Vol. 2 Cap. 481 “Assassino” Lunático

Quando mudou de direção, Luke gesticulou para Margaret ultrapassá-lo. A diminuição repentina na velocidade por fazer a curva acentuada diminuiu a distância entre o barco de Luke e os outros três.

Um momento depois, o iate de Margaret passou por ele e fugiu.

Luke acelerou lentamente e bloqueou a lancha atrás.

Com uma mão no volante, Luke pegou a Glock com a outra.

Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!

Uma série de disparos ressoou e o para-brisa da lancha foi esburacada.

Ao mesmo tempo, o timoneiro e a pessoa ao lado colapsaram.

O timoneiro caiu sobre os controles, fazendo a lancha mudar de direção acentuadamente.

Então, como se fosse um filme, um lado da lancha inclinou para cima e virou abruptamente no ar, rolando várias vezes até quebrar em pedaços.

As quatro pessoas no barco foram lançadas como bonecas e atingiram a superfície do mar com força antes de afundarem lentamente.

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Mate os membros da gangue e resgate as irmãs Cohen.

Concluído

Experiência Total: 200

Crédito Total: 200

Taxa de Contribuição: 90%

EXP +180

Crédito +180

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Luke ergueu a sobrancelha.

Ele tinha certeza de que não havia matado as pessoas erradas. Só aconteceu que recentemente leu os arquivos das duas pessoas na lancha: eles eram membros importantes da Black Bones, uma gangue que estava tramando contra ele.

No entanto, ele definitivamente nunca viu o cara na lancha atrás dele.

Guardando a arma no coldre, estreitou os olhos e observou o estranho.

A lancha acelerou ao redor dele num círculo irregular enquanto a pessoa embarcada gritava: — Haha, parceiro, de onde você é? Está numa missão também?

Luke averiguou as roupas do homem.

Ele estava usando uma camisa havaiana verde-queijo fora da moda, um par de shorts jeans gasto que revelava suas pernas cabeludas e um par de crocs.

Isso mesmo, ele estava usando um tipo de sandália de plástico que levava menos de meia hora para espalhar o odor fedorento do pé.

O homem também usava óculos escuro e uma grande máscara facial. Na máscara estava uma mulher pelada curvilínea cujas pernas estavam abertas na forma de um M.

Numa primeira olhada, a pessoa pensaria que as duas pernas da mulher pelada eram sua barba.

Enquanto Luke o observava, o estranho circulou o barco de Luke e continuou: — Uau, você trouxe uma garota linda. Ela é tão gata. Mulher bonita, quer andar na minha lancha? É muito rápida.

Selina perguntou: — Posso atirar nele?

Luke respondeu: — Não precisa, garanto que vou expulsá-lo imediatamente.

O cara mascarado aparentemente tinha boa audição e sorriu quando ouviu aquilo: — Improvável. Sou inigualável. Sou o assassino mais profissional. Você precisa dos meus serviços? Posso fazer de tudo enquanto pague, mas só pelo preço certo e nada menos…

Inexpressivo, Luke puxou a corrente com o distintivo: — LAPD! Agora, pare seu barco e deixe-nos te examinar, Sr. Assassino Mais Profissional.

A lancha virou abruptamente e o assassino mais profissional sorriu de novo, embora muito mais sucinto desta vez: — Ah, eu estava brincando. Na verdade, sou um ator. Você conhece o Ryan? O bonitão? Sou eu. Eu estava filmando uma cena agora mesmo. Nada bom, nossos dubles caíram na água. Preciso atracar e chamar ajuda. Bye bye…

Seguindo as divagações do homem, a lancha balançou de um lado para o outro enquanto fugia.

Selina perguntou: — … Ele é doido?

Após um breve silêncio, Luke respondeu: — Mesmo que seja, é durão. Da próxima vez que o ver, evite-o.

Durante a perseguição, este “assassino profissional” maluco demonstrou reflexos rápidos e uma enorme coragem.

Nem todos teriam coragem de seguir um barco numa distância de dez metros e 55 quilômetros.

Se tivesse cometido um erro, poderia ter colidido com a lancha.

Além disso, no momento que circulou o barco de Luke até finalmente fugir, o cara permaneceu vigilante e evitou a mão direita de Luke.

Claramente, não foi tão descuidado quanto aparentava.

Ele foi muito cauteloso com a habilidade de disparo de Luke.

Mais adiante, o barco de Margaret começou a desacelerar. Ele fez uma curva ampla e voltou até eles.

Luke falou para Selina: — Avise o departamento para coletarem os corpos.

Os quatro cadáveres surgiram na superfície de novo; seus membros torcidos os fizeram parecer com bonecas de pano jogadas por crianças.

Se fossem deixados aqui, poderia causar pânico aos turistas; então a equipe de inspeção e forense do departamento precisava limpar a bagunça.

Enquanto falava, Luke virou o volante e gesticulou para Margaret não muito longe.

Os dois barcos se aproximaram e pararam lentamente.

Luke saltou agilmente no barco dela: — Olá, que dia legal. Saiu para aproveitar o sol também?

Margaret expressou com um sorriso amargo: — Obrigada, Detetive Luke.

Luke levantou a mão: — Não precisa ser tão educada, você é amiga da Elsa. Apenas me chame por Luke. Isto é…

Ele olhou para a mulher atrás dela.

Aquela mulher também era loira, que estava amarrado num rabo de cavalo. Ela parecia similar a Margaret e também era muito atraente.

Porém, seu lindo rosto foi bloqueado parcialmente por óculos de aro preto, que lhe dava um ar estudioso. Ela parecia mais velha que Margaret, e não parecia ter mais de 25.

Margaret a introduziu: — Esta é minha prima, Haley Cohen. Ela é uma médica em psicologia.

Uma médica com menos de 25? Ou esta prima parece mais jovem do que realmente é, ou tem um QI extraordinário. Murmurando consigo internamente, Luke assentiu: — Olá, Srta. Cohen.

A doutora assentiu: — Me chame de Haley.

Luke concordou. — Okay, Haley. Pode me contar o que aconteceu?

Porém, se perguntou: Haley não fazia parte do nome da Margaret também? Nos arquivos que li antes, o sobrenome da Margaret era Cohen e mudou para Johnson após se casar com William.

Agora que William foi morto há vários meses, Margaret voltou ao sobrenome de solteira.

Então, as duas mulheres se chamavam Haley Cohen?

Selina apenas esticou a cabeça para cumprimentar as duas mulheres do outro lado e não embarcou.

Ela estava ocupada contatando o departamento para limpar esta bagunça e também precisava ficar de olho no Dollar. As questões foram deixadas para Luke.

No iate, foi principalmente a Prima Haley que falou, Margaret apenas interveio de vez em quando.

A situação era mais ou menos o que Luke imaginou.

O bando que veio procurar problemas e que estava perseguindo Margaret eram da gangue Black Bones.

Vol. 2 Cap. 482 Violação de Voracious e Barganha do Sr. W

As irmãs Cohen já estavam no iate por dois dias e não ousaram voltar para casa, que estava sendo observada.

Foi Haley que propôs se esconderem num barco por um tempo.

Porém, como foram rastreadas? Após fazer a pergunta, Luke podia dizer pela expressão estranha de Margaret que ela deu com a língua nos dentes e expôs sua localização.

Caso contrário, realmente não teria sido fácil para os membros da gangue as encontrarem em Los Angeles, esta cidade costeira que tinha na Praia de Santa Monica, um ponto turístico famoso mundialmente e com barcos demais para contar.

Luke não demorou muito fazendo as perguntas. Ele assentiu e se levantou: — Tudo bem, podemos abrir um caso agora. Afinal, quatro bandidos dispararam com armas automáticas. Isto definitivamente é algo que averiguaremos.

Margaret ficou confusa: — Acho que estavam usando pistolas… au… — Haley beliscou furtivamente no traseiro da sua prima idiota e falou: — Obrigada, Luke.

Luke fingiu não ouvir as palavras de Margaret e nem seu grito de dor.

Esta era a beldade loira idiota estereotipada.

Era mais fácil se comunicar com sua prima Haley, que entendeu tudo sem precisar indicar tudo.

Luke foi até a beira do barco antes de se virar de repente como se lembrasse de algo: — Vocês conhecem o homem de camisa verde?

Margaret estava prestes a responder, mas gritou quando sua bunda foi beliscada de novo.

Haley respondeu com um grande sorriso: — Seu rosto estava coberto. Não sabemos quem ele é.

Luke assentiu e parecia estar pensativo: — Isso é verdade; não se vê muitas pessoas de máscaras que ajudam outras pessoas sem pedir nada em troca.

Os lábios das garotas tremeram. Elas só podiam acenar em despedida.

Luke saltou de volta no próprio barco: — Quando as pessoas do departamento virão?

Selina respondeu: — Cerca de vinte minutos, principalmente porque o barco que precisam não chegou ainda. Você quer pegá-los?

Luke riu: — Nem pensar. Se buscarmos eles, não teríamos que levá-los até os corpos com este barco, que aluguei com meu próprio dinheiro? Okay, hora de pegar alguns raios de sol.

Selina ficou perplexa, mas rapidamente animada e entrou para se trocar.

Quando se tratava de vadiar, Luke sempre cumpria com a palavra.

Contanto que Elsa e Dustin não falassem nada, ele realmente não relaxaria até a hora de sair do trabalho.

Luke chamou Dollar: — Você lembra das regras que Selina falou? Não apareça ou fale aleatoriamente e não banque o espertão. Contanto que siga estas regras, você pode ir brincar sozinho.

— Tem algo para comer? — perguntou Dollar num tom extremamente baixo.

Luke ergueu a sobrancelha: — Tem, mas você agora não tem permissão para comer pela próxima hora, e só pode observar a Selina comer.

— Por quê? — A voz baixa ficou furiosa.

— Segunda violação — Luke falou sem pressa: — Agora é duas horas.

Voracious ficou desesperado. Droga, não teria falado se não tivesse me perguntado!

Porém, finalmente ficou esperto e não disse nada.

Luke esfregou a cabeça do cachorro com um sorriso: — Okay, Dollar, vá até a Selina.

Dollar saiu instantaneamente.

Do outro lado, as irmãs Cohen ainda estavam sussurrando entre si quando viram uma garota linda de biquíni surgir do barco próximo ao delas.

Vendo que era Selina, as duas ficaram atordoadas. O que ela estava fazendo?

Selina acenou para elas com um sorriso: — Haha, estamos tomando banho de sol enquanto esperamos pela equipe forense chegar. Nosso barco é pequeno, por isso não chamamos vocês.

As irmãs Cohen: — …

Um momento depois, viram Luke sair da cabine com uma vara de pesca e acenou para elas também. Elas ficaram ainda mais sem palavras. Então, vocês vieram para se divertir e só pegaram nosso caso de passagem?

Contudo, quando pensaram nisto cuidadosamente, descobriram que não tinham nada a dizer.

No momento que Luke apareceu, ele eliminou a lancha e agora precisava esperar a equipe de investigação limpar a bagunça; isto foi tudo por causa das duas.

Todavia, estas duas garotas não podiam ser tão livres quanto Luke e Selina.

Com os quatro corpos flutuando não muito longe, elas não queriam ficar mais do que precisavam.

Ligando o iate, elas se despediram dos dois e foram embora.

Quando o barco partiu, Haley, que estava dirigindo, se virou para olhar para Luke, como se estivesse pensativa. Ela então assentiu e seus lábios se curvaram; este detetive era bem interessante.

Seu celular tocou naquele momento.

Ela atendeu e um homem falou rapidamente: — Srta. Cohen, mesmo que eu não tenha matado aqueles criminosos, já concordamos antes de aceitar o trabalho que o pagamento não é reembolsável…

Hale o interrompeu: — Okay, entendi. Porém, isso não foi a extensão do trabalho, certo? Sr. W, ao invés de se preocupar se quero um reembolso, não deveria lidar com o resto o mais rápido possível?

O homem riu: — Contanto que não queira o reembolso, está tudo bem. Contudo, eu os bloqueei na operação hoje. Acha que pode me dar um bônus? Perdi uma das minhas sandálias e tenho que comprar um par novo…

Haley o interrompeu novamente: — Sr. W, cale a boca e faça seu trabalho, ou podemos começar a falar sobre um reembolso.

— Okay, okay, estou dentro, estou dentro. No entanto, se eu for limpo e organizado, pode me dar um bônus…

Haley revirou os olhos e simplesmente desligou.

Margaret perguntou: — Está realmente tudo bem alguém assim lidar com as coisas? Ouvi que mercenários não são boas pessoas.

Haley riu e esfregou a cabeça de Margaret: — Acha que sou tão idiota quanto você? Sim, ele não é uma boa pessoa, mas tem a melhor reputação nesse ramo. Por que mais pagaria ele antecipadamente? Ele pegou o meu dinheiro e se certificará de resolver as coisas.

Margaret afastou a mão dela com raiva: — Ei, não sou mais uma criança. Eu, eu já fui casada.

Haley balançou a cabeça impotente e suspirou: — Isto é o que querem dizer com “ignorância é uma bênção”, ou você só é azarada demais? — O casamento de Margaret e William foi uma farsa.

William realmente a amava e jamais contou ao seu docinho ingênuo sobre seus empreendimentos ocultos.

Após sua morte, Margaret herdou tudo. Ela tinha riqueza o bastante para durar pela vida, mas também atraiu a atenção de algumas gangues.

Entretanto, tudo isto terminaria logo e Haley descobriria uma maneira de esconder a identidade da sua prima idiota e fazê-la desaparecer da vista das gangues de Los Angeles. Tudo que restava ver era se o Sr. W era tão bom quanto os rumores diziam.

Quanto a Luke e Selina, ela não pensou demais neles.

Se Margaret não tivesse insistido em pedir ajuda de Elsa, Haley não teria perdido tempo os cumprimentando.

Era realmente impossível dois pequenos detetives lidarem com aquelas gangues cruéis e gananciosas por dinheiro.

Caso contrário, LA não contrataria tantos policiais e a lei e ordem não estaria deteriorando dia após dia.

Vol. 2 Cap. 483 Voracious é Difícil de Enganar e é um Tagarela

Do outro lado, Selina tinha uma enorme quantidade de comida deliciosa ao lado enquanto se aquecia no sol.

Melhor ainda, a cabeça de cachorro alienígena Voracious não podia roubar nada pelas próximas duas horas como punição.

Luke estava sentado na plataforma de pesca nos fundos com as pernas cruzadas. Completamente contente, segurava um tablet e olhava para a vara ocasionalmente.

Quando não conseguiu arrancar a comida de Selina, Dollar correu para os fundos e deitou obedientemente perto de Luke. De repente, arranhou as calças dele enquanto olhava para a linha de pesca.

Luke nem se incomodou em olhar. Ele agarrou a vara e puxou sem a menor sutileza e um peixe veio voando para pousar diretamente em seu pé.

O Reflexo Rápido com Trabalho de Corda Básico era praticamente trapaça.

Dollar foi rápido o bastante para pressionar o peixe com uma pata e começou a choramingar.

Luke ficou confuso quando viu a expressão do cachorro: — Você quer?

Dollar continuou choramingando.

Luke achou engraçado: — Tudo bem, pode comer o peixe, mas tem certeza de que consegue digerir?

Dollar abriu sua bocona.

O peixe de vinte centímetros desapareceu na boca grande.

Um momento depois, um anzol vazio foi cuspido.

Luke colocou a mão na testa: — Certo, você é esperto, tudo bem?

Ele só estava provocando Voracious; se não fizesse algo que um cão não faria, ele não daria outra lição.

Pelo bem da comida, no entanto, este cara se lembrava claramente das regras.

Só precisava usar os olhos negros de Dollar e o choramingo para expressão que queria comer, que era a reação normal de um cachorro.

— As espinhas de peixe não são um problema? — Luke ainda ficou um pouco preocupado.

Porém, olhando para a expressão fofa de Dollar, ele suspirou impotente: — Tudo bem, não haverá problemas enquanto permanecer quieto, entendeu?

Dollar deitou resolutamente e não olhou mais para ele.

Luke coçou a cabeça. Este sujeito aprendia rápido; era muito mais difícil de enganar que Selina!

Por que um glutão seria tão esperto quando comida estava envolvida?

Luke provocou a cabeça de cachorro alienígena com um peixe de vez em quando antes de deixá-lo comer, e quarenta minutos passaram assim até a equipe forense chegar.

Luke achou engraçado quando os viu: — Ei, Benny, Gitte, não estão atrasados?

— Nosso barco chegou tarde. Não é como se pudéssemos nadar até aqui, tudo bem? — retrucou Gitte.

Eles olharam para Selina tomando banho de sol de biquíni na proa frontal e Luke de camisa havaiana e shorts nos fundos, e a inveja familiar elevou em seus corações.

Benny não pôde deixar de perguntar: — Ei, por que vocês dois sempre conseguem encontrar novas diversões sempre que nos vemos? Vocês não estão trabalhando no mesmo caso?

Gitte assentiu: — Isso mesmo. Vocês também estavam aproveitando o sol da última vez, e desta, até tem um barco. Vocês querem nos matar de inveja? Não vemos o sol na maior parte do tempo no departamento forense; acho que cogumelos estão crescendo no meu cabelo.

Estes dois eram os velhos conhecidos que fizeram hora extra com Luke e Selina no caso do cadáver feminino na praia.

Ouvindo isso, Luke respondeu com um sorriso: — Não quero isto também. Saímos para nos divertir, mas encontramos aqueles atiradores. Não é como se pudesse deixá-los atirar na gente, certo?

Os dois cientistas forenses reviraram os olhos.

Como os cientistas forenses e os coletores profissionais, o número de corpos de criminosos que passaram por suas mãos graças a Luke estava na casa dos dois dígitos.

Eles estavam cientes da capacidade de combate de Luke, tal como no assalto do Plaza Nakatomi.

Embora a LAPD nunca tivesse admitido que o detetive que resolveu o caso de roubo era um dos seus, os dois cientistas forenses não eram idiotas.

Considerando a capacidade de combate de Luke e a velocidade que entregava corpos ao departamento forense, a resposta era óbvia.

É claro, não diriam nada a mais ninguém.

Não era necessariamente uma coisa boa saber os segredos deste tipo de pessoa. Se os cúmplices da gangue aprendessem que algum cientista forense poderia saber a verdadeira identidade de um detetive irritante, poderiam passar parra ter uma conversinha.

Quem iria saber se os criminosos os soltariam mesmo após confessar tudo.

Afinal de contas, a maioria dos gângsters que Luke matou eram brutais.

Após alguma conversa, os dois cientistas foram trabalhar.

Olhando para os quatro corpos boiando, Benny perguntou: — Faz quanto tempo que estão na água?

Luke não pensou demais: — Cerca de uma hora.

Benny e Gitte suaram frio: — Tudo bem, parece que não precisamos tentar salvá-los.

Luke curvou os lábios.

Salvá-los? O único motivo de não atirar neles foi porque o sistema notificou que estavam mortos.

Ele recebeu uma tarefa e certamente precisava realizá-la bem.

Estas pessoas que estavam de olho na Margaret precisavam morrer.

Benny e Gitte só trabalharam por meia hora antes de terminarem e voltarem.

Além dos quatro corpos, o barco já havia quebrado e afundado no fundo do oceano; era impossível salvá-lo.

Luke também deu os detalhes do caso. Tudo que precisavam confirmar era que as balas que mataram os dois criminosos eram da sua arma.

Quando se tratava de Luke, os superiores já haviam falado mais cedo para não se aprofundar demais nos seus casos.

Na verdade, a Corregedoria quis investigar os casos de Luke várias vezes.

Havia muita suspeita na Corregedoria de Luke usando força excessiva e abuso de poder.

Porém, não podiam realizar uma investigação.

Eles encontraram resistência de Elsa e Dustin, que, como superiores diretos de Luke, se opuseram fortemente a investigar por um simples motivo.

A equipe de Luke era a mais eficiente em resolver casos na Divisão de Crimes Graves de Westside.

E mesmo sem os dados das outras Divisões de Crimes Graves, Elsa e Dustin tinham certeza que Luke e Selina tinham o recorde de mais casos resolvidos em toda Los Angeles.

Uma investigação da Corregedoria não era algo bom.

Mesmo que o detetive estivesse limpo, ainda os afetaria.

Era como um estudante tirando boas notas nas provas e um professor enviando gente diária para ver se estava colando — como um aluno não seria afetado? Eles conseguiriam continuar indo bem na próxima prova?

Assim, a menos que a Corregedoria tivesse evidência blindada, Elsa e Dustin jamais desistiriam.

Na Divisão de Crimes Graves, um chefe que não poderia defender seus subordinados poderia ser substituído facilmente.

Além disso, Dustin tinha o Diretor Brad do seu lado.

O Vice-diretor Condra, que devia um pequeno favor a Luke, não poderia ajudar muito, mas também não concordaria com alguém que queria dar a Luke complicações. Então, Luke estava seguro e firme na sua posição atual no departamento.

Ele e Selina só voltaram de barco no pôr do sol.

À meia-noite, Luke saiu de casa novamente.

Voracious levantou a cabeça e olhou na direção que Luke saiu, antes de sussurrar para Selina: — Ele saiu.

Selina resmungou e rolou para continuar dormindo.

Voracious perguntou: — Ele pode estar procurando por outras mulheres. Não está preocupada?

Selina abriu um pouco os olhos: — Não, porque ele não se incomodaria sobre ser sorrateiro quanto a isto.

Voracious ficou perdido: — O que você quer dizer?

Vol. 2 Cap. 484 Forma Completa = Calvície = Mais Força

Selina soltou um suspiro pesado: — Significa, se importe com seu próprio assunto. Ele é muito mais esperto que você.

Voracious respondeu com raiva: — Não minta para mim. Você quer ir com ele. Consigo sentir sua vontade.

Selina olhou para ele: — Não falamos para não me ler sem permissão?

Voracious retrucou: — Senti mais cedo; isso não é uma violação.

Sem palavras por um momento, Selina falou: — O que posso fazer mesmo se for?  Não consigo ajudar ele.

Voracious revirou seus olhos de cachorro: — Eu posso ajudar.

Selina zombou: — Poupe-se. Ele já falou para não te deixar me possuir para não aprender tudo.

Voracious bufou com desdém: — Não sou um ser humano. Por que está com medo de eu aprender seus segredos?

Selina murmurou internamente, Não tenho muitos secretos, mas um certo alguém tem.

Voracious continuou a persuadi-la: — Posso prometer que não controlarei seu corpo aleatoriamente. Afinal, sou apenas um forasteiro e o Dollar é meu hospedeiro oficial, enquanto você no máximo é uma temporária. — Selina hesitou.

— Você não quer saber o que ele está fazendo lá? — perguntou Voracious.

Na verdade, ele estava ansioso para descobrir o que aquele homem astuto fazia no meio da noite.

Após uma longa pausa, Selina finalmente assentiu: — Okay. Só esta vez.

Voracious assentiu: — Prometo.

Quando falou, seu corpo líquido fluiu das costas de Dollar, e a cabeça de cachorro dourado no topo se separou do corpo abaixou e virou uma bola liquida quicando na cama.

Olhando surpresa para a bola, Selina comentou de repente: — Por que sinto que você parece com um Slime?

Voracious não sabia o que era um Slime.

Mesmo que tivessem combinado antes, ele não sentiu todas as memórias de Selina.

Somente as memórias mais inesquecíveis e recentes eram mais distintas.

Ele apenas quicou algumas vezes: — Não pode ser um pouco mais proativa? É muito difícil de me mover nesta forma.

Selina olhou para o Slime dourado fofo relutantemente, antes de estender a mão esquerda para tocá-lo.

No momento que fez contato, a bola dourada espalhou pelos seus dedos como mercúrio e cobriu rapidamente seu braço antes de espalhar do ombro para o resto do corpo.

Selina ofegou apressadamente e gaguejou: — Isto… não parece muito confortável.

Voracious não respondeu. O líquido dourado continuou até cobrir o corpo todo e então desapareceu.

Selina estava ofegante: — É isso?

Voracious concordou: — Sim. Não esqueça das regras do Luke. Não quero que minha porção seja reduzida amanhã. Então, não vamos falar e apenas comunicar mentalmente.

Selina assentiu e examinou seu corpo por um momento, mas não viu nenhuma diferença.

Voracious rugiu com raiva de repente em sua mente. Peça desculpa!

Selina. Hã?

Voracious. Você me chamou de Slime? Aquela criatura inferior parecida com uma lesma que não tem um pingo de inteligência? Peça desculpas!

Selina riu internamente. Só estava falando sobre sua aparência, e acho os Slimes muito fofos.

Voracious: Sério? Espera… não importa quão fofos seja, ainda são idiotas! Peça desculpa! 

Selina assentiu impotente. Sinto muito. Você não é um Slime. Só não li muito, então não consegui encontrar uma maneira adequada de te descrever.

Voracious. Tudo bem, vendo como está sendo sincera, eu te perdoo. Agora, preciso mostrar a você a forma simbiótica completa?

Selina ficou curiosa. Você tem forma completa?

Voracious. É um segredo por enquanto. Luke falou que não deveria deixar ninguém me ver.

Selina. Vamos tentar na casa então, mas você precisa se esconder quando sairmos.

Voracious. Tudo bem, mas se ele reduzir minha porção, vou comer a sua.

Selina. Vai sonhando.

Voracious. O que está pensando? Droga, ele nunca reduziu sua porção? Por que não?!

Selina riu. Tudo bem, chega, se apresse e me mostre a forma completa.

Naquele momento, ela estava parada num espelho corporal no quarto.

No instante seguinte, líquido dourado disparou do seu corpo e a envolveu num piscar de olhos.

Olhando para si no espelho, Selina ficou perplexa. — Esta sou… eu?

Voracious. Não, este somos… nós.

No espelho estava uma forma humanoide que parecia com uma estátua dourada.

Tinha mais de dois metros com músculos distintos.

No entanto, tinha muitas características femininas óbvias na sua figura curvilínea, as pernas longas e fortes e a cintura que era relativamente mais fina.

O rosto era um pouco similar ao do Voracious.

Os olhos eram como jades brancas ou ossos, só que mais estreitos e pontiagudos a medida que se inclinavam para cima.

Todavia, o rosto não tinha uma boca, olhos ou nariz.

A coisa mais importante era que… não tinha cabelo algum!

Olhando para aquela cabeça careca e brilhante, Selina lembrou de repente de uma besteira que Luke estava falando: “Como você pode ser forte sem ficar careca?”

Sentindo as flutuações intensas nas emoções de Selina, Voracious ficou insatisfeito. Ei! Esta é a forma completa, então a cabeça é uma das características definitivas. É estranho? Além disso, o que diabos ficar forte tem a ver com ficar careca?!

Selina. Então cancela a forma completa primeiro.

Voracious cancelou a forma completa com raiva. Não é como se estivesse mentindo para você.

Ele se moveu muito rápido e a cor dourada desapareceu tão rápido quanto havia aparecido.

Olhando para sua aparência original no espelho, Selina acariciou o longo cabelo, não recuperada totalmente do medo: — Graças a Deus, ainda está aqui.

Voracious estava com preguiça demais para brigar; percebeu que Selina estava especialmente obcecada quando se tratava de cabelo.

Isto não era uma falta de verdade, era mais um reflexo condicionado.

— Se não sair agora, não vai alcançar o Luke — ele a lembrou.

Percebendo isto, Selina colocou rapidamente algumas roupas folgadas e cobriu o rosto com óculos escuro e uma máscara antes de sair de casa.

Ela franziu a testa quando saiu e perguntou mentalmente, Qual caminho?

Voracious. Esquerda. Tenho um olfato aguçado.

Selina começou a correr. Você aprendeu do Dollar?

Voracious ficou muito orgulhoso de si. Haha, posso aprender as habilidades do meu hospedeiro. O que acha? Não sou incrível?

Selina ficou atordoada. Então se você se combinar com uma aranha, conseguirá produzir teia?

Voracious zombou. Como se precisasse aprender. Posso estender meus tentáculos e você pode balançar pela cidade com eles… mas esqueça, Luke falou que não posso me expor.

Selina assentiu. Isso mesmo, alguém definitivamente tirará uma foto se andar por aí e então haverá pessoas querendo te pegar para estudos.

Voracious sabia o que “estudos” significava. Esse era o motivo pelo qual foi tão obediente.

Comparado a como poderia comer e beber à vontade aqui, ser cortado para pesquisa era assustador demais. Enquanto percorria um beco escuro, Selina sentiu que estava muito mais forte após se combinar com Voracious.

Vol. 2 Cap. 485 Parceiro, Me Deixa?

Orgulhoso, Voracious a incentivou. Por que não tenta? Comigo te protegendo, você ficará bem.

Ao ouvir isso, Selina se decidiu. Com uma explosão de força, ela saltou numa lata de lixo ao lado.

Clang!

A borda de metal afundou, mas Selina voou quase seis metros.

Bam!

Um amassado apareceu na parede no terceiro andar.

Bam!

O canto do quinto andar quebrou.

Selina, todavia, pousou levemente no telhado.

Ela não conseguia acreditar. Era tão fácil?

Voracious. Posso melhorar sua força e reflexos, mas seu corpo é muito resistente e flexível para começar, por isso consegue realizar isto tão bem.

Selina ficou em silêncio por um momento. Vamos lá encontrar o Luke.

Ela correu pelos telhados e saltou pelos prédios numa distância de mais de cinco metros.

Acelerando, ela pisou no chão e exerceu força com as pernas ao saltar da beira deu um telhado.

Bam!

Ela voou instantaneamente mais de dez metros para pousar no telhado do prédio oposto.

Animada, Selina soltou um grito. Ela disparou novamente, ágil como uma fada percorrendo a noite escura.

Em outro lugar, o carro de Luke também chegou no local, um prédio de quatro andares. Este era um alvo que vinha averiguando há um tempo.

Este lugar pertencia a Black Bones, uma das gangues que estava conspirando para eliminar o Açougueiro Fantasma.

Os membros desta gangue eram principalmente negros e gostavam de queimar os inimigos até os ossos ficarem pretos. Foi daí que veio o nome assustador.

Após enviar os drones, Luke começou a se mover.

Ele estudou esta gangue por muito tempo e não havia nada a se temer.

Ele invadiu e como de costume, foi direto ao chefe, que estava no quarto andar.

Após derrubar um subordinado que estava relatando ao chefe com um soco, ele amarrou o chefe e arremessou no sofá.

Ele então agarrou o chefe pelo pescoço com a mão esquerda e tocou o texto no celular falso com a mão direita.

Desta vez, usou o sotaque negro tradicional de um ator famoso: — Por que está mexendo com a viúva do William?

O chefe olhou para ele com os olhos arregalados como de um touro: — Você está querendo morrer…

Luke apertou levemente para que o homem não conseguisse emitir um som: — Resposta errada. Um dedo.

Dizendo isso, Luke levantou os dois últimos dedos da mão esquerda do chefe e puxou como se estivesse arrancando uma flor.

Com um estalo suave, o dedinho do chefe foi torcido em um S.

Os olhos de touro do homem ficaram ainda maiores enquanto ele lutava, mas não conseguia escapar do aperto.

Luke tocou a mesma pergunta: — Por que está mexendo com a viúva do William?

O chefe finalmente mudou o tom: — Você trabalha para o William? Ele já está morto. Por que ainda está protegendo sua esposa?

— Resposta errada. Outro dedo. — Luke pegou a mão do chefe de novo.

Por causa do aperto no pescoço, o chefe só podia chiar apressadamente enquanto se debatia mais. Porém, era inútil.

Seus olhos ficaram cheios de medo e desespero enquanto observava seu quarto dedo ser dobrado em um V. — Por que está mexendo com a viúva do William? — Luke tocou a mesma pergunta uma terceira vez.

O chefe não hesitou desta vez.

Ele podia dizer que esta pessoa não pensava demais sobre ele.

Ele tinha oito dedos restantes para este homem dobrar; se o homem estivesse de bom humor, poderia até os torcer novamente.

Se realmente não estivesse satisfeito, o chefe ainda tinha os pés e incontáveis ossos no corpo.

Algumas pessoas poderiam aguentar a tortura infinita, mas ele não era um deles.

— Por dinheiro. Descobrimos que o William tinha uma quantidade enorme de dinheiro em uma conta secreta. Desde que morreu, a conta foi provavelmente deixado para sua esposa — o chefe respondeu rapidamente.

Levantando a sobrancelha, Luke digitou: — Sua esposa não pode tirar o dinheiro?

O chefe respondeu: — O dinheiro está numa conta anônima e não é tão fácil da esposa dele movê-lo. Sabemos que o dinheiro ainda está lá.

Luke pensou por um momento antes de tocar outra pergunta: — Por que quer o dinheiro?

Havia um motivo pelo qual estava fazendo esta pergunta.

Havia muitas pessoas ricas em Los Angeles. William não estava limpo e Margaret se desfez da maior parte dos seus bem após sua morte. Logicamente falando, não havia necessidade de ser tão impulsivo para atuar contra ela.

Se realmente quisessem agir contra Margaret, poderiam sequestrá-la quando menos esperasse e interrogá-la lentamente para conseguir o que queriam.

Contudo, Black Bones foi apressado demais.

O chefe falou: — Recentemente, começamos trabalhando com alguns outros grupos para procurar por aquele Açougueiro Fantasma, mas precisamos de muito dinheiro nesta operação. Ninguém está disposto a gastar, então todos concordaram em procurar pelo dinheiro de outra pessoa primeiro. Foram os Demonic Saints que nos deram esta informação e nos fez agir.

Luke entendeu tudo.

Os Demonic Saints era outra gangue que estava conspirando contra ele.

É claro, dinheiro para lidar com ele era uma coisa; ainda não se sabia se realmente poderiam usar isto para agir contra Luke se obtivessem o dinheiro restante de William.

O rosto de Luke mudou de repente e tocou outra pergunta: — Me dê sua conta secreta.

O chefe hesitou.

Ele não era idiota.

Ele seria inútil após entregar sua conta secreta e este homem definitivamente não o pouparia.

Dedos quebrados eram dolorosos, mas a morte o assustava mais.

Rindo internamente, Luke tocou a mensagem novamente: — Me entregue sua conta secreta.

— Ei, parceiro, pedir assim é ineficiente demais. Por que não deixa comigo? Dividiremos o dinheiro na metade, que tal? — Uma voz soou da janela.

Luke virou a cabeça para ver um homem de camiseta azul-claro, jeans strass e um par de botas surradas ao lado da janela.

Seus lábios curvaram sob a máscara e digitou: — Okay.

Então, empurrou o chefe na direção do homem de camiseta azul-claro: — Haha, valeu. Espera, o que você vai fazer?

Luke abriu a porta: — Você interroga ele primeiro. Vou limpar a casa.

O homem ainda estava encarando atordoado quando Luke desapareceu da porta.

Ele murmurou: — Minha missão é me livrar destes gângsters encrenqueiros, certo? Se ele for quem fizer isto… a Haley vai me pagar menos?

Dizendo isso, nocauteou causalmente o chefe e perseguiu Luke.

No momento que chegou nas escadas, dois criminosos já estavam no chão.

Ele acelerou: — Merda, merda. E se ele pegar todos?

Ele saltou para o terceiro andar e viu Luke matando dois criminosos com um bastão de beisebol.

Vol. 2 Cap. 486 O Melhor Assassino Nunca Perde

— Apenas um minuto, estes são meus alvos — declarou o homem baixinho.

Luke deu de ombros: — Foi mal, mas eles também são meus alvos. Então… vamos ver quem é mais rápido.

Ele então abriu uma porta e invadiu. Após o som de duas batidas, ele saiu.

O homem ficou com raiva: — Você está roubando meu trabalho? — Ele sacou uma espada longa das costas e correu para outro cômodo.

Houve dois desmaios, e sons de assobio antes dele sair com a espada longa pingando sangue: — Tudo bem! Vamos fazer isto!

Ele foi ao próximo cômodo e a espada longa assobiou de novo.

Em menos de dois minutos, eles limparam os cômodos no terceiro andar.

O terceiro andar era um tipo de dormitório. A maioria dos quartos tinha mais de um inquilino.

O homem estava bem orgulhoso de si: — Treze a dose. Só preciso de mais um. O que… porra! Não corra!

Enquanto o homem falava, Luke saltou para o segundo andar e matou dois criminosos que estavam alerta.

O homem correu atrás e separou involuntariamente os quartos entre eles, cada um cuidando de metade.

No final, terminaram quase ao mesmo tempo.

O homem falou: — Haha, estamos empatados. Vinte a vinte.

Luke deu de ombros. Foi porque havia três pessoas a menos nos quartos do seu lado, não porque ele foi devagar.

Além disso, ele não estava indo com tudo, já que não era necessário.

Foi uma noite animada.

Seu plano de criar outro grande caso de pessoas desaparecidas não ia funcionar mais.

Enquanto o homem divagava, Luke saltou para o primeiro andar e jogou a bola de beisebol no criminoso, enviando-o voando.

O homem olhou: — Você acha que é o único que pode jogar uma arma? Também posso fazer isto.

Swoosh!

Ele arremessou sua longa espada e pregou outro criminoso na parede.

Divertido, Luke agarrou uma faca da mesa e sacudiu o pulso.

Swoosh!

Um criminoso que estava vendo TV e tinha se virado quando ouviu o barulho foi perfurado na testa e caiu.

O homem ficou atordoado: — Ah, você…

Luke pegou outra faca.

Swoosh!

Outro criminoso se levantou e abriu a boca para gritar enquanto pegava a arma, mas foi apunhalado na garganta.

— Isso é trapaça! — o homem ficou indignado: — Como pode usar uma faca?

Luke abriu as mãos para indicar que não se importava com o que o outro pensava.

Rangendo os dentes, o homem sacou a arma.

Bam! Bam!

Dois criminosos que estenderam os pescoços para ver o que estava acontecendo tiveram as cabeças explodidas.

— Outro empate! — O homem olhou para ele provocativamente: — Quem falou para trapacear? Não era uma boa competição de arma fria?

Balançando a cabeça, Luke sacou as armas dos coldres nas coxas.

Todos dentro e fora do prédio ouviram os disparos. Esta estava destinada a ser uma noite enorme.

Bang! Bang! Bang! Bang!

Luke abriu fogo com as armas, matando dois criminosos que abriram a porta.

O homem ficou chocado: — Como pode usar duas armas? Eu só estou usando uma.

Ele só tinha uma arma e uma espada consigo, que eram o bastante para uma missão normal.

Porém, agora era uma dor de cabeça porque Luke tinha duas armas que estavam disparando rapidamente.

Bang! Bang! Bang! Bang!

Dois criminosos que se amontoaram ao redor de uma janela para olhar para o corredor colapsaram.

Inclinando a cabeça, Luke olhou para o homem não muito longe e levantou quadro dedos de repente.

O homem rangeu os dentes: — Seu trapaceiro! Ahhh!

Rugindo, ele avançou e pegou uma arma de um criminoso morto, antes de atravessar a janela do corredor e sair no quintal.

Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!

— Ahhhhhhhh!

Disparos intensos ressoaram enquanto o homem realizava um abate com duas armas fora do prédio, disparando em cada criminosos que vieram correndo após ouvir os disparos.

Achando graça, Luke também correu e competiu por experiência e crédito.

Os gritos do homem podiam ser ouvidos de vez em quando no quintal: — Vinte e oito a trinta. Estou alcançando.

— Trinta e dois a trinta e três. Só preciso de mais um.

— Droga. Trinta e cinco a trinta e seis.

Em menos de dois minutos, todos os guardas foram eliminados.

Em alto astral, Luke guardou as armas nos coldres e olhou para o homem que estava xingando.

— Droga! Por que não tem mais ninguém? A Black Bones não tem muita gente? Por que todos morreram tão fácil? Seus bandos de lixo, ahhhh! — Ele agarrou o pescoço de um criminoso cuja cabeça já tinha sido explodida e o chacoalhou estranhamente.

Sem pressa, Luke pegou o celular falso, digitou algo e tocou: — Quarenta a quarenta e um.

O homem gritou em negação e ficou de pé: — Não vou admitir a derrota tão fácil. — Com isso, deu um salto correndo, agarrou a beirada do segundo andar e começou a escalar.

Dez segundos depois, houve o som de um disparo do quarto andar e a janela foi aberta.

A cabeça do chefe tinha um buraco de bala quando foi empurrado pela janela.

O homem na camiseta azul-claro e máscara grande segurando a cabeça riu orgulhoso: — Haha! Quarenta e um a quarenta e um! É um empate! Sou o melhor assassino, nunca falho.

Sem palavras, Luke digitou algo no celular e tocou de novo: — Deixe-me lembrar algo, você me prometeu que dividiríamos o dinheiro na conta secreta dele.

A quietude tomou conta na janela do quarto andar. Um momento depois, o corpo do chefe foi jogado para dentro e o homem segurou a própria cabeça: — Merda! Eu esqueci! Isso é muito dinheiro.

Sorrindo, Luke digitou algo: — Isso mesmo. Você me deve uma soma enorme agora. Sr. Melhor Assassino.

Cheio de desespero, o homem caiu de joelhos na frente da janela: — Deus, por que competi com você? Dinheiro não é a coisa mais importante?

De repente, ele levantou a cabeça e colocou as mãos no peitoril. Estendendo a cabeça lentamente para fora, olhou para Luke com raiva: — Você é o diabo? Por que competiu comigo?

Luke deu de ombros e digitou: — Nunca falei nada sobre uma competição; foi tudo você.

O homem se engasgou. Lembrando o que acabou de acontecer, percebeu… ele foi quem transformou isto numa competição; este cara só falou que queria eliminar os criminosos.

Ele era o problema? Não! Aquele errado definitivamente era este mundo! O homem murmurou consigo.

— Sr. Melhor Assassino, não vai renegar nosso acordo, certo? — Luke tocou o que acabou de digitar.

Em conflito, o homem colocou a cabeça para fora novamente: — O que quer dizer?

— Tem pelo menos um milhão na conta secreta do chefe. Segundo nosso acordo, metade é meu. Agora, pode me dar o dinheiro? — Luke tocou suas palavras.

Vol. 2 Cap. 487 Produtos, Meu. Dinheiro, Seu, Até se Tornar Meu

O homem rangeu os dentes: — Nem mesmo pense sobre isto! Não tenho nem cinquenta pratas comigo!

Achando graça, Luke digitou de novo: — Então você me deve meio milhão. Não vai recusar a admitir, vai?

Em conflito por um momento, o homem assentiu com decepção: — Tá, eu te devo.

Ele tinha muitos bons “hábitos”, como extorsão, alvejar o submundo, comer de graça na casa do alvo, usar os chinelos do alvo e tomar banho no banheiro do alvo.

Porém, confiança era o que o permitia se destacar como um mercenário, caso contrário, os alunos do ensino médio não procurariam por ele para espancar seus rivais amorosos.

Eles só fizeram isto porque ele falou que só quebraria alguns dentes e não mataria ninguém.

Enquanto o homem se afogava em remorso, Luke guardou o celular e correu para dentro.

O homem ficou atordoado. Um momento depois, quando viu Luke procurar nos quartos, percebeu o que estava acontecendo: — Espera, temos que dividir o saque também.

Alguns minutos depois, olhando para o dinheiro e os cristais brancos que acabaram de tirar do cofre do chefe, o homem perguntou: — Como quer dividir isto?

Luke puxou o amontoado de drogas para o seu lado e assentiu para o dinheiro.

O homem ficou atordoado: — Meu?

Luke assentiu e digitou: — Drogas, meu. Dinheiro, seu, okay?

O homem não podia ficar mais feliz: — Haha, isso é realmente generoso. Sem problemas, dividiremos desta maneira. — Ele estava indo pegar o dinheiro, quando Luke gesticulou para ele esperar.

O homem olhou para ele com cautela: — Você vai voltar com a palavra?

Luke digitou e tocou sem pressa: — Parece que esqueceu que me deve meio milhão.

O homem ficou estupefato: — O que quer dizer? Você está dizendo que… — Ele olhou para a pilha do dinheiro: — O dinheiro também é seu?

Luke abriu as mãos para indicar que não tinha escolha.

O homem rangeu os dentes enquanto olhava para o dinheiro, mas abaixou eventualmente a cabeça desanimado: — Tudo bem.

Luke reuniu a pilha de dinheiro com um sorriso e enfiou numa bolsa. Ele então despejou uma garrafa de Vodca nas drogas.

Pegando o isqueiro de um lado da mesa, ele acendeu e estava prestes a jogar nas drogas: — Espera, você vai queimar as drogas? — O homem ficou atordoado: — Elas valem pelo menos duzentas mil pratas.

Luke olhou para ele e jogou o isqueiro.

Chamas queimaram com uma explosão.

Luke digitou a sentença no celular e tocou: — Sr. Melhor Assassino, um conselho: jamais lide com drogas, caso contrário, não me importo de te matar também.

O homem achou isso estranho: — Você não e um assassino?

Luke não falou nada.

— Espera, você é… — O homem inclinou para frente e perguntou baixinho: — o Açougueiro Fantasma?

Luke permaneceu em silêncio. Ele simplesmente pegou o dinheiro, deixando um maço que jogou para o homem. Ele digitou e tocou: — Okay, você só me deve duzentas e vintém mil pratas agora. Isto é pelo seu trabalho duro.

Olhando para as dez mil pratas em sua mão, o homem ficou sem palavras. Você não tem respeito pelo dinheiro? São dez mil pratas!

Ele não conseguiria fazer tanto mesmo após ameaçar crianças e perseguidores, ou espancando hooligans vinte vezes mais.

Porém, este cara deu dinheiro tão facilmente.

Contudo, o coração do homem pingou sangue quando lembrou que todo o dinheiro que pertencia a ele foi embora um momento atrás.

— Você foi altivo demais nesta operação. — Luke tocou uma sentença de novo: — LAPD notou você. Seria melhor se saísse logo. Este não é o seu território e chamará atenção facilmente se cruzar a linha.

Com isso, a figura de Luke desapareceu da porta.

O homem ficou perplexo por um instante antes de repreender: — Não estou com medo da polícia idiota. Apenas deixe-os tentar me capturar!

Naquele momento, sirenes soaram na distância.

Olhando para o fogo se espalhando rápido, o homem expressou: — Esqueça. Em todo caso, Haley não saberá que outra pessoa matou metade deles; não estarei mentindo quando falar que todos foram eliminados. Completei este trabalho, é hora de ir.

Enquanto saía, bateu o maço de cem dólares contra a palma: — Onde eu deveria ir para me divertir hoje? Será um desperdício se não gastar estas dez mil pratas. Tem um strip club por ali, certo? As gatas lá têm bundões. Hm, são duas da madrugada. Ainda tem tempo para um show…

Murmurando consigo, ele também desapareceu na noite.

Em outro local, Luke guardou a bolsa de dinheiro no inventário e checou o sistema.

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Elimine a base e os membros principais da Black Bones.

Concluída.

Experiência Total: 4.000

Crédito Total: 4.000

Taxa de Contribuição: 50% 

EXP +2.000

Crédito +2.000

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Pelo reconhecimento do Sistema Daddy, parecia que o Sr. Melhor Assassino realmente esteve em pé de igualdade com Luke.

Ele não se importou.

Mais que experiência e crédito, havia outro assunto que estava lhe dando uma dor de cabeça.

Ele foi até um canto escuro e inclinou a cabeça para olhar numa janela em particular do segundo andar de um prédio degradado próximo: — Ainda vai ficar escondida? Os drones não foram implementados apenas para exibição.

Ficou quieto por dois segundos, então Selina rastejou da janela com um farfalhar e saltou no chão levemente: — Eu…

Luke balançou a mão: — Vamos conversar depois.

Dizendo isso, levou Selina até o carro que estava estacionado longe, escondido num canto. Eles entraram e partiram.

Eles ficaram em silêncio no caminho.

A um quilômetro da casa, Luke dirigiu o carro até um bangalô normal.

Após entrarem, ele falou: — Tire as roupas. Óculos de sol, máscara e sapatos também. Jogue-os na bolsa.

Selina fez o que foi dito obedientemente e colocou roubas novas que Luke deu. Ele também trocou de roupas e jogou as usadas na bolsa. Então, entrou num quarto com a bolsa antes de colocar no seu inventário.

— Vamos para casa — ele disse.

Eles saíram e foram a pé pelo beco atrás do bangalô.

Dez minutos depois, chegaram em casa.

Luke preparou um bule de chá-verde para si e trouxe um Dr. Pepper para Selina. Ele sentou no sofá e perguntou: — Diga-me, por que me seguiu hoje?

Selina engasgou ao beber quando ouviu isso. Tossindo por um momento, ela respondeu baixinho: — Desculpa.

Luke balançou a cabeça: — Não estou culpando você. Você não fez nada de errado.

Selina levantou a cabeça: — Sério?

Luke assentiu e tomou um gole de chá: — Tem certas coisas que não quero que saiba, porque não adiantará nada se souber.

Selina abaixou a cabeça: — Não é a mesma coisa?

Luke chegou perto dela com um sorriso e aninhou a cabeça dela, como se fosse uma criança: — Esqueceu como você se sentiu após nossa “viagem de acampamento”? O que mais eu poderia fazer?

Selina não sabia o que dizer.

Naquela época, realmente levou um golpe pela capacidade de combate de Luke.

Vol. 2 Cap. 488 Isso é Injusto? Então Serei Razoável

Esta noite, Selina testemunhou a capacidade de combate aterrorizante de Luke novamente.

Ele e outra pessoa eliminaram 80 gângsters facilmente. Selina estava ciente que não perderia para nenhum dos colegas na Divisão de Crimes Graves, mas ainda não era tão boa quanto suas capacidades. Olhando para seu rosto, Luke continuou: — Sempre tem uma maneira de melhorar suas capacidades. Nunca mencionei isto porque foi coisa minha e não quero que se envolva.

Selina perguntou: — Não somos parceiros?

Luke suspirou: — Isso é diferente. Não sinto culpa por matar todos aqueles gângsters. E quanto a você? Pode matar um ou dois, mas e se algo como nossa “viagem de acampamento” acontecer novamente?

Selina abriu a boca, mas não deu uma resposta afirmativa.

Ela sabia que não conseguia fazer isto e Luke também. Matar centenas de pessoas de uma vez, mesmo que fossem membros de gangue, seria demais para ela.

Ela não estava sendo hipócrita.

A maioria dos seres humanos que cresceram numa sociedade pacífica não conseguiriam fazer isto; eles rejeitariam subconscientemente o ato do abate.

Até os soldados veteranos só teriam matado um bocado de inimigos no máximo.

Poucos teriam matado centenas de pessoas.

Se não tivessem nervos de aço, só poderiam contar com uma sorte imensa para evitar quaisquer problemas psicológicos.

Nem todos os soldados americanos enviados para outro continente teriam matado tantas pessoas, mas cerca de 10% deles sofria de vários níveis de problemas psicológicos.

Considerando o temperamento de Luke, ele jamais colocaria Selina em risco.

Ela estava ciente que Luke a tratava como sua parceira policial e jamais a envolveu em coisas mais perigosas. Por exemplo, foi só por causa de sua forte insistência que ele a levou na operação no México e no final, ela ainda sofreu um revés.

Selina perguntou baixinho, com sentimentos complicados: — Sou inútil demais?

Luke sorriu: — O que está pensando? Que isto é um filme? Quantas mulheres lá fora podem ser lindas, competentes e matar sem vacilar? Para você conseguir cumprir dois critérios já é mais do que eu esperava.

Selina refletiu por um momento. Então, ela era linda e competente? Isso… era muito bom.

Seu humor ficou levemente melhor: — Obrigada, querido.

Luke assentiu: — Não leve o assunto a sério. Aproveite seu tempo e pense sobre isto; uma vez que se decidir, você pode me avisar. Se continuarmos como antes, ou se quiser escolher outra coisa, é com você.

Selina assentiu silenciosamente.

Luke então mudou de tópico: — Entretanto, você não foi aquele que propôs esta operação noite passada, certo? Voracious, por mais quanto tempo vai ficar escondido?

A sala de estar ficou em silêncio total.

Olhando para as costas de Selina, Luke falou: — No três, se ainda fingir de morto, você receberá comida de cachorro com leite de cabra amanhã.

Assim que falou aquelas palavras, uma bola de líquido dourado emergiu das costas de Selina: — Isso é injusto. Por que sou o único punido?

Luke levantou o copo para tomar outro gole de chá: — Porque ela nunca foi tão impulsiva antes de você aparecer. Quem eu deveria culpar, você ou ela?

O Voracious pensou por um momento: — … Nós dois?

Luke riu alto: — Vai sonhando! Mesmo que ela tenha feito algo errado, foi por sua causa.

O corpo redondo de Voracious murchou como um balão furado: — Você está sendo irracional.

Luke assentiu: — Tudo bem, vamos ser racionais. Você a incentivou a me seguir esta noite?

Voracious assentiu.

— Então, você a lembrou de ter cuidado no caso de alguém vê-la, ficar fora das câmeras e cobrir seus rastros? — Luke perguntou.

Voracious: — Hã?

O que diabos era tudo isso? Ele não sabia de nada disso.

Foi um KO instantâneo na cabeça de cachorro alienígena.

Sua punição também foi entregue: só poderia comer ração e leite de cabra no dia seguinte.

É claro, apenas Voracious sofreu esta punição.

Dollar era um cachorro mesmo e estava satisfeito com esta comida. Olhando para Voracious, que era praticamente uma panqueca agora, Luke se levantou e afagou casualmente seu corpo de geleia: — Okay, volte ao Dollar.

Contudo, no momento que sua mão esquerda tocou Voracious, o líquido dourado começou a espalhar.

Luke franziu a testa: — Cai fora.

Voracious declarou: — Ah, o que é essa energia? É tão gostosa.

Com um rosto frio, Luke grunhiu: — Se manda!

O líquido dourado só chegou no seu pulso quando foi enviado voando.

Voracious gritou de dor: — Ah, isto dói! O que é essa energia? É tão dolorosa!

Luke examinou a mão esquerda e checou as notificações do sistema.

Sua mão parecia estar bem e ele não recebeu nenhum aviso do sistema, então relaxou.

Olhando para Voracious, que voltou a forma de bola e estava tremendo, ele levantou um dedo e falou: — Somente desta vez. Desta vez, fui descuidado e toquei em você. Não terá uma próxima!

Voracious se contorceu silenciosamente de volta para o corpo de Dollar no quarto de Selina.

Ela ficou atordoada: — Como você fez isso?

Luke não tinha feito nada. Ela não imaginou que apenas agitar seria o bastante para se livrar da simbiose de Voracious, porém, este último foi enviado voando simples assim.

Ela não conseguia pensar em outra palavra além de “explosão” para descrever o que aconteceu.

Luke abriu as mãos: — Sou excepcionalmente talentoso.

Sem palavras, Selina finalmente assentiu: — Tudo bem.

Embora soasse com uma resposta meia-boca, não achou necessariamente uma mentira.

Se não fosse uma habilidade inata, como mais Luke conseguiria se livrar do Voracious?

Luke não insistiu nisto. Após dizer mais algumas palavras, foi ao porão para destruir o equipamento e roupas que usaram noite passada.

Selina tomou outro banho, voltou ao quarto e deitou na cama após fechar a porta.

Voracious então emergiu das costas de Dollar: — Selina, descobri um dos segredos do Luke.

Selina murmurou, mas não ficou na conversa.

Voracious achou isso estranho: — Você não esteve curiosa sobre os segredos dele?

Selina balançou a cabeça: — Ele não me contou porque é super cauteloso, não porque não confia em mim. Portanto, e melhor ficar calado sobre este segredo, caso contrário, não diga que não avisei se for pego um dia para pesquisas.

Voracious ficou com raiva: — Não sou idiota. Hpmh. Está tudo bem se não quiser saber, mas lembre-se de falar para o Luke te fazer um pouco mais de comida amanhã.

Selina retrucou: — Apenas esqueça! Ele não vai te dar mais. Ele é um homem de palavra.

— Luke é o diabo! — Voracious grunhiu insatisfeito: — A comida é para você. Não esqueça que estávamos conectados esta noite e peguei uma parte da energia dentro de você.

Selina sentou instantaneamente: — Está dizendo que vou ficar faminta de novo o dia todo?

Vol. 2 Cap. 489 Nascimento do Gold Nuggget e Aparência de Selina

Voracious não achou grande coisa: — Você não está feliz por ter tanta comida deliciosa? Das mulheres que vi na sua memória, se soubessem que consigo absorver sua gordura, elas chorariam para me combinar com elas.

Selina zombou: — Mesmo que você fosse merda, elas comeriam contanto que possam perder peso e ser lindas… embora, hm, elas provavelmente fariam às escondidas.

Voracious ficou infeliz: — Peça desculpa!

Selina cedeu: — Sinto muito. Não estou dizendo que você é merda. É só que mulheres se importam mais com suas aparências do que pode imaginar.

Voracious assentiu como se estivesse pensativo: — Tipo quando nos transformamos na forma completa, a primeira coisa que pensou não foi na sua força, mas no seu cabelo?

Selina respondeu com naturalidade: — A menos que gostem do estilo careca, há poucas mulheres que não se importam com o cabelo!

Voracious falou: — Tudo bem, tenho uma ideia aproximada de como as mulheres pensam agora. Ai ai, se o Luke fosse tão simples quanto você.

Selina não ficou surpresa: — O que está pensando? Se fosse tão simples quanto eu, já estaria morto.

Voracious sentiu de repente que não estava na mesma sintonia que Selina.

Ela realmente muito insípida e tendenciosa quando se tratava de Luke.

Porém, quando lembrou de como Luke favorecia e até mimava Selina, ficou com inveja.

Droga! Selina nem foi repreendida quando fez algo errado, enquanto Voracious só teve um pouco daquela energia deliciosa e foi explodido por alguma outra energia estranha.

Voracious nem sabia que a conexão poderia ser cortada a força desse jeito.

Não só isso, também tinha sentido que a energia que o enviou voando já era muito contida; caso contrário, parte do seu corpo teria sido destruída instantaneamente.

Aquela energia assustadora veio de um humano; isso não se encaixava com a visão de mundo que estava na cabeça de Selina.

Esqueça. A cabeça de cachorro alienígena pensou, com tal cara poderoso o acobertando, poderia se familiarizar com o ambiente. Quando soubesse de tudo que havia sobre este mundo, poderia fugir sorrateiramente.

Porém, outro pensamento surgiu imediatamente. Tem comida boa aqui que não é problemática de encontrar, enquanto lá fora tem muitos pesquisadores que me cortariam. Sair é arriscado e nada gratificante. Por que eu iria querer sair?

As duas ideias conflitaram entre si na cabeça de Voracious por um momento. No final, decidiu com firmeza. Não vamos pensar mais; vou simplesmente continuar assim por enquanto. Só estive aqui por alguns dias; vou apenas tratar como férias.

Pensando nisso, adormeceu lentamente.

No dia seguinte, Luke estava fazendo o café da manhã quando Selina e o cachorro acordaram.

Enquanto dava ração molhada com leite de cabra para Dollar de café da manhã, ele perguntou a Selina: — Por que levantou tão cedo?

Deprimida, Selina acariciou a barriga: — Estou com fome.

Luke olhou para Dollar: — O efeito colateral desse cara?

 Uma cabeça de cachorro dourada flutuou das costas de Dollar: — Ei, não pode usar meu nome?

Dando uma fatia de bolo para Selina, que acabou de fazer, Luke respondeu: — Seu nome é especial e chamaria atenção fácil. Que tal te dar um codinome?

Voracious: — Sério? Se esse é o caso, quero um legal.

Luke: — Que tal Golden Dog?

Voracious balançou a cabeça rapidamente: — Não sou um cachorro.

Luke pensou por um momento: — E quanto a Gold Nugget?

Voracious hesitou: — Isso não parece muito impressionante também.

Luke: — Selina e eu temos uma mina de ouro, então não será suspeito se falarmos sobre pepitas de ouro.

Voracious olhou para Selina: — Sério?

Ela assentiu: — Sim, temos uma mina de ouro e todos no planeta amam ouro. Você parece uma pepita de ouro também.

Voracious achou tudo bem: — Okay, meu codinome será Gold Nugget.

Luke assentiu com um sorriso: — Okay, Gold Nugget.

Ele estava rindo internamente.

Pepitas de ouro eram chamadas de outra forma em chinês — “cabeça de cachorro de ouro”.

Então, era um nome que se encaixava ao Voracious, uma cabeça de cachorro alienígena.

Após o café da manhã, eles foram ao departamento.

Selina perguntou impotente: — Vou caminhar comendo, desse jeito?

Luke estava ainda mais impotente: — Você esteve fora por duas semanas. Se não aparecer hoje, Elsa pensará que quer sair.

Sair porque está gravida, Luke acrescentou mentalmente.

— Então, mostre seu rosto a Elsa hoje, então sairemos para investigar casos — ele expressou.

Selina assentiu.

Dollar latiu.

Luke: — Fique no carro. Voltaremos logo.

Dollar ficou quieto.

Naturalmente, foi o recém-nomeado Gold Nugget expressando sua insatisfação.

Porém, a cabeça de cachorro alienígena aprendeu a lição e agora só se comunicava com fungadas e expressões. Estava determinado a não quebrar as regras de novo.

Por hoje ele só poderia comer ração e leite de cabra. A vida na Terra era realmente difícil!

No escritório de Elsa, Luke não falou nada e apenas deixou Selina cumprimentá-la.

Elsa conversou como de costume e a observou por um momento. Ela não notou nada de incomum.

Foi só que Selina tocaria na barriga de vez em quando. Elsa achou suspeito e olhou para Luke.

Ele revirou os olhos: — Saímos com pressa antes do café da manhã para você ver ela pessoalmente.

Quando falou, o estômago de Selina roncou. Rindo um pouco ela foi até o lado e pegou uma fatia de bolo. Colocando a fatia na mesa de Elsa, se moveu para o lado e pegou um pedaço para si.

Somente então o olhar suspeito de Elsa sumiu e perguntou sobre Margaret.

Luke fechou a porta do escritório e contou o que aconteceu no dia anterior. No final, acrescentou: — Chefe, não se preocupe demais com a Margaret. A prima dela, Haley, é muito astuta.

Elsa ficou curiosa: — Tem algo de especial sobre ela?

Ponderando por um momento, Luke respondeu: — Se meu palpite estiver certo, ela foi quem contratou o cara na lancha ontem que interceptou os perseguidores. Ele é corajoso e muito bom.

Franzindo a testa, Elsa pensou por um momento: — Um detetive privado?

Luke balançou a cabeça: — Ele se proclamou ser o melhor assassino. Parece mais com um mercenário.

As sobrancelhas de Elsa franziram mais.

Comparado com detetives privados que ficavam na zona cinza da lei, poucos mercenários estavam limpos.

Elsa achou nojento que a prima de Margaret tivesse encontrado tal pessoa.

Os detetives da polícia lidavam normalmente com criminosos comuns e não eram bons em enfrentar mercenários.

Ou melhor, não era difícil dos mercenários lidarem com detetives da polícia. Havia uma diferença enorme em seus requisitos profissionais.

Felizmente, isto não devia ser algo do qual Luke precisava temer.

Contudo, após pensar por um momento, Elsa ainda balançou a cabeça: — Contatarei a Margaret depois. Se a prima dela quiser resolver as coisas da sua maneira, não terei que me envolver mais.

Vol. 2 Cap. 490 Um Bode Expiatório para o Bode Expiatório

Luke balançou a mão: — Está tudo bem. Em todo caso, só estou interessado nos gângsters. Não é da minha conta quem é que aquele mercenário quer.

Elsa pensou por um momento e assentiu: — Você sabe seus limites; não precisa se envolver em tudo.

Luke assentiu com um sorriso.

Do outro lado, Selina cobriu o rosto com a mão que estava segurando o bolo para esconder a expressão estranha. Limites? Se envolver? Os limites de Luke com certeza eram diferentes; além disso, não havia mais necessidade dele se envolver. Quando terminaram de falar, Luke se levantou e saiu com Selina.

Naquele momento, viu a porta do escritório de Dustin aberta do outro lado e Martin e Roger saindo. Martin parecia bem calmo e não estava tão sombrio quanto antes.

Talvez ver pessoalmente o arqui-inimigo que matou sua esposa e o bebê na sua frente tivesse finalmente dado alguma paz de espírito, mesmo que não fosse a pessoa puxando o gatilho.

O morto estava morto e a vivos continuavam vivendo. É assim que é a vida.

O rosto de Roger, por outro lado, estava muito mais sombrio, não só por causa da sua pele, mas também por causa da má sorte. Luke se virou e perguntou: — Chefe, qual é o problema com o Martin e o Roger?

Olhando para eles através do corredor, Elsa suspirou: — Eles… entraram em problemas no México. A Corregedoria está sendo um pé no saco sobre isto. Os dois deram uma dor de cabeça real ao Dustin.

Luke revirou os olhos: — Até o Dustin não consegue cuidar disto?

Elsa respondeu com um sorriso amargo: — É bem grande. Não acho que nosso chefe possa.

Ela já estava sendo tácita. A verdade era que as mãos de Dustin estavam amarradas. O problema que os dois causaram não era uma questão pequena.

Estes dois se envolveram numa briga enorme no México e mataram centenas de membros da gangue do Dito. A cabeça de Dustin quase explodiu quando ouviu a notícia.

Quem teria pensado que Roger e Martin poderiam fazer algo assim?

Agora, a polícia mexicana estava exigindo que os dois fossem enviados ao México para “ajudar com a investigação”.

Porém, Westside ainda precisava dizer algo. Se a polícia mexicana encontrasse evidência concreta, Roger e Martin podem não ser enviados ao México, mas definitivamente perderiam seus empregos.

Luke não fez mais perguntas e simplesmente saiu com Selina. Dirigindo do departamento, ele fez uma ligação: — Palmer, tem tempo? Tenho algo importante para pedir.

Uma hora depois, os três estavam sentados num canto de um restaurante fast food perto do DEA.

Palmer, a linda agente, tomou um gole de suco antes de ir direto ao ponto: — O que é?

Ela sabia que Luke não viria a menos que fosse um assunto sério.

Luke perguntou: — Ouviu sobre o Martin e o Roger?

Após um breve silêncio, Palmer respondeu: — Ouvi.

Luke: — Não estou claro da situação delas, então queria perguntar qual é o pior resultado possível.

Palmer soltou um suspiro: — Perder o emprego, provavelmente. Todavia, sua Westside é muito boa neste respeito e não os fez assumir a culpa.

Luke riu: — E se… e estou dizendo se… o DEA apoiá-los?

Franzindo a testa, Palmer suspirou: — Já tentei, mas o Martin e o Roger não estavam trabalhando conosco… tem uma objeção forte no DEA.

Olhando para a expressão de Palmer, Luke soube que ela tentou o máximo, mas foi em vão. Ele perguntou com um sorriso: — E se houver um acordo?

O coração de Palmer acelerou. A impressão mais profunda que tinha de Luke tinha a ver com favores.

Nas suas cooperações anteriores, ela ou devia favores, ou estava pagando-os.

Agora, outro acordo? Ela permaneceu calma: — Que tipo de acordo?

Luke: — Tenho informação dos negócios de Dito Flores.

Ponderando por um instante, Palmer balançou a cabeça: — Se for informação geral, não será o bastante. Você provavelmente não sabe o tamanho da bagunça que os dois causaram no México.

Selina já era esperta o bastante para abaixar a cabeça e dar uma grande mordida no donut para que suas bochechas estivessem cheias e ficasse impossível de rir.

Luke indagou com um sorriso: — E se forem os livros contábeis do Dito?

Palmer estreitou os olhos: — Onde você… — Ela parou instantaneamente antes que pudesse terminar.

Perguntar sobre suas fontes era um grande erro, especialmente quando eram informações relacionadas a gangues de drogas. O menor erro poderia levar a família inteira do informante sendo morta.

Luke: — Posso entregar a você primeiro, com uma condição.

Palmer: — Qual é?

Luke explicou: — Se os livros forem valiosos o bastante, dê o melhor para persuadir seu lado para salvar os empregos do Roger e do Martin.

Palmer hesitou.

Luke não falou nada e apenas observou as mudanças de expressões da linda agente. Vários minutos depois, ela assentiu: — Feito.

Luke assentiu com um sorriso: — Não se sinta pressionada demais. Ninguém pode garantir que as coisas funcionem. Apenas espero que esta informação possa ter algum uso.

Com isso, ele entregou um pen drive: — Não ocuparei mais seu tempo. Me envie uma mensagem se houver algum progresso.

Observando Luke e Selina entrarem no carro e irem embora, Palmer esfregou o pen drive e ficou quieta por um longo tempo. O que Luke entregou eram fotos dos livros contábeis de Dito. Embora ele não conseguisse entender, o DEA, que lidava especialmente com traficantes, poderia conseguir.

Ele confiava em Palmer. Pelo menos, considerando os sentimentos dela por Martin, faria definitivamente o melhor para ajudar se a informação fosse útil.

Se o DEA estivesse disposto a assumir a responsabilidade pela coisa toda, o problema no lado mexicano poderia ser resolvido facilmente. Afinal, o DEA era a única agência da lei americana que poderia atravessar a fronteira mexicana sem ser notada. Seu poder no México era gigantesco. Cruzar a fronteira sem ser notado para capturar traficantes era algo que já vinham fazendo, então poderiam assumir total responsabilidade deste assunto. A premissa era que a informação de Luke precisava valer a pena.

Após lidar com este assunto, Luke e Selina voltaram ao cronograma normal de trabalhar nos casos. Tirando pelo fato que levantavam cedo e voltavam tarde, a vida era exatamente igual.

Luke saiu novamente naquela noite. Porém, chamou Dollar primeiro e agarrou sua cabeçona: — Seja bonzinho e fique em casa, e não encoraje a Selina a me seguir de novo, entendeu?

Dollar olhou inexpressivo para Luke e choramingou.

Luke se levantou com um sorriso e esfregou sua cabeça: — Você terá comida deliciosa amanhã. Não saia da linha de novo ou a punição será estendida.

Dollar choramingou de novo antes de se virar e voltar para a cama. Naturalmente, foi Gold Nugget que estava expressando sua insatisfação.

No final, Luke voltou uma hora depois.

Ele não encontrou ninguém neste pequeno passeio. A base dos Demonic Saints foi abandonada.

Eles obviamente ficaram assustados pela queda da Black Bones na noite anterior e seu chefe e executivos correram para se esconder. Luke não ficou incomodado de verdade.

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