Slyvia já estava na ala médica há algum tempo e quase se recuperou totalmente. Havia muitas pessoas na ala médica por causa das partidas de ontem, que foram orientadas a passar a noite para que pudessem receber os cuidados adequados.
Ao contrário dos outros, Slyvia não se machucou muito. Seus músculos estavam esgotados por usar tanto Ki, o que seria resolvido rapidamente com um pouco de descanso. Embora graças aos médicos e às próprias habilidades de Slyvia, ela foi capaz de se recuperar mais rápido do que a maioria.
Enquanto Slyvia se recuperava, ficou surpresa ao ver Gary sendo carregado em uma maca. Slyvia correu para ver se ele estava bem. Nesse momento Gary tinha apenas recuperado ligeiramente a consciência e podia ver Slyvia ao abrir fracamente uma pequena fenda em seus olhos cansados. Ele viu o olhar preocupado na cara dela e deu um polegar para cima. Ela soube imediatamente que isto significava que Gary tinha ganho a sua partida contra Harry.
Depois de verificar Gary e ver que ele estava bem, Slyvia planejou voltar para a arena para dar apoio aos outros, mas quando ela estava prestes a se mover, ela ouviu uma voz familiar chorando em seus ouvidos.
“Monk, seu idiota, por que você fez isso?” Martha disse em prantos.
As portas da ala médica se abriram mais uma vez e, invadindo-as, estavam dois médicos puxando outra pessoa em uma maca e Martha logo atrás deles.
“Por favor, você precisa se afastar.” Um dos médicos disse a Martha.
Martha parou de seguir Monk e os médicos quando eles foram para uma sala privada para tratamentos. A sala era anexa à ala médica e era usada para ferimentos mais graves que precisavam ser feita uma operação.
Slyvia rapidamente se aproximou de Martha e perguntou o que aconteceu. Martha explicou toda a história sobre sua oponente e o que Monk havia feito. Slyvia percebeu que Martha estava à beira do colapso e precisava de alguém para ficar com ela, então as duas decidiram esperar por Monk enquanto as partidas ainda estavam acontecendo.
Um pouco mais tarde e um dos médicos tinha saído da sala cirúrgica. Martha levantou-se imediatamente e correu para o médico.
“Ele vai ficar bem?”
“Felizmente sim, o ferimento não foi muito sério, conseguimos remover a flecha do corpo e atualmente estamos fornecendo analgésicos para ele. Não parece haver nenhum dano aos órgãos internos, então seu corpo deve ser capaz de fazer o resto do trabalho. O importante é que ele não se mova atualmente, caso contrário a ferida pode se abrir de novo.”
Martha e Slyvia curvaram-se para o médico em sinal de agradecimento antes que o médico corresse para verificar outros pacientes. Agora que Monk estava fora de perigo de morte, Martha finalmente conseguiu dar uma olhada na situação na ala médica.
“Uau, eu não sabia que ainda havia tantas pessoas aqui” Martha disse. “Esses caras foram realmente tão espancados assim?”
Slyvia não achou estranho no começo porque era a ala médica da arena, então era esperado que houvesse feridos aqui, mas o que Martha disse fez Slyvia pensar. As lesões desses competidores não foram muito graves e mesmo que fossem, aqui não tinha todos os equipamentos necessário para tratar essa quantidade de pessoas de forma eficaz.
Havia muito poucos quartos privados como aquele que Monk foi levado. Se seus ferimentos fossem realmente graves, eles deveriam ter sido transportados para o hospital da cidade agora.
Slyvia começou a andar por aí e verificar pessoalmente alguns dos pacientes. Ela já fazia parte do Clube Médico há algum tempo, então ela tinha alguns conhecimentos básicos de medicina.
Ao verificar os alunos, ela notou que alguns estavam apresentando sinais de febre grave. A temperatura estava alta e eles suavam loucamente.
Enquanto isso, Gary era um dos pacientes que estavam no chão sendo tratado por um médico. Gary parecia ter desmaiado completamente. Ele teve uma luta árdua contra Harry e só de olhar para o corpo dele daria para notar isso.
Embora os ferimentos de Gary não fossem fatais, não havia necessidade de levá-lo para um quarto privado. O médico então puxou uma seringa e a colocou logo acima do braço de Gary. Para o caso de Gary estar consciente, o médico estava explicando o procedimento à medida que ele o realizava.
“Agora vou apenas administrar um analgésico para anestesiar a dor que você está sentindo primeiro, você vai sentir uma pequena picada no braço.”
Quando a agulha estava prestes a espetar Gary, o médico de repente sentiu seu pulso ser agarrado.
“O que você pensa que está fazendo?” Disse Gary.
Gary estava completamente inconsciente até esse ponto. Enquanto seus olhos estavam fechados, ele ouviu uma voz falar com ele.
¨Gary, você está em perigo… você está…em… muito perigo.¨
Então, quando Gary abriu os olhos, viu o médico à sua frente com a seringa.
“Como eu disse, estou apenas indo aplicar um analgésico.” O médico disse com um sorriso nervoso enquanto a mão de Gary ainda segurava seu pulso.
Só então Slyvia e Martha apareceram atrás do médico. Depois de ver os alunos com febre, ela rapidamente correu para onde Garry estava.
Slyvia tirou a seringa da mão do médico e a ergueu no ar. Olhando para o fluxo de líquido ao girar a seringa para cima e para baixo. O líquido era roxo e não estava se movendo para frente e para trás como um líquido normal.
Se ela deixasse a seringa completamente parada, o líquido estranhamente continuaria a se mover como se estivesse vivo.
“Eu exijo que você me diga o que é este líquido?” Slyvia disse enquanto olhava para o médico.
“Já é bem tarde agora.”
De repente, os gemidos dos alunos no chão começaram a ficar mais altos. Como se algo estivesse os possuindo e tentando sair de dentro deles.
“O que está acontecendo com eles?” Um dos médicos que estava sentado ao lado de um paciente no chão perguntou.
Alguns dos médicos estavam em pânico tentando fazer os alunos se acalmarem, enquanto outros estavam apenas parados olhando. De repente, alguns dos médicos tiraram suas vestes brancas para revelar as roupas da Guilda das Trevas por baixo deles.
O médico que ainda estava preso pelo pulso de Gary começou a rir alto como um louco. Gary pegou sua arma ao seu lado e sem hesitar esfaqueou o médico direto no coração.
Enquanto Gary se levantava lentamente ao lado de Martha e Slyvia, a visão diante deles era inacreditável. Os alunos na ala médica não estavam mais gemendo, mas sim se levantando lentamente. Mas ao fazer isso, eles pareciam quase sem vida. Dava para ver apenas o branco de seus olhos e eles pareciam quase ter sofrido morte cerebral com os olhos girando para dentro. Seus braços e pernas fluíam frouxamente de um lado ao outro como se tivessem perdido o controle de seus corpos.
Os alunos estavam perambulando como se fossem um bando de zumbis.