Capítulo 116: Akasha (1)
Nina não sabia o que dizer e só conseguia piscar sem falar.
O mesmo aconteceu com Gerhard. Ele inconscientemente passou a mão pela barriga muito reduzida enquanto olhava para o filho, com quem havia se reencontrado após alguns meses de ausência.
No entanto, apesar do reencontro, Gerhard não podia se permitir chorar de felicidade. Eugene agora era um adulto e Gerhard estava bem ciente de que seu filho não poderia mais ser tratado como uma criança.
Gerhard disse hesitantemente.
— E pensar que eu viveria para ver o dia… Em que você realmente aceitaria elfos como seus servos…
Nina não disse nada, mas sentia o mesmo que Gerhard. Ela nunca pensou que, em toda a sua vida, chegaria o dia em que teria que treinar um casal de elfos.
— Eles realmente pretendem servir como servos do anexo? — Nina perguntou em dúvida.
— Eles não querem trabalhar para a casa principal. — Explicou Eugene.
Já havia criados suficientes para todas as necessidades do anexo.
Em primeiro lugar, os únicos que viviam ali eram Eugene e Gerhard. E mesmo assim, Eugene estava longe da propriedade principal a maior parte do tempo, então Gerhard estava de fato morando sozinho no anexo.
Embora houvesse muitas coisas que Nina poderia ensinar a eles, ela se perguntava quando exatamente teriam a chance de colocar essas coisas em prática, mas… Não havia como evitar. Como Eugene já havia dito que os aceitaria como seus servos, Nina sentiu que não deveria opor resistência.
Eugene começou sem jeito.
— Hum, bem, eu sei que é um pouco sem tato da minha parte dizer isso logo depois de voltar de alguns meses longe de casa, mas…
— Você está planejando ir para outro lugar de novo? — Gerhard perguntou com um bufo indignado.
— Há um assunto muito importante com o qual preciso lidar. — Explicou Eugene. — Preciso voltar para Aroth por um tempo.
— Ainda assim, pelo menos desta vez você está nos avisando com antecedência.
— Pai, você ainda está realmente chateado com isso?
— Quem está chateado, seu pirralho? Você está apenas correndo para onde quer, então o que há para me irritar? — Gerhard respondeu sarcasticamente.
Era uma pena que Eugene tivesse saído logo depois de voltar do Castelo dos Leões Negros, sem sequer dizer uma única palavra a Gerhard, a não ser pensar que ele realmente havia fugido para Samar, que, segundo rumores, era muito perigoso!
Eugene tentou acalmar seu pai.
— Não estou indo para algum lugar perigoso desta vez, e também não quero mentir para você. Provavelmente não vai demorar muito até eu terminar e voltar.
— Ahem. — Gerhard o estimulou com uma tosse.
— E depois que eu voltar, ficarei aqui quieto por um tempo sem sair para ir a outro lugar. — Prometeu Eugene.
Gerhard finalmente cedeu.
— Não precisa ir tão longe. É que, como seu pai biológico, ainda tenho que mostrar alguma preocupação com meu único filho. Que pai neste mundo ficaria feliz em saber que seus filhos se envolveram em assuntos tão perigosos?
— Tenho certeza de que haveria alguns. — Argumentou Eugene.
Gerhard bufou.
— Hmph… Bem, pode ser, mas eu não sou esse tipo de pessoa. Eugene, você realmente acha que seu pai é alguém que gostaria de ouvir sobre seu filho enfrentando perigos e infortúnios?
— Ah… claro que não. — Eugene respondeu imediatamente. — Como seu filho, sei melhor do que ninguém o quanto meu pai se importa comigo e quer me mostrar seu amor.
Com essas palavras, os lábios de Gerhard se contraíram em um sorriso reprimido.
Eugene continuou:
— Por isso, prometo que também terei mais cuidado, para que você não tenha que se sentir tão preocupado ou triste, pai.
— Sou grato por essas palavras, mas… Não se deixe sentir muito contido por uma consideração desnecessária por mim. — Gerhard disse enquanto relaxava completamente sua expressão severa e dava um tapinha nos ombros de Eugene. — Afinal, você já realizou sua Cerimônia de Maioridade no Castelo dos Leões Negros. Você não é mais uma criança; em vez disso, é um adulto que precisa assumir a responsabilidade por suas próprias ações e decidir o que quer fazer.
Após esta observação, seguiu-se um longo sermão. Eugene não sentiu necessidade de interromper Gerhard enquanto ele estava reclamando, em vez disso, respondeu a todas as suas perguntas com frases completas enquanto ouvia atentamente até o fim.
— Não pensei que você realmente continuaria ouvindo-o pacientemente até o fim. — Kristina disse depois enquanto seguia Eugene para fora, sentindo-se bastante surpresa por Eugene ter esse lado dele.
— O que você achou que eu faria em vez de ouvir pacientemente? Acha que eu iria apenas gritar com ele para calar a boca? — Eugene perguntou sarcasticamente.
— Embora eu não achasse que você iria tão longe, esperava que tentasse usar uma escolha de palavras mais educada para interromper a conversa. — Respondeu Kristina.
— Parece que você realmente pensa que sou algum tipo de desgraçado sem modos. — Comentou Eugene.
Kristina negou isso.
— De jeito nenhum. É só que, pelo que vi de você até agora… Sir Eugene não parece ser o tipo de pessoa que humildemente escuta tais reclamações pretensiosas.
— Parece que você viu através de mim. Tem razão. Odeio pretensão e também odeio quando as pessoas me importunam enquanto tentam me dizer o que fazer, mas também depende de quem está importunando. — Eugene resmungou com um encolher de ombros. — Afinal, meu próprio pai biológico só está dizendo essas palavras para mim, porque está preocupado comigo, seu único filho.
Kristina perguntou:
— Se é esse o caso, então você não deveria ter contado a ele sobre fazer uma jornada tão perigosa logo no início…?
Eugene retrucou:
— E daí se eu tivesse contado a ele? Uma vez que soubesse meu motivo para ir, ficaria menos preocupado? Não há como isso acontecer. Meu pai… Bem… Ele é uma pessoa muito empática. Quando eu era jovem, muitas vezes ele começou a chorar—
Toc, toc.
As palavras lúdicas de Sienna de repente ecoaram dentro de sua cabeça.
Isso mesmo. Eugene achou estranho. Em sua vida anterior como Hamel, ele não derramou lágrimas durante a maior parte de sua vida. Mesmo quando se tornou doloroso o suficiente para que ele preferisse morrer, pouco antes do fim de sua vida, se recusou a chorar.
“Eu estava me perguntando por que este meu corpo era tão propenso a chorar.”
Como esperado, o sangue realmente importava. Eugene culpou tardiamente os genes de Gerhard pelo fato dele ter começado a chorar várias vezes desde que reencarnou.
— Enfim, como sei que é tudo por mim, como filho dele, devo ao menos fingir que escuto meu pai. Posso não ser capaz de viver seguindo seu conselho, mas quando ele dá, devo pelo menos dizer ‘sim, sim’ enquanto finjo ouvir. — Concluiu Eugene.
Distraída, Kristina respondeu:
— É mesmo…?
Eugene não achou que ele tivesse dito algo incomum. De acordo com o bom senso de Eugene, sentiu que essa era uma tendência bastante natural. Na verdade, onde no mundo você encontraria um filho que seguiu fielmente todos os conselhos de seus pais? Mesmo assim, era justo mostrar algum tipo de afirmação positiva do cuidado de seus pais.
No entanto, a reação de Kristina foi um pouco alarmante. Ela estava apenas olhando para Eugene, seus lábios apertados, com uma expressão ligeiramente rígida.
— Eu disse algo estranho? — Eugene perguntou timidamente.
— Não, de jeito nenhum. — Respondeu Kristina.
— Mas sua expressão me faz sentir como se você estivesse pensando isso. — Argumentou Eugene.
— Como já deve saber, fui abandonada por meus pais biológicos quando ainda era bebê. Depois disso, cresci em um mosteiro até os dez anos, quando fui adotada pelo cardeal Rogeris e criada como sua filha adotiva. Como resultado, nunca experimentei o relacionamento entre um pai biológico e seu filho. — Revelou Kristina.
Embora Eugene sentisse que não havia dito nada que absolutamente precisasse ser experimentado para ser realmente compreendido, decidiu não dizer isso em voz alta. Havia certas circunstâncias sobre as quais ninguém realmente gostava de falar com os outros.
—Sinto que a relação entre você e eu ainda não é profunda o suficiente para que eu esteja disposta a compartilhar tal história.
Kristina traçou um limite claro entre eles ao dizer isso com um sorriso torcido. Eugene não desejava cruzar intencionalmente esse limite.
Kristina mudou de assunto.
— Quando você pretende partir para Aroth?
— Agora mesmo. — Respondeu Eugene.
— Então por que voltamos para o seu quarto? — Kristina perguntou, confusa.
— Porque preciso falar com você. — Disse Eugene enquanto se jogava no sofá.
Faz alguns meses desde a última vez que voltou a este quarto. Antes disso, havia estado afastado dali por vários anos. Mesmo assim, não parecia estranho para ele.
— Vou sozinho para Aroth. — Declarou Eugene.
Kristina apenas olhou para Eugene sem dizer nada em resposta. Eugene não evitou esse olhar e apenas apontou para o sofá em frente a ele.
Por fim, Kristina disse:
— Eu já deveria ter lhe contado isso antes, Sir Eugene. Como a Santa da Luz, devo acompanhar o Herói-
— Alguém vazou informações sobre você e eu. — Interrompeu Eugene.
— Não pode ter sido o papa nem o cardeal Rogeris. — Insistiu Kristina. — Eu já não disse isso para você antes? Aqueles dois não iriam querer que eu morresse por algo assi-
Mais uma vez, Eugene falou sobre ela:
— Eles poderiam ter mudado de ideia. Ou pode ter sido outra pessoa ligada a eles que espalhou a informação.
— Pode ser o caso, mas não posso deixar de ficar ofendida por você ainda insistir em suspeitar do Império Sagrado. A informação também pode ter vazado do clã Lionheart. — Kristina transmitiu suas suspeitas.
— Isso mesmo. — Concordou Eugene. — Eu também estou de olho nisso. É por isso que, por enquanto, preciso monitorar a situação. Se for o clã Lionheart, então o Chefe do Conselho pode tentar jogar sua mão mais uma vez, porque ele simplesmente não pode tolerar minha existência; então, quando seu movimento falhar, posso agir.
— …
Kristina silenciosamente processou isso.
— O Império Sagrado pode realmente ser inocente em tudo isso, por isso não quero que você se envolva nisso. — Explicou Eugene.
Kristina silenciosamente olhou para Eugene. Ela então esfregou as bochechas duras com as mãos e respirou fundo algumas vezes.
Com seu sorriso habitual de volta no rosto, Kristina falou:
— Sir Eugene.
— O quê? — Eugene perguntou.
Kristina acusou:
— Será que você está desconfiado de mim?
— Não estou. — Eugene deu sua resposta honesta. — Barang queria matar nós dois, você e eu. Embora, bem, ele poderia estar apenas dizendo isso e talvez só quisesse me matar.
— …
Kristina ficou em silêncio enquanto Eugene continuava.
— No entanto, há alguma necessidade de suspeitar de você? Que razão você teria para foder comigo assim? Bem, pode ter seus motivos, mas realmente usaria um método tão complicado para fazer isso? — Eugene apontou. — Você me acompanhou até o domínio élfico e também viu a Senhorita Sienna enquanto estávamos lá. Antes disso, estava viajando comigo o tempo todo. E quando fiquei de cama por alguns dias, você até cuidou de mim.
— Então é por isso que você não desconfia de mim? — Kristina finalmente perguntou.
— O quê? Você quer que eu suspeite de você? Realmente não acredita em mim quando digo que confio em você? — Eugene perguntou sarcasticamente.
— De jeito nenhum. — Disse Kristina com um sorriso enquanto balançava a cabeça. — É que… Me surpreende.
— Você realmente se surpreende com as coisas mais estranhas. — Eugene zombou. — Enfim, vou para Aroth sozinho. Mesmo que insista teimosamente em me seguir, não deixarei que venha comigo.
— O que devo fazer então? Está tudo bem eu ficar aqui e esperar que você volte, Sir Eugene? — Kristina perguntou com relutância.
— Não. — Disse Eugene enquanto se inclinava para observar Kristina de perto. — Não conheço muito as circunstâncias do Império Sagrado, e também será difícil para mim, ir mais afundo nisso, mas… isso é algo mais fácil para você.
— Haha. — Kristina soltou uma pequena risada enquanto balançava a cabeça. — De fato, parece que Sir Eugene realmente confia em mim.
Kristina não era tola o suficiente para tomar o que ouviu como certo. Ela entendeu que Eugene estava desenhando uma linha na areia. Sem que ela cruzasse aquela linha para encontrá-lo, seria impossível ganharem total confiança um no outro.
No final, ele estava pedindo a ela para escolher com cuidado. Ela permaneceria uma Santa cuja lealdade pertencia ao Império Sagrado? Ou seguiria a revelação de seu Deus e realmente acompanharia o Herói?
— Pode ser difícil eu alcançar um resultado que corresponda às expectativas de Sir Eugene. — Alertou Kristina.
— Não espero muito. — Eugene a tranquilizou.
— Se é esse o caso, farei o possível para atender às suas baixas expectativas. — Disse Kristina, então puxou uma caneta e um papel que havia sido colocado em uma mesa próxima.
Assim que terminou de escrever, Eugene leu o papel que lhe foi entregue e perguntou:
— Rohanna Celles? Quem é?
— Ela é uma amiga que fiz quando ainda morava no mosteiro. — Explicou Kristina.
Eugene verificou duas vezes o nome que estava escrito no papel e o endereço fornecido abaixo dele.
Kristina continuou:
— No final, fui levada pelo cardeal Rogeris, enquanto Rohanna permaneceu no mosteiro. Mesmo depois disso, continuamos a trocar cartas e também nos encontramos algumas vezes para passar algum tempo juntas.
— Então você está dizendo que podemos confiar nela? — Eugene confirmou.
— Sim. Entrarei em contato com você por meio dela e tentarei enviar uma carta pelo menos uma vez por mês.
— E se uma carta não chegar até dentro de um mês?
— Isso nunca vai acontecer. — Kristina respondeu com um sorriso malicioso.
* * *
De volta a Aroth, o cenário daquele reino mágico parecia mais familiar e acolhedor para Eugene do que Gidol, a cidade onde nasceu e cresceu.
“Bem, faz sentido. Desde que fui adotado pela família principal, nunca mais voltei para Gidol.”
Dentro da grande estrutura do Império Kiehl, o local de nascimento de Eugene, Gidol, era o mais profundo do interior a que se poderia ir. Tinha campos, montanhas, arrozais e nada mais. Havia uma cidade lá, mas falando francamente, era uma cidade atrasada que mal podia ser comparada com as pobres cidades comerciais encontradas em Samar.
Assim como quando Eugene foi pela primeira vez ao Pentágono, três anos atrás, um dos guias veio até ele.
— Você é turista? Bem-vindo ao Pentágono, a capital de Aro… — Enquanto falava, o guia parou de repente, seus olhos se arregalando em círculos.
Ele reconheceu Eugene por seus cabelos grisalhos e pelo manto peludo que envolvia seu corpo. Não havia razão para que não fosse capaz de reconhecê-lo também. Eugene havia deixado Aroth apenas alguns meses antes.
O guia ficou boquiaberto ao pensar: “É Eugene Lionheart.”
Se você queria trabalhar como guia em Aroth, precisava conhecer todas as histórias que circulavam pela cidade; histórias especialmente caprichosas que certamente encantam os ouvidos dos turistas.
As histórias espalhadas sobre Eugene eram de tal peso que parecia que nunca cairiam na categoria trivial.
Eugene era descendente de um grande herói. Sua adoção na família principal foi um evento sem precedentes para o prestigioso clã Lionheart. Mesmo não sendo um herdeiro direto, suas habilidades eram tais que ninguém poderia questionar seu direito de concorrer ao assento do próximo Patriarca. Desde os treze anos, Eugene conseguiu ofuscar os filhos da linhagem direta com seu talento para as artes marciais; pior ainda, não eram apenas nas artes marciais, ele era um ‘gênio’ nascido com talento para magia também.
Eugene tinha a reputação de ser um Filho do Destino, alguém que se tornou o mago mais jovem a obter um passe de entrada na Biblioteca Real, Acryon. Ele até se tornou discípulo do Mestre da Torre Vermelha, Lovellian Sophis. Segundo os rumores, quando Eugene tinha dezenove anos, já havia alcançado o Quinto Círculo.
Tudo isso por si só já era uma história suficiente para prender os turistas. Salpicando um pouco de tempero por cima e contando também sobre os tumultos na rua Bolero, os turistas ficariam felizes em abrir suas carteiras e dar uma gorjeta aos guias.
— Senhor Eugene! P-Por favor, permita-me a honra de acompanhá-lo!
Todos os guias chocados correram. Claro, não queriam apenas a honra de acompanhar o famoso Eugene. Os guias de lá esperavam que, após serem contratados por Eugene, conseguissem uma história única para si mesmos que pudessem usar para entreter os turistas.
“Afinal, o guia que ficou com Eugene Lionheart quando ele chegou ao Pentágono não comprou recentemente um prédio na capital?”
Sua história de sucesso conseguiu acender as esperanças de todos os guias.
“O que há com esses desgraçados?” Eugene pensou consigo mesmo.
Ele esperava que conhecessem seu lugar e mantivessem distância. O fato de que estavam correndo para ele com os olhos revirando loucamente era apenas uma dor de cabeça. Assustado, Eugene saltou do chão e voou no ar.
— Senhor Eugene! P-Por favor, pegue minha carruagem!
— Vou me certificar de acompanhá-lo ao seu destino com conforto!
Até os cocheiros das carruagens aéreas gritavam para ele.
Um dos atendentes da estação o chamou:
— Sir Eugene…! É proibido usar magia de voo nos céus acima do Pentágono sem permissão! Você deve fazer uso das carruagens aéreas e das estações flutuantes!
Eugene já estava bem ciente desse fato.
Como havia muitos magos naquele reino mágico, se todos usassem tal magia para satisfazer sua própria conveniência, a ordem da cidade logo se tornaria uma bagunça. Portanto, magia de voo e feitiços de transporte espacial pessoal, como Teleporte, foram proibidos no Pentágono. Apenas os mais altos níveis de magos em Aroth, incluindo os Mestres da Torre, tinham permissão para usar tais conveniências.
— Bem, acho que vou pagar a multa. — Murmurou Eugene para si mesmo.
Eugene realmente não pensou muito na multa. Mesmo que fosse forçado a pagar uma enorme, Eugene tinha muito dinheiro de sobra. Mas não era provável que recebesse uma multa. O atual mestre de Eugene era o Mestre da Torre Vermelha, Lovellian; além disso, também mantinha relações próximas com vários dos magos de alto escalão de Aroth.
“Ou, se eu não quiser pagar nenhuma multa, posso apenas pedir um favor ao príncipe herdeiro Honein… Não, pensando bem, seria um pouco vergonhoso fazer tal pedido ao príncipe herdeiro. E se eu usar o nome do Comandante dos Magos da Corte como desculpa?”
Na verdade, era realmente muito engraçado ser pego em tais pensamentos triviais. Porque a tarefa que Eugene estava indo fazer seria um evento tão grande, que sobrevoar a capital não poderia nem ser comparado a isso.
Eugene nem havia contatado Lovellian com antecedência para dizer que estava voltando para Aroth. Se sentiu um pouco culpado por não fazer isso. No entanto, não tinha mais o que fazer.
Para Eugene, ele não pôde deixar de se perguntar se Lovellian realmente lhe daria permissão e o apoiaria no que pretendia fazer; ou se talvez, como o Mestre da Torre Vermelha que estava ligado a ‘Aroth’, Lovellian pudesse decidir impedir as ações de Eugene.
“Embora eu sinta que ele provavelmente daria sua permissão”, Eugene pensou esperançoso.
Lovellian era sincero ao tratar Sienna como sua grande mestra.
“Mas se eu pedir permissão desnecessariamente, posso colocar Lovellian em apuros mais tarde”, Eugene se convenceu. Assim, decidiu apenas fazer sua tentativa primeiro.
Eugene parou no ar e olhou para baixo. À distância, podia ver o castelo real de Aroth, Abram, flutuando no lago. Logo abaixo do castelo ficava a Biblioteca Real, Acryon. Eugene sorriu e voou para baixo.
Um dos tesouros de Aroth, um certo cajado mágico, era guardado em Acryon,
Criado usando um coração de dragão inteiro, esse cajado mágico foi usado pela própria Sienna.
Eugene estava ali para pegar o Akasha.