Baccano! – Capítulo 00 – Vol 01 - Anime Center BR

Baccano! – Capítulo 00 – Vol 01

Baccano! Rolling Bootlegs (1930)

Autor: Narita Ryohgo
成 田 良 悟

Volume 1 – Espiral de contrabando

Prólogo 

Tradução: PH

 Um dia atrás ~ Em Alveare ~ 

“Iremos te dar seis horas para se preparar para sua morte.”

Em um quarto com decorações simples, um menino era rodeado por homens com faces solenes.

“Possui algo a dizer?”

Um homem de óculos, com uma face sorridente, olhava nos olhos do garoto.

“Bem, eu não sei o motivo, mas esse quarto me faz querer me desculpar…”

O rapaz murmurou de maneira nervosa. Não esperava que todos os executivos estivessem presentes juntos. Mas que feito horrível ele poderia ter cometido?

“Hm… Eu fiz algo…?”

“De fato, e incontáveis vezes.”

Um homem com ar respeitável respondeu em um tom de voz baixo.

“Chefe… Não pode ser, deve haver algum engano. Eu não me lembro de nada…”

“Tudo que eu preciso é de uma única palavra para desfazer esse seu olhar confiante. Entendeu?”

“C-claro… Me instrua…”

Com uma expressão estranha, o chefe finalmente revelou o que tinha em mente.

“Amanhã, vá comprar um chápeu com Maiza.”

Um momento de silêncio. Vendo a aprovação silenciosa de outros dois executivos – O secretário e o supervisor asiático – o rapaz finalmente entendeu.

“Ah… Não me diga que…!”

Um grande, e infantil, sorriso se formava em seu rosto.

“Você mereceu isso por conta de seus diversos serviços.”

Comprar um chapéu com um membro executivo. Tal evento possuía um grande significado na Organização.

“Parabéns por sua promoção.”

O homem de óculos se aproximou do menino com uma grande satisfação.

“Amanhã de manhã, eu devo te ver na frente da loja de chapéus…”

 

 

 Alguns dias depois, ou algumas horas atrás ~ Estação de Trem ~

Eles eram um casal estranho, posso te contar.

“Então essa é a nossa Capital da Esperança!”

“Está transbordando (De esperança)!”

Eu queria bater em suas faces. Capital da Esperança, vocês dizem? Vocês sabem quantas pessoas cometeram suicídio no ano passado? Eu também perdi meu trabalho… Não fui demitido: A companhia simplesmente desapareceu quando fui ao trabalho em uma manhã.

Bem, depois de tudo, o homem foi esmurrado por alguém antes de eu ter a minha chance.

“Ouuuuuuch!”

“Wahhhhh Isaac~!”

Como se nada tivesse acontecido, ele se levantou em um pulo e começou a gritar, levando ambos os braços na direção do céu.

“É isso! É assim que uma Capital deve ser! A emoção de conhecer a violência sem aviso prévio! Uma excelente maneira de aprimorar os meus seis sentidos!”

“Também acredito! Mas isso é um pouco assustador!”

“Não se preocupe, pois Deus está ao nosso lado! Lembra da vez que roubamos as roupas de um ministro e não fomos punidos? Isso significa que temos a aprovação de Deus para o que estamos fazendo… Tenho certeza disso!”

“Isso é incrível!”

Eu tenho certeza de algo também: Vocês dois são completos idiotas.

“Ah, Miria, eu preciso te lembrar de algo”

“E o que seria?”

“Tente não se destacar muito nessa cidade… Não até nosso trabalho começar.”

“Eu entendo! Irei ficar quieta até o trabalho, então!”

Até esses idiotas tem um trabalho? … Eu estava seriamente irritado naquela hora, mas eu vejo, o “trabalho” deles é algo “daquele” tipo.

Eu entendo o que eles estavam dizendo agora. Nova York é, de fato, uma cidade de esperança – Para a Máfia e criminosos como eles!

Ei, o que exatamente eles fizeram? Deve ter sido grande o suficiente para movimentar os federais como você, não é?

… Espere, do que você está rindo?

Ah, depois disso? Bem… Eles disseram algo como…

“Certo, vamos encontrar uma loja de chapéus primeiro.”

“Loja de chapéus, de fato!”

Isso é tudo? Não precisa me agradecer. Ao invés disso, encontre um trabalho para mim. Você não quer que eu siga o caminho deles eventualmente, não é?

… Ainda não quero me sustentar na esperança distorcida das ruas, sabe?

 

 

 Alguns minutos atrás ~ Na estrada ~ 

Com nenhum sinal de conversa à vista, o espaço apertado no carro era ocupado por silêncio e solidão..

A motorista pensou para si mesma.

Por favor, deixe esse silêncio doloroso permanecer para sempre.

Não há significado para minha existência. Ela invejava qualquer um que tivesse a confiança de identificar a si mesmo de uma maneira tão deprimente.

Uma existência sem significado. Quão maravilhoso isso seria. Em outras palavras, essas pessoas eram capazes de fazer escolhas independentes sobre como desperdiçar o tempo de sua vida. Não seria essa a definição suprema de liberdade?

Ao contrário deles, ela tinha que viver com um significado claro.

Uma “ferramenta” do homem atrás de si. Esse era o propósito inteiro de sua vida, assim como um destino que não poderia desobedecer.

Solidão é o produto de não ter ninguém além de si mesmo para amar. Apesar de sua presença ser solicitada pelo idoso frequentemente, ela continuava muito sozinha.

O que é precisamente o motivo pelo qual ela adorava o silêncio. É o único momento em que ela poderia permanecer viva sem receber ordens.

Mas o seu tão amado silêncio era rudemente interrompido pela voz de um velho insensível.

“Se o Elixir foi de fato completado – Acabe com todos os incômodos.”

“Sim.”

“Irei fazer por mim mesmo. Você apenas tem que impedir os outros de gritarem enquanto estou nele. Não é fácil?”

“Sim.”

Ela pensou, O quão imparcial esse velho pode ser? Incluindo ela mesma, ele tratava todo ser vivo igualmente, sem se importar com a raça, gênero, idade, valores, bem ou mal, passado ou futuro… Todos eram meras ferramentas nos olhos dele, tudo era para ser descartado quando se demonstrasse inútil ou desnecessário.

“Estamos na cidade agora…? Evite as ruas principais.”

“Sim.”

A motorista parou de pensar para si mesma. Dentro de sua mente havia os cálculos de um profissional sobre atalhos que a levariam até o destino eficientemente.

Então, o carro virou em uma rua afastada – Bem na esquina de uma loja de chapéus.

 

 

 Um momento antes ~ Família Gandor ~

Berga: “Ei, por que a marcação para o Ás de Espadas é tão grande? Passo.”

Luck: “É um velho costume da Inglaterra. Um grande número de empresas foram obrigadas a fazer um design especial para as maiores cartas (Em um jogo de Poker), geralmente apresentando a logomarca da empresa, ou algum símbolo. Passo.”

Berga: “Entendo. E agora, todos esses Reis parecendo o mesmo. São trigêmeos ou algo do tipo?”

Luck: “Eu ouvi falar que o Rei de Diamantes foi modelado a partir de Júlio César.”

Berga: “Quem diabos é César? E então esse cara, o rosto desse Valete me irrita por algum motivo… Ah, sim, não parece aquele intruso que matamos da última vez?

Luck: “Como eu posso saber? A cara dele parecia carne moída (Na hora que cheguei) por causa de você… Não, estou fora. Eu não acho que possa ganhar de um trio.”

Berga: “… Huh? Como você sabia que eu tinha um trio?”

Luck: “… Você está mesmo me perguntando isso?”

Keith: “… …” (Vira as cartas).

Berga: “Ah.”

Luck: “Um quinteto…”

Berga: “Droga! Ei irmão, nós podemos parar de usar Coringas no Poker?”

Luck: “O Deus da Morte certamente gosta de gosta de fazer companhia ao irmão Keith”

Keith: “… …”

Jogi: “Ah… Chefe, todos vocês estão aqui.”

Berga: “Okay, agora sente-se.”

Luck: “Sr. Jogi… Você gostaria de jogar uma partida de Poker?”

Jogi: “H-huh…”

Keith: “… …”

Jogi: “Aliás, havia muitos policiais rodeando a loja de chapéus nessa manhã… Algo aconteceu?”

Luck: “Ah, falarei sobre isso mais tarde… Já que isso tem algo a ver com você também.”

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