Vol. 2 Cap. 331 Fugindo Decididamente de Questões Não Benéficas

— Espera. — Selina abriu os olhos de repente: — Se não tivéssemos interferido, talvez nenhum dos ladrões sobrevivesse.

Quatro ladrões foram pegos vivos por causa dela e Luke.

Considerando a batalha feroz entre a polícia e os ladrões, era improvável que tivessem se rendido. Eles provavelmente teriam sido mortos.

Big Nick não teria os deixado se safar quando tantos de seus homens foram feridos.

Os olhos de Selina brilharam: — Então, o cara negro é o mentor por trás de tudo. Ele levou intencionalmente este Nick àquele lugar para tentar matar seus companheiros. Enquanto os ladrões que vendeu pensavam que o dinheiro falso era real, ele poderia embolsar o outro caminhão e pegar o dinheiro para si.

Após isso, olhou para Luke: — É isso?

Luke aplaudiu com um sorriso: — Correto, exatamente o mesmo que pensei.

Agora há pouco, ele recebeu a notificação do sistema.

Missão: Pegue os ladrões e recupere o saque

Experiência Total: 1.000

Crédito Total: 1.000

Taxa de Contribuição: 60%

EXP +600

Crédito +600

EXP 16.890

Selina perguntou: — Não deveríamos ir atrás dele?

Luke riu: — Não esqueça que o saque está nas mãos do Dustin, então isto não é mais inteiramente nosso caso. Devemos perguntar ao chefe o que fazer em seguida.

Selina ficou atordoada, se perguntando quando Luke se tornou tão obediente.

Luke, no entanto, sabia que muito dinheiro estava envolvido, e que pode não ser bom sair sozinho e deter suspeitos sem falar com Dustin primeiro.

Mais importante, a Reserva Federal ainda não respondeu.

Como a Reserva Federal ainda poderia ficar tão calmo quando ladrões roubaram tanto dinheiro? Eles deveriam ter enviado um pedido de investigação antes disto.

Era por esta situação incomum que fez Luke decidir falar com Dustin primeiro.

Às vezes, as pessoas não agradeceriam por resolver um caso, e podem acabar é odiando você.

Luke retornou ao departamento e foi até um canto do estacionamento subterrâneo, que foi limpo e dividido com folhas plásticas. Um mau cheiro exalava da área.

O nariz de Luke coçou e cortou instantaneamente o Olfato Aguçado.

Elizabeth estava protegendo o ponto de entrada nas folhas plástica. Sua grande máscara cobria seu lindo rosto.

Vendo Luke, ela falou animada: — Luke, você voltou. Você sabia que o caminhão de lixo… Esquece. O chefe dirá.

Luke assentiu com um sorriso: — Isso mesmo. Não diga nada que não deveria.

Selina deu um tapinha no ombro da Elizabeth: — Boa garota!

Elizabeth tirou duas máscaras do bolso: — Peguem isto. O cheiro não é muito bom lá dentro.

Luke e Selina colocaram as máscaras e entraram.

Dustin e Elsa estavam lá.

De um lado, Elsa estava pegando o dinheiro das bolsas pretas e jogando numa caixa plástica.

A maioria do lixo era papel picado comprimido em blocos redondos.

Esta também era a fonte do cheiro estranho do dinheiro que Luke detectou mais cedo. Notas velhas foram trituradas e comprimidas em blocos redondos, e por isso deram um cheiro esquisito de dinheiro.

Vendo Luke e Selina, Dustin acenou: — Luke, Selina, por aqui.

Dustin os levou até um lado. Elsa simplesmente assentiu, mas não seguiu.

No canto, Dustin perguntou num tom baixo: — Do que se trata o dinheiro?

Luke resumiu o que aconteceu à tarde e deu de ombros: — Não sei exatamente sobre o dinheiro. Só achei o caminhão de lixo suspeito porque estava no lugar errado. Não ouso palpitar de onde o dinheiro veio.

Várias emoções passaram pelo rosto de Dustin quando olhou para Luke: — Quem mais sabe disto?

Luke respondeu: — Apenas nós, a equipe da Sonia e as pessoas que estavam com você, chefe.

Dustin assentiu: — Mantenha isto em segredo e não tem que dar seguimento disto.

Luke murmurou: — Entendido. Este caso não era nosso em primeiro lugar.

Dustin ficou surpreso: — Hã?

Luke riu: — Foi a Sonia que observou o caminhão e você que o examinou. Não temos nada a ver com isto.

Dustin ficou sem palavras. Tudo soa muito razoável, mas por que sinto vontade de bater em você?

— Então, estamos saindo, chefe — disse Luke: — Estamos fazendo progresso no caso do Mark Owen. Preciso dar seguimento nisto.

Dustin olhou para eles e abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada.

Ele próprio falou a Luke e Selina para ficarem longe deste caso.

Luke também deixou claro que o dinheiro não tinha nada a ver com ele e que não fez nada mais que pedir a Sonia para ficar de olho no caminhão. Qualquer descoberta relacionada ao caminhão poderia ser atribuída a equipe de Sonia, ou a equipe de Elsa, ou até a equipe de Dustin, mas não tinham nada a ver com Luke ou Selina.

Desde que não estavam envolvimento no caso, Dustin não pediu para eles revirarem o lixo aqui.

Acenando impotente, Dustin expressou: — Saiam daqui.

Luke riu: — Onde estão a Sonia e o Alessandro? Preciso da ajuda deles em nossa investigação.

Dustin respondeu: — Ligue pra eles você mesmo. Sou um operador de chamada?

Luke imediatamente o saudou: — Sim, senhor.

Então fugiu com Selina.

Este caso era tão complicado que ele não queria tocar nele.

Ele não estava interessado no cara que provavelmente era para ser o mentor também.

Luke não era um homem de integridade pura. Este caso estava vinculado a muitos problemas e prometia poucas recompensas. Ele com certeza preferiria manter distância.

A enorme quantidade de dinheiro só podia ser adquirida da filial da Reserva Federal, mas a reserva ainda precisava responder.

O FBI procuraria como loucos por pistas mesmo que só um dólar tivesse sido roubado, para não dizer nada do saque de dezenas de milhares de dólares.

Além do mais, não era apenas sobre dinheiro, mas também sobre os buracos no sistema de segurança da Reserva Federal.

Quem sabe quando dinheiro seria perdido na próxima vez que algo assim acontecesse?

Luke imediatamente se retirou do caso antes de se aprofundar demais, e jogou tudo para Dustin.

Ele podia pedir para se juntar na investigação porque foi quem descobriu as pistas primeiro, e Dustin confiaria nele, porém, o que poderia conseguir disto?

Mesmo que Luke recebesse o dinheiro, ainda seria dinheiro ilegal. Era como os milhões de dólares no seu inventário, ele não conseguiria usar abertamente.

Não ajudaria com uma promoção também. Elsa já havia dito várias vezes que não importava quando ele e Selina adiassem, seriam promovidos para detetives de nível três em um mês, que era o maior nível para detetives.

Então, era desnecessário trabalharem por mais crédito.

Se fosse envolvido neste caso, era provável que o FBI investigasse totalmente Luke e sua família, e isso era algo que Luke queria evitar.

Vol. 2 Cap. 332 Comunicando Questões Comerciais Importantes

Luke deixou Dustin assumir a responsabilidade sem pestanejar.

Dustin era um profissional por resolver situações complicadas. Além disso, tinha o Diretor Brad de apoio.

Luke saiu do estacionamento e jogou a máscara para Elizabeth: — Aproveite a vida diária de uma cientista forense. Será bom para você.

Elizabeth não sabia o que dizer. Gee, muito obrigada!

Luke e Selina voltaram à Divisão de Crimes Graves para procurar pela Sonia.

Luke explicou: — Estamos acompanhando o assassinato do oficial, mas o que aconteceu hoje será resolvida por outra pessoa. Apenas fique entre nós, okay?

Sonia assentiu e indagou: — Luke, o que exatamente aconteceu do seu lado?

Luke estava com preguiça de explicar. Simplesmente gesticulou para Selina, antes de sair para comprar algumas bebidas da máquina de venda.

Ele pegou uma água com gás para si, Dr. Pepper para Selina, suco para Sonia e leite para Alessandro.

Olhando para o leite em sua mão, Alessandro ficou surpreso: — … Isto é para mim?

Luke bufou e olhou em volta: — Acho que você está abaixo do comum em termos de estrutura corporal. Leite será bom para você.

Com um sorriso amargo, Alessandro bebeu o leite em silêncio.

Luke era famoso por suas capacidades de luta, Selina era um dos três melhores lutadores da Divisão de Crimes Graves, e até Sonia podia derrotá-lo no mano a mano.

Afinal, as pernas de Sonia eram quase da grossura da cintura de Alessandro.

Alessandro sabia que este foi um lembrete amigável de Luke, expressando como uma piada.

Se um detetive da Divisão de Crimes Graves tivesse problemas de saúde, provavelmente trocariam por um trabalho de mesa ou se aposentaria em alguns anos.

Alessandro tinha apenas 23 anos e não era um detetive por muito tempo; ele não tinha planos de se aposentar tão cedo.

Selina já havia dito a ele e Sonia sobre a batalha entre os assaltantes e a polícia do condado, o que os chocou e os fez suspirar.

Eles ficaram chocados pelo evento inesperado e suspiraram por perder isto. Entretanto, também sentiram sorte por não terem sido envolvidos aleatoriamente.

Quando Selina descreveu como os assaltantes abateram dois oficiais do condado com uma M249, Sonia e Alessandro ficaram perplexos.

Por que alguém usaria uma metralhadora num assalto? Naquele famoso bando em North Hollywood anos atrás, os dois assaltantes só carregaram AKs com cem balas.

Naquele ponto, Sonia e Alessandro sentiram não ter sido uma coisa totalmente ruim não terem seguido Luke.

A polícia normalmente ficava de olho em seu alvo por trás.

Se tivessem atrás da polícia do condado, não estariam na linha de fogo da M249 também?

Luke sorriu: — No entanto, há boas notícias. Nick concordou em falar sobre o caso do Mark Owen conosco.

Sonia ficou animada no começo, mas então sua expressão ficou pesada: — Luke, é possível…

Luke assentiu levemente: — Vamos ouvi-lo primeiro. As coisas não podem ser piores do que já são, né?

Sonia tinha suas dúvidas. Considerando a atitude de Nick, era possível que o caso fosse mais complicado do que parecia.

A luta pelo poder em LASD era tão ruim quanto em LAPD.

Após o encontro, todos foram para casa.

Após tomar banho, Selina jantou, e foi a mais feliz por deitar preguiçosamente no sofá.

O celular de Luke tocou.

Ele atentou e falou algumas palavras, antes de se vestir: — Bem, estou saindo para uma negociação comercial.

Selina ficou surpresa: — O quê?

Luke explicou: — Você não esqueceu das suas cinco por cento de ação da minha empresa, não é?

Selina ficou atordoada: — Sério? Meus duzentos mil dólares realmente viraram ações na sua empresa de brinquedo?

Luke ficou sem palavras: — Deixe-me dizer algumas boas notícias. A Jenny alcançou um VP na Google e vai vender dois produtos a eles.

Selina não ficou totalmente convencida.

Luke não tentou convencer também. Ele só estava deixando-a saber agora para impedi-la de tentar extorquir novos petiscos e comida em compensação pelo choque depois.

Selina perguntou: — Então, posso trancar a casa esta noite?

Luke murmurou em consentimento: — Além disso, ligue todos os alarmes e não durma muito profundamente.

Selina assentiu com indiferença: — Okay, agora se manda daqui.

Luke não esqueceu de lembrar: — Não pule seu treino hoje.

Selina retrucou: — E você vai treinar na cama hoje, eu acho.

Luke deu de ombros e saiu.

Ele foi ao hotel em Beverly Hills de novo e bateu na porta de uma suíte e foi atendido bem rápido.

Ele abraçou Jenny, que saltou nele e entrou no quarto com um sorriso.

Eles sentaram no sofá e conversaram de negócios primeiro.

No lado da Google, Jenny encontrou seu Tio Lamarck ao invés de falar com funcionários de baixo nível.

O VP da empresa tinha visão melhor que o funcionário da Google que Bobby encontrou. Ele confirmou que os produtos de Luke eram muito valiosos.

Entretanto, este VP Lamarck também sentiu que o preço pedido era excessivo.

Luke não ficou surpreso. Ele perguntou com um sorriso: — Não se preocupe. Além disso, se importa se usarmos o nome do seu Tio Lamarck?

Jenny indagou: — Como exatamente?

Luke respondeu: — Por exemplo, podemos dizer a Easygo que o Lamarck está muito interessado na nossa tecnologia.

Jenny não ficou com raiva, mas ponderou a ideia.

Negócio era negócio.

Se Lamarck recusou por ser caro demais, não havia nada para impedi-la de comercializar em outro lugar.

Luke não interrompeu a reflexão dela. Tomou seu vinho.

Ele não era fã de vinho, mas beberia um pouco porque estava com Jenny.

Um momento depois, Jenny assentiu: — Não deve haver problema.

Luke sorriu: — É apenas uma sugestão. Se você não estiver interessada, então esqueça. Você pode continuar negociando com a Google. Não estou com presa. Hm, eles estão interessados na tecnologia touchscreen?

Jenny respondeu: — Sim, mas…

— Mas o problema também é o preço, não é? — Luke interrompeu.

Jenny assentiu.

Luke pensou por um momento e disse: — Eles não estão envolvidos em fabricação de celulares ainda, então não tem onde vender isto. Enfim, Jenny, está interessada em se tornar uma CEO?

Jenny ficou surpresa: — O quê?

Luke riu: — Smartphones. Podemos criá-los.

Jenny ficou sem palavras: — Você tem alguma ideia de quanto dinheiro isso exige?

Luke retrucou: — Tudo bem, podemos ir com calma. Você pode estabelecer a base primeiro.

Suas mãos começaram a se mover sorrateiramente enquanto olhava para Jenny, que estava pensativa.

Vol. 2 Cap. 333 Cooperação e a Família Elsworth

Jenny exclamou e olhou surpresa para ele.

Luke usou um pouco mais de força: — Vamos esquecer os assuntos chatos por ora e falar de assuntos mais importantes.

Jenny corou levemente: — Quais… Quais assuntos mais importantes?

Luke respondeu solenemente: — Por exemplo, cooperação mútua entre um CEO e sua secretaria pessoal.

Jenny respirou fundo: — Eu… pensei que você ia falar de negócios comigo a noite toda.

Luke falou: — Isto também é um negócio. Me mostra sua atitude no trabalho, Secretaria Jenny.

Jenny pronunciou: — Okay, Sr. CEO. — Enquanto conversavam, a secretaria começou a fazer seu trabalho.

Na manhã seguinte, Luke bateu na porta de Selina: — Bom dia!

Selina resmungou: — Cai fora.

Ela então jogou o cassetete em Luke.

Luke pegou o cassetete e jogou na cama com um sorriso: — Café da manhã tá pronto em dez minutos. Não terá um gosto bom quando esfriar.

Selina sentou imediatamente e perguntou: — O que é?

— Um prato chinês tradicional — respondeu Luke casualmente antes de voltar à cozinha.

Dez minutos depois, Selina sentou na mesa e disse: — Você pode servir a comida agora, Chef Luke.

Luke trouxe o café da manhã da cozinha e explicou com um sorriso: — Leite de sojá e youtiao. Se quiser carne, também tem bolinho frito na panela.

Selina já estava babando. Ela estendeu a mão para a tigela.

Luke viu isto vindo e bateu na mão dela: — Está quente. Coloque açúcar no leite primeiro, ou sal, se quiser; não gosto de salgado. Além disso, também pode molhar o youtiao no leite se quiser. Pode comer o bolinho frito e ver se gosta. — Eventualmente, foi Luke que adicionou o açúcar no leite de soja, porque Selina estava ocupada demais devorando os bolinhos frito. Luke já havia antecipado isso, então dificilmente havia algum líquido quente no bolinho frito e a gulosa não queimaria a mão.

Luke, por outro lado, comeu tranquilamente o youtiao que era macio de ser molhado no leite de soja.

O youtiao crocante e salgado com leite de soja doce e quente era maravilhoso.

Após terminar os seis bolinhos fritos, uma tigela de leite de soja e dois youtiao, Selina olhou para sua tigela e perguntou: — Por que ainda quero comer quando já estou cheia?

Luke respondeu: — Porque é sua primeira vez comendo isto. Agora que está cheia, é hora de trabalhar.

Selina já havia recebido sua recompensa de Luke, então não podia reclamar.

Elizabeth os cumprimentou quando os viu no departamento: — A chefe quer falar com vocês no escritório. — Ela então assentiu para o escritório de Elsa.

Eles foram ao escritório e Selina deu os petiscos a Elsa primeiro, enquanto Luke sentava preguiçosamente no sofá.

Elsa pediu Selina para fechar a porta, antes de perguntar: — Você está tentando dificultar as coisas para mim?

Luke riu: — É claro que não; quando considero benefícios, a primeira pessoa que penso é você.

Usando uma expressão complicada, Elsa olhou para Selina antes de expressar: — Tudo bem, finja que não sabe o que aconteceu ontem e farei o mesmo.

Luke assentiu.

Elsa então continuou: — Qual é o progresso no caso do Mark Owen?

Luke assentiu com um sorriso: — Um sargento chamado Big Nick pode estar disposto a nos dizer algo.

Elsa perguntou: — Quem é ele?

Luke respondeu: — Ele é o homem que transferiu o prisioneiro para Mark Owen. Selina e eu ajudamos um pouco quando pegaram os assaltantes ontem, e acho que quer retribuir o favor.

Ponderando por um momento, Elsa assentiu, mas o lembrou: — Não confie demais neles. As coisas podem ser mais complicadas na polícia do condado que aqui.

Luke entendeu bem isso.

Embora a população na jurisdição da polícia do condado fosse similar ao centro de Los Angeles, a área que a polícia do condado estava encarregada era muito maior, e cobria 42 cidades.

Uma pessoa tinha que ser sagaz para gerenciar este tipo de ambiente.

Luke só podia se culpar se fosse ingênuo o bastante para acreditar que este tipo de pessoa tinha boas intenções, e mais tarde acabaria numa armadilha por isto.

Ao invés de enviá-los imediatamente, Elsa mudou de tópico: — Você tem outro caso complicado em mãos, hein?

Luke pensou por um momento: — A garota de pijamas que foi golpeada e morta?

Elsa assentiu solenemente: — Li o arquivo mais cedo e notei algo. Você sabe quem estava dirigindo o carro que matou a garota?

Luke pensou por um momento e assentiu: — Parece que era da Prime Exotic, um clube de carros de corrida de luxo? Definitivamente está relacionado as crianças ricas obcecadas com passatempos especiais.

O nome do clube poderia ser interpretado de duas maneiras: poderia se referir aos produtos caros, bem como as melhores dançarinas exóticas. Quando ligava aos carros de corrida de luxo, o significado não podia ser mais óbvio. Elsa perguntou: — Você sabe quem está por trás deste clube de carro de corrida?

Luke pensou por um momento: — Um monte de filhos de grandes famílias?

Elsa assentiu, mas então balançou a cabeça: A maioria daqueles que brincam no clube são apenas clientes. Eles causam um pouco de problema no máximo, mas a Divisão de Crimes Graves não tem medo deles. Porém, tenho informação que a pessoa com uma conexão profunda de verdade a este clube se chama Dylan Elsworth.

Luke murmurou em resposta e aguardou Elsa continuar.

Porém, foi Selina que interrompeu: — A Família Elsworth?

Elsa respondeu: — Parece que já ouviu falar deles. Dê a ele a explicação da Família Elsworth, então.

Selina expressou: — Se é a Família Elsworth da qual estou pensando, espero que não sejam envolvidos nisto.

Luke ficou interessado: — Eles são tão incríveis assim?

— O pai de Dylan Elsworth é Henry Elsworth. Seus avós são Sheldon Elsworth e Doris Elsworth — explicou Selina.

Luke ergueu a sobrancelha: — Está brincando?

Não havia muito sobre Sheldon Elsworth recentemente, mas Luke viu seu nome antes quando estava lendo sobre a história de Los Angeles. O homem se aposentou como prefeito de Los Angeles vinte anos atrás, e então continuou trabalhando como um conselheiro da cidade.

Dez anos atrás, seu filho, Henry Elsworth, assumiu seu lugar como conselheiro da cidade e concorreu para prefeito.

Doris Elsworth não era uma política, mas administrava grandes fundos de caridade em Los Angeles e também era a líder de várias organizações dos direitos as mulheres.

Organizações como estas não tinham poder real, mas muitas celebridades, bem como seus filhos e esposas, fizeram parte.

Selina assentiu: — São eles. Você sabe da Avenida Elsworth, certo? Ou visitaram o Parque Elsworth no leste? Os dois tem o nome da família deles.

Elsa interferiu: — Se não estiver familiarizado com as ruas e não vai ao parque, Califórnia também tem uma cidade chamada Elsworth.

Vol. 2 Cap. 334 Ferramenta e um Local de Encontro Desagradável

Os olhos de Luke e Selina arregalaram: — A cidade… da família deles?

Elsa assentiu: — Naquela época, seus ancestrais fundaram uma mina de ouro e construíram Elsworth nela, tornando-os uma das maiores famílias na Califórnia até hoje.

Selina respirou fundo.

Não seria bom provocar famílias como estas que eram ainda mais fortes que um século atrás.

E olhando para a posição de Henry e Sheldon na comunidade, a família não mostrava sinais de cair. Luke perguntou: — Então…

Elsa falou: — Então trabalhe nestes casos primeiro! A menos que tenha certeza absoluta… Não, contanto que a Família Elsworth esteja envolvida, você deve me avisar primeiro antes de tocar neles.

Luke olhou para ela e sorriu de repente: — Okay, Elsa.

Elsa não estava o desencorajando. Estava ciente do poder destas famílias locais e quais eram seus limites.

Ela estava praticamente dizendo que carregaria uma enorme parte da responsabilidade e riscos, qual não era um movimento esperto.

Porém, era uma chefe de verdade que Luke admirava.

Aqueles que não cobriam seus subordinados não podiam esperar que estes trabalhassem duro.

Após saírem do escritório, Luke foi até Sonia: — Como está sua investigação sobre o Big Nick? Temos um encontro com este figurão mais tarde.

Sonia afastou o olhar da tela e respondeu num tom baixo: — Tem algo muito errado com eles; eles não conseguem menos de trinta reclamações todo ano sobre uso da violência.

Luke riu: — Isso significa que cada pessoa recebe uma reclamação a cada trimestre?

Sonia falou: — Isso é apenas reclamação sobre uso da violência; eles recebem outras reclamações menores praticamente toda semana. Porém…

— Porém, eles são bons — Selina terminou por ela.

Sonia assentiu: — Eles são basicamente da força especial ou exército, mas se recusaram a se juntar a SWAT, e apenas permanecem na Divisão de Crimes Graves da polícia do condado. Eles são muito bons em lidar com crimes violentos, motivo pelo qual a polícia do condado finge não ver as pequenas infrações. — Luke entendeu perfeitamente.

O escritório do condado não podia exigir que praticassem disciplina pessoal quando eram tão bons em resolver casos.

Por que estas pessoas capazes queriam ficar na polícia do condado? Eles definitivamente iriam a um local melhor.

Então, o escritório do condado escolheu o menor dos dois males e tolerou Nick e sua equipe.

Afinal, havia poucos oficiais que podiam enfrentar assaltantes profissionais como os de ontem sem recuar.

Um bando de oficiais normais teria aprendido uma lição com aqueles ex-fuzileiros navais assaltantes.

Luke ponderou o assunto por um momento quando escorou na mesa de Sonia: — Ou seja, este Nick é bem influente no departamento da polícia do condado?  Então nosso trabalho duro de ontem não foi por nada.

Sonia deu de ombros: — Isso mesmo. Eles são poderosos e bem-informados.

Luke achou engraçado. A equipe de Nick com certeza trabalhava na zona cinzenta; eles não pareciam policiais decentes.

Ele olhou a hora. Desde que já era onze, ligou para o Big Nick.

Após algumas palavras, Luke se levantou: — Vamos lá. Contudo, mais tarde, apenas o Alessandro e eu faremos as perguntas.

Selina e Sonia ficaram confusas, mas não disseram nada. Eles entraram nos carros e partiram.

No carro, Selina perguntou: — O que a Elsa queria dizer? — Selina estava intrigada pelo que Elsa falou mais cedo.

Eles ainda nem haviam começado a trabalhar no caso da garota de pijama.

Se fosse problemático, poderiam deixar o caso de lado. Por que Elsa os avisaria, mas não impediria de trabalhar no caso?

Após pensar um pouco, Luke suspirou: — Aqueles com poder e influência naturalmente terão inimigos, quais podemos usar como ferramenta.

Selina não esperava essa resposta: — Vamos seguir nesse caso?

Luke assentiu: — É nosso dever trabalhar nos casos. Com certeza devemos investigar.

Todavia, ele decidiria como investigar ou até resolver o caso. Não era idiota o bastante para se tornar arma de outra pessoa.

Foi isso que Elsa estava implicando mais cedo.

No entanto, alguém que podia ficar de igual para igual com a Família Elsworth com certeza não era alguém que podia enfurecer, nem podia falar explicitamente sobre isto; ela só podia dizer a Luke para falar com ela antes de fazer algo.

Este era o conhecimento e discernimento de uma detetive experiente!

Luke ainda era um estranho aqui comparado a Dustin e Elsa, e não era tão sensitivo as lutes de poder que ocorriam no lugar.

Após um ano ou dois, no entanto, deveria conseguir estabelecer a própria rede de informação, e não haveria ninguém que o manipularia.

Logo, os dois carros chegaram no seu destino e os olhos de Selina arregalaram quando viu a placa: — Você não teve suficiente ontem a noite? Estamos vindo aqui durante o dia?

Luke retrucou: — Foi Nick que escolheu se encontrar aqui, okay? Além disso, sou muito saudável. Uma noite não é nada.

Selina ficou sem palavras.

Verdade, Luke jamais estaria desesperado o bastante para vir aqui durante o dia.

Quando saiu do carro, Luke expressou: — Você e a Sonia fiquem aqui. Mantenham a comunicação aberta e prestem atenção as redondezas.

Selina assentiu e ficou no assento do motorista.

Luke e Alessandro deram o nome do Nick aos seguranças na portaria e entraram no clube chamado Selva da América do Sul.

Estava muito quieto dentro.

Passava um pouco das onze, ainda era hora de repouso para locais como este.

Os dois seguranças na portaria gritaram e apontaram num canto.

Luke e Alessandro foram naquela direção e passaram por um corredor até chegarem no que parecia uma sala.

— Mil e vinte e quatro, este é o lugar. — Olhando para o número na porta, Luke bateu.

Um momento depois, a porta abriu com um clique.

Nick abriu a porta e usava jeans e uma regata.

Luke só podia desativar o Olfato aguçado e tentar manter distância do homem barbudo.

Todavia, o cheiro na sala era ainda mais vil. Para motivos de segurança, não podia desativar o Olfato Aguçado, então só podia tentar diminuir a sensitividade.

Nick olhou para Alessandro: — Ele está com você?

Luke olhou para Alessandro e assentiu: — Sim.

Nick abriu caminho para eles: — Entrem.

Luke e Alessandro finalmente entraram na sala.

O local era uma suíte, com um salão que tinha mais de 30 metros quadrados e conectava a quatro ou cinco cômodos.

Não era especialmente luxuoso, mas definitivamente tinha classe.

O vinho e comida restante ao redor da suíte claramente ilustrava como o lugar era caro.

Vol. 2 Cap. 335 O Verdadeiro Suspeito, e Levando para Dar uma Volta

Graças a Deus, não havia nenhuma maconha ou metanfetamina! Isso era bom, já que seria um problemão se policiais estivessem usando estas duas coisas coletivamente.

Além disso, as portas dos cômodos estavam abertas, e Luke notou peles negras e brancas se entrelaçando.

Felizmente, estas pessoas só estavam dormindo e não fazendo mais nada.

Luke também sentiu cheiro de sangue, que pertencia aos dois oficiais feridos no tiroteio de ontem. Luke só podia admirar sua atitude indiferente com a vida. Porém, mulheres e álcool não eram coisas que oficiais tinham que evitar. Pelo contrário, o próprio Luke contou com Jenny e Jimena para ajudar a estabilizar sua mentalidade e não podia desprezar estes oficiais por fazerem o mesmo.

Ele não esperou pelo convite de Nick antes de sentar na parte mais limpa do sofá que conseguiu encontrar.

Alessandro não sentou, simplesmente aguardou ao lado.

Nick acendeu um cigarro e se serviu de um copo de vinho. Após beber um gole, perguntou: — Quer um pouco?

Luke balançou a cabeça com um sorriso: — Não bebo.

Desdém cintilou no rosto de Nick, mas só por um momento.

Este detetive que só parecia com um garoto era um durão que derrubou quatro assaltantes ontem sem se ferir.

A equipe de doze de Nick junto de oito assaltantes sofreu mais perdas, então não podia desprezar este jovem.

— Mark Owen, Texas Ranger. Você está interessante nele, certo? — Nick olhou pra Luke e perguntou.

Luke assentiu.

Nick ficou em silêncio por um momento enquanto brincava com o copo, antes de indagar: — Tem certeza que quer investigar isto?

Alessandro não pôde deixar de prender a respiração; algo sobre aquelas palavras não soaram certas.

Luke assentiu de novo: — Ele era um policial que morreu no dever em Los Angeles, e também sou um policial.

Nick ficou em silêncio de novo, antes de dizer: — Um conselho. Se não tiver um chefe apoiando, deveria desistir.

Luke sorriu: — Acontece que tenho.

Nick o encarou, e sorriu de repente. Ridículo brilhou no seu olhar, só que não alvejava nitidamente Luke.

Recostando no sofá, Nick tomou outro gole antes de falar: — Lucas Barton é um vice-xerife de nível dois. Ele está um pouco abaixo de mim e nunca cruzamos caminhos antes. Porém, foi ele que entregou o assunto do Wade Davis para mim, entendeu?

Luke assentiu.

Nick era um sargento e um nível superior a Lucas Barton no sistema da polícia do condado.

Se Nick estava dizendo a verdade, Lucas Barton obviamente o usou como escudo, que era motivo do Nick dar seu nome tão fácil.

Luke fez um grande favor a Nick ontem sem pedir nada em troca, enquanto Lucas Barton o colocou nisto mesmo sendo um colega, por isso Nick não hesitou em vendê-los.

Luke se levantou agora que tinha um nome: — Muito obrigado, Nick. Não desperdiçarei mais do seu bom tempo. Adeus.

Nick não pediu para ficar.

Luke o ajudou muito, mas dos breves encontros, Big Nick sentiu vagamente que o jovem detetive não era o mesmo tipo de pessoa que ele.

O melhor seria se seguissem caminhos separados e opostos.

Assim que Luke estava prestes a desaparecer da sua vista, Nick finalmente disse: — Ei! Um pequeno conselho!

Luke virou a cabeça: — Hm?

— Lucas Barton não trabalha só — Nick continuou: — Não ultrapasse o limite.

Luke riu e se afastou sem dizer nada.

Qual era o limite?

Nick estava dando um aviso como um policial nada limpo, então nitidamente não estava se referindo ao problema de Lucas Barton ser um policial sujo, mas provavelmente estava implicando que havia alguém por trás dele.

A mente de Luke girou com pensamentos enquanto saía do clube com Alessandro.

Antes de entrar no carro, falou a Sonia: — Vocês dois podem voltar ao departamento e procurar pelo Lucas Barton. Ele é um vice-xerife de nível dois na polícia do condado. Investigue a pessoa relacionada a ele também.

Sonia assentiu silenciosamente.

Estava claro que este Lucas Barton era o verdadeiro suspeito do assassinato do oficial.

Big Nick e sua equipe, por outro lado, era mais flagrante sendo sujo, e a probabilidade que serem os matadores do policial era muito baixa.

A informação mostrou que Nick e sua equipe não ficaram ricos da noite para o dia.

Eles nitidamente tinham a própria fonte de renda, e não libertaram um prisioneiro por dinheiro.

Além disso, eram muito chamativos no departamento, e um inimigo definitivamente aproveitaria a chance de mexer com eles se tivessem matado um oficial.

Estes eram os pensamentos de Sonia, que estavam mais ou menos alinhados com Luke.

Os dois carros se separaram na estrada e Selina perguntou: — E agora?

Luke respondeu: — Vamos dar uma volta.

Selina riu. Não acreditou nele.

Luke sempre pareceu um velho chato. Ela não pensou que a levaria pra um passeio.

Algum tempo depois, Selina ficou surpresa: — Você realmente está me levando para um passeio?

Luke parou o carro na beira de um parque com um sorriso, e pegou o lanche de Selina da mini geladeira no assento traseiro: — Vamos lá. Que tal um piquenique da tarde aqui?

Selina indagou: — Onde estão as bebidas?

Luke deu um tapinha na cabeça e tirou alguns Drs. Peppers e dois copos do porta-malas, que deu a Selina.

Ele então procurou por dois cobertores finos: — Pegamos tudo agora.

Selina comemorou e o puxou ao parque: — Haha, localizei um lugar ótimo para banho de sol mais cedo. Vamos rápido, senão alguém pode pegar o lugar.

Dez minutos depois, Selina feliz deitada de bruços, um pequeno prato com o bolo ópera na mão. Ela ficou obcecada com o bolo recentemente.

Luke não estava com pressa para comer. Ao invés disso, abriu um Dr. Pepper e comentou: — Que banho de sol legal.

Selina nem mesmo olhou para ele e simplesmente bufou: — É claro que o lugar que escolheria seria bom. Satisfeito?

Luke sorriu para as três garotas em seus vinte que estavam a vários metros de distância.

Estavam tomando banho de sol de biquíni.

Luke foi generoso com seu elogio: — É claro, você é uma especialista.

Selina também aproveitou o banho de sol, mas estava usando roupas demais no momento, além de estarem no horário de serviço, então não podiam ser como as três garotas.

Ela olhou para as três garotas e bufou: — Você está feliz com corpos tão magros?

— É um show grátis — Luke respondeu casualmente.

De fato, as três garotas não eram tão magnificas quanto Selina. Eles não estavam no mesmo nível.

Selina perguntou casualmente: — Verdade, onde estamos? Este lugar é muito bom.

Luke respondeu: — Parque Elsworth.

Vol. 2 Cap. 336 Bebê e Tiroteio Inesperado

Selina ficou surpresa: — Você está brincando comigo? — Não era à toa que este sujeito falou de repente que estava a levando para dar uma volta. Além disso, eles acabaram de passar pela Avenida Elsworth?

Enquanto estava surpresa, não falou mais nada.

Luke estava foi muito mais prudente que ela.

Olhando para as pessoas que aproveitavam o brilho do sol no parque, Luke comentou: — Que quieto e pacífico…

— Oh Deus, por que tem um bebê aqui? — uma mulher gritou.

Luke se virou, somente para ver um bebê num carrossel a dezenas de metros de distância atrás dele.

A mulher também estava olhando em volta enquanto exclamava de choque.

Ela estava muito longe para Selina ouvir, e ela ainda estava aproveitando o bolo.

Luke franziu a testa e se levantou.

Não teria se incomodado se fosse algum problema pequeno, mas era um bebê que foi largado no parque, e ele pelo menos tinha que ir confirmar a situação.

— Selina, hora de trabalhar — ele chamou a gulosa.

Selina ergueu a cabeça confusa e acompanhou o olhar: — Um bebê? O que está acontecendo?

Mesmo que tenha dito isto, já havia guardado o bolo e ficado de pé.

Logo depois, quatro homens de preto correram na direção do carrossel. A mulher pegou o bebê e elevou o tom: — De quem é este bebê?

Os quatro homens de preto correram rapidamente: — Nos entregue o bebê.

A mulher recuou subconscientemente quando viu os quatro homens: — Você…

Não importa como olhasse, eles não pareciam com guardiões. Luke acelerou e gritou: — LAPD! Parados!

Os quatro homens olharam abruptamente e dois estenderam a mão nas axilas, enquanto os outros dois investiram na direção da mulher de meia-idade.

A expressão de Luke ficou sombria.

Ele estava longe demais.

Estava a trinta metros de distância dos quatro homens, que estavam mais perto da mulher de meia-idade carregando o bebê. Ele não estava confiante de que poderia matar todos de uma vez.

Só podia se esforçar com uma explosão de velocidade.

Bang!

Houve um disparo repentino, e a mulher segurando o bebê gritou e caiu quando sangue vazou da sua coxa.

O rosto de Luke ficou frio, e tirou sua arma.

Bang! Bang! Bang! Bang!

Quando disparou com a Glock, começou a fazer zigue-zague em vez de mover em linha reta.

Dois homens caíram antes que pudessem mirar nele.

Um foi baleado no abdômen e o outro na cabeça. Eles foram mortos instantaneamente.

Luke chegou numa parada abrupta.

Bang! Bang! Bang! Bang!

Os outros dois que planejavam roubar o bebê também caíram ao serem baleados no abdômen e cabeça, respectivamente.

Naquele dois curtos segundos, Luke encurtou a distância de vinte metros, mas a mulher também foi baleada.

Porém, no momento que caiu, a mulher se libertou do aperto.

Luke não teve mais escrúpulos.

Estes homens eram simplesmente lixos para dispararem numa mulher inocente segurando um bebê.

Selina já estava se aproximando do lado, mas não disse nada, ao invés disso, olhou em volta cautelosamente.

Ela jamais duvidou da capacidade de Luke de esmagar criminosos. Sua responsabilidade era compensar qualquer coisa que pudesse perder: — Três horas, cinquenta metros, a SUV preta! — ela gritou de repente.

Luke se moveu rapidamente ao se jogar atrás de uma árvore próxima.

Bang! Bang! Bang! Bang!

Sombriamente, Luke gritou: — LAPD! Deitem no chão e não se movam!

Havia dezenas de residentes regulares aqui que estavam aproveitando o sol da tarde no parque.

Dois rifles automáticos já haviam começado a disparar loucamente na posição de Luke da SUV preta que Selina havia apontado, e a árvore tremeu com o impacto das balas.

Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!

Houve uma pausa repentina nos disparos dos rifles automáticos, pois Selina havia se escondido e estava disparando de volta nos atiradores na SUV.

Quase ao mesmo tempo, Luke apareceu e disparou rapidamente com a Glock enquanto corria.

Bang! Bang! Bang! Bang!

Agora que os dois estavam coordenando, os atiradores não ousaram mais erguer as cabeças.

Vários buracos de bala apareceram na janela da SUV preta, e as duas pessoas no carro só podiam ficar o mais agachadas possível.

Naquele momento, o som do disparo de Selina parou quando usou todas as balas.

Luke não ficou surpreso porque estava contando as balas na arma dela.

Ele também parou de disparar, e o atirador no banco do motorista tentou espiar.

Pa!

A última bala na Glock 23 de Luke estava reservada para este homem.

A bala perfurou o olho direito e sangue explodiu na parte de trás da cabeça.

Luke agora estava a cinco metros de distância da SUV preta.

De uma distância curta, até uma metralhadora não seria tão rápida quanto sua pistola.

Após o disparo, Luke colocou a arma no coldre e tirou a M686 do outro coldre: — LAPD! Abra a porta devagar, jogue a arma longe e saia.

Enquanto estava gritando as instruções, viu que Selina havia se aproximado e estava atrás de uma árvore a dez metros enquanto estava alerta.

Se não tivesse notado a SUV preta antes, os dois poderiam ter se ferido gravemente na emboscada e não podiam abaixar a guarda ainda.

Não houve resposta da SUV preta.

Luke não foi impulsivo. Mudando a arma para a mão direita, observou as redondezas enquanto mostrava o distintivo.

— Vou disparar se não se render na contagem de três — falou Luke com calma.

— Um, dois, três… — Quando terminou a contagem, a porta da SUV preta abriu do outro lado e um homem de preto tentou fugir.

Bang! Bang!

Após dois disparos, o homem gritou e caiu. A arma caiu da sua mão e agarrou as pernas enquanto se contorcia no chão.

Luke disparou na coxa esquerda e canela direita.

O homem ainda poderia conseguir usar uma das pernas se fosse sortudo, caso contrário, ele teria que escolher entre uma cadeira de rodas ou um par de muletas pelo resto da vida.

Luke então se aproximou e algemou o homem.

Ele vasculhou o homem e não encontrou nenhuma arma. Então, disse: — Selina, traga nosso carro e chame reforços.

O sistema de comunicação de polícia no carro era a maneira mais fácil de chamar apoio.

Selina correu para pegar o carro. Luke não checou a SUV preta, que agora só tinha o motorista, cuja cabeça foi explodida.

Ele correu rapidamente até a mulher baleada e examinou a ferida do tiro.

Vol. 2 Cap. 337 Clínica de Terapia Legitima Licenciada

Um momento depois, Luke acalmou com um sorriso: — Madame, a bala não atingiu sua artéria ou osso. Não precisa ficar ansiosa.

A mulher finalmente acalmou com a voz gentil e ar caloroso de Luke. Ela lembrou de algo e falou: — O bebê… um homem pegou o bebê. Não consegui impedi-lo.

Luke a confortou: — Está tudo bem. Já deixei meus colegas saberem para procurar pelo bebê. Ficará tudo bem.

Olhando para a mulher, ele suspirou internamente. Que pessoa gentil! Ela ainda estava preocupada com um bebê que não conhecia mesmo quando levou um tiro na perna.

Selina chegou com o carro. Luke encontrou o kit de primeiros socorros e tratou a ferida da mulher, antes de pedir Selina para observá-la.

Luke então se levantou e examinou os corpos dos quatro homens de pranto. Verificando que já estavam mortos, os deixou sozinhos.

Ele se levantou e estreitou os olhos para uma ponte a algumas centenas de metros de distância.

Na ponte, um grandalhão estava correndo rápido com um bebê.

Que interessante!

Alguns minutos depois, as viaturas de patrulha chegaram.

Luke informou da situação porque Selina estava cuidando da mulher ferida.

Minutos depois, uma ambulância chegou.

Luke e Selina escoltaram a mulher até a ambulância e deu um cartão: — Você pode nos ligar se entrar em algum problema.

A mulher assentiu em gratidão: — Obrigada.

Luke deu um tapinha na mão dela: — Você estará de pé em pouco tempo.

Observando a ambulância sair, Selina perguntou baixinho; — O que há com aquele bebê?

Ela notou um homem de meia-idade de aparência empobrecida levar o bebê embora, e que Luke havia visto, mas não perseguiu.

Luke tirou as luvas finas e jogou numa lixeira: — Aquele homem foi quem colocou o bebê aqui em primeiro lugar.

Selina ficou surpresa: — O quê?

Luke ligou o carro: — Além disso, ele estava por perto desde o tiroteio.

Selina ficou ainda mais confusa: — Mas por quê? — Eles eram policiais e se o homem planejasse abandonar o bebê, poderia ter entregado a eles.

Os olhos de Luke cintilaram: — É difícil de dizer. Vamos lá descobrir o que este cavalheiro está tramando. — O carro acelerou e afastou do parque.

— Peça a Sonia para procurar casos relacionados a bebês nos últimos dias, como casos de pessoas desaparecidas. O bebê não pode ter nascido há muito tempo — explicou Luke.

Selina imediatamente ligou para Sonia.

Um momento depois, encerrou a ligação e balançou a cabeça: — Nada. — Havia crianças desaparecidos nesta cidade enorme todo dia, mas nenhum recém-nascido desapareceu recentemente. Luke não ficou surpreso de verdade.

Seis homens armados e um que claramente não era alguém de se brincar — estas eram as duas partes envolvidas neste incidente, e seu foco estava no bebê.

Quanto a Luke e Selina, e a mulher infeliz baleada, só foram pegos por acidente. O bebê que as duas partes queriam não podiam ser simples.

Logo, Luke alcançou o homem desamparado.

O bebê que ele estava carregando era muito fácil de rastrear. O que Luke não falou a Selina foi que o homem tinha um cheiro forte de leite materno e cocô, o que significava que ele vinha cuidando do bebê por um tempo e não só pegou por acaso mais cedo.

O homem teve tempo e oportunidade o bastante para matar o bebê ou usar para alcançar algum objetivo, ao invés disso, colocou o bebê num parque e esperou alguém pegá-lo, algo muito estranho.

Meia-hora depois, Luke estacionou o carro na frente de um edifício independente de cinco andares.

O prédio branco e vermelho parecia com uma igreja, mas definitivamente não era uma. Com o Olfato aguçado, Luke sabia bem deste ponto.

Selina olhou para o prédio: — É este o lugar?

Luke assentiu e saiu sem pressa: — Vamos lá. Isto expandirá seus horizontes. Lembre-se de não ficar muito surpresa.

Selina imediatamente ficou vigilante. Ela pensou em várias possibilidades: cadáveres ensanguentados e apodrecidos? Membros de gangue torturando seus inimigos?

Luke bateu na porta e uma jovem em roupa de freira abriu com um sorriso.

Ela ficou atordoada por um momento quando viu os estranhos: — Em que posso ajudar?

Luke sorriu e tirou o distintivo: — LAPD.

— Ah! — A mulher imediatamente ficou solene: — Somos uma clínica terapêutica legitima e licenciada.

Selina ficou perplexa. Esta mulher era… uma psiquiatra usando um hábito?

Ela não pôde deixar de examinar o hábito com mais cuidado e imediatamente sentiu que algo não estava certo.

O hábito que a mulher estava usando era um pouco estranho e parecia um pouco revelador.

Além disso, o que havia com seus mamilos?

Pode não ser uma regra estipulada, mas usar um hábito sem um sutiã… não fazia sentido.

Durante a observação de Selina, Luke perguntou: — Não estamos aqui para checar sua licença ou realizar uma busca, mas não nos importamos de fazer isso se não der respostas satisfatórias. Então, perguntarei e você responderá, okay?

O rosto da jovem mudou por um momento, antes de finalmente assentir: — Então, pergunte.

Luke fez algumas perguntas e as respostas que recebeu não foram uma surpresa. Ele assentiu: — Okay, leve-nos até este Sr. Smith.

A jovem hesitou, porém, olhando para o sorriso de Luke, que não era um sorriso, só podia assentir: — Contudo, por favor, não interrompa os pacientes que estão sendo tratados, okay?

Luke assentiu. A jovem os deixou entrar e fechou a porta, antes de se virar e subir as escadas.

Selina quase não conseguiu se impedir de exclamar de choque enquanto encarava a jovem na escadaria com os olhos arregalados.

Luke cobriu a boca dela: — Seja calma, okay? Você também precisa manter a calma aos subir as escadarias.

Selina assentiu atordoada. Encarando o traseiro nu na sua frente, um pensamento surgiu. As freiras podem usar fio dental?

Todavia, por que a freira usaria um hábito que cobria a frente?

Luke simplesmente sorriu e arrastou Selina. O hábito que a jovem na frente deles não tinha uma parte traseira. Suas costas, cintura, traseiro e pernas estavam todos expostos ao vento.

A mulher definitivamente não era uma freira.

Ela olhou para Luke e Selina de vez em quando, com medo deles poderem gritar “LAPD” de repente, que transformaria este lugar num caos.

Vol. 2 Cap. 338 Só Quero uma Resposta

Era verdade que esta clinica era licenciada, mas faltava ver quantos clientes neste lugar estavam dispostos a serem interrogados pela polícia.

— Ah! Oh! Huh! — A porta do primeiro quarto foi aberta.

Imperturbável, a jovem disse: — Este é treinamento de jiu-jitsu para reduzir estresse.

— Vamos lá, baby! — Sons de tapa ressoaram do segundo quarto.

A jovem falou sinceramente: — Essa é terapia de chicotadas, que é muito caro.

Luke achou isso estranho: — Você serve clientes femininos também?

A jovem imediatamente percebeu o significado: — Não, os clientes são homens.

Luke ficou sem palavras.

Pode ser contra a lei se um cliente chicoteasse uma terapeuta, mas se estava pagando para chicoteá-lo… parecia estar dentro da lei?

Selina ficou chocada, mas não disse nada.

Eles chegaram num quarto no final do corredor do segundo andar, que tinha a imagem de uma rainha de copas na porta.

A jovem bateu na porta: — Srta. Donna, você poderia sair por um segundo?

Um momento depois, uma mulher respondeu: — Por favor, aguarde um momento.

Luke ergueu a sobrancelha.

Havia um toque vago de sotaque em sua voz, e parecia exótica, como sussurros da noite.

Sua voz lembrou Luke de Vanessa, a mulher de pernas longas com olhos eletrizantes.

É claro, não era ela, mas a voz da mulher tinha a mesma atratividade.

Luke riu e deu um tapinha no ombro da jovem: — Você pode ir agora. Não acho que esteja interessada no que acontecerá em seguida, certo?

Após uma breve hesitação, a mulher desceu as escadas, mas não esqueceu de acrescentar: — Temos uma licença apropriada, então não faça bagunça, tudo bem?

Luke assentiu sem falar. Embora a mulher começasse parecendo justa, tinha um pouco de apelo gentil… talvez fosse uma doença ocupacional.

Após a mulher desaparecer da escada, a porta finalmente abriu com um clique.

Luke fez alguns sinais de mão e Selina recuou obedientemente e escondeu atrás da porta do outro quarto.

Luke sorriu para a mulher na porta.

Ela tinha cabelo longo, liso e preto, olhos grandes e oblíquos que a fazia parecer uma pequena raposa.

Seus lábios eram rechonchudos e atraentes.

Ela perguntou: — Você está… aqui para a terapia?

Luke não parecia com a maioria dos clientes que vinha para sua terapia.

Luke sorriu levemente e avaliou a mulher por um momento: — Não, Srta. Donna, estou aqui pelo Sr. Smith.

A mulher ficou atordoada por um momento: — Que Smith?

Luke riu: — O homem escondido atrás da raque perto da porta com uma arma na mão direita e um bebê na esquerda. Ele é um homem branco de meia-idade com barba por fazer, um e oitenta e sete de altura e usa uma jaqueta preta com um par de jeans. Preciso continuar, Sr. Smith?

Luke olhou numa certa direção, como se pudesse ver através da parede.

A mulher na porta estava perplexa. Abriu a boca, mas não parecia saber o que dizer.

Luke olhou para ela e suspirou internamente; a mulher esmagou Selina em cada aspecto!

Ela estava usando uma roupa de servidão, que destacava seus seios com magnificência, meias de seda preta, e um par de botas de cano alto.

Uau. Que terapeuta profissional!

Enquanto o pensamento aleatório passava pela sua mente, ninguém falou nada no quarto.

Luke perguntou diretamente a Srta. Donna: — Posso fazer algumas perguntas?

Srta. Donna assentiu subconscientemente sob o olhar de Luke.

O jovem parecia amigável, mas como uma terapeuta “especial”, sentiu vagamente um ar em Luke que era difícil de descrever e em desacordo com sua aparência.

— Então, por favor, converse com minha parceira ali, ok? — Ele gesticulou para Selina atrás dele levar a Donna.

Observando Srta. Donna sair, Luke continuou tranquilo: — Sr. Smith, você teve uma chance de atirar em nós no parque, mas não o fez. Então, acho que podemos conversar.

Após outro breve silêncio, o homem no quarto finalmente perguntou num tom baixo: — Sobre o que quer falar?

Luke respondeu: — O bebê! Por causa dele, matei cinco criminosos armados no parque, e dispararam numa mulher inocente, que agora está no hospital. Acho que mereço saber o motivo disto.

— Hehe. Você é um policial. — O homem riu, mas não parecia feliz.

Luke retrucou: — Qual é o problema? Tenho certeza que viu meu distintivo no parque.

— Então não é algo que possa lidar — falou o homem: — Você deveria ir agora.

Luke estreitou os olhos. A polícia não podia cuidar disto?

— Não recebi uma ordem para ficar longe deste caso ainda — Luke respondeu calmo.

Havia uma leve zombaria na voz do homem: — Uma mulher gravida e mais de vinte membros de gangue armados morreram numa fábrica abandonada noite passada. Você viu a notícia? Não? Acho que receberá uma ligação logo.

Naquele momento, o celular de Luke tocou. Ele olhou para o identificador e atendeu: — Qual é o problema?

Um momento depois, desligou com uma expressão fria. Ponderando por um momento, entrou no quarto e fechou a porta.

Se virando para olhar para o lado, Luke riu: — Sr. Smith, parece que você está certo. Acabei de ouvir que o caso foi transferido. — Ao lado da porta estava um homem alto segurando uma arma, mas não foi erguida.

Este Sr. Smith sorriu quando ouviu isso: — Então, adivinhei certo, mas isso não me deixa feliz.

Luke observou o homem alto por um momento antes de falar: — Também não. Deixe-me perguntar algo. Você deve precisar de dinheiro e talvez armas, certo?

Smith estreitou os olhos: — Aonde quer chegar?

Luke deu um endereço e tirou um maço de dinheiro do bolso.

— Há algumas armas no porão daquela fábrica abandonada. Você pode tê-las porque não as usarei. Quanto a isto… — Ele jogou dinheiro na cama: — Considere uma recompensa!

Smith franziu a testa: — O que quer dizer?

Luke continuou sorrindo: — Sou um homem curioso, então quando descobrir a resposta, me diga.

Embora estivesse sorrindo, não havia emoção em seus olhos.

Vol. 2 Cap. 339 Regras e Violência

Após um breve silêncio, Smith perguntou: — Como entro em contato com você quando tudo terminar?

Luke tirou um cartão e arremessou em Smith.

Smith pegou com facilidade: — O que você quer, exatamente?

Inclinando a cabeça, Luke pensou por um momento: — Talvez, só uma resposta?

Quando falou, abriu a porta: — Última pergunta: por que está protegendo o bebê?

Smith respondeu: — Sem mulheres, sem crianças. Essas são as regras.

Ouvindo isso, Luke assentiu para Smith no canto escuro e saiu do quarto.

Smith franziu a testa e ouviu os passos sumindo. Um momento depois, quando Srta. Donna retornou, ele perguntou: — Quintano, eles se foram?

Donna Quintano era a mulher com seios mais magníficos que Sara. Ela respondeu confusa: — Sim, eu os vi sair.

Smith suspirou de alívio. Guardou o cartão no bolso e memorizou o endereço que recebeu, antes de agarrar o maço de dinheiro que estava na cama.

Os olhos de Donna arregalaram: — Onde você conseguiu isso?

Após um breve silêncio, Smith respondeu: — Uma comissão. — Então, colocou o dinheiro no bolso.

— Agora, cinco mil pratas para cuidar dele por um dia. Fechado? — Ele segurou o bebê e olhou para Donna.

Donna mordeu o lábio e não falou nada.

Do outro lado, Luke se virou para olhar para o prédio após saírem, e curvou os lábios: — Estamos encontrando muitas pessoas ricas ultimamente!

Eles foram para casa ao invés de retornar ao departamento.

Após Selina tomar um banho, encontrou Luke se movimentando pela cozinha. Ela hesitou por um momento, antes de perguntar: — Tem algo que precisa me dizer?

Luke perguntou: — Sobre aquela ligação?

Selina não disse nada.

Luke continuou cortando vegetais rapidamente, mas não sem descuido.

Foi preciso e eficiente. Nada podia ser ouvido exceto o barulho de vegetais sendo cortado.

— Dustin ligou para me dizer que alguém da sede está assumindo o caso do Parque Elsworth — Luke falou calmo.

Selina ficou surpresa: — É o Dustin…

Luke pausou por um momento, antes de continuar: — Pensei sobre isto. Provavelmente não está relacionado a ele. Ele não é capitão ainda e estava provavelmente relacionado a ordem de algum figurão.

Isso foi um alívio enorme para Selina.

Dustin e Elsa eram bons chefes e ela gostava deles, especialmente comparado ao mesquinho Brock.

— Você… — Selina parou abruptamente e mudou de tópico: — Quando o jantar estará pronto?

Luke riu: — EM vinte minutos no máximo. Você pode ver TV por um tempo.

Selina assentiu e retornou a sala de estar. Ela ligou a TV: — … Henry Elsworth propôs recentemente uma nova moção a favor de controle de armas para tornar os campus escolares pacíficos novamente…

Atordoada por um momento, Selina abaixou o volume e assistiu à transmissão por mais alguns minutos antes de pegar o celular e fazer uma ligação: — Sonia, como está indo à investigação de Lucas Barton?

Após jantar, Luke mandou Selina treinar sozinho enquanto ele ia à garagem.

Olhando para suas costas, Selina curvou os lábios enquanto cuidava dos pratos.

Para poupar tempo, eles agora tinham uma lava-louças modificada. Tudo que Selina precisava fazer era colocar os pratos e uma vez que estivessem brilhando, os pegaria e guardaria no armário.

Meia-hora depois, Luke parou uma Ford SUV preta fora de um prédio de apartamentos em ruínas.

Ele deitou confortavelmente no banco do motorista e observou um vídeo gravado no tablet.

Outro tablet colocado no meio do painel tinha uma imagem do prédio de apartamento.

Após analisar a gravação que acabou de receber, Luke zombou: — Estas pessoas são realmente bem-informadas. Eles encontraram a clínica terapêutica muito rápido.

Murmurando consigo, checou o sistema de vigilância no meio do painel.

O prédio de apartamentos na tela já estava abandonado. Alguém estava tentando abrir a porta enquanto seus companheiros olhavam.

O coletor de som de Luke captou a conversa alto e claro.

— Há vários prédios de apartamento abandonados nesta cidade. Por que acha que ele está aqui, chefe? Outro palpite de sorte?

— Não, ele não adivinhou. Ele consegue sentir coisas que não podemos ver. Ele costumava ser um analista comportamental do FBI.

O homem abrindo a porta se virou com uma expressão resignada: — Fui um consultor comportamental, já falei um monte de vezes. Você pode parar de me dar novos títulos? Detalhes! Os detalhes importam!

Enquanto conversava, exerceu força e a porta abriu. Ele estava prestes a entrar, quando seus subordinados o pararam: — Você não acha que deve ficar atrás, chefe?

O chefe, que estava usando óculos e tinha uma barba grossa, sorriu: — O líder que fica atrás só pode comer restos.

Enquanto falava, entrou primeiro.

Luke ergueu a sobrancelha.

Este cara era bem interessante!

Luke sentou, mas não estava com pressa de sair do carro. Ao invés disso, apenas ajustou o coletor de voz.

— … Violência é a coisa mais interessante no mundo que vale a pena assistir. — A voz do homem estava cheia de expectativa.

Luke zombou. Isso só era verdade quando você não era a vítima da violência.

— Me arranje pelo menos cinquenta homens. Nosso Sr. Smith é um atirador profissional. Ele ganhou vários campeonatos de saque rápido no Reino Unido quando tinha dezesseis. — O homem deu a ordem num tom baixo. Luke percebeu porque o Sr. Smith deixou uma impressão única nele.

Em algum sentido, os dois seguiram caminhos similares.

Precisão, eficiência, frieza e estabilidade — não era à toa que a expressão do Sr. Smith fosse tão composta quando falou que ele havia matado mais de vinte atiradores.

Ele era um assassino natural.

Interessantemente, enquanto Sr. Smith devia ser um homem sem coração que faria tudo pelo dinheiro, ele estava tentando proteger aquele pequeno bebê. Luke balançou a cabeça com diversão e puxou o colocou o capuz na cabeça antes de sair.

— Sabe o que mais odeio num filme? — o barbudo perguntou ao grupo que entrou em silêncio no saguão do prédio.

Os atiradores se entreolharam intrigados.

— Odeio quando o diretor sempre deixa o mocinho que interpreta o herói ir. — O sorrido do barbudo sumiu: — Então, não deixe isto acontecer com você; ninguém pega meu dinheiro por nada.

Vol. 2 Cap. 340 Batalha Hardcore de Smith e Apoio Encoberto de Luke

Todos os atiradores assentiram ao mesmo tempo.

Este figurão era conhecido por sua brutalidade. Eles não podiam se dar ao luxo de enfurecê-lo.

Um dos subordinados se aproximou dele: — Senhor, os homens no terraço estão prontos.

— Agora, vão matar aquele bebê e o Sr. Smith. Certo, mate aquela babá também. — O barbudo ergueu e balançou a arma.

Todos os atiradores imediatamente subiram as escadas.

Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!

Bang!

Whoosh!

— Ahhhhhh!

Um momento depois, os atiradores na liderança já estavam envolvidos com o alvo no quinto andar, enquanto os últimos ainda estavam no segundo andar.

Quando chegaram no terceiro andar, Luke, vestido de preto, atravessou a entrada aberta do prédio de apartamentos.

Ele balançou a cabeça internamente para os atiradores que encheram as escadarias; eles não deixaram ninguém para vigiar a entrada.

Porém, isso era compreensível. Eles devem ter pensado que poderiam eliminar facilmente o Sr. Smith.

Pensando nisso, Luke tirou uma P226 e colocou o silenciador.

Ele só estava aqui para fornecer apoio encoberto e permaneceria o mais discreto possível.

Houve o som de vidro quebrando, e um dos atiradores pousou no primeiro andar.

Luke olhou para ele e riu internamente.

O homem caiu pela claraboia com um buraco no peito e acabou morto pela queda.

Escolhendo um canto no segundo andar, Luke ergueu a arma e mirou nos atiradores no topo da escadaria do quinto andar.

Da! Da! Da! Da!

Quatro atiradores que haviam acabado de chegar no quinto andar desabaram.

Três morreram silenciosamente, mas o último ainda gritou.

Luke sabia que o silenciador afetava um pouco a precisão, e não foi realmente inesperado.

Um silenciador não podia cancelar totalmente o som da arma.

Com o silenciador, sua P226 soou como uma pistola de pregos e mascarou a explosão de fogo do cano.

No prédio que estava em caos, era tão boa quanto uma pistola sem som.

Luke não foi ganancioso. Parou por um momento após eliminar quatro oponentes.

Prestou atenção especial na resposta dos atiradores, particularmente do barbudo.

O sujeito estava com uma expressão feia que era pálida e inchada, mas foi muito profissional.

Quando tivesse tempo, Luke perguntaria ao Velho Grissom se conhecia este consultor comportamental.

Estava claro que este chefe barbudo não tinha pensado na possibilidade de um ataque surpresa. Sua atenção estava totalmente focada na troca feroz da escadaria.

Luke continuou decisivamente com o ataque.

Da! Da! Da! Da!

Outros quatro atiradores caíram sem lutar desta vez.

Luke recuou rapidamente.

O barbudo olhou para baixo; tinha claramente sentido que algo não estava certo.

Luke sorriu. O homem realmente era um especialista.

Luke rapidamente saiu da posição e do prédio por um dos apartamentos. Jogando o gancho, escalou até o topo do prédio.

Durante a emboscada anterior, quatro atiradores desceram de rapel do topo do prédio.

Luke acreditava que não havia mais ninguém no terraço.

Quando chegou no topo, respirou fundo antes de rolar pela borda do terraço. Olhando pela claraboia quebrada, moveu para a outra que estava a vários metros de distância.

Esta estava próxima da posição de Smith.

Ele ergueu a arma e apontou para baixo.

Pa! Da!

Dois sujeitos disparando loucamente com Uzis foram atingidos na nuca.

Luke rapidamente se moveu para outra claraboia.

Pa! Da! Da!

Três atiradores foram baleados um por um. Isto era como um jogo de atirar em balões para crianças! Luke riu consigo.

Enquanto estava disparando no inimigo da escuridão, Sr. Smith entrou em fúria lá embaixo.

Ele pisou numa mesa e saltou enquanto disparava com as armas.

Os quatro atiradores que o cercou gritaram e caíram com sprays de sangue.

Smith atingiu o chão e rolou até um carrinho de mesa, antes de avançar com uma explosão de força para mover o carrinho.

Bang! Bang! Bang! Bang!

Outros dois atiradores que acabaram de chegar no quinto andar rolaram pela escadaria.

O carrinho colidiu com um atirador correndo, e quando o homem rolou por cima, Sr. Smith mirou a arma na cabeça.

Pa!

Rolando sobre algumas prateleiras próximas, Sr. Smith jogou a HK-P7 e a P226 fora e agarrou uma HK416 que estava numa das prateleiras.

Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!

Dois atiradores que apareceram do outro lado das prateleiras foram explodidos para trás.

Smith agarrou um skate longo e deitou, antes de sair da prateleira.

Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!

Deslizando pelos atiradores que o cercaram, Sr. Smith abriu fogo pela esquerda e direita com a HK416 e os atiradores gritaram.

No momento que recarregou a arma, o skate já havia saído da seção das prateleiras.

Mais de dez atiradores estavam num círculo, mas suas armas estavam apontadas para as prateleiras.

Deitado no skate, Sr. Smith correu para o ringue.

Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!

Ele se empurrou com as pernas e o skate desenhou um enorme arco no chão.

Sr. Smith nem mesmo precisou mover muito a arma. Apenas deixou o skate o carregar, e disparou por cada atirador que passou.

— Ahhhhhhhhhhh! — Os atiradores desabaram.

Olhando da claraboia, Luke ficou admirado pelas capacidades de Smith.

Ele olhou para as escadarias de novo e quase riu alto.

O chefe barbudo já estava avançando… para a saída, seguido por quatro dos subordinados de confiança, pois fugiu sem hesitação. O último bando de atiradores infelizes que chegaram no quinto andar foram eliminados por Smith, que estava no modo berserker.

Smith estava rugindo consigo. Porra! Vocês acham que são os únicos com armas? Eu também tenho armas agora!

Ele estava com um pouco de dinheiro recentemente e usou suas balas criteriosamente, então sua batalha com os atiradores noite passada foi insatisfatório.

Agora que adquiriu um bando de armas excelentes e uma tremenda quantidade de balas, finalmente conseguiu se soltar.

Vendo que o Sr. Smith estava destruindo os inimigos sozinho, Luke simplesmente colocou a P226 no coldre.

Após um tempo, o tiroteio no quinto andar parou.

Luke ficou admirado.

A pontaria de Smith era de primeira classe. Um atirador caía toda vez que a HK416 abria fogo, e após uma dezena de segundos, todos os atiradores restantes foram mortos.

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