Vol. 2 Cap. 401 Bem… Sou Mais do Tipo Executor

Ryback aceitou o cartão e não ficou surpreso que havia um nome e um número.

Luke deixou uma impressão profunda nele.

Nem todos podiam nocautear dois criminosos armados com frigideiras.

Ao fazer isto, Luke salvou Nash e resgatou Ryback do congelador. Ryback tinha lembrado deste favor.

Se ninguém o libertasse, ele provavelmente congelaria no congelador.

Ele conseguiu causar tumulto esta noite e por fim explodiu o submarino que os Tomahawk com cabeças nucleares iam estar, tudo graças ao jovem.

Assentindo e aceitando o gesto de Luke, ele saiu com o grupo do SEAL. Após Ryback sair, Flegg perguntou a Luke: — Por que está aqui?

Ele sabia tudo sobre Luke, incluindo certas informações confidenciais.

Logicamente falando, Luke não deveria estar aqui como um detetive da LAPD.

Luke assentiu e respondeu: — Pedido pessoal.

Flegg olhou para as três mulheres atrás dele: — Da loira? — Ele pensou que seria alguém por volta da idade de Luke.

Luke balançou a cabeça: — É a Sheerah. Ela me fez uma oferta irresistível.

Ele não planejava manter segredo.

A recompensa de Sheerah seria depositada na conta, afinal, não era ilegal.

A expressão de Flegg ficou estranha: — Sério? Cem ou duzentos mil?

Para alguém que poderia capturar sozinho aquele monstro do Jason vivo, definitivamente não seria barato contratá-lo como um segurança temporário.

Luke revirou os olhos: — Dez mil pratas por seis horas. Isso é mais de um mês do meu pagamento sem imposto!

Flegg ficou sem palavras.

Daquele ponto de vista, 10 mil dólares era realmente difícil de rejeitar.

O próprio Flegg também só fazia um pouco mais de 10 mil por mês. Ele também teria ficado tentado pela oferta.

É claro, 10 mil não era o bastante para compensar pelo que Luke encontrou esta noite.

Flegg tinha outras coisas para fazer e sua conversa foi o bastante para confirmar a situação básica. Assim, simplesmente disse: — Tenho outras coisas para fazer, vou embora.

Luke assentiu e não pediu por ajuda.

Ele não conhecia bem este Flegg, comparado a atitude calorosa de Ryback.

Porém, graças a beleza de Sheerah e Tyler, bem como ajuda de Ryback, Luke e as três mulheres voltaram na aeronave militar após 20 minutos.

No momento que saíram, os quatro foram questionados em quatro salas separadas.

Luke não entrou em pânico quando viu as expressões severas dos dois investigadores. Ao invés disso, seu interesse foi atiçado.

Estes caras não pareciam ser do exército ou FBI, mas parecia mais com… a CIA.

Diante de profissionais como estes, Luke não precisava mais fingir ser um garoto inocente.

Caso contrário, suspeitariam dele após checarem seu arquivo.

Eles não se introduziram e simplesmente disseram que eram investigadores, antes de começarem a fazer as mesmas perguntas várias vezes.

Luke estudou este tipo de interrogatório antes.

Várias das pessoas que ele matou eram profissionais neste quesito.

Quanto mais complicada era a mentira, mais pensamento era necessário e mais falhas a mentira provavelmente teria.

Era basicamente impossível fazer cada detalhezinho soar como se fosse verdade.

Todavia, para Luke de agora, não era difícil quebrar o processo e fazer as coisas soarem convincentes.

Após um tempo, o menos falador dos dois interrogadores perguntou de repente: — Detetive Luke Coulson, como o detetive mais capaz da LAPD, você acha razoável lembrar tão pouco do que aconteceu no convés?

Luke sorriu e coçou a cabeça: — Bem… sou mais do tipo executor.

Os dois investigadores se entreolharam atordoados. Este cara estava implicando que não era do tipo pensante?

Eles não puderam deixar de checar seu arquivo.

Hm, morte, morte, morte…

Tudo bem! A maioria da fama que este Detetive Luke tinha era dos membros da gangue que matou e alguns casos grandes.

É claro, isso não era o bastante para determinarem que este jovem detetive era idiota.

Porém, era impossível que realmente não precisasse usar o cérebro. Ele só dependia das boas habilidades e coragem para se livrar dos criminosos em seu caminho e resolver casos!

Isso… definitivamente era estranho!

Ele resolveu um número chocante de casos. Como poderia resolver tantos casos com muita rapidez sem usar o cérebro?

O menos falador ainda questionou: — Sua taxa de sucesso é a maior na Divisão de Crimes Graves de Westside. Como conseguiu isso?

Luke deu uma olhada estranha: — Intuição.

Os dois investigadores ficaram sem palavras. Você está brincando com a gente?

O sorriso caloroso no rosto de Luke não mudou: — Por exemplo, sei que vieram aqui com pressa. Este senhor…

Ele olhou para o investigador principal: — Você estava com tanta pressa de vir aqui que nem teve tempo para levantar o zíper.

Surpreso, o homem tocou subconscientemente na virilha, e realmente descobriu que não estava aberta. Completamente perplexo, rapidamente fechou e colocou um fim no tópico estranho.

Luke olhou para o menos falador mais uma vez: — E este senhor, você foi acordado e sua camisa está abotoada errada.

Este cara abaixou a cabeça subconscientemente e cobriu estranhamente com a jaqueta.

Ele acordou no meio da noite para uma tarefa de emergência e colocou as roupas enquanto saía. É claro que não teve tempo para os botões.

Luke abriu as mãos: — Mas não notei isto porque tenho uma atenção aos detalhes, mas porque tenho uma boa visão, que é meu dom. Então, não é surpreendente que eu obtenha algumas pequenas conquistas ao usar meu dom para resolver casos. A verdade é que nunca fui bom de raciocínio e dedução. Prefiro lutar que pensar.

Os dois investigadores ficaram em silêncio. O caso de Luke não era raro. Era um daqueles que usufruía de seu dom.

Presentes inatos eram uma coisa estranha.

Como investigadores presentes, eles viram muitas pessoas e coisas bizarras e o caso de Luke não era incomum.

Porém, como investigadores de elite, com certeza não deixariam Luke escapar com tanta facilidade.

O menos falador então perguntou: — Mas por que não lutou desta vez? Você disse que só nocauteou dois criminosos armados e não matou ninguém após isso. Como isso é possível?

Luke abriu as mãos: — Quando estou em serviço, tenho incontáveis oficiais da LAPD para me apoiar, mas naquele navio de guerra, eu estava sozinho. Além disso, tinha que cuidar da segurança das três mulheres. Como eu ousaria chamar atenção dos criminosos? Pareço idiota para você?

Os dois investigadores foram incapazes de responder.

Esta definitivamente foi a escolha certa de não lutar no território de outra pessoa, sem falar que Luke tinha três pessoas para cuidar.

Vol. 2 Cap. 402 Briga e Gratidão

Entretanto, os dois investigadores ainda estavam indispostos a deixá-lo ir e perguntaram sobre cada detalhe várias vezes.

Após uma hora, a porta da sala finalmente abriu e um coronel com quatro listras entrou.

Ele acenou para os investigadores. Os três trocaram olhares por um momento, antes dos dois investigadores se levantarem e saírem da sala com o coronel.

Fechando a porta, o coronel falou com calma: — Vocês podem parar de investigar o Detetive Luke Coulson.

Os dois investigadores franziram a testa. O menos falador perguntou: — Por quê? Ele é um grande suspeito.

Após um breve silêncio, o coronel retrucou: — Capitão Adams e o General Bates ligaram e atestaram por Sheerah e este Luke Coulson.

— Mas este é um caso importante. Como eles podem… — O outro investigador não pôde deixar de argumentar.

O coronel zombou: — Primeiro de tudo, Sheerah foi convidada pessoalmente pelo General Bates. Segundo, Cabo Ryback, que salvou o Capitão Adams, foi liberto do congelador pelo Luke Coulson após o último nocautear os dois criminosos. O maior erro dos criminosos foi não matar Ryback, que acabou com seu mentor e impediu os mísseis desmontados de serem levados. O Luke Coulson pode não ser uma pessoa simples, mas isso sozinho já mostra que não tem nada a ver com este negócio.

Os dois investigadores ficaram sem palavras. Eles se entreolharam e assentiram impotente: — Se insiste, está tudo bem para a gente, mas faremos uma nota em nosso relatório.

O coronel zombou: — Tudo bem. A marinha também investigará os corpos das forças especiais da CIA que encontraram no navio de guerra.

Os rostos dos dois investigadores escureceram imediatamente.

Porra! O coronel estava jogando na cara deles. Se não fosse porque haviam sido expostos, eles estariam tão determinados a investigar um peixe pequeno como Luke?

Todavia, uma checagem simples da origem de Luke e as declarações das partes envolvidas era o bastante para determinar que Luke nunca planejou embarcar até o último momento.

Além disso, o jovem ajudou o Cabo Ryback num momento crítico ao nocautear dois criminosos armados. Se tivessem investigado esta pessoa, ele deveria ser uma baixa prioridade.

Porém, havia um grande problema no lado da CIA.

Entre os criminosos mortos no navio de guerra, um número deles, incluindo William, o mentor, acabaram sendo agentes da CIA. O próprio William era o capitão de um certo esquadrão secreto da CIA.

Os dois investigadores da CIA sabiam que Luke não era um suspeito.

No entanto, eles tiveram que tentar e transformá-los em um para turvar as águas. Somente então conseguiriam discutir com a marinha e mudar a culpa.

Esse era o motivo pelo qual vinham questionando Luke várias vezes.

Naturalmente, a marinha não ficaria parada os deixando fazer o que quisesse.

Sheerah foi convidada pessoalmente pelo General Bates. Se a CIA falasse que Luke, a assistente de Sheerah, eram suspeitos, não significaria que algo estava errado com o General Bates? A marinha teria que levar a culpa por este incidente criminoso?

O General Bates era um homem poderoso e seria provavelmente promovido a Vice-Almirante logo. Naturalmente, ele não ficaria sentado.

Nesse ponto, o homem ao lado do coronel falou: — Tudo bem, pessoal, podem parar de discutir. Agora que tem tempo, que tal direcionar os esforços a outra coisa?

Os dois investigadores franziram a testa: — Agente Flegg, qual é o significado disto? Esta é a atitude do FBI?

Flegg respondeu inexpressivo: — Não estou encarregado desta investigação, só estou declarando um fato.

Olhando para os dois investigadores, ele acrescentou: — Temos arquivos detalhados de Luke Coulson. Um conselho: não percam seu tempo em coisas sem sentido.

Os dois investigadores franziram a testa.

Flegg obviamente estava implicando que os arquivos confidenciais que o FBI tinha que poderia provar que Luke não tinha nada a ver com os criminosos.

Os dois investigadores se entreolharam e saíram deprimidos.

Eles foram num canto afastado e fizeram uma ligação.

No final, seu chefe simplesmente disse: — Não incomodem esse Luke. Vão falar com o NCIS (Serviço Naval Investigativo Criminal) sobre o resultado da investigação.

Os investigadores ficaram confusos: — Hã? O que devemos fazer?

O chefe respondeu: — Aprendemos que no esquadrão de William, Johnny Mullah e seu irmão Szoke Mullah eram leais. Eles se esconderam bem e mataram vários criminosos nos momentos críticos. Infelizmente, Johnny Mullah foi morto e Szoke desapareceu.

Os dois investigadores sentiram que isso era besteira.

Alguém do esquadrão de William poderia ser leal? Eles eram apenas um bando de lutadores especializados em limpar a bagunça.

Eles não estavam convencidos de que os Irmãos Mullah eram patriotas que arriscaram suas vidas para impedir o plano de William.

Se tivessem planejado trair William, não teriam esperado por tanto tempo.

Eles poderiam vazar o plano mais cedo e todos no esquadrão de William teriam sido capturados.

Como se soubesse o que estavam pensando, seu chefe explicou: — Aparentemente, a arma de Mullah matou muitos criminosos e a arma que matou Mullah foi encontrada na mão de outro criminoso. Além disso, apenas Szoke Mullah teve tempo e motivo para resgatar os marinheiros na cabine.

Os dois investigadores entenderam imediatamente.

Um dos irmãos foi morto e o outro desapareceu. Desde que não tinham famílias, era desnecessário emitir um aviso de falecimento.

Este foi o ponto de avanço para a CIA, e seu chefe queria que aprendessem a situação rápido para que pudessem lidar com a briga que aconteceria mais tarde.

Se concluísse que os irmãos Mullah traíram William e ainda eram leais ao país, haveria menos culpa na CIA e os figurões estariam seguros.

Minimizar grandes eventos e culpar pessoas insignificantes — era assim que o mundo funcionava.

Naquele momento, Flegg falou ao coronel: — Deixe-me falar com ele sozinho.

O coronel franziu a testa e não respondeu imediatamente.

Flegg acrescentou: — Não se preocupe. Levará dois minutos, no máximo.

O coronel assentiu lentamente.

Flegg abriu a porta e entrou.

Após entrar, desligou a câmera e olhou para Luke: — Agora, pode me dizer quantos criminosos matou no navio?

Luke sorriu: — Agente Flegg, mantenho minha resposta.

Flegg o encarou por um momento e finalmente sorriu: — Okay, você é bom.

Luke ergueu a sobrancelha. Este cara não parecia com raiva, ao invés disso, parecia encantado? Flegg se levantou com as mãos nas costas: — Sei o que te preocupa, então não precisa me responder. Agora, você pode sair.

Luke assentiu com um sorriso: — Obrigado.

Flegg se virou. Quando chegou na porta, pressionou a mão na maçaneta e disse: — Obrigado por tudo que fez por este país.

Vol. 2 Cap. 403 Uau, Que Pena

Após isso, Flegg saiu da sala sem esperar pela resposta de Luke.

Luke estalou a língua e sentiu que o tom de Flegg era bem incomum.

Ele saiu da sala e Flegg não estava em lugar algum. O coronel simplesmente disse que a investigação acabou e que um carro estava o esperando.

Luke deu de ombros e saiu do prédio.

Sheerah e suas companheiras estavam fora do prédio. Elas foram liberadas há muito tempo e estavam aguardando Luke.

Luke sorriu brilhantemente: — Okay, finalmente podemos ter uma pausa.

Embora estivesse preso em questões políticas, conseguiu sair ileso.

Eles foram escoltados até o portão da base por um Hummer. Após caminharem por várias centenas de metros, entrou na limusine de Sheerah, que seus seguranças estacionaram na beira da estrada.

Luke trocou um olhar significativo com Sheerah, que não falou muito e apenas sorriu: — Estou um pouco cansada. Vou ir primeiro. Você pode acompanhá-la.

Ela então sorriu para a jovem ao lado de Luke e perguntou: — Você não se importa, né?

Tyler balançou rapidamente a cabeça: — Não, não, não. Você pode me deixar em qualquer estação de ônibus da cidade.

Sheerah balançou a cabeça e não falou mais nada. Simplesmente mandou um “trabalhe duro” para Luke antes de fechar os olhos para descansar.

Após Sheerah ir embora, Luke perguntou a Tyler: — Onde você mora?

Tyler hesitou: — Sou… Sou de Nova York. Eles me levaram ao navio assim que desci do avião.

O que a deixou mais deprimida foi que devia ser reembolsada pelo voo e receber 10 mil dólares.

No final, não ganhou nada e quase foi morta por criminosos armados.

Ela mal conseguia sobreviver em sua carreira e estava apostando neste pagamento para sobreviver um pouco mais.

Agora, ela não tinha nada além de 200 dólares na bolsa.

Vendo-a hesitar, Luke percebeu seu dilema e falou ao motorista com um sorriso: — Ao Hotel Beverly Hills.

O motorista ligou a limusine e acelerou lentamente enquanto ia ao seu destino.

Tyler ficou bem surpresa: — Ah, isso… — Ela ia dizer que era caro demais.

Contudo, Luke tirou um rolo de dinheiro do bolso e deu para ela: — Apenas considere um empréstimo.

Tyler olhou para o dinheiro, que eram todas notas de 100 dólares. Tinha que haver por volta de 2000 dólares.

Ela gaguejou: — E-Então como vou contatar você?

Ela sabia que Luke provavelmente não esperava um pagamento porque não deu o contato.

Encarando-a por um momento, Luke sorriu e tirou o cartão: — Não precisa ficar ansiosa, todos passam por situações difíceis de vez em quando.

Tyler aceitou o cartão e abaixou a cabeça lentamente. Seus olhos ficaram vermelhos quando lembrou pelo que passou nos últimos dois anos.

Era realmente difícil ser famosa e criar uma carreira no show business.

Seu show hoje pode ter sido o começo de um caminho diferente.

Quando alguém abandona a determinação, cairiam muito rápido. Seu trabalho esta noite teria sido o primeiro passo na desistência de seu sonho. Ela já tinha a vaga sensação que estava virando outra coisa.

No entanto, o ataque inesperado do navio de guerra foi um choque enorme, e interrompeu seu plano futuro.

Lembrando o que seu agente insinuou, ela olhou para o rolo de dinheiro e pergunto de repente: — Você acha que seria melhor procurar por um emprego normal?

Luke ficou atordoado por um momento. Não esperava que ela fizesse esta pergunta.

Pensando por um momento, balançou a cabeça: — Você precisa de determinação e coragem em tudo que faz. Você pode não ter sucesso sem trabalho duro.

Olhando para a expressão atordoada de Tyler, Luke sorriu: — Quando tomar uma decisão importante sobre o futuro, deve ter uma enorme coragem e força de vontade, só então conseguirá superar as dificuldades e contratempos. Você está pensando em trocar de emprego, mas pode perseverar com essa decisão?

Tyler ficou em silêncio.

Luke se virou para olhar fora da janela: — Se dê algum tempo para descobrir o que realmente quer, para que assim não se arrependa rápido.

A limusine chegou no hotel e quando Tyler saiu, Luke falou: — Você pode me ligar se precisar de ajuda.

Tyler assentiu, e parada na entrada do hotel, observou a limusine desaparecer.

Quando Luke chegou em casa, Selina estava vendo TV no sofá enrolada numa grande toalha de banho.

Vendo Luke, ela ergueu a sobrancelha e perguntou: — Como foi o show? Você gravou?

Luke deu de ombros: — Ela não cantou. Ela passou o tempo todo correndo.

Selina exclamou e endireitou: — O que aconteceu?

Luke respondeu: — Me deixa tomar banho primeiro. Você terminou seu treinamento da noite?

Selina deu um olhar ressentido: — Por que você faz parecer que é meu professor do ensino médio? Eu terminei e acabei de sair do banho, tá?

Luke assentiu: — Então vou contar após eu tomar banho.

Após seu banho, contou a Selina o que aconteceu naquela noite.

Todavia, não mencionou suas especulações, como a questão que os criminosos podem ter ido atrás de armas nucleares, ou que alguns dos criminosos foram da CIA.

Selina ficou arrependida: — Foi tão empolgante assim? Se eu soubesse, teria ido junto.

Após um breve silêncio, Luke retrucou: — Com suas habilidades de maquiagem, não haveria nada que pudesse fazer além de assistir, certo?

Selina ficou sem palavras.

Como uma mulher linda, obviamente sabia como fazer a maquiagem, mas maquiar diariamente e se maquiar para o show de uma grande estrela eram completamente diferentes. Ela só podia olhar para Luke por expor sua falha: — Você não pode me confortar e dizer algo como “uau, que pena”?

Luke assentiu preguiçosamente: — Uau, que pena.

Selina ficou furiosa: — Suma!

Dizendo isso, ela se levantou… e voltou ao quarto para dormir. Luke riu e colocou roupas casuais, então leu animado as notificações do sistema.

Por matar os marinheiros e matar os criminosos, ele ganhou quase 6.000 pontos de experiência e crédito.

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Como experiência alcançou 30.000 pontos, o anfitrião subiu para o nível 12.

Pontos de Atributo Extra: 5

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Luke estava ansioso por este dia fazia muito tempo e finalmente acrescentou um ponto em Força Mental.

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Força Mental: 16

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Houve uma sensação leve e familiar de dormência na cabeça, como se eletricidade estivesse passando.

Ele pegou subconscientemente o celular e olhou para o cabelo no espelho.

Vol. 2 Cap. 404 40 Horas de Trabalho por Semana, Férias Anuais Remuneradas e Plano de Saúde?

Na tela, o cabelo de Luke ainda estava lá. Não estava de pé e nem tinha murchado.

Muito bom! Esta era sua preocupação sempre que adicionava pontos em Força Mental.

Foi provavelmente porque um figurão careca em particular deixou uma impressão profunda nele.

Ele checou os atributos, que agora eram 40 de Força, 20 de Destreza e 16 de Força Mental.

Como alguém com um pequeno TOC, Luke compensaria a última deficiência em breve, que era bem empolgante.

Pensando nisso, foi à oficina e começou a trabalhar em alto astral.

No dia seguinte, Luke e Selina foram direto a uma cena do crime sem parar no departamento.

Ontem, Elsa lhes falou de novo para ficar longe da Família Elsworth.

O Velho Elsworth declarou que iam encontrar o mentor por trás dos ataques violentos contra a família.

O que Elsa queria dizer era que, mesmo que Luke só estivesse investigando e não tivesse nada a ver com o mentor por trás dos ataques dos filhos do Velho Elsworth, havia uma boa chance de que ele fosse pego no meio se o velho ficasse furioso.

Luke só podia acenar. Como esperado, um chefe esperto era o melhor.

Hoje, Luke e Selina só podiam trabalhar em casos insignificantes como assaltos a bancos.

Em Los Angeles, assaltantes de bancos ou portadores de dinheiro aconteciam três vezes num dia comum e o número destes casos por ano era maior que o número total de membros em todas as Divisões de Crimes Graves em Los Angeles.

Então, estes casos eram realmente insignificantes.

Contanto que os assaltantes não matassem ninguém, sairiam após alguns anos de prisão.

Luke e Selina foram a um banco chamado Primeiro Banco Financeiro de Los Angeles. Não era um nome que Luke levaria a sério.

Era fácil de estimar a escala deste banco pela quantidade de dinheiro que perderam num assalto num dia anterior.

Ontem, dois assaltantes mascarados com revólveres invadiram este banco que havia acabado de abrir e saquearam… 3.756 dólares.

Não houve perda ou dano colateral. Se o atendente tivesse se movido um pouco mais devagar, poderia só ter precisado dar aos dois assaltantes 2000 dólares antes deles fugirem.

Porém, ainda era um assalto, não importa quão pequena fosse a quantidade.

A Divisão de Crimes Graves era oficialmente conhecida como Divisão de Homicídio e Assalto, então este caso era de sua responsabilidade.

Luke e Selina estacionaram perto do banco e entraram com um cliente estranho ou algo assim.

Gritos de alarme soaram de repente no banco.

Se entreolhando, eles se moveram mais rápido e entraram por uma porta lateral.

Como esperavam, outro assalto estava ocorrendo. Selina estava prestes a pegar a arma, mas Luke a impediu com um olhar estranho: — Espera. Aquele cara está segurando uma… pistola de água.

Selina ficou sem palavras.

Embora armas falsas e brinquedos realistas não fossem raros em um assalto, Luke e Selina nunca viram uma pessoalmente antes.

Um homem negro com uma meia de seda na cabeça estava parado na frente do balcão. Ele balançou as mãos com raiva e impediu o funcionário de meia-idade de pegar o dinheiro: — Espera, espera. Você acha que estou aqui pelo dinheiro?

Os clientes no saguão tremeram enquanto se escondiam longe. Você não está pelo dinheiro? Um sonho? O homem segurando a pistola d’água realista gritou: — Você acha que sou uma pessoa de merda? Estou aqui com uma arma pelo dinheiro inútil da sua gaveta? Quero a porra de um emprego! Você me ouviu, vadia?

Luke e Selina ficaram sem palavras. O quê?

Os clientes não sabiam o que dizer.

— Se eu roubar dinheiro, ficarei pobre de novo após gastar tudo, mas se eu tiver um emprego, terei uma experiência de trabalho preciosa que posso colocar no meu currículo mais tarde. Então, chega dessa merda e me fala onde está seu gerente. Quero um maldito trabalho! — declarou o ladrão mascarado.

Todos, incluindo Luke e Selina, ficaram perplexos.

O funcionário olhou subconscientemente para um homem de terno escondido num canto. O ladrão olhou e apontou a pistola d’água para o cara: — Você é o gerente?

O homem de terno assentiu impotente: — Sim, eu sou.

O mascarado apontou rudemente a arma para ele: — Agora, só quero quarenta horas de trabalho por semana, férias remuneradas anuais e plano de saúde…

Todos ficaram sem palavras.

Achando engraçado, Luke gesticulou para Selina, antes de se aproximar rapidamente para pegar a pistola d’água deste “ladrão” ambicioso e otimista.

— Com licença, mas você não deveria apresentar seu diploma, currículo e recomendações quando está procurando um emprego? — Ele pesou a pistola d’água e sorriu: — Isto não parece com um diploma, parece?

O ladrão: — …

Todos: — …

A farsa terminou assim.

Enquanto os policiais estavam a caminho, Luke brincou com a pistola d’água e falou com um sorriso: — Como você é criativo para usar isto para conseguir quarenta horas de emprego com férias anuais remuneradas e plano de saúde, admito. Todos querem um trabalho desses!

O “ladrão”, cuja máscara de meia de seda preta já havia sido tirada, ficou desesperado: — Que escolha eu tenho? Ninguém está disposto a me contratar. Tentei muito conseguir um trabalho, mas tenho uma ficha criminal. Minha filha só tem um ano. Preciso de um emprego para comprar seu leite em pó e fraldas.

Após um breve silêncio, Luke perguntou: — Mas você não pode usar a pistola de brinquedo da sua filha para arranjar um emprego, não acha?

Envergonhado, o ladrão falou num tom baixo: — Esse é o brinquedo do vizinho. Peguei dele quando sai.

Luke e Selina ficaram sem palavras. Você até roubou a pistola d’água? Que ladrão diligente!

Dez minutos depois, os policiais chegaram e prenderam este “ladrão” que tentou roubar um emprego.

No carro, Selina comentou com diversão: — Sério, se ele fosse tão trabalhador, por que começar do fundo? Ele é louco?

Luke não pensou demais enquanto dirigia: — Talvez tenha tentado, mas não funcionou. Afinal, ele tem uma ficha criminal. Caras como ele só podem sonhar em trabalhar como balconista de banco.

Selina pensou por um momento e percebeu que fazia sentido.

Para caras em liberdade condicional, seus oficiais de liberdade condicional poderiam arranjar empregos para eles, mas estes trabalhos provavelmente eram trabalhos pesados com baixo pagamento.

Mesmo assim, conseguiam de 20 a 30% menos. Não era um imposto, mas uma regra não dita.

Não deveria ser difícil de deduzir para onde esta porcentagem ia.

Aqueles que tinham ficha criminal tinham maior probabilidade de cometer crimes de novo, mas não por um motivo simples.

Porém, este “ladrão” estranho não iria para cadeia desta vez.

Primeiro, não feriu ninguém. Segundo, estava usando uma arma de brinquedo. E terceiro, estava tentando roubar um emprego.

Vol. 2 Cap. 405 Novos Vizinhos, Velhos Vizinhos

Luke contou aos oficiais para checar se o que o “ladrão” falou era verdade e se era, poderiam deixá-lo ir após registrar sua declaração.

Quando chegasse a hora, o que este “ladrão” fez seria considerado uma pegadinha no máximo, e não havia necessidade de fazer grande caso disso.

Já eram onze no momento que terminaram o interrogatório, então ambos decidiram sair do trabalho e almoçar.

Após deixar uma comida de viagem com Elsa, eles foram para casa.

Estes dois dias poderiam ser considerados feriados para Luke e Selina.

Não havia grandes casos e não precisavam levar os casos menores a sério. Afinal, Elsa não os checariam.

Passando pela vizinhança no caminho de casa, viram um homem e uma mulher sair em dóis carros separados que estavam estacionados próximo a uma casa com uma placa “À Venda”.

A jovem correu para os braços do homem.

Luke sussurrou: — Uau, que mulher linda veio para nossa vizinhança.

Selina olhou para ela com inveja: — Suas pernas longas são realmente lindas.

Naquele momento, o homem levantou a jovem, que estava usando um vestido branco e girou em um meio círculo, permitindo Luke e Selina vissem as pernas perfeitamente longas e de tirar o fôlego.

Selina tinha 1,77 de altura, o que definitivamente não era baixo para uma mulher. Ela também tinha um corpo lindo e saudável com músculos e linhas suaves. Se suas fotos fossem postadas online, absolutamente haveria reclusos em casa lambendo suas telas.

Porém, suas pernas não eram tão altas quanto desta mulher.

A maioria das mulheres não tinha panturrilhas longas.

Até para a mesma altura, suas panturrilhas não a fariam parecer mais alta.

Selina suspirou e então pensou em algo: — Aquela é a casa da encrenqueira?

Luke olhou para a casa, mas não tinha uma grande impressão dela.

Seu interesse era culinário, mas quando se tratava das outras tarefas domésticas e lidar com vizinhos animados, isso foi deixado para Selina.

Ele não tinha paciência para lidar com vizinhos insípidos, mas nesta vizinhança de classe média, um bom relacionamento com os vizinhos tornaria a vida um pouco mais fácil.

Caso contrário, alguém que não gostava dele poderia encontrar uma oportunidade para reportá-lo ao comitê da vizinhança.

Havia muitas pessoas assim que não fizeram nada e não era incomum chamarem a polícia quando pensavam que seus vizinhos estavam agindo com suspeita.

Luke não ficou com medo da polícia. Era só que odiava dores de cabeça sem sentido.

Ele perguntou casualmente: — Há uma encrenqueira?

Selina revirou os olhos: — Eu que preciso lidar com aquelas mulheres irritantes desta vizinhança! Quando você se importou com nossos vizinhos? Meg era dona daquela casa. A encontrei algumas vezes e sinto vontade de atirar nela sempre que ela falava.

Luke virou a cabeça: — Meg? Lembro dela. Ela pode não ser muito amigável, mas não é uma viciada ou alguma megera, certo?

Selina suspirou: — Não, ela não, mas você sempre pode sentir seu ar esnobe quando conversa com ela.

Luke achou isso estranho: — Esnobe? Com você?

Ele não ficou nada convencido.

Havia muitas mulheres de aparência extraordinária nesta vizinhança. Afinal, todos nesta vizinhança de classe média se orgulhavam de aparências e não apresentariam uma aparência feia.

No entanto, poucas podiam se comparar com Selina, exceto pela mulher do vestido branco de instantes atrás.

Segundo, a casa em que Luke morava era uma das melhores da vizinhança.

A casa que Meg estava vendendo, no entanto, não era ruim, valia apenas 550 mil dólares, enquanto a de Luke valia pelo menos 1 milhão.

Independente da casa, aparência, temperamento ou renda, Meg, que era apenas uma dona de casa comum, estava muito abaixo de Selina.

Luke não conseguia entender onde está mulher ganhou confiança para desprezar Selina.

Selina deu de ombros: — Sabe, é o jeito estranho e incisivo que elas falam, e como são cheias de si. Muitas donas de casa aqui conversam assim. É nojento.

Luke entendeu.

Algumas donas de casa de classe média gostavam deste tipo de conversa velada e crítica.

Porém, não tinha como uma mulher direta e sincera como Selina poder achar isso legal.

Ele a consolou com um sorriso: — Está tudo bem. Se não puder tolerar, apenas diga para ela cair fora. Não é como se dependêssemos dela para viver.

Selina assentiu e exclamou de repente: — Karen está espiando os novos vizinhos agora?

Luke ergueu a sobrancelha: — Karen Gaffney? A designer de interiores?

Selina assentiu impotente: — Sim. Quando ela vai parar com suas teorias da conspiração? É porque sua vida casada é entediante?

Luke não pôde deixar de esfregar a testa também.

As casas nesta vizinhança foram organizadas em um círculo. Elas pareciam lindas, mas o tamanho da terra era limitado.

A casa de Luke estava na periferia, e o gramado na frente e atrás da casa cobria 400 metros quadrados. Era muito mais silencioso, sem prédios próximos.

Foi por este motivo que Luke e Selina não tiveram muito contato com os outros moradores da vizinhança.

Como policiais, eles também saiam cedo e retornavam tarde, e focavam no treino quando chegavam em casa. Eles não tinham tempo para participar de nenhuma reunião de vizinhança.

Por enquanto, eram como transeuntes na vizinhança e mal interagiam com alguém.

Porém, havia uma exceção — Jeff Gaffney e sua esposa, Karen Gaffney.

Jeff trabalhava no departamento de RH de uma grande empresa. Por causa de sua personalidade e emprego, gostava de conversar.

Ele também era bem refinado e sempre cumprimentava Luke com um sorriso quando o via no caminho.

Embora Luke não estivesse interessado em sair com os vizinhos, não desgostava muito deste tipo de sujeito legal e sincero. Após alguns meses, Jeff se tornou o vizinho que Luke estava mais familiarizado.

Jeff o convidou para as reuniões da vizinhança muitas vezes. Embora Luke rejeitasse discretamente toda vez, Jeff nunca levou na ofensiva.

Ele simpatizava com o horário ocupado de Luke e falou que podia conversar com ele se estivesse sob muito estresse.

Luke apreciava suas boas intenções, mas não tinha como falar com alguém sobre seu estado mental.

Jeff era um bom sujeito, e sua esposa, Karen, também não era uma má pessoa. Ela era muito melhor que a irônica Meg.

Karen era uma dona de casa e designer de interiores que trabalhava de casa.

Talvez, teorias da conspiração fossem a maior fonte de felicidade em sua vida chata, pois imaginava muitas possibilidades empolgantes para animar seus dias monótonos.

Isso mesmo. Esta Karen era precisamente a vizinha que quase chamou a polícia para investigar Luke e Selina.

Vol. 2 Cap. 406 Visita dos Velhos Vizinhos, Perguntas sobre os Novos Vizinhos

O motivo era muito simples: foi porque os hábitos de vida de Luke e Selina eram diferentes.

Além disso, para impedir pessoas de espiar o quintal, e mais que isso, se proteger de snipers, Luke colocou uma parede de 1,8 metro de altura e instalou câmeras ocultas em esculturas na parede.

Dessa maneira, atiradores não podiam disparar na casa da rua e se ficassem muito tempo no quintal, seriam pegos pelas câmeras.

Estas precauções sem dúvidas eram para dois policiais.

Porém, Karen, que ficou muito entediada, disse ao marido que Luke construiu um muro porque estava escondendo algo.

Talvez estes dois estivessem fazendo metanfetamina ou até plantando maconha no porão.

Graças às câmeras de segurança, Luke descobriu esta Karen vagando muito perto de sua casa, então ele, também, a monitorou.

Foi fácil usar o coletor de som de longa distância para lidar com este casal, que não eram especialistas e Luke descobriu facilmente os pensamentos bizarros de Karen.

Conformado e achando graça. Luke convidou Jeff e Karen para um churrasco no quintal.

Após falar da desconfiada Karen que ele e Selina eram primos, esta designer de interiores, com atenção aos detalhes, finalmente perdeu a suspeita quando viu como a casa estava organizada.

Como uma mulher que se casou por anos e uma designer de interiores profissional, Karen sabia bem como se parecia o layout da vida diária de um casal.

Os itens pessoais de Luke e Selina foram separados, que quase chamou sua suspeita de novo.

Quando conversavam de trabalho, Luke falou para Jeff no privado: — Selina e eu temos trabalhos sensíveis. Sabe, se alguém espalhar pela vizinhança, podemos entrar em problemas.

Jeff não pôde deixar de olhar para sua esposa, Karen.

Luke sorriu: — Não, não acho que a Karen seja fofoqueira. Porém, ela pode manter segredo da Meg?

Jeff prontamente balançou a cabeça.

Meg era uma intrometida que queria saber de tudo. Era impossível Karen enfrentá-la.

Luke deu um tapinha no ombro de Jeff: — Dificilmente prático atividades em comunidade por causa da Meg. Odeio faladeiras assim. Como é vizinho de porta dela, acredito que entende.

Jeff parecia em conflito, mas ainda assentiu de acordo.

Apesar do bom temperamento, houve algumas vezes que realmente quis bater em Meg.

Após o churrasco, Jeff conversou com sua esposa e a dona de casa, finalmente parou com as teorias da conspiração sobre Luke e Selina.

Após ver a banheira de massagem luxuosa no quintal, Karen, como uma designer de interior profissional, entendeu por que Luke construiu um muro.

A maioria das pessoas escolheria aproveitar esta coisa boa pelados.

Era compreensível que Luke construísse um muro, já que se Meg os visse, com certeza diria a todos.

Selina comentou: — Em todo caso, Meg e seu marido se mudando é algo bom. O marido dela, Danny, não é um cara decente. Ele dá em cima de toda mulher que vê. Ele é um homem de meia-idade careca e gordo. O que ele tem para ser tão confiante?

Luke riu: — Você não saberá até tentar, certo? Considerando a aparência, você acha que as garotas lindas se jogarão nele?

Selina deu uma olhada para um certo alguém: — Verdade. Se você fosse um pouco mais bonito, as garotas sempre se jogariam em você.

Luke notou a expressão e assentiu calmo: — Dependo da minha força, entendeu? Porém, ser lindo é um dos meus pontos fortes, não posso negar.

Selina ficou sem palavras.

Eles conversaram no caminho de casa e continuaram com o treinamento à tarde.

Após um banho, Luke olhou para a casa de Jeff e dos novos vizinhos um pouco longe, pensativo.

Selina, que saiu do banho após um tempo, achou estranho: — Qual é o problema? Você ainda está pensando na mulher de vestido branco? Desista, ela tem marido.

Luke expressou impotente: — Tente lembrar de como os dois vizinhos se parecem de um ponto de vista profissional, okay?

Selina franziu a testa e pensou por um instante: — Nada se destaca tirando as pernas dela, não é? Talvez ela goste de esportes. Aquelas pernas musculosas não podem ser mantidas sem longo treinamento profissional. Porém, não são tão boas quanto as minhas.

Luke sorriu: — Isso mesmo, mas aqueles músculos são bons o bastante para a maioria dos movimentos táticos e combates, não acha?

Os olhos de Selina arregalaram: — Você está dizendo que eles são profissionais?

Por profissionais, ela estava se referindo a pessoas como eles — oficiais, soldados ou agentes.

Luke assentiu e ponderou por um momento: — Vamos ver o que o Jeff sabe dos novos vizinhos.

Como um homem de boa índole e um profissional de RH, além de sua esposa Karen e teorias da conspiração, Jeff conhecia mais que ninguém os vizinhos. Se não eles, era Meg e Danny, o casal problemático.

Selina assentiu: — Esta é a primeira vez que vamos visitar eles. Precisamos levar algum tipo de presente?

Luke respondeu: — Um pouco do seu bolo servirá. Vou pegar uma vasilha.

Selina hesitou: — Não podemos dar um artesanato ou algo assim? Seus modelos de arma servem, não acha?

— As gêmeas do Jeff ainda estão no ensino médio. Você acha apropriado dar modelos de arma? — Luke revirou os olhos.

Além disso, aqueles modelos eram produtos experimentais que Luke fez com as habilidades de Tony Stark. Era impossível ele dar elas.

— Tudo bem, vou compensar você com um enorme banquete no jantar, tá? — cedeu Luke.

— Feito. — A atitude de Selina mudou imediatamente.

Luke ficou sem palavras, sentindo que perdeu esta rodada.

Dez minutos depois, pressionaram a campainha de Jeff.

Um momento depois, houve um vago som de Karen divagando: — Ah, por favor, sentem-se. Muitos dos nossos vizinhos costumam nos visitar. Sintam-se em casa… ah, é vocês?

Olhando para Karen, cuja boca estava arregalada, como se estivesse perplexa, Luke sorriu: — Boa tarde, Karen. Já faz muito tempo que não nos encontramos com Jeff. Espero que não estejamos interrompendo nada?

Vol. 2 Cap. 407 Conversa Tripla e Cena Estranha

Karen se recompôs após o choque e balançou rapidamente a cabeça: — Não, não. Os novos vizinhos também estão nos visitando. Eles estão na sala de estar.

Luke ficou atordoado por um momento: — Os novos vizinhos? Estamos interrompendo?

Karen balançou a cabeça de novo: — Não, entrem. Vocês podem se conhecer também.

De qualquer forma, vocês são como eles. Esta é a primeira vez que vocês vêm nos visitar após morar aqui por tanto tempo. Repreendendo-os em seu coração, a dona de casa os deixou entrar.

Selina entregou o bolo: — Desculpe vir sem avisar. Trouxemos bolo caseiro para você e o Jeff.

Karen aceitou com um sorriso e os três foram à sala de estar juntos.

Na sala de estar, Jeff se levantou para cumprimentá-los: — O que traz você aqui, Luke?

Luke respondeu com um sorriso: — Boa tarde, Jeff. Queria conversar com você, já que faz muito tempo. Aconteceu que saímos do trabalho mais cedo hoje, então viemos aqui. Estes dois são… — Seu olhar mudou para o casal, que estava ali.

Estendendo a mão, Jeff falou calorosamente para os dois, que permaneceram no sofá: — Deixe-me introduzir vocês. Estes são Luke e Selina. Eles são nossos vizinhos do cento e oito do lado oeste da vizinhança.

Ele então falou para Luke com um sorriso: — Este é o Tim e a Natalie. Eles são os novos vizinhos. Eles acabaram de comprar a casa da Meg.

O casal o cumprimentou e também apertou a mão de Selina antes de sentarem.

Interessantemente, Selina e o casal apertaram a mão esquerda.

Foi Luke que deliberadamente estendeu a mão direita primeiro, e como Tim era canhoto, parecia um pequeno erro. Luke simplesmente sorriu e trocou para a mão esquerda.

Na sala de estar, Tim e Natalie sentaram diante de Jeff e Karen, enquanto Luke e Selina estavam no sofá lateral.

Como dois detetives experientes, Luke e Selina ficaram à vontade e davam comentários casuais sem o menor indício de estranheza.

Jeff e Karen, por outro lado, estavam se esforçando para pensar em coisas do que conversar, e Luke e Selina conseguiam sentir como alguns tópicos eram estranhos.

Não era que Jeff e Karen fossem ruins de conversa… foi só que as pessoas com quem estavam conversando davam uma sensação de muita sofisticação.

Os dois novos vizinhos eram a mulher no vestido branco e seu marido. Pelo menos, foram assim que se introduziram.

Tim estava bem. Este homem de meia-idade usava roupas casuais. Embora bonito, não era exatamente deslumbrante.

Natalie, por outro lado, trocou de roupas.

A saia branca longa cobria suas pernas fascinantes, mas aqueles calcanhares deslumbrantes ainda estavam em exibição.

Ela também usava um blazer branco que não estava abotoado, revelando a camisa justa e decotada por baixo, bem como os dois montes magníficos sob sua camisa.

Luke olhou subconscientemente para Selina. Felizmente eles não estavam em desvantagem total. Pelo menos, os seios de Selina eram maiores.

Enquanto conversavam, Luke aprendeu que o casal tinha empregos extravagantes.

Tim era um escritor de viagens, embora se descrevesse mais comum aventureiro.

Natalie era uma blogueira de comida e seguiria seu marido de vez em quando pelo mundo para experimentar comida gourmet e então faria sua própria comida com um sabor local.

Estes empregos soavam muito mais impressionantes que designer de interiores e RH.

Quanto a Luke e Selina? Ainda se chamavam de freelancers.

Natalie perguntou mais: — É mesmo? Estamos no mesmo ramo?

Luke achou engraçado: — Não, não sou muito de cozinhar. Na verdade, sou melhor no jiu-jitsu brasileiro. Não é muito popular.

Natalie ficou atordoada por um momento: — Jiu-jitsu brasileiro? Acho que o Tim falou sobre isto antes. — Ela então deu uma olhada em seu marido com seu queixo e olhos charmosos.

Tim sorriu: — Estive no Brasil, mas nunca visitei um clube de jiu-jitsu. Hm, foi criado pelos japoneses?

Luke ergueu a sobrancelha e sorriu: — Se considerarmos a história, é provavelmente baseado em habilidades de combate da China Antiga.

Tim e Natalie: — …

Jeff e Karen: — …

Luke, com muita delicadeza, abandonou o assunto e falou a Jeff: — Que tal um churrasco em nossa casa esta noite? Foi ótimo da última vez.

Jeff assentiu e balançou imediatamente a cabeça: — Você pode estar ocupado demais para saber, mas a comunidade vai realizar um pequeno festival de bebida às seis, e será no nosso quintal. A maioria dos vizinhos vai comparecer. Bem, menos vocês dois, que não sabem.

Luke olhou para Selina.

Ela parecia intrigada: — Eu não recebi nada.

Jeff e Karen pareceram envergonhados, antes de Karen falar com franqueza: — Na verdade, queria avisar alguns dias atrás, mas a Meg… Meg falou que mal vê vocês dois, talvez porque são ocupados demais, então…

Luke e Selina entenderam.

Claramente, Meg estava com raiva por Selina não a respeitar e simplesmente recorreu a este tipo de mentira nojenta. Se Luke e Selina não tivessem vindo à casa de Jeff hoje, teriam perdido muitas reuniões da vizinhança, o que seria… fantástico. Porém, se fossem ou não, era com eles e o truque dissimulado de Meg foi irritante de verdade.

Luke sorriu: — Tudo bem, vamos ir. Tem algo que precisamos fazer? Temos que levar nossa bebida?

Jeff sorriu: — Não, não, não. Fornecerei bebidas para a festa. É artesanal e garanto que é ótima. Selina, seria possível trazer um ou dois pratos, ou alguma sobremesa? Como o bolo, isso seria ótimo.

Selina ficou sem palavras. Você quer que eu prepare alguns pratos? Que tal macarrão instantâneo? Posso até levar uma caixa.

Luke, porém, simplesmente assentiu com um sorriso: — Sem problemas. Voltaremos para nos preparar.

Natalie interferiu: — Essa festa parece divertida. Podemos ir também?

Jeff assentiu rapidamente: — É claro, vocês são parte da comunidade. De qualquer forma, a festa será no nosso quintal.

Vendo que iam conversar por mais um tempo, Luke se levantou: — Jeff, Karen, Selina precisa voltar para cozinhar. Já são quase cinco e podemos chegar tarde se não formos. Voltaremos depois.

Vol. 2 Cap. 408 Prato Especial e Ativos Indisfarçados

Jeff e Karen se levantaram e se despediram de Luke e Selina.

Os novos vizinhos também disseram adeus, mas não saíram com eles.

Após Luke e Selina saírem, eles retornaram para casa.

Luke lavou as mãos e começou a cozinhar.

Os pratos que Selina pediu para fazer só podiam ser cozinhados por ele. Afinal, Selina era melhor em comer.

A comida feita por ela era muito inferior.

Citado pela própria, o que ela fazia era lavagem que nunca comeria.

Naturalmente, não havia nada que Luke pudesse dizer sobre alguém que tinha coragem de reconhecer suas falhas.

Ele pegou um frango mendigo {frango mendigo é uma receita, não é um frango de rua não kkkk} que já havia preparado da geladeira. Depois, colocou o temporizador no forno e aguardou aquecer.

Selina também estava na cozinha. Escorada na parede, falou: — Eles são realmente estranhos. Você os testou quando os cumprimentou, não é? Mesmo que a Natalie seja mulher e canhota, a mão ainda era áspera. Porém, talvez seja porque ela cozinha muito?

Luke deu de ombros: — Nenhum deles é canhoto e não havia nenhuma marca notável em suas mãos. Contudo, a forma da mão do Sr. Tim sugere que ele treina boxe profissional com frequência. Ele é um escritor, não boxeador. A menos que seja um fã ávido de boxe, poucas pessoas ricas teriam mãos assim.

Selina exclamou: — Você conseguiu ver até isso? — Ela se sentiu impotente.

Ela era observadora, mas não notou nada de incomum sobre os punhos de Tim. Afinal, Tim foi atento e manteve as mãos numa posição que era difícil de observar.

O que Luke não disse foi que seus olhos eram afiados o bastante para detectar calos nas mãos direitas do casal que foram causadas por uso constante de armas.

Embora tivessem as coberto, e Natalie tivesse cuidado especial com as mãos — talvez devido a uma vaidade feminina — Luke ainda conseguiu ver traços delas.

Segundo, embora o cheiro de óleo de arma e pólvora não fosse pesado, sugeria que haviam disparado armas fazia poucos dias.

Havia muitas pessoas que gostavam de brincar com armas, não necessariamente significava que eram todos criminosos.

Entretanto, era bem interessante que um marido e esposa, um escritor e uma blogueira culinária, gostassem de brincar de armas.

Pensando por um momento, Selina notou outro ponto suspeito. “Um homem que treina boxe profissional não conhece jiu-jitsu brasileiro?”

Luke riu: — Ele estava fingindo ser um amador quando falou que o jiu-jitsu brasileiro foi inventado pelos japoneses.

Portanto, Luke também falou besteira e disse que o jiu-jitsu brasileiro se originava da China.

Ele podia falar baboseira também se precisasse!

Selina também percebeu isto e estalou a língua: — Aqueles dois são muito bons. Quando estavam descrevendo suas experiências, quase fiquei convencida que eram um escritor e uma blogueira.

Luke assentiu: — Então por que estão se aproximando do Jeff?

Selina pensou por um momento antes de responder: — É por causa do trabalho dele? Ele trabalha na Mcwell Boon Inc., uma grande companhia aeroespacial com projetos que envolvem vários tipos de mísseis e jatos de combate.

Luke assentiu: — Também acho que é isso. Não acho que alguém estaria na designer de interiores Karen.

Selina sugeriu: — Então… devemos ficar de olho nos dois?

Ponderando por um momento, Luke balançou a cabeça: — Eles são profissionais. Vamos ter cuidado. Seria melhor ficar de olho em nosso bom vizinho Jeff.

Selina: — Isso é diferente.

Luke retrucou solenemente: — É claro que é diferente. Jeff é nosso vizinho e devemos cuidar dele.

Selina olhou para ele: — É porque é mais fácil monitorar a casa do Jeff, não é?

Luke: — O que você falou é verdade. Lembre-se de trabalhar comigo mais tarde.

Selina bufou: — Tch, não é como se fosse instalar uma câmera no banheiro do Jeff. Será tão difícil assim?

Luke foi incapaz de responder.

Realmente seria muito fácil colocar câmeras fora da casa de Jeff nesta vizinhança comum.

Enquanto conversavam, Luke colocou os dois frangos mendigos no forno. Vendo que Selina ainda estava parada, ele a lembrou: — Esta vai ser a primeira reunião da comunidade que vamos comparecer. Você tem certeza de que vai vestir isso?

Selina bateu na testa: — Isso mesmo. Meg definitivamente falará merda. Preciso encontrar algo apropriado. — Ela então foi ao quarto.

Los Angeles já estava quente em abril. Estava seco sem chuva e podia ser muito quente à tarde.

Selina logo saiu numa nova roupa e girou na frente de Luke, que estava testando as câmeras: — Que tal este?

Luke levantou a cabeça, só para ver que ela estava usando um vestido vermelho e preto até a canela que ressaltava sua figura. Ele balançou rapidamente a cabeça: — Você quer que aquelas esposas sintam inveja de você? Quantas delas ousariam mostrar suas pernas e cintura? Use algo mais discreto se não quiser se tornar uma inimiga pública.

Selina olhou para seus peitos, sombria: — Mas certos ativos não podem ser cobertos independente do motivo, certo?

Luke não podia concordar mais, só que ainda falou: — Tente cobri-los um pouco. Você ainda ficará linda. Seja boazinha e vá se trocar. — Se ela saísse assim, seria uma chatice quando um bando de velhos a cantasse mais tarde!

Selina só podia colocar uma calça capri e uma camisa de seda branca limpa e prática, mas não diminuía sua beleza: — E quanto a este?

Luke assentiu: — Perfeito. Vamos lá. Não esqueça de levar sua especialidade.

Selina olhou para ele e foi até a cozinha empacotar sua “especialidade” num recipiente de comida, antes de ir direto ao jardim de Jeff.

Era dez para as seis, e muitas pessoas chegaram.

Segundo Jeff, a maioria dos vizinhos estava, enquanto alguns eram colegas. Danny, esposa de Meg, também era colega de Jeff, exceto que ele estava trabalhando no departamento de P&D da Mcwell Bonn Inc. Jeff tinha bastante amigos e as pessoas na festa iam de homens de meia-idade na casa dos quarenta e estagiários na casa dos vinte.

Alguns também levaram seus filhos, que deixou o quintal ainda mais animado.

O quintal de Jeff era uma área comum compartilhada com outros dois que também estavam na festa. Era levemente espaçoso, então não estava muito lotado.

Olhando para os velhos vizinhos desconhecidos, Luke achou interessante.

Alguns deles, principalmente os de meia-idade, usavam camisas e shorts grandes, alguns até estavam de chinelo.

Não parecia muito educado, mas não se importavam e ninguém os criticava.

Os mais jovens estavam usando roupas mais formais. Eles eram os jovens colegas de trabalho da empresa de Jeff e não estavam habituados como seus veteranos.

Contudo, também havia alguns que se deixaram levar completamente após o trabalho e usavam estilos individualistas e da última moda.

Vol. 2 Cap. 409 Não é só Frango Assado? Oh, Que Delícia!

Por exemplo, uma jovem estava usando jeans muito longo, que só cobria metade das pernas.

O resto estava exposto através de muitas lacunas horizontais.

Luke lembrou que tinha algo similar na vida anterior e sua mãe costurou os buracos no dia seguinte com remendos fofos do Mickey.

Ele só podia dizer que sua mãe se importava muito e poderia ter se preocupado de que ele pegaria um resfriado.

Luke e Selina caminharam pela festa. Eles não precisavam cumprimentar ninguém, já que nem os conheciam.

Selina encontrou Karen e levou os recipientes de comida até a mesa.

Colocando “seu” frango mendigo na longa mesa para as outras pessoas comerem, Selina olhou para os outros pratos.

A primeira coisa que viu foi o prato no centro da mesa. Uma plaquinha dizia: peixe frito com raspas de limão e gengibre.

O que era isso? Selina olhou atordoada.

Ela era uma gulosa, e Luke fazia todos os tipos de comida, mas dificilmente fazia peixe assado.

Além disso, Luke normalmente cozinhava pratos chineses e Selina nunca ouviu falar de peixe frito com raspas de limão e gengibre. Porém, a apresentação foi o bastante para fazê-la salivar.

Este peixe era claramente a joia da mesa. Ninguém tocou ainda, porque parecia lindo demais.

Notando o olhar de Selina, Karen explicou: — Esse é o prato da Natalie, a nova vizinha. Não é lindo?

Natalie era realmente uma blogueira culinária?

Selina rejeitou imediatamente a ideia. Afinal, Luke falou para todos que ela que fez o frango e bolos, mas ela fez? Obviamente não.

Karen não notou a expressão de Selina. Ela ficou muito curiosa sobre o frango: — O que é isto? Frango assado?

Selina sorriu: — Mais ou menos, é um estilo chinês e o sabor é diferente.

Karen ficou chocada: — Você sabe fazer comida chinesa?

A maioria dos pratos chineses eram complicados, então poucas pessoas os cozinhavam.

Karen olhou para as salsichas alemãs na grelha não muito longe e sentiu que a comida que preparou era um pouco primitiva.

Na verdade, havia poucos pratos na mesa que pudessem ofuscar o peixe frito com raspas de limão e gengibre, sem falar nas salsichas e carne de churrasco fornecidas por Jeff e Karen.

Segundo era o frango mendigo, que era extraordinário.

Por diversão, Luke foi até Chinatown arranjar folhas de lótus e as amarrou num barbante áspero.

Embora o frango mendigo não pudesse se comparar com o prato autêntico na China, sua presença era muito impressionante.

Era como alguns chocolates envolvidos em folha de ouro para deixá-los mais extravagantes, embora folha de ouro não fosse comestível.

O barbante de folhas de lótus era diferente. Uma vez que o frango mendigo fosse aberto, sua fragrância inebriante explodiria.

Sentindo o cheiro, Karen ficou com fome.

Ela estava ocupada demais entretendo os convidados para comer algo.

Como uma dona de casa de meia-idade carnuda, ela tinha suas próprias preferências de comida.

Selina não considerou grande coisa. Na primeira vez que comeu frango mendigo, seu comportamento foi mais exagerado.

Ela cortou rapidamente as pernas do frango com uma faca de cozinha e retirou os ossos.

Colocando-os num prato, ela falou para Karen num tom baixo: — É melhor comer o frango quando está quente e ninguém por perto, ou a única coisa que comerá depois é a bunda.

Karen aceitou o prato atordoada e viu Selina a ajudar.

Ela engoliu saliva e rapidamente pegou um pedaço de carne no garfo.

Quando colocou na boca, descobriu que era macia e suave e tinha um leve gosto de vinho. Não era difícil de mastigar como uma galinha normal. Ela gostou do sabor da carne também.

É claro, Luke modificou deliberadamente a receita e acrescentou um elemento doce, pois muitos americanos gostavam de comida com sabor agridoce.

Enquanto comiam, uma mulher falou de repente por trás: — Olá, vizinhas.

Selina revirou os olhos quando ouviu a voz. Rapidamente enfiando o frango na boca, falou: — Ah, Karen, preciso atender esta ligação.

Então, saiu, como se nem tivesse ouvido o cumprimento.

A boca de Karen ainda estava meio cheia com galinha. Ela olhou para Selina e se virou com um sorriso estranho: — Ah, Meg, você está aqui.

Rangendo os dentes, Meg encarou Selina enquanto murmurava: — Estes jovens são muito rudes. Ela só sabe vir e comer de graça.

Karen soluçou: — Meg, estamos experimentando a comida da Selina.

Ela enfatizou levemente a última sentença como um lembrete.

Atordoada, Meg olhou para o frango mendigo que estava sem pernas: — Não é apenas frango assado? Você pode dizer que ela só estava seguindo uma receita, não é nada de mais.

Engolindo a carne macia e suave, Karen não pôde deixar de retrucar: — Na verdade, é frango assado no estilo chinês feito de uma maneira especial.

Meg engasgou, mas manteve o desdém: — Deve ter sabor estranho.

Karen desistiu de tentar dizer algo, mas não acenaria obedientemente e concordaria com a baboseira: — Bem, pelo menos ela tentou.

Dizendo isso, deu uma olhada na salada de vegetais no canto da mesa.

Esse foi precisamente o “prato especial” que Meg preparou.

Entretanto, todos os ingredientes da salada, bem como a tigela de vidro, eram da casa de Karen. A “generosidade” de Meg era tocante. Ninguém poderia argumentar com ela quando falasse que não conseguiu trazer nada agora que sua casa foi vendida.

Enquanto conversavam, Karen cortou rapidamente uma asa do frango e colocou no seu prato.

Meg planejava fazer comentários sarcásticos sobre as roupas de Selina, mas vendo que ela estava usando algo comum, só podia calar a boca.

Quando viu Karen comer a asa de frango, ficou com mais raiva.

Ela agarrou um prato e cortou uma asa de frango: — Vamos ver quão ruim é o sabor deste frango.

Apesar disso, ela estava um pouco suspeita… O frango tinha um cheiro ótimo.

Após morder a asa de frango, Meg não pôde deixar de suspirar: — Oh, que delícia.

Karen: — …

Vol. 2 Cap. 410 Dardos e Garfos

Meg mastigou rapidamente, e quando viu a expressão complicada de Karen, ficou um pouco envergonhada: — Acho… que este frango é mais ou menos.

Você pode parar de encher o bucho antes de dizer isso? Karen zombou internamente quando olhou para os lábios oleados de Meg.

Sentindo-se humilhada, Meg mudou apressadamente de assunto: — Na verdade, hm, este peixe parece muito melhor que o frango assado.

Karen ficou sem palavras: — Natalie que fez.

O frango na boca de Meg instantaneamente não ficou mais tão gostoso.

Ela olhou para Natalie, que estava conversando com um grupo de donas de casa.

Quando chegou pela primeira vez na vizinhança, ela usava um vestido branco simples.

Quando visitou a casa de Jeff, mudou para um terno branco e saia até os joelhos.

Agora, Natalie estava usando um vestido branco simples e elegante sem costas que expunha as belas curvas de suas costas.

— Uau, qual é. Quero dizer, quem usaria algo assim num churrasco? — Meg falou com retidão: — Quero dizer, tem crianças aqui.

Karen não pôde deixar de intervir: — Meg só está usando um vestido de verão. Embora seja um pouco curto, é muito elegante e atraente… — Ela também ficou com inveja.

Não era apenas o vestido que era lindo, também ressaltava os ativos da pessoa o usando.

O que aconteceria se alguém usasse o mesmo vestido, como… Meg?

Karen olhou para a mulher ao lado, que usava um vestido xadrez branco, vermelho e azul que parecia velho e sem graça.

Não era à toa que Meg ficasse com tanta inveja e dissesse coisas pelas costas de Natalie.

Meg continuou depreciando Natalie: — Isso mesmo, é muito vulgar!

Naquele momento, sua expressão mudou: — Droga. O que o Danny está fazendo? Vou checar seu celular depois! Se ele ousar tirar fotos da bunda dela, enquanto finge enviar e-mails, nunca mais farei um boquete nele!

Karen ficou sem palavras. Você pode não trazer seus problemas pessoais na minha frente? Você não tem respeito pela própria privacidade agora?

Do outro lado, Selina pegou duas salsichas alemãs quando passou pela grelha e as colocou no prato.

Mordendo uma, estalou os lábios e comentou: — Nada mal, mas não tem sabor muito alemão.

Ela caminhou até onde Sr. Tim estava no centro da atenção em um círculo.

Este escritor de viagem estava tagarelando sobre sua viagem mortal no deserto: — … Sabe, eu estava planejando escrever uma carta de despedida para Natalie? Porém, um camelo apareceu na minha frente, foi aquele que resgatei três anos antes.

Todos ofegaram de surpresa e Jeff perguntou tolamente: — E ainda lembrava de você?

Tim riu e deu um tapinha no ombro de Jeff: — Não, Jeff. É apenas um animal e não é tão esperto. Porém, montei nas costas dele e sobrevivi ao chegar na cidade. — Todos riram. Jeff ficou levemente constrangido, mas também riu.

Jeff, legal como sempre! Selina balançou a cabeça com um sorriso e ergueu o prato: — Peguei uma para você. Não precisa me agradecer.

Ela não precisou se virar para saber que Luke estava atrás dela.

Luke agarrou a salsicha alemã no prato com um garfo e mastigou, antes de comentar: — Hm, sabor padrão americano.

Selina ficou sem palavras: — … É uma salsicha alemã, tá?

Atordoado, Luke mordeu a salsicha de novo para confirmar que não estava errado: — Tudo bem. Os sapatos da Nike fabricados na China podem ser considerados um produto americano? — Eles pararam de ouvir a tagarelice de Tim e saíram do círculo.

— Terminou? — perguntou Selina.

Luke assentiu: — Mamão com açúcar. E quanto a você?

Selina falou: — Nada de especial, exceto que a Meg está fofocando pelas costas das outras pessoas de novo.

Luke comentou: — Seria estranho se ela não estivesse, não é?

Selina não podia discutir contra isso.

Eles caminharam até outro grupo, onde um jogo de dardos estava acontecendo.

Danny, marido de Meg, estava falando: — Você viu isso? Essa é a Técnica Clifton que inventei. Usei para vencer a competição de dardos da comunidade cinco vezes seguidas.

Selina não pôde deixar de murmurar: — Uau. Ele é ainda mais nariz empinado que sua esposa.

Luke riu e sussurrou: — Se houvesse um campo de tiro aqui, teríamos vencido cinco vezes seguidas também.

Do outro lado, Danny já estava se exibindo para Natalie e dizendo para ela tentar.

Luke e Selina viram Natalie assumir uma postura novata e parecia estar tendo dificuldade para mirar no alvo, enquanto Danny tinha um sorriso irônico.

No momento seguinte, Natalie falou com um sorriso: —Não consigo usar esta técnica. Vou usar a que estou mais acostumada.

Ela então se endireitou e segurou o dardo.

Swoosh!

O dardo atingiu em cheio.

Swoosh! Swoosh!

Mais dois dardos acertaram no alvo. Eles estavam usando a regra dos 101 para jogar, que era uma versão simplificada do jogo oficial.

Cada rodada consistia em três arremessos de dardo, sendo aquele que pontuar 101 pontos primeiro venceria.

O centro do alvo valia 50 pontos, e atingir três vezes significava 150 pontos. Natalie venceu esta rodada.

Ela definitivamente era uma profissional.

— Parece que não preciso aprender sua técnica agora. — Natalie exibiu um sorriso brilhante e saiu.

Danny, o careca de meia-idade, foi caçoado pelos seus colegas: — Haha, Danny, tá bem aí?

— Cala a boca, Olen. — Ele então viu Selina, e seus olhos brilharam: — Selina, quer jogar?

Selina bufou: — Dardos? Nunca joguei antes.

Danny disse: — Posso te ensinar!

Selina riu. Então, agarrou o garfo do prato de Luke e arremessou.

Swoosh!

Todos os homens ficaram em silêncio quando o garfo atingiu o centro do alvo.

Selina sorriu: — Não parece muito difícil. Vão em frente.

Os homens se entreolharam atordoados enquanto Selina saia casualmente.

Luke se aproximou com um sorriso e arrancou o garfo do alvo: — Desculpe por isso, vocês ainda devem conseguir usar o alvo.

Quando saiu, ele ouviu os colegas de Danny zombarem dele de novo.

— Danny, você é o terceiro colocado na comunidade agora. Acho melhor praticar mais sua Técnica Clifton!

— Cai fora!

Luke se juntou a Selina.

Enquanto caminhavam, Selina falou baixinho: — Ela era muito boa com dardos.

Luke achou engraçado: — Você foi muito boa com o garfo. Porém, por favor, não joguem seu garfo da próxima vez, tá?

Selina deu de ombros: — Mas aquele cara é tão irritante quanto sua esposa. Verdade, Natalie é muito boa na culinária. Ela cozinhou um peixe que nunca vi antes. Parece muito apetitoso.

Luke perguntou curiosamente: — Onde está?

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