu treino por causa da investigação. Como a Selina falou que o caso não é urgente, podemos compensar isso agora.
Selina fechou os olhos com dor: — Não é à toa que você fale que a vida de ninguém é fácil. Já sinto como a minha é difícil.
Luke sorriu, mas não falou nada. Ele, por exemplo, nunca reclamou sobre trabalhar horas extras à noite.
A equipe trabalhou no caso no set de filme por alguns dias antes de Elsa diminuir a prioridade do caso. Não era a primeira vez que Luke se deparava com algo assim. Não ficou incomodado.
Duas noites atrás, todavia, Todd se deparou com um incidente estranho a caminho de casa. O criminoso o socou na barriga e o arrastou até um beco.
Então, foi forçado pelo bandido louco a… jogar blackjack com ele.
No final, o homem parou de dar as cartas e pegou um bastão aleatório.
Thump!
O escritor desmaiou no beco após um forte golpe na cabeça.
Sistema: Você derrotou Todd Vince e recebeu uma lista de suas habilidades.
Habilidades de Todd Vince: Inglês Básico, Escrita Básica… Trabalho de Corda Básico (100 pontos de crédito)
Naturalmente, Luke era o bandido louco.
Tudo que estava relutante em fazer numa boa pessoa, testou em Todd. Ele derrotou Todd vinte vezes no blackjack. Além do soco que deu quando o capturou, o homem perdeu 21 vezes.
Após subjugar Todd com aquela última pancada, recebeu a notificação do sistema e aprendeu Trabalho de Corda Básico.
Deduzindo da habilidade de Todd, Luke basicamente descobriu como matou Sarah e quase matou Mike.
As habilidades básicas não eram nada básicas.
O sistema só listava as habilidades excelentes de pessoas comuns, e estas eram categorizadas como habilidades básicas. Todd, por exemplo, era um escritor de sucesso e o sistema reconheceu suas habilidades em Inglês Básico e Escrita Básica.
Numa escala de cem, as habilidades que a maioria das pessoas era capaz estavam abaixo de sessenta e o sistema simplesmente os ignorava. As habilidades classificadas como básica, na realidade, não estavam necessariamente no mesmo nível; era apenas como o sistema os categorizava.
O Trabalho de Corda Básico que Todd tinha era uma das melhores habilidades básicas.
Também poderia laçar um touro ou um cavalo correndo a dezenas de metros de distância, e era melhor que cowboys campeões.
Porém, queria ser um ator, e usou sua habilidade para matar a pessoa.
Luke não matou Todd.
O sujeito era a melhor cobaia.
Olhando para o histórico de Todd, esta foi a primeira vez que alguém em sua equipe morreu.
Ele deve ter matado Sarah Poch por um motivo, e percebeu desconhecido o que ela fez para ele. Luke planejava manter Todd vivo para ver quão azarado ele se tornaria.
Ainda estava descobrindo maneiras de aprender as habilidades das outras pessoas.
Por exemplo, não podia aprender a habilidade de Comunicação Mental de Bobby ainda, porque este último não se sentia grato para com ele.
Luke sentiu que foi porque Bobby ainda não era rico e não podia se aproximar abertamente de Sheerah.
No entanto, Luke não sabia quando sua empresa faria uma fortuna. Todd cometeu um assassinato, mas não era um assassino em série, então era a cobaia perfeita para os testes.
Luke o libertou magnanimamente, então mudou sua atenção para sua empresa.
Segundo fontes confiáveis, mercenário retornou à Nova York e Luke agora não precisava ficar tão preocupado.
Ele conversou com Bobby primeiro.
Após falar com ele, Bobby tentou usar a Comunicação Mental nele, e como esperado, o Sistema Daddy apareceu de novo.
Sistema: Energia espiritual tentando estabelecer uma ligação com o anfitrião. Você aceita?
Naturalmente, Luke recusou, mas ficou bem animado.
O sistema realmente podia impedir outras pessoas de espiar seus pensamentos, o que era muito importante.
Todo este tempo, vinha se preocupando em encontrar pessoas com habilidades mentais poderosas, como Professor X, Rainha Branca e Jean Grey.
Seu sistema e a verdade que sabia sobre este mundo não deveriam ser detectadas por estas pessoas, ou poderia acabar num laboratório e passar o resto da sua vida como um rato de laboratório. O sistema agora lhe deu proteção. Embora não soubesse quão longe esta proteção alcançasse, ainda era importante. Pelo menos, o sistema avisaria quando alguém estivesse tentando espiar sua mente, então sempre saberia se alguém estivesse tentando aprender seus segredos.
Nesse caso, seria possível fugir ao encontrar homens inacreditáveis como o Professor X.
Ele não acreditava que o Professor X em uma cadeira de rodas poderia ser mais rápido que ele.
Com as habilidades de criação do Tony Stark, e com tempo e dinheiro o bastante, quem sabe quão longe a habilidade de combate de Luke poderia chegar.
Após essa experiência importante, Luke perguntou a Bobby sobre o progresso na venda da tecnologia e este respondeu estranhamente: — Srta. Jenny é muito capaz. Ela chegou num gerente sênior da Google. Temos uma reunião em um ou dois dias.
Luke riu e deu um tapinha no ombro dele: — Não se sinta envergonhado. O pai dela é um magnata. Você não tem esse benefício. Você foi de alguma ajuda durante a discussão?
Bobby assentiu, mas acrescentou num tom estranho: — No entanto, a Srta. Jenny parece estar… sentindo sua falta.
Luke assentiu, se levantou e despediu de Bobby.
Vol. 2 Cap. 290 Alívio de Luke e Consciência de Selina
Quando estava na porta, Luke falou sem se virar: — Bobby, você precisa aprender a controlar suas habilidades, ok?
Bobby assentiu com um sorriso amargo: — Eu sei. Na verdade, só consigo sentir emoções intensas, como quando a Srta. Jenny sente sua falta…
Luke balançou a mão: — Okay, não vou criticar você, mas seria melhor se puder controlar totalmente sua habilidade. Continue assim.
Ele ficou levemente decepcionado e tranquilizado.
Bobby não parecia muito dotado quando se tratava de sua habilidade mental. Era altamente improvável que ele virasse outro Professor X.
Após sair, Luke ligou para Jenny: — Ei, como vai?
Jenny estava toda trajada e prestes a sair quando recebeu a ligação de Luke. Ela respondeu animada: — Ah, você aprendeu do Bobby que estou indo negociar com a Google?
Luke ficou atordoado por um momento: — Negociar?
Jenny sorriu: — Alcancei o vice-presidente da Google com minhas conexões pessoais. Hm, ele é um amigo do meu pai. Chamo ele de Tio Lamarck. Acontece de ele estar na cidade e está muito interessado no seu produto após minha introdução, então vou encontrá-lo hoje.
Luke também sorriu: — Isso é bom. Como você está ocupada hoje, não vou desperdiçar mais seu tempo.
Jenny o parou apressadamente: — Espera, você só me ligou para perguntar sobre o trabalho? — Ela soou desanimada.
Luke riu: — Você é minha assistente. É claro que o trabalho vem em primeiro lugar. Okay, agora posso convidar a linda Srta. Gwenis para jantar? Estou livre hoje e amanhã à noite.
Jenny revirou os olhos: — Okay, é um acordo. Você tem que me levar para jantar hoje e amanhã de noite.
Perplexo, Luke sorriu: — Como quiser, Srta. Gwenis.
Após se provocarem um pouco, Luke desligou.
Considerando suas habilidades físicas, ele estava disposto a aceitar o convite de Jenny todo dia.
Porém, não podia passar tempo demais com ela. Duas noites já eram extravagantes o bastante.
Ele só dormia duas horas por noite hoje em dia, e passou o resto do tempo fazendo equipamento e treinando. Jantar com Jenny significava que perderia pelo menos vinte horas de trabalho e exercício.
Contudo, precisava relaxar ocasionalmente e para evitar doenças psicológicas.
Naquela noite, Luke encontrou a joia rara de um restaurante três estrelas Michelin que servia comida ocidental em Los Angeles.
Ele mal ia a restaurantes porque podia cozinhar. No entanto, Jenny claramente estava muito familiarizada com restaurantes como este.
Eles não ficaram distantes, apesar de não se verem por dias, pois vinham mantendo contato pelo celular.
Jenny estava ciente que Luke estava ocupado com casos complicados, então não insistiu em se encontrarem.
Luke naturalmente não falou sobre os casos do trabalho.
Não foi porque não confiava nela, era porque seus casos não poderiam fazer nada além de deixar desconfortável.
Ele simplesmente entreteve Jenny com casos hilários que se deparou quando fazia patrulha em Houston.
Agora que pensou sobre isto, os arranjos de Brock naquela época eram todos ruins; pelo menos, lhe deu muitas histórias para contar.
Ele se perguntou como o homem estava indo após infelizmente perder seu trabalho por causa de Faraday Page.
Luke se sentiria muito melhor se soubesse que o homem não estava indo bem.
Nenhum deles foi para casa após o jantar, seguiram direto para um hotel.
Luke não foi a outro hotel de três estrelas. Ele encontrou um de quatro estrelas em Beverly Hills.
Jenny hesitou: — … Na verdade, três estrelas está bem.
Luke riu: — Está tudo bem. Fiz uma fortuna recentemente.
Eles deram entrada e conversaram no quarto com uma garrafa de vinho.
Jenny falou sobre o encontro com seu tio.
O vice-presidente Lamarck estava muito interessado no mapa de navegação de Luke e falou que consideraria.
Então, Jenny não pôde deixar de perguntar: — Você realmente não considerará um preço menor?
Luke pensou por um momento e então balançou a cabeça: — Eles podem comprar se quiserem. Se não quiserem, está tudo bem.
Jenny ficou surpresa: — Hã? Por quê?
Luke respondeu com um sorriso: — Porque desenvolvi touchscreen capacitativa. Então, não importa agora se a tecnologia pode ser vendida ou não.
Jenny perguntou: — Por quê?
Luke explicou: — Com o touchscreen capacitativo, podemos começar nossa própria empresa de celular. Se a Google estiver interessada, no entanto, podemos negociar com eles sobre o touchscreen também.
Não havia Apple ou Steve Jobs neste mundo, então permanecia desconhecido quem levaria o mundo a era dos smartfones touchscreen.
Jenny ficou um tanto chocada.
Embora tivesse herdado o talento empresarial de seu pai e entendido várias coisas rapidamente, nem sempre conseguia prever se algo faria dinheiro ou não. Então, ficou simplesmente sobrecarregada de descrença após ouvir o que Luke falou.
Jenny vira e usara o celular touchscreen que Luke fez. Era realmente conveniente, mas não era ambiciosa o bastante para construir uma grande empresa.
Luke deu de ombros: — Está tudo bem. Você é uma estudante de administração, e sou apenas um graduado do ensino médio. Estou esperando você fazer nosso negócio florescer. Ainda somos jovens, de qualquer forma.
Jenny revirou os olhos. Você está zombando de mim ao dizer explicitamente que sou uma estudante de administração quando você é um graduado do ensino médio? Em sua fúria, saltou nas costas de Luke e atacou suas orelhas.
Luke simplesmente sorriu e a puxou para seus braços.
A noite estava boa demais para ser desperdiçadas com conversa de dinheiro. Luke foi trabalhar no dia seguinte, completamente refrescado, deixando Jenny dormindo no hotel. Eles ficaram ocupados até as duas da madrugada e se ocuparam novamente de manhã. Ela estava completamente exausta.
Felizmente, não precisava trabalhar e não havia aula no final de semana. Também foi por isso que convidou Luke para jantar dois dias seguidos.
Luke pegou Selina no caminho e deu a sobremesa que comprou numa loja como petisco para o dia.
Enquanto comia o mousse de chocolate, Selina resmungou: — Bem, pelo menos você não é totalmente sem consideração.
Luke riu. Doeu dizer isso?