Baccano! - Epílogo II: Delinquentes - Vol 03 - Anime Center BR

Baccano! – Epílogo II: Delinquentes – Vol 03

Epílogo II – Delinquentes

Tradutor: PH

A investigação havia terminado por enquanto, deixando o Flying Pussyfoot guardado temporariamente.

Nesse ponto, quando até mesmo a polícia havia saído, diversas figuras silenciosamente permaneciam nos vagões.

“Isso não é bom.”

“Nem um pouco bom…”

John, o barman, e Fang, o chef assistente, eram os homens responsáveis por trazer Jacuzzi e seus amigos para o trem. Se as coisas tivessem ido de acordo como planejado, eles teriam chegado seguramente em Nova York. Mas agora eles encontravam-se de frente para uma situação feia.

“Você acha que vão nos demitir?”

“Talvez…”

Eles tinham revelado suas identidades quando Jacuzzi tomou conta do vagão de jantar de volta dos homens de preto. Seu experiente manuseio de armas de fogo e sua aliança com o rapaz que havia declarado a posse do trem eram conhecidos por todos os passageiros no vagão.

Os dois conseguiram evitar serem presos porque ninguém havia descoberto nada sobre o assalto, mas no fim eles teriam que encarar a ira do cozinheiro chefe. Ao menos, era isso que achavam.

“E se ele nos despedir?”

“Talvez nós consigamos arranjar empregos naquele lugar que vende mel onde minha irmã mais velha trabalha.”

“O que é isso sobre mel? E você não disse que causou problemas e foi expulso de Chinatown?”

“Minha irmã foi expulsa também porque somos família. Então os italianos acolheram ela. Eu ouvi que ela está trabalhando em um bar ilegal em uma loja de mel que eles têm.” Fang disse sem se importar. John olhou para o ar.

“Um bar ilegal, huh. Talvez eles estejam precisando de um barman, também.”

Com a dúvida desanimada de John, um silêncio desconfortável formou-se sobre eles.

Um aroma poderoso estava permeando a área dos assentos do balcão, o suficiente para fazer o estômago vazio da dupla roncar em ânimo. Tudo que eles podiam ouvir da cozinha era o som do chefe de cozinha mexendo uma panela de ensopado. No silêncio, o som da concha contra a panela apenas servia para exponencialmente intensificar tanto sua fome quanto seu medo.

Então, o som parou, seguido pela grossa voz do chef.

“Vocês dois não vão precisar voltar para cá a partir de amanhã.”

John e Fang suspiraram, meio aliviados.

“Estamos sendo demitidos?”

Eles estavam esperando algo assim, e todo o preparo mental havia ajudado a dupla a resistir ao impacto de sua demissão. Mas…

“Demitido, isso. O vagão de jantar todo vai ser demitido.”

“O quê?”

“Senhor?”

John e Fang estavam surpresos. O chef, porém, estava desanimado enquanto ditava os fatos para eles.

“Me disseram que a corporação para qual pagamos aluguel vai fingir que esse trem nunca existiu. Vocês estão perdendo seus trabalhos para que eles possam fingir que toda essa bagunça nunca aconteceu. O mesmo para mim.”

Os dois olharam um para o outro, surpresos. Se até mesmo o seu chefe estava sendo demitido, por que os dois especificamente tiveram que ficar ali?

“Então aqui vai meu ponto. Já ouviram falar dos Genoard? Uma família rica lá de Nova Jersey. Eu ouvi que eles estão procurando por um cozinheiro e um barman. Eu vou pedir um emprego para a sede, então vocês dois vão trabalhar para o mestre Genoard por enquanto. Como eles são ricos o suficiente para contratar um barman, eu não acho que vocês tenham reclamações.”

Os olhos de John e Fang arregalaram-se. O chef ignorou seu choque e continuou.

“Eu não ligo para quem quer que vocês tenham ligação, e eu com certeza não me importo se eles são criminosos. Mas eu pessoalmente afirmei suas habilidades como um cozinheiro e um barman. Vocês dois foram os únicos que vieram em minha mente quando eles perguntaram por um time de cozinheiro e barman. Eu acho que seu empregador deve estar em Nova York agora mesmo, então vão dar uma visitinha amanhã. Entenderam?”

Ambos foram obrigados a assentir pelo tom grosso do chef. Mas lá no fundo, os dois estavam muito gratos por terem sido lembrados.

“O ensopado está pronto. Comam antes de ir.” O chef disse da cozinha.

“Obrigado pela comida!” John e Fang disseram simultaneamente. Porém, seus sorrisos logo foram congelados pelas próximas palavras do chefe de cozinha.

“Fico feliz por ouvir isso. Eu quase pensei que teria que jogar fora todas as cem porções de ensopado. Como vocês aceitaram ela tão generosamente, espero que comam tudo. Se eu ver uma única gota sobrando nos pratos, vou fazer minha próxima concha com suas mãos.”

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“E é assim que acabamos trazendo para você um presente por sua recuperação. Manda ver!”

“Eu prometo, é delicioso! Se você não comer, eu vou ter que amaldiçoar você após sua morte!”

John e Fang deram sorrisos claramente falsos, atrás de uma panela gigante que parecia como se pudesse pesar cem quilos facilmente.

“A-ajuda.”

Do outro lado da panela enorme de ensopado estava Jacuzzi, deitado em uma cama parecendo como se fosse chorar a qualquer momento.

Eles estavam atualmente na clínica médica de Fred. Jacuzzi ficaria hospitalizado por mais alguns dias, mas ele logo seria liberado.

Na cama ao lado de Jacuzzi estava Jack, e depois dela estava Donny, dormindo no chão e roncando alto. Ele que havia carregado a panela até lá após ouvir sobre a situação desagradável de John e Fang, e havia comido mais ou menos vinte porções durante o caminho.

Mas não parecia que o ensopado iria acabar tão cedo. Talvez houvessem mais de cem porções ali.

As únicas outras pessoas no quarto eram Nice e Nick. Em outras palavras, o grupo que estava no trem estava reunida aqui. Enquanto discutiam o que deveria fazer com o excesso de ensopado, eles subitamente começaram a ouvir vozes do lado de fora do quarto.

“O que é isso? Tem um cheiro muito bom.”

“Ei! Não sejam egoístas! Nos dê um pouco!”

Amigos de Jacuzzi começaram a entrar pela porta um por um.

“Pessoal!”

O jovem ficou animado instantaneamente. Diversos membros da gangue eram parte do time de recuperação que havia pegado a carga do rio em seus barcos.

“Ei, Jacuzzi! Sabe aquelas bombas? Nós fizemos uns negócios escondidos com um mineiro que conheço e um diretor de Hollywood! E adivinha? Fizemos uma fortuna! Cem mil dólares! Acredita?!”

“Nós tiramos os explosivos das granadas de cerâmica e vendemos elas por duzentos dólares cada, também.”

Ao invés de preocupar-se com seus ferimentos, os amigos de Jacuzzi focaram nas suas finanças. E Jacuzzi amava eles por isso.

“Estou tão feliz por ouvir isso!”

“Mas Jacuzzi, você não pode mais ir para Chicago.” Um de seus amigos disse naturalmente, comendo o ensopado.

“Huh?”

“Eu ouvi falarem que a máfia descobriu onde você mora. Eles vão te transformar em queijo assim que chegar perto da sua casa.”

“O q-quê?”

A rosto de Jacuzzi ficou vermelho.

“Por que nós não nos mudamos para Nova York já que estamos aqui? Eu ouvi que os outros virão logo.”

“A, v-você faz parecer tão fácil…”

Os amigos de Jacuzzi ignoraram seus olhos cheios de lágrima e mudaram para um assunto mais animado.

“Ah, é mesmo, Jacuzzi! Você acreditaria se eu te dissesse que uma moça muito linda caiu do céu?”

“Ela estava tentando se matar?”

“Não seja estúpido! Nós estávamos pegando a carga que vocês largaram! Quando vimos ela saindo da água, segurando uma das caixas! Essa dama magnífica que machucou seus ombros! Nós dissemos para ela que iríamos para Nova York, então ela se juntou a nós! Ela é do tipo inteligente e quieta. O médico daqui cuidou dela também.”

“Huh, sério? Talvez ela fosse uma das passageiras do trem.”

Jacuzzi pensou por um momento, então alargou sua boca em um sorriso.

“Eu gostaria de dizer oi para ela, se não tem problema.”

“Certo. Pode vir, Chane!”

Quando a mulher bonita de vestido preto entrou no quarto, Jacuzzi cumprimentou sua nova amiga com um sorriso, enquanto Nice e Nick largaram seus pratos de ensopado.

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