Circle of Inevitability – Capítulo 41 - Anime Center BR

Circle of Inevitability – Capítulo 41

Capítulo 41 – Mortos-vivos

“Onde é Paramita?” Lumian ficou alarmado quando rapidamente se virou para olhar pela janela.

Mas o que viu lá fora não foi o que esperava. Em vez de montanhas, pastagens e árvores, foi saudado por um deserto desolado. As nuvens brancas pálidas no céu bloquearam toda a luz do sol, lançando tudo na sombra.

No deserto, figuras estranhas vagavam. A maioria delas usava roupas de linho branco, com rostos azul-claros, olhos vazios e bocas abertas, parecendo tudo menos normais.

Lumian assistiu com horror enquanto algumas das figuras corriam loucamente em direção à borda do deserto, enquanto outras tropeçavam em direção ambígua do outro lado. Era como se nunca parassem, condenados a vagar sem rumo para sempre.

Na beira da floresta, perto de um penhasco, ele pôde avistar monstros sombrios com longos chifres e corpos humanoides, agarrando as figuras vestidas de branco e jogando-as pela borda.

De repente, um grito de gelar o sangue perfurou o ar, direto nos ouvidos de Lumian e Aurore.

O som de cascos ecoou pelo deserto enquanto uma pessoa alta em armadura preta completa cavalgava um cavalo branco. O cavalo era tão magro que parecia que só restava pele e ossos. O cavaleiro às vezes se movia lentamente e em outras galopava para frente e para trás, como se estivesse pastoreando ovelhas.

A visão de Lumian era aguçada e ele podia ver o cavaleiro claramente de longe.

Dentro do capacete, que brilhava com um brilho metálico, dois raios de luz vermelha profunda tremeluziam como chamas. Uma ferida horrível no pescoço do cavaleiro se estendia até o umbigo, quase partindo-o ao meio e arrancando seus intestinos.

Sem necessidade de mais provas, Lumian sabia quem era: um Cavaleiro da Morte!

Era uma criatura que aparecia frequentemente no folclore Intisiano.

De repente, a carruagem em que estavam parou.

Naroka abriu silenciosamente a porta e saiu.

Seu rosto pálido, olhos vazios e expressão entorpecida começavam a se assemelhar às figuras em roupas de linho branco que Lumian vira antes.

Aurore virou-se para ele e disse em voz profunda: — Este lugar está cheio de mortos-vivos. Você deve ficar ao meu lado o tempo todo.

Enquanto falava, tirou um broche de ouro e prendeu-o na roupa.

Aurore tirou um punhado de pó preto acinzentado do bolso com a outra mão.

Lumian se inclinou para frente para olhar para o cocheiro da carruagem e percebeu que Sewell havia se tornado como Naroka — rosto pálido e olhos vazios, caminhando lentamente mais fundo no deserto como se já estivesse morto há muito tempo.

Ele disse rapidamente para Aurore: — Grande Irmã, já sou um Beyonder. Você lida com esses mortos-vivos. Vou dirigir a carruagem e nos tirar daqui o mais rápido possível!

Ele sabia que não poderia lutar contra os mortos-vivos, então só poderia ser um cocheiro de carruagem temporário.

Mas se o Cavaleiro da Morte aparecesse, ele faria o possível para bloqueá-lo.

Aurore ficou surpresa com a transformação repentina de Lumian, mas rapidamente recuperou a compostura. Ela o lembrou: — Verifique as condições dos cavalos!

Lumian olhou para frente e viu que os cavalos estavam imóveis, com carne e sangue aparentemente extraídos, deixando apenas pelos murchos e pele enrolada em seus ossos.

— Os cavalos estão mortos, — ele relatou a Aurore.

De repente, os mortos-vivos sentiram o cheiro dos vivos e correram em direção à carruagem, tentando entrar.

— XXX. — Aurore pronunciou uma palavra em um idioma que Lumian não entendeu.

Assim que Aurore pronunciou a palavra, o broche dourado à sua frente iluminou-se com uma luz dourada violenta, mas não estimulante.

O pó preto acinzentado em sua mão esquerda queimou, emitindo um fluxo de luz que lembrava água, espalhando-se em todas as direções. Os mortos-vivos gritaram assim que entraram em contato com a luz, e uma fumaça ciana subiu de seus corpos.

Eles queriam recuar, mas mais mortos-vivos avançaram, espremendo-se ao redor da carruagem, evaporando e desaparecendo.

Lumian assistiu com inveja e solenidade, desejando poder fazer algo para ajudar. Ele ansiava por avançar na Sequência e ganhar mais habilidades.

Mas o pó na mão de Aurore estava prestes a acabar e os mortos-vivos ainda vinham, ignorando aqueles que já haviam sido destruídos. Lumian sabia que eles não poderiam ficar ali para sempre.

— Não podemos ficar aqui. Vamos fugir!

Não importa quantos materiais sua irmã tenha preparado, ela não conseguiria lidar com tantos mortos-vivos!

O Cavaleiro da Morte e as criaturas que pareciam demônios ainda estavam por aí.

A melhor chance deles era usar os recursos que restavam para escapar da região selvagem conhecida como Paramita.

Aurore assentiu e disse simplesmente: — Siga-me.

No momento em que ela terminou de falar, o pó preto acinzentado em sua palma desapareceu no ar, e o ambiente desolado foi engolfado pelos mortos-vivos.

Aurore não perdeu tempo e pegou outro punhado de materiais, acendendo-os com o broche de ouro diante dela. Os materiais entraram em combustão, criando uma luz dourada deslumbrante que dizimou os mortos-vivos que se aproximavam. Seus gritos agonizantes ecoaram pelo deserto antes de se desintegrarem no nada.

Aurore saltou da carruagem com Lumian em seus calcanhares, correndo em direção à borda mais próxima do deserto.

De repente, uma mão saiu da chama dourada, agarrando o braço de Lumian.

Os instintos de Lumian entraram em ação, alertando-o da ameaça iminente. Ele girou o antebraço e desferiu um golpe rápido na mão.

Pa!

Parecia que ele havia dado um soco em um bloco de gelo sólido. Um arrepio percorreu seu corpo, deixando-o imóvel por um momento.

Os dentes de Lumian bateram quando ele avistou o dono da mão.

Era outro morto-vivo vestido de linho branco, mas usava uma máscara feita de papel branco no rosto. A figura se desintegrou lentamente sob a luz dourada.

O peculiar morto-vivo avançou em direção a Lumian, mas antes que pudesse fazer contato, um feixe de luz pura e sagrada desceu sobre ele.

Os mortos-vivos mascarados pararam, queimando ferozmente antes de se dissolverem em vapor negro.

— Continue andando! — Aurore gritou, retirando a mão do broche de ouro e avançando.

Lumian sacudiu a mão e acelerou o passo para seguir a irmã.

A dupla confiou no pó preto acinzentado e nos feitiços de Bruxa para atravessar o deserto. A luz dourada erradicou incontáveis mortos-vivos vestidos de linho branco.

Infelizmente, Aurore não podia simplesmente contar com apenas um material sempre. Como Bruxa, ela teve que antecipar vários cenários.

Em pouco tempo, o saco contendo o pó da Flor do Sol estava vazio e eles ainda estavam a centenas de metros da borda da região selvagem. A horda de mortos-vivos parecia interminável.

O que os assustou ainda mais foi a abordagem do Cavaleiro da Morte. O cavaleiro montado a cavalo sentiu o tumulto e galopou em direção a eles.

A expressão de Aurore mudou várias vezes sob a luz dourada. Ela diminuiu a velocidade, cerrou os dentes e falou com urgência com Lumian.

— Quando eu gritar ‘três’, corra em direção à borda do deserto e não olhe para trás!

Lumian abriu a boca para protestar, mas Aurore o interrompeu.

— Não se preocupe, eu irei segui-lo. Se você ficar, apenas interferirá no uso de um feitiço poderoso e nos atrasará quando tentarmos escapar.

Enquanto falava, Aurore tirou o broche de ouro do peito e entregou-o a Lumian, dando-lhe instruções.

— Concentre sua espiritualidade e estenda-a a este broche. Repita esta palavra quando estiver correndo: ‘XXX’!

Lumian não entendeu a palavra, mas decorou a pronúncia.

Assim que pegou o broche de ouro, sentiu uma luz quente envolver seu corpo, banindo seus pensamentos sombrios e desacelerando sua mente acelerada.

Colocando o broche instintivamente, Lumian concentrou seus pensamentos de acordo com as orientações de sua irmã, ampliando sua energia espiritual.

Vendo que o pó preto acinzentado em sua mão estava acabando, Aurore pegou outro material e gritou: — Um, dois, três!

Para evitar desacelerar sua irmã, Lumian correu descontroladamente em direção à borda do deserto, gritando a palavra que Aurore lhe dera com todas as suas forças.

— XXX!

O broche de ouro emitia um brilho dourado e radiante, iluminando Lumian como se um sol em miniatura estivesse pendurado em seu peito. Os mortos-vivos em seu caminho o evitaram instintivamente.

Thud, thud, thud!

Enquanto corria, Lumian não conseguia se livrar da preocupação pela irmã. Ele lançou um olhar para Aurore, que permaneceu em seu lugar cercada por uma nuvem de gás preto.

Os mortos-vivos foram atraídos pelo gás, abandonando Lumian para se aproximar dela.

Lumian não era bobo. Ao ver essa cena, entendeu que sua irmã estava mentindo quando disse que o seguiria.

— Aurore!

Ele gritou, parou abruptamente e virou-se, correndo de volta para sua irmã.

Aurore olhou para trás e viu que ele havia parado. Ela gritou apressadamente: — Você é estúpido? Corra!

Lumian não disse nada e correu em direção a Aurore. Os mortos-vivos se separaram diante dele, abrindo caminho sob a luz dourada do broche.

Vendo isso, Aurore abaixou a cabeça e praguejou baixinho: — Que idiota…

Ela então pegou outra substância preta como ferro e borrifou em Lumian, fazendo com que ele fosse empurrado para a borda do deserto por uma força invisível.

Ele lutou para se libertar, mas estava no ar, sem nenhum ponto de apoio.

— Meu irmão estúpido, viva bem… — Aurore sussurrou com um sorriso melancólico antes que a aura negra a consumisse completamente.

Ela foi diretamente exposta a inúmeras figuras e ao Cavaleiro da Morte.

— Aurore!

Os olhos de Lumian se arregalaram de terror, sua pele e olhos ficaram vermelhos com veias latejantes.

No entanto, ele ainda foi empurrado para o limite do deserto.

Mas de repente, todos os mortos-vivos pararam.

Algo estava acontecendo à distância.

Aurore percebeu a mudança e ergueu os olhos em estado de choque. Ela viu uma carruagem aberta passando, puxada não por cavalos, mas por duas criaturas demoníacas com chifres de cabra. A carruagem era de uma cor vermelha profunda, lembrando uma concha ou um berço, e uma mulher parecida com Madame Pualis, usando uma coroa de flores e um vestido verde, estava sentada lá dentro.

Mas, ao contrário de Madame Pualis, ela era muito digna.

O Cavaleiro da Morte abandonou seu alvo e virou seu cavalo em direção à carruagem.

Todos os mortos-vivos seguiram o exemplo, agrupando-se ao redor da carruagem enquanto ela se dirigia para a cordilheira nebulosa além do deserto.

In this post:

Deixe um comentário

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Adblock detectado! Desative para nos apoiar.

Apoie o site e veja todo o conteúdo sem anúncios!

Entre no Discord e saiba mais.

Você não pode copiar o conteúdo desta página

|