Academy’s Undercover Professor – Capítulo 37 - Anime Center BR

Academy’s Undercover Professor – Capítulo 37

Cap. 37 – Aula de Atributo Elemental (2)

Alguns alunos tinham rostos perplexos. Rudger apontou para um deles que estava na primeira fila.

— Você se chama Anthony, certo?

— Sim, professor!

— Qual atributo elemental você pode usar?

— Ah, ahm… água, gelo e plantas.

— Com qual deles você se sente mais confiante?

— O elemento gelo.

 — Então, pode mostrá-lo aqui?

Após às palavras de Rudger, Anthony respondeu que sim e formou uma esfera mágica na mão direita. A emissão básica de mana começou, e as propriedades dela foram incluídas diligentemente. Ela era semelhante a uma bola de neve pressionada com força.

— É normal.

— Obrigado.

— Você soa como um acéfalo.

O rosto de Anthony escureceu com as palavras de Rudger.

— Veja o que posso fazer.

Na mão direita do professor, surgiu uma outra esfera mágica. Era uma massa de propriedades do gelo como a feita por Anthony, mas algo estava diferente. Não, ainda estava mudando.

— Consegue sentir?

O aluno, olhando para o pedaço de gelo que criou como se estivesse possuído, não respondeu. A esfera criada pelo seu instrutor era muito mais fria e nítida do que a dele. Parecia a neve perene no subsolo do Continente Norte.

Rudger comprimiu a esfera ainda mais e a transformou em cristais de gelo, que sopraram um gélido ar, criando a ilusão de que a própria sala estava coberta de gelo.

— Consegue ver a diferença?

Os alunos continuavam olhando fixamente para onde o elemento estava. Embora fosse o mesmo elemento, as manifestações de ambos eram muito diferentes.

Ele usou mais poder mágico? Não. A eficiência em si que era diferente. E isso era o que ele estava tentando ensiná-los hoje.

— Sério, tem algo diferente?

— Como o professor fez isso?

A atmosfera na sala gradualmente esquentou. Não havia mágico que recusasse qualquer coisa que tornasse os seus poderes melhores.

— Das duas horas de aula de hoje, trinta minutos serão sobre teorias básicas e, no resto, aprenderão a aumentar a eficiência da manifestação dos seus elementos.

Os brilhantes olhos de todos se concentraram nas palavras dele.

— Antes de entrarmos no princípio da manifestação, veremos os conceitos básicos de atributo elemental.

Os atributos elementais são uma especialização com uma história e genealogia profundas que até aparecem no sistema de manifestação logo após o lançamento da magia.

A magia só podia ser usada com poderes mágicos. A magia primordial, uma forma muito primitiva, era baseada na manifestação desse poder mágico, a primeira especialização do sistema de manifestação: lançamento mágico. A partir da liberação, os atributos elementais, que continham os elementos da natureza na magia, eram desenvolvidos.

— Eles foram estabelecidos como parte do sistema de manifestação, mas nas primeiras formas mágicas, os atributos elementais eram chamados de base de toda magia — explicou, flutuando quatro esferas no ar. — Hoje em dia, são usados para manifestar o poder de um elemento combinado com o próprio poder através da ciência natural. Porém, nos primeiros dias, concentravamos na relação entre a natureza e os seres humanos.

Cada uma das esferas mágicas começou a assumir um atributo entre fogo, água, terra e vento.

— Esses são os quatro primeiros atributos. Em comparação com agora, sendo um total de dez ou mais, o número é bem pequeno. Entretanto, não podemos vê-los como atributos. Esses quatro elementos não são só elementos puros, pois contêm o simbolismo que as pessoas pensavam naqueles dias.

A terra era dura e forte; o fogo era poderoso e destrutivo; a água era suave e climatizada; o vento era livre.

Os alunos ouviram Rudger como lunáticos. Um ensino teórico sobre origens deveria ser chato, mas ninguém pensava assim.

“Eu já sei disso.”

Flora estava insatisfeita com o conteúdo, afinal, conhecia as origens dos atributos elementais. Ter que ouvir o que ela já sabia que era tedioso e trabalhoso. Porém, mesmo sabendo disso, ela foi humilhada pela maneira como estava pouco a pouco se afogando na voz de Rudger.

— Desde então, os atributos foram desenvolvidos e analisados a partir de um ponto de vista racional em vez de um símbolo natural. O número de elementos, que costumava ser quatro, aumentou para dez.

“Ele continua dizendo o que já sei.”

— Surgiu um conflito entre a escola mística, que valoriza a tradição, e a escola de ciências naturais, que busca desenvolver ainda mais a ciência moderna a aplicando.

“É que você tem um rosto bonito e uma boa voz.”

— No fim, não temos escolha a não ser nos adaptar às mudanças no mundo. Não aos ensinamentos da Ordem, mas onde usar a magia da natureza.

“Ainda assim, vale a pena ouvir…”

Ele, que removeu a magia que flutuava no ar, olhou ao redor da sala de aula e fez uma pergunta.

— Algum aluno sabe por que a magia elemental se desenvolveu de modo tão dramático? Darei cinco pontos para quem responder corretamente. Um exemplo é o elemento chama.

Os alunos levantaram as mãos na hora, e Rudger os nomeou um por um.

— Você.

— Para iluminar e expulsar as trevas.

— Errado. Próximo.

— Para limpar a floresta a queimando.

— Muito formal. Próximo.

— Hã, hum. É para se livrar do medo humano primitivo da escuridão?

— Terá sucesso se escrever poemas.

O riso irrompeu entre os alunos. Flora ergueu a mão com orgulho.

— Sim, Flora Lumos?

— Queimar algo até a morte.

O silêncio permaneceu na sala de aula, pois as palavras dela foram diretas demais e nada convencionais.

— Pode especificar para mim? Queimar o quê?

— Claro que pessoas.

Os alunos reviraram os olhos, paralisados de choque. Todos na sala pensavam a mesma coisa: ele vai repreendê-la com força. Ele, todavia, assentiu para ela.

— Isso mesmo. Flora Lumos, você recebe cinco pontos.

Os olhos deles pousaram nela e depois se voltaram para ele.

— Para o que a magia elemental se desenvolveu? A resposta é matança.

Depois que a civilização foi estabelecida e tomou forma, a magia continuou a se desenvolver. A hierarquia mágica estava dividida, e quanto mais elevada fosse ela, maior o poder e a letalidade.

— O primeiro alvo foi um monstro. Mas, mesmo depois que os monstros foram expulsos para o continente sombrio, a magia ficou mais forte graças à presença dos criptídeos. Só que há muito poucos, então por que deixaram a magia mais forte e precisa?

Ela foi criada para matar humanos. Guerras, o domínio colonial e a violência foram a força motriz que melhorou ainda mais a magia. Na atual era de paz, essas palavras eram nada menos que um tabu para os estudantes.

Comparar a história e a tradição com algo como assassinato significava que ele estava afirmando que todos eram pré-assassinos; isso era inegável. Era também uma realidade que os magos tradicionais negavam.

— Fogo para queimar, água para afogar, vento para cortar, eletricidade para apoiar. A magia que se desenvolveu com a história humana cresceu com a força motriz da guerra e de massacres. É uma verdade que nunca poderemos desmentir. No final de tudo, o atributo elemental que aprendemos é a Torre de Babel construída sobre inúmeras vidas e mortos. — Ele respirou fundo e continuou. — Vocês que aprendem isso são os executores da matança.

A sala de aula ficou envolta em silêncio, e a única coisa ouvível foi alguém engolindo saliva. O assunto sobre o qual ele estava falando era sensível a todos os magos, não apenas aos estudantes.

— Mas podemos mudar isso. — A voz dele envolveu suavemente toda a sala. — Não há garantia de que porque aconteceu no passado vai acontecer no futuro. O mundo mudou, e o fogo não é mais usado apenas para queimar. Olhem para a parte de trás do folheto que entreguei a vocês.

Todos estavam tão focados que se esqueceram daquilo. Então, apressados, viraram o folheto e viram o conteúdo: imagens malfeitas de várias estruturas impressas a tinta. Contudo, não tiveram dificuldade em reconhecer a imagem em si.

— O fogo não queima apenas, ele também fornece energia. No frio, o fogo é um símbolo de sobrevivência, não de destruição.

A água corrente girava a roda d’água, e o rio que a coletava se tornava uma passagem para barcos; o vento impulsionava os moinhos para fornecer energia eólica, e a própria eletricidade reabastecia a energia elétrica e iluminava; água e gelo esfriavam a temperatura de desertos ardentes.

— Como aprendemos, o significado de um elemento muda dependendo de como nos comportamos.

Fazer algo, não destruir. Não para apagar o mundo, mas para levá-lo a uma direção melhor.

— Essa é a mentalidade básica que vocês precisam ter antes de estudar os atributos elementais.

Ninguém se atreveu a abrir a boca, como se uma enorme onda tivesse os engolido. Entretanto, o que sentiram não foi desagradável, mas sim uma sensação refrescante de conhecimento se expandindo. Até Flora, com a boca bem aberta, prestou atenção nele.

Rudger lhes mostrou um novo mundo.

— Lutar por um mundo melhor. Os meus ensinamentos de atributos elementais são uma lição para isso. — Sorriu, descendo do púlpito. — Agora, vamos começar a implementar elementos a sério.

E assim iniciaram a parte prática. O elemento de especialização deles deve ter os fundamentos estudados a partir do momento em que aprendiam magia pela primeira vez. As crianças, que fizeram isso antes de entrarem em Sören, usaram os seus poderes sem dificuldade e os cobriram com os próprios elementos.

Rudger caminhou devagar pela sala de aula, apontando para as esferas elementais que fizeram uma a uma.

— Joseph, concentre o fluxo da magia um pouco mais. O elemento em si é bom, mas a liberação é inexperiente. Você é mesmo um estudante do segundo ano de Sören? Não se distraia.

— Sim!

— Irena Caroman, você fez um atributo de planta agora? Ele deve abraçar o frescor da natureza, mas o seu é como ver folhas podres no chão no fim do outono. Mantenha o foco e projete uma imagem clara em sua mente de um broto rompendo do chão.

— Tá…

Ele nunca falava gentilmente, o que dava um choque de realidade nos alunos. O mais lamentável era que ele não estava errado. Além disso, os conselhos dele eram muito precisos. Podia ser rígido, mas observava as fraquezas deles e fornecia uma maneira de melhorarem. Feria orgulhos, e ao refletirem a respeito, percebiam que ele estava os ajudando. Mesmo assim, o estilo de ensino espartano dele era assustador para os jovens.

Toda vez que ele dava um passo em direção a um aluno, esse aluno não conseguia manifestar adequadamente os elementos de tanta preocupação com ele chegando perto.

— O que você está fazendo? Magia parece uma piada? Se não consegue se concentrar, nem vale a pena assistir às minhas aulas.

— Desculpe!

— Antes de falar, preste mais atenção à sua magia. Feche os ouvidos e olhe apenas na sua frente.

— Sim!

E toda vez que ele passava, as vozes dos estudantes se espalhavam feito ondulações, formando harmonia. Aidan, um menino plebeu que frequentava a sua aula, começou a suar frio quando viu o professor se aproximando cada vez mais, pois não conseguia manifestar adequadamente o seu atributo.

Rudger parou na sua frente com o olhar afiado voltado para Aidan, que estava incapaz de fazer qualquer coisa.

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