Academy’s Undercover Professor – Capítulo 34 - Anime Center BR

Academy’s Undercover Professor – Capítulo 34

Capítulo 34: Um passo rumo à verdade (3)

 

Ludger ainda não conseguiu esquecer aquele momento.

Os olhos claros do garoto que olhavam para ele enquanto lambia a mãe ferida.

Até mesmo quando Ludger usou seu feitiço para matá-los, o garoto mostrou um sorriso genuíno como se dissesse “obrigado”.

Não conseguia esquecer isso.

Não dava para esquecer.

— Eu… não sei! Como vou saber? Espera aí, quem diabos é você?

— Você não sabe?

Ludger estava segurando Belfort Ricksen pelo colarinho, quando decidiu jogá-lo no chão.

Belfort, cujo corpo estava em mau estado devido à velhice, agarrou a cintura ao cair no chão.

— Argh. Quem… quem diabos é você?

— Sabe o que é isto?

Ludger pegou uma droga experimental que tinha guardado no bolso e a jogou na frente do Belfort.

Continha um líquido vermelho que parecia um rubi derretido dentro de um tubo de vidro transparente.

Não tinha como Belfort, que havia instruído os cientistas a fazer a droga, não reconhecê-la.

— Isso… Isso é.

— Entendeu agora?

— O que… você quer de mim? Quer dinheiro?

Belfort percebeu que o oponente tinha sua fraqueza e continuou mostrando uma atitude submissa.

Além de ser capaz de entrar no quarto habilmente, o oponente até tinha as drogas experimentais em que estava envolvido, embora Belfort não soubesse como havia conseguido.

‘Sem chance, ele é afiliado à Ordem de Cavalaria dos Rastreadores Noturnos do Departamento de Segurança?’

Droga! Como diabos esses irmãos insetos não fizeram o trabalho?’

O que achavam que ele estava pensando quando investiu muito dinheiro nisso?

Não apenas perderam os experimentos que escaparam, como também deixaram esse homem misterioso chegar à sua residência.

Contudo, não pôde expressar imediatamente sua reclamação.

Não sabia quem era o homem à sua frente, mas não tinha dúvida de que sua vida estava nas mãos dele.

— Eu… não vou te responsabilizar por entrar escondido aqui. E você quer algo de mim, já que veio me ver escondido, né?

— Algo que eu quero?

— Sim. O que você quer? Tenho muito dinheiro, então posso te dar o quanto você quiser.

Mas a resposta que ouviu do Ludger estava muito além das expectativas do Belfort.

— Responda.

— O-o quê?

— Responda a pergunta que acabei de fazer.

— A pergunta que você fez?

Belfort quebrou a cabeça para se lembrar da pergunta que Ludger tinha feito antes.

Era o que pensava do garoto de sete anos.

Belfort abriu a boca maravilhado.

— Foi você quem se livrou dos experimentos que escaparam?

— …

— Hahah! Entendi já! Foi você! Por que não falou logo? Ahem. Me jogar assim do nada pode causar um mal-entendido. Graças a você, o incidente não se espalhou como um incêndio.

— Só responda o que perguntei.

— Tá… tá! Aquele garoto de 7 anos é um experimento, certo? Qual é o problema? Ele preferiu morrer, porque se tornou um monstro, tudo para não ser pego pelos outros.

— …

— Ele não é alguém de classe inferior que as pessoas nem sabem que existia de qualquer maneira? Existe motivo para ficar triste com gente dessa laia? Fizeram um sacrifício nobre usando a própria vida para produzir excelentes resultados.

Um sacrifício nobre…

Belfort Ricksen acreditava genuinamente nisso.

O que tinha a ver com ele se algumas dessas pessoas humildes no fundo do poço da sociedade, sejam trabalhadores ou pobres, morressem?

Eram ovos podres que não faziam nada pela sociedade.

Por outro lado, se eles se tornassem pedras angulares como experimentos para ajudar a completar as drogas que trariam de volta a juventude humana…

Não estariam contribuindo para a humanidade mais do que poderiam em toda vida?

— Mesmo que essas pessoas imundas e inferiores trabalhem em uma fábrica por 100 ou 1000 dias, acha mesmo que elas conseguiriam dinheiro?

Era muito mais produtivo usar essas vidas sem sentido de um modo mais valioso.

Ser o experimento de alguém para o desenvolvimento de drogas.

Isso é o que significava para Belfort.

— Essa resposta serve?

— Sim, é o suficiente.

— Então…

— Você ficou cego pelos seus ideais.

Ludger agarrou Belfort pelo pescoço.

Belfort arregalou os olhos e agarrou o antebraço do Ludger com as duas mãos, mas o aperto era poderoso demais para seu corpo velho contra-atacar.

— Cóf! Por quê… por quê?!

Ele respondeu corretamente!

Os olhos do Belfort mostraram queixas.

Em vez de responder, Ludger colocou um frasco de remédio na frente do rosto do Belfort e despejou na boca.

Blup… Blup~

Belfort tentou desesperadamente resistir à droga, mas era impossível porque estava sendo sufocado.

Glup~

A droga vermelha fluiu pela garganta do Belfort.

Ao mesmo tempo, as mudanças começaram a ocorrer no corpo.

— Urk! Aaaaaaaaaaaaargh!

Com uma dor forte que parecia que seu corpo estava se rasgando, o corpo dele lentamente começou a inchar.

Ludger soltou o pescoço do Belfort, depois recuou e observou a cena.

Sua pele, que estava cheia de rugas por causa da idade avançada, ficou tensa e logo se dividiu de um lado para o outro, então pelos começaram a crescer numa quantidade enorme.

Mas a mutação dele não parou por aí.

Seu pelo crescente caiu, revelando sua pele vermelha, que começou a inchar como uma bolha.

Belfort tinha bebido todas as drogas na garrafa.

Na verdade, no caso dos experimentos, apenas uma fração pequena da droga era injetada neles, considerando que nem conseguiam lidar com isso e que causaria mutações graves.

A quantidade de drogas que o velho Belfort tinha bebido já havia excedido o limite.

— Aaaaaaaaaargh! Por quê?! Por quê?!!!

Enquanto seu corpo era dilacerado, distorcido e sofria mutação, Belfort não teve escolha a não ser gritar com Ludger.

Quando seu rosto ficou estranhamento distorcido e adotou a aparência de uma fera…

Não foi um grito humano ou o de uma fera que saiu da garganta do Belfort, mas uma voz que pertencia a outra coisa.

— Aaaaaaaaargh!!!

— Não importa o que eu diga, você não vai entender mesmo, quanto mais se arrepender.

‘Então ele não tem que entender.’

‘Deve é sofrer a dor que causou aos outros.’

Ludger desfez a barreira de som que havia se espalhado.

Brrrrrinngggg~

Ao mesmo tempo, um alarme de detecção de mana soou por toda a casa. Depois disso, o grito do Belfort, que se tornou um monstro, ecoou.

— Aaaaaaaaaargh!

— Que som é esse?!

— É um intruso! A voz veio do quarto do Mestre Belfort!

— Mestre Belfort! Mestre Belfort!

Bam! Bam~

Os guardas de fora começaram a bater com força na porta.

Logo, a porta trancada foi arrombada e homens volumosos correram para dentro.

Entre eles, estava um mago autônomo que foi contratado para proteger Belfort.

— É… é um monstro!

— Donde veio esse monstro?

— Saiam todos do caminho!

O mago conjurou imediatamente uma magia de fogo e queimou o monstro.

O monstro foi queimado facilmente, ao contrário da sua aparência horrível.

Tinha uma vitalidade muito persistente, então, mesmo que o corpo tivesse queimado, continuava se regenerando, mas isso só fez o processo de queimar o monstro durar mais.

O mago também sentiu algum tipo de ameaça e despejou toda a sua mana na magia de fogo.

E uma hora se passou assim…

O corpo do monstro desmoronou; não estava mais se regenerando.

— Uaah. Hah. Finalmente acabou.

— Mas cadê o Mestre Belfort?

— Achem ele!

Não importa o quão ruim ele fosse como pessoa, ainda era o empregador que lhes pagava salários, então ficaram ansiosos para encontrar Belfort Ricksen.

No entanto, não importa o quanto procurassem, ainda não conseguiram ver Belfort, nem encontrar nenhum vestígio dele.

Todos naquele lugar não tiveram escolha a não ser chegar a uma conclusão no fim: Belfort Ricksen foi comido pelo monstro.

Era uma situação absurda.

Ao mesmo tempo, não sabiam…

O cofre secreto que estava escondido no quarto do Belfort…

Um cofre contendo as riquezas dele que estava escondida em um espaço secreto atrás de um retrato grande…

Foi levado por alguém.

— Chegou?

O esconderijo que Hans lhe disse para se encontrar era uma casa velha localizada no fundo do beco do distrito comercial de Leathevelk.

Tabuletas desgastadas, portas rangendo, paredes exteriores e janelas que estavam todas manchadas.

Contudo, isso só se aplicava ao seu exterior, porque viu que o interior estava muito limpo e não estava fedendo, quando entrou.

Parecia um bar normal do lado de fora, mas era apenas uma fachada.

— Você escolheu um lugar muito bom.

— Fica na área comercial ao lado da área da fábrica. Foi difícil arranjar este lugar.

— E as intermediações?

— Ainda não terminei de verificar, mas tenho certeza de que os becos de Leathevelk são bem complexos. Preciso de mais tempo.

— Entendi.

Ludger falou isso e colocou o cofre que tinha trazido no chão.

Hans abriu os olhos quando um som de “bam” foi ouvido.

— O que é isso? Deve ter sido um saco trazer até aqui.

— Não exatamente.

— Então, é um cofre? Parece exatamente com um.

— Sim. Estava protegido por magia, mas desfiz a magia de segurança no caminho para cá, então dá para abrir agora mesmo.

Hans não tentou discutir, somente abriu o cofre e verificou o conteúdo, fechando logo em seguida.

— Tem muitas coisas…

— Use um pouco como suprimento para o seu trabalho. Esconda o resto no lugar certo por enquanto.

— Bem, não tenho nenhuma objeção. Por sinal, vai embora agora?

— Sim.

— Você parece um pouco cansado. Por que não faz uma pausa antes de ir? Tenho um quarto separado para você.

— Vou verificar mais tarde. Acho que vou voltar em breve de qualquer jeito.

— Vai usar qual identidade quando for vir?

— A identidade mais adequada para agir no submundo.

— Oh, está falando sério?

Hans não perguntou mais. Mais do que qualquer outra coisa, Ludger devia estar exausto por causa da luta.

— Tenha um bom descanso. Vou terminar meu trabalho assim que puder também.

— Sim.

Ludger saiu do esconderijo com passos cansados.

O ar no beco dos fundos, onde as pessoas raramente entram e saem, era “apodrecido” e quente, e a umidade aderia à pele como cola.

Sempre que caminhava em uma estrada com um cheiro apodrecido, podia sentir os olhares que o exploravam além da escuridão do beco mais profundo.

Hienas do beco.

Eles olharam para Ludger como se o estivesse examinando, mas logo perceberam que não era alguém com quem podiam mexer, então recuaram.

Quando saiu do beco, tirou o capuz da cabeça e puxou uma máscara para cobrir a boca e nariz.

Enquanto estava olhando para alguns barcos a vapor que ainda navegavam pelo rio Ramsey, um sino alto soou da torre do relógio no centro de Leathevelk.

Ding! Ding! Ding~

Era o som que notificava as pessoas da meia-noite.

Ludger continuou olhando para o rio Ramsey no escuro.

Até a lembrança do olhar daquele garoto ser completamente levada pelo rio.

[O milionário Belfort Ricksen faleceu]

Foi a primeira página da manchete do jornal publicado na cidade de Leathevelk no dia seguinte.

A morte do Belfort, o empreendedor maligno e um dos milionários de Leathevelk, foi suficiente para agitar a cidade.

Ainda mais porque a causa da morte foi um ataque de lobisomem.

O monstro foi erradicado por um mago que estava de guarda no interior da mansão, mas a morte do Belfort foi um grande problema.

Alguns disseram que ele foi punido pelo céu e outros disseram que sofreu um desastre quando usou magia negra maligna e não conseguiu controlá-la sozinho.

Os repórteres clamaram por dias na frente da mansão do Ricksen, implorando para entrar nela.

Creaaak~

Foi então que um carro preto parou atrás dos repórteres.

— ?

Os repórteres encararam as pessoas que saíram do carro, pois ficaram cheios de curiosidade.

‘Quem são?’

Havia um total de três pessoas que saíram do carro, e todas usavam o mesmo traje.

Um uniforme preto com uma dragona dourada no ombro.

Os olhos dos repórteres se arregalaram ao reconhecerem o traje, que era comumente chamado de casaco preto, que apenas pessoas autorizadas podiam usar.

— De-departamento de segurança!

— E é ainda a Ordem de Cavalaria dos Rastreadores Noturnos!

O departamento de segurança não era uma organização particularmente secreta. Em vez disso, tinham uma reputação tremenda na luz e uma notoriedade terrível no escuro.

Os repórteres engoliram em seco.

Eles tinham ido para a entrada da mansão simplesmente para fofocar, mas era uma história diferente se o departamento de segurança estava envolvido.

Exclusividade…

Essa palavra permaneceu nas mentes dos repórteres.

Não… não vai funcionar assim. Não vou poder entrar mesmo, então vou escrever algo sobre o departamento de segurança.’

‘Se até mesmo o departamento de segurança está se envolvendo, então significa que é mesmo um assunto sério. Além disso, a pessoa que está na liderança…’

Cabelo frio e prateado que contrastava perfeitamente com um casaco preto que tinha uma combinação de bordado dourado e vermelho.

A mulher indiferente que levantou o cabelo para mostrar sua testa era uma pessoa muito famosa.

Terina Lionhowl.

Era a chefe da família marquesa Lionhowl, que simbolizava a proteção do Império.

Ela era a Cavaleira-Comandante da Ordem de Cavalaria dos Rastreadores Noturnos, que era afiliada ao Departamento de Segurança.

Seu apelido amplamente famoso era “Protetora do Lorde”.

O rugido do leão se tornou uma frase simbólica para ela, que até agora erradicou inúmeras pessoas que representavam uma ameaça para o Império.

Os repórteres se dividiram lado a lado e abriram caminho para Terina, que caminhou sem hesitar rumo à mansão.

Com seu carisma indiferente, ela era a ídola de todas as Cavaleiras do império.

— Abra o portão.

À medida que o departamento de segurança avançava, até mesmo os guardas que guardavam a entrada ficaram encharcados de suor.

— Nós… fomos instruídos a não deixar ninguém entrar…

— O portão.

Terina falou enquanto apontava o dedo para os guardas.

— Abra.

— Sim… sim!

Os guardas cujos rostos ficaram pálidos imediatamente se moveram.

Os portões bem fechados da mansão do Ricksen foram abertas.

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