Childhood Friend of the Zenith – Capítulo 8 - Anime Center BR

Childhood Friend of the Zenith – Capítulo 8

Capítulo 08 – Dia dos Nove Dragões (2)

Não havia muito tempo até a Cerimônia dos Nove Dragões começar e eu estava sendo feito de refém por um homem gigante.

O homem falou para mim.

— Você não vai fugir desta vez, hein.

Se alguém tivesse o apelido “Montanha Gigante”, definitivamente seria ele.

Ele parecia ter pelo menos 2,44 metros de altura, e seus largos ombros o faziam parecer maior.

Ele tinha cabelos brancos e algumas rugas no rosto, que dava uma ideia de quantos anos tinha.

No entanto, ele era um artista marcial antes de ser um idoso.

Ele era o Segundo Ancião do Clã Gu, Gu Ryoon.

— Você sempre foge quando me vê, então o que te traz aqui?

— Você falou que cortaria ao meio se não viesse… E como posso perder a Cerimônia dos Nove Dragões?

— Oh? Você está me retrucando agora.

O Segundo Ancião esfregou meus cabelos com suas mãos enormes.

Ele sempre foi obcecado por mim, provavelmente pelo fato de que eu era o único filho do Clã Gu.

Ele não controlou seu poder, o que fez minha cabeça chacoalhar junto do meu cabelo bagunçado.

S-Sinto que vou vomitar…

Quando eu estava prestes a desmaiar, Gu Yeonseo apareceu. Ela foi minha graça salvadora.

Gu Yeonseo tremeu quando olhou para mim, mas imediatamente se endireitou e cumprimentou respeitosamente o Segundo Ancião.

— Saudações, Segundo Ancião.

— Oh! Minha Yeonseo veio!

O Segundo Ancião me soltou quando viu Gu Yeonseo e tirou um yakgwa.

Senti ter visto isto antes…

— Este encrenqueiro nunca tem dias em que é fofo. Você deve estar cansada após vir até aqui. Vovô não trouxe nada porque estava com pressa… Você quer um yakgwa?

Gu Yeonseo, com um leve sorriso, rejeitou a oferta.

— Desculpe, não estou me sentindo muito bem agora…

— Ah, não…! Vou chamar os médicos!

— Não se preocupe, Segundo Ancião, só estou nervosa pelo evento. Aceitarei alegremente o yakgwa da próxima vez.

Gu Yeonseo se curvou respeitosamente e saiu para se trocar.

— Ela é tão educada e respeitosa, diferente de alguém aqui.

— Posso visitar o médico, já que estou prestes a desmaiar por você ter chacoalhado minha cabeça?

— Isso é facilmente curado esfregando um pouco de saliva, então fique quieto.

… Qual é a desta discriminação?

Fiquei um pouco triste e achei meio injusto, mas o deixei ir porque era um homem com uma personalidade única.

— Segundo Ancião, me dê o yakgwa se não vai comer.

— Estive dizendo faz muito tempo, mas você precisa comer menos. É ridículo o filho do Clã Gu ser tão ganancioso por um yakgwa.

— Mas você estava prestes a dar o yakgwa para a filha do Clã Gu. E o que ser filho do Clã Gu tem a ver com o yakgwa…

— Yeonseo merece porque treina constantemente. Por outro lado, você só come, caga e dorme.

— Não sou eu quem vai comer o yakgwa, então está tudo bem.

Com isso dito, peguei o yakgwa do Ancião. Obviamente, eu ia dar para a Wi Seol-Ah.

Sempre que vejo um yakgwa, agora lembro da Wi Seol-Ah. É por causa de como a vi aproveitar tanto enquanto comia?

Vi a Wi Seol-Ah e os outros servos se aproximarem de nós quando peguei o yakgwa.

Quando os servos se curvaram respeitosamente para nós, a Wi Seol-Ah imitou o movimento.

O Segundo Ancião sinalizou que não havia necessidade.

Wi Seol-Ah então saltou na minha direção.

— Jovem Mestre! Há tantas pessoas lá fora!

— É claro, é uma cerimônia.

— Eles estão vendendo bolinhos, espeto de carne e macarrão!

— … Você não estava falando sobre quantas pessoas tem lá fora? Por que agora virou sobre comida?

— Mas os bolinhos…

Wi Seol-Ah parou de falar de repente e se escondeu atrás de mim chocada.

Me virei, imaginando o que a fez fazer isso e vi o Segundo Ancião a observando.

Foi assustador demais considerando que este era um homem de 2 metros com ombros montanhosos.

Além disso, a linhagem do Clã Gu era conhecida por ter olhos afiados e assustadores, então nunca tiveram as melhores expressões.

— … Segundo Ancião, é assustador para as pessoas quando você fica parado encarando assim.

— Hmm…

— Qual é o problema, Ancião?

— Essa criança é sua concubina?

— … Do que você está falando? Olha para as roupas dela, Ancião. Ela é uma serva.

Os servos que serviam a linhagem de Gu tinham roupas amarelas, o que a Wi Seol-Ah estava usando.

— É mesmo? Acho que se você está dizendo, então deve ser verdade.

O Segundo Ancião saiu após perder o interesse. Ele precisava se preparar, pois o sol iria se pôr logo.

Eu então entreguei o yakgwa para a Wi Seol-Ah.

— Coma isto e se comporte.

— Hm? Eu comi um pouco antes…

— E? Você falou que gosta, enjoou disto?

— Não… Meu avô me disse para não comer mais de cinco por dia.

— … Quando você comeu cinco?

Eu não dei só um na carruagem? Quando olhei para os servos, os senti desviarem o olhar.

— Então foram eles…

Eles provavelmente não deram minha parte dos petiscos, então provavelmente usaram do próprio dinheiro para comprar alguns para ela.

Decidi apenas entregar o yakgwa a ela e deixá-la decidir se comia agora ou amanhã. Após fazer isto, fui trocar de roupa logo.

Bem, não havia muita preparação para mim — só precisava usar a roupa vermelha que simbolizava o clã.

Quando o sol se pôs, as luzes de vários locais começaram a acender no salão de conferência.

No meio do salão estava o Segundo Ancião, Gu Yeonseo e eu estávamos parados ao seu lado.

Todos os parentes sanguíneos precisavam participar do Dia dos Nove Dragões, mas o mais jovem da família atualmente não estava no clã e a filha mais velha estava ocupada com sua esgrima, então só veio eu e a Gu Yeonseo.

O Lorde também devia estar aqui, mas era difícil dele sair do clã porque precisava lidar com o Verdadeiro Portal dos Demônios.

O mesmo valia para o primeiro esquadrão de espadachins do Clã Gu.

Portanto, os únicos participando na cerimônia eram os segundo, terceiro e quarto esquadrão de espadachins, enquanto o quinto estavam numa missão.

A primeira cerimônia deste ano consistia em um número bem pequeno de membros em comparação aos outros tempos.

Embora o salão seja enorme, graças ao Mercado Celestial.

O salão de conferência era realmente muito grande quando comparado a quantas pessoas havia atualmente.

O tamanho enorme significava que mais pessoas poderiam entrar e assistir, mas também que havia uma chance maior de um desastre acontecer.

É claro, ninguém seria idiota o bastante para causar um desastre com os espadachins reunidos aqui.

Centenas de pessoas estavam no salão enorme mesmo após excluir a mim, o Segundo Ancião e a Gu Yeonseo — eles eram espadachins do Clã Gu.

Cada um deles era um artista marcial habilidoso e emanava sua própria aura de guerreiro.

— O capitão de cada esquadrão de espadachins, um passo à frente.

A aparência brincalhona do Segundo Ancião de antes desapareceu, e agora exibia sua dignidade como um Ancião do clã.

Suas palavras ecoaram pelo salão quando falou, pois, a aprimorou com o poder de seu qi.

Após ouvir as palavras do Segundo Ancião, o líder de cada esquadrão se adiantou.

— Vice do segundo esquadrão, Woo Ahnseon! Saúdo o Ancião do Clã Gu.

— Capitão do terceiro esquadrão, Ma Cheolhyun, saúdo o Segundo Ancião.

— Vice do quarto esquadrão, Hyuk Jooyum, saúdo o Segundo Ancião.

Um capitão e dois vices dos esquadrões de espadachins se adiantaram.

Somente um dos líderes entre os grupos saiu, apenas no caso de uma emergência ocorrer.

É claro, eles planejaram quem iria.

O Segundo Ancião assentiu após ver o grupo de espadachins e continuou a falar.

— Pelos civis do Clã Gu…

Não prestei atenção a seja lá o que ele falou após isso.

Para resumir, ele basicamente estava agradecendo pelo trabalho duro que realizaram, agradeceu pelo trabalho duro que fariam no futuro e que seriam recompensados pelo trabalho duro.

As recompensas que os espadachins receberam foi dinheiro e medicina, pelo menos duas vezes a quantidade que ganhava num mês.

Entretanto, do que notei, eles pareciam estar mais afetados pelas palavras do Ancião que pelas recompensas, que era algo que não conseguia entender.

Durante o discurso, eu e a Gu Yeonseo simplesmente permanecemos ao lado do Segundo Ancião. Era para mostrar que a linhagem do Clã Gu reconheceu seu trabalho duro.

Era uma maneira fácil de melhorar a moral dos espadachins.

— … Obrigado pelo trabalho duro.

Quando o discurso do Segundo Ancião foi interrompido, impedi meus pensamentos de vagar e foquei no que estava ocorrendo diante de mim.

Após o Segundo Ancião mostrar sua gratidão, os espadachins e as pessoas observando bateram palmas.

Quando olhei para o céu, o sol já havia se posto.

O primeiro dia da Cerimônia dos Nove Dragões estava terminando.

Felizmente, nada de irritante aconteceu.

Mesmo que fosse improvável que um desastre ocorresse, especialmente quando os espadachins do Clã Gu estavam aqui, ainda fui cauteloso.

Esta minha pobre cabeça não lembrava de tudo.

Eu conseguia lembrar de alguns grandes eventos, mas não de cada evento que aconteceu neste ponto.

Poderia ser porque era jovem e não focava muito no passado que não conseguia lembrar muito.

Ou, poderia ser porque apaguei a maioria das memórias só para lembrar das felizes.

De qualquer forma, não acho que algo aconteça nesta Cerimônia dos Nove Dragões.

Me lembrava do “incidente” que aconteceria no inverno, mas não lembrava de nada acontecendo na Cerimônia dos Nove Dragões na primavera.

Quando as palmas pararam, fui embora junto dos guias do Mercado Celestial.

*****

Um festival para os espadachins do Clã Gu foi realizado após o cair da noite.

Havia toneladas de comidas e bebidas preparados pelo Mercado Celestial porque este era um festival.

Os líderes e vice-líderes de cada esquadrão recusou as bebidas no começo porque precisavam agir conforme suas posições, mas o Segundo Ancião falou que estava tudo bem beberem hoje.

Com isso dito, os espadachins celebraram ainda mais quando do que quando foram recompensados com medicina e dinheiro.

— Que bagunça.

Eles também eram humanos, então era natural ansiarem por bebidas e comida gordurosa, é só que normalmente eram restritos.

Agora que o Segundo Ancião removeu essa restrição, a atmosfera disparou, e tudo ficou bagunçado.

Quando me levantei, planejando sair do mercado para conseguir algum ar fresco, Muyeon seguiu como se estivesse me esperando.

— Hmm? Por que você está me seguindo e não bebendo com eles?

— Como uma escolta pode beber? O festival é para os espadachins e não para mim, então estou bem.

— Hm. Você não é uma parte dos espadachins?

Muyeon parou ao ouvir minhas palavras.

Artistas marciais que agiam como escolta para o Clã Gu também eram uma parte dos espadachins. Isso significava que Muyeon também estava associado ao grupo.

— Uh… Eu…

— Bem, tanto faz. Quer dar uma volta pelas ruas?

Mudei de assunto porque ele parecia estar tentando muito encontrar uma resposta, sem falar que, eu não era curioso o bastante para investigar mais, nem era da minha conta também.

— O lendário Pavilhão obviamente é grande, mas, para ser honesto, ver a magnitude deste lugar pessoalmente é autoinspirador.

Estas ruas estavam muito mais animadas que as ruas do Clã Gu, com luzes acendendo após anoitecer.

Uma rua deste calibre poderia rivalizar com as ruas de Anhui ou Shanxi?

Me senti mal pelo Muyeon me seguindo, pronto para me proteger no caso de algum perigo, só que também não me impedi de aproveitar a experiência.

Enquanto caminhava sem rumo pelas ruas, observando as pessoas caminharem pacificamente, não pude deixar de ter um senso de paz e calma.

Era como se o desastre que recaiu em minha vida anterior não tivesse ocorrido.

— Eu deveria comprar alguns bolinhos de carne?

Me lembrei da fala constante da Wi Seol-Ah sobre bolinhos de carne.

— Para aquela serva, certo?

Muyeon imediatamente se referiu a Wi Seol-Ah enquanto murmurava sobre comprar bolinhos.

— Não só ela. Os outros também ficarão felizes se eu comprar para eles.

Era melhor comprar para alguns outros servos também. Muyeon olhou para mim com uma expressão satisfeita e orgulhosa.

— Jovem Mestre definitivamente é diferente dos rumores. Dizem que não se deve julgar uma pessoa conforme seus rumores. Ainda tenho muito a aprender.

— Do que você está falando? Só vou comprar bolinhos. Espera, quanto tempo faz que você é minha escolta…?

— Um pouco menos de quinze dias.

… Acho que ele se tornou minha escolta um pouco antes de eu regressar. Fazia sentido por que estava dizendo isso.

Não sabia se via isto como ele sendo sortudo, ou eu sendo sortudo.

Parecia que minha escolta mudava todos os dias, pois não me lembrava muito do Muyeon.

— Jovem Mestre, acho que estão vendendo bolinhos de carne bem ali.

Quando virei na direção que Muyeon estava apontando, o cheiro de bolinho no vapor vagou na nossa direção, fazendo minha boca salivar apesar da falta de fome.

— Esse lugar parece bom, vamos lá.

Não hesitei.

Enquanto caminhava na direção da loja de bolinho.

— Jovem Senhorita, é perigoso vagar desse jeito.

— Você se preocupa demais, é o Dia dos Nove Dragões. O que poderia acontecer com tantos espadachins do Clã Gu aqui?

Vi um rosto familiar.

— É por isso que estou preocupado… O que aconteceria se cruzar com o Jovem Mestre Gu—

— Não tem como isso acontecer. Há muitas pessoas aqui.

Droga. Ela não deveria ter dito isso…

Logo quando ela falou aquilo, nossos olhares se encontraram.

Quando me viu, ela enrijeceu como uma rocha.

A escolta atrás dela também ficou atordoada.

A garota tinha cabelos fluindo até os ombros e olhos que eram negros como obsidiana.

Ela também tinha um anel negro no dedo.

Era difícil de ver o símbolo que estava no anel, mas eu sabia o que o anel simbolizava porque já sabia quem ela era.

O Clã Peng de Heibei.

A garota costumava empunhar uma katana, vinda de um dos Quatro Clãs Nobres. Ela era a Jovem Senhorita do Clã Peng.

E minha ex-noiva.

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