Capítulo 357
A Laversia (1)
— Você está tendo dificuldades para dormir de novo?
Essa foi a pergunta com a qual Scalia se deparou no momento em que abriu a porta do seu quarto, junto com o rosto fortemente preocupado do assistente.
Seu assistente era Dior Hyman, filho do Lorde ‘Primeiro’ Ortus. Ao observar o rosto da Princesa Scalia, Dior segurou um suspiro amargo.
Um cavaleiro que havia alcançado o estágio de poder controlar livremente sua mana podia ajustar seu próprio corpo para aliviar eficientemente a fadiga. No entanto, isso não significava que eles poderiam se manter em boa forma após dias sem dormir.
Além disso, o nível da Princesa Scalia nem era alto o suficiente para que ela tivesse dominado completamente o controle das suas funções corporais.
Mesmo que devesse ter acabado de sair da cama, Scalia estava usando uma fina camada de maquiagem. Isso se devia à devoção de Scalia em corresponder ao apelido de ‘Princesa Cavaleira’ que o público lhe havia atribuído. Graças à maquiagem e à escuridão da noite, nem sua pele pálida de ficar acordada a noite toda nos últimos dias, nem as olheiras que agora se estendiam até suas bochechas podiam ser vistas.
— Eu estou dormindo o suficiente. — Scalia insistiu friamente.
No final, diante dessa resposta rouca, Dior não teve escolha a não ser soltar um suspiro. Sua mentira óbvia e teimosa estava causando a Dior todo tipo de dor de cabeça.
— Como sua lorde, sou eu quem deveria questionar o que meu assistente está fazendo na porta do meu quarto nas primeiras horas da manhã. — Acusou Scalia.
Dior começou a explicar:
— Eu sou o assistente de Vossa Alteza, como tal, eu—
Scalia não esperou ele terminar.
— Não há necessidade de se preocupar conosco. Estamos dormindo e descansando o suficiente, e estamos aqui a esta hora porque desejamos aproveitar a brisa do mar à noite.
— Vossa Alteza. — Suplicou Dior.
— Como meu assistente, você não tem intenção de ouvir as ordens de sua lorde? Hmph, se esse for o caso, apenas siga de perto até ver a verdade do assunto. — Ao passar por Dior, a Princesa Scalia sugeriu sarcasticamente: — Se você ainda não está satisfeito com nosso comportamento, por que não vai e faz uma denúncia ao Lorde Ortus?
Dior mordeu a língua diante desse comentário ácido.
— Se você não vai me impedir, por que não simplesmente fecha os olhos para tudo? — Scalia sugeriu com um sorriso de escárnio.
— Eu não tenho intenção de denunciá-la ao Capitão. — Respondeu Dior rigidamente. — Afinal, até agora, eu não fiz isso.
Diante dessa resposta, Scalia soltou um óbvio resmungo de desprezo. Em vez de confrontar Dior por mais tempo, ela começou a caminhar até o convés.
Tudo o que Dior pretendia fazer era observar suas costas. Isso não era novidade. Desde o início, Dior Hyman havia sido designado para esse papel.
Em caso de emergência, Dior era forte o suficiente para sacar sua espada e lutar no lugar de Scalia. Ele deveria obedecê-la incondicionalmente, apesar da irritação e insatisfação de Scalia, e relatar todas as ações dela ao superior deles, Ortus.
Além disso, hipoteticamente falando, se ele e a Princesa Scalia se apaixonassem, isso poderia empurrá-lo para um papel em que ele poderia servir como uma ainda maior ajuda para elevar a posição de Ortus.
Anos antes de ser designado como assistente de Scalia, Dior já havia entendido perfeitamente qual seria o seu papel. Desde jovem, ele fora ensinado a nunca ir contra as ordens de seu pai e que toda a sua existência deveria ser dedicada à glória de seu pai — não, da Casa Hyman.
Então, originalmente, as excentricidades da Princesa Scalia já deveriam ter sido relatadas ao seu pai. Isso fazia parte das ordens que Dior havia recebido.
No entanto, Dior não fez nenhum relatório. Ele não disse nada sobre o que aconteceu nos campos de neve a caminho da Marcha dos Cavaleiros — como a Princesa Scalia cometeu um massacre — nem disse nada sobre os passatempos secretos que a Princesa Scalia se entregou ao retornar a Shimuin.
Dior não relatou nada disso ao seu pai. O que teria acontecido com a Princesa Scalia se ele tivesse feito um relatório? Provavelmente, muito provavelmente, ela teria sido trancada em uma das torres do Palácio Real.
“Não,” Dior reconsiderou isso.
Ortus não ganharia nada fazendo isso. Provavelmente, ele usaria as evidências de suas ações para controlar a Princesa Scalia, ou, se decidisse ser ainda mais ousado, Ortus poderia chantagear a Família Real ameaçando expor seus crimes ao público…
Dior não ficava satisfeito com nenhuma das opções.
Era para o bem da Princesa Scalia? Poderia ser que ele estava verdadeiramente satisfeito com sua situação atual — servindo como assistente da Princesa e a seguindo para onde quer que ela fosse — e, como tal, queria proteger esse estilo de vida?
Isso também não era verdade. Mais diretamente, Dior não tinha nenhum interesse no que poderia acontecer com a Princesa Scalia. Havia apenas uma razão pela qual ele não havia enviado nenhum relatório sobre ela — era apenas um ato de rebelião contra seu pai, Ortus.
“Essa mulher insana”, Dior a xingou para si mesmo.
Além de usá-la para satisfazer seu espírito rebelde contra Ortus, Dior não se importava com Scalia.
Essa mulher insana. Assim como ele pensava dela em privado, na visão de Dior, Scalia era uma lunática. Inicialmente, ela estava envolvida em todo tipo de coisa enquanto cuidadosamente escondia isso por trás de sua aparência externa como a Princesa Cavaleira… mas depois daquele incidente no campo de neve, parecia que a linha divisória que a impedia de trair sua própria imagem pública tinha desaparecido completamente.
Dior estava esperando na frente da porta de Scalia, e segui-la em suas caminhadas noturnas era tudo porque ele estava preocupado que Scalia pudesse fazer algo louco. Ao contrário de um dos vagabundos que você pode encontrar em um beco ou um mercenário de baixo custo, se ela empalasse um dos tripulantes que navegavam neste navio, ele não conseguiria cuidar do cadáver deles.
A cabeça de Scalia latejava, e sua visão estava nauseantemente tremendo.
Isso não tinha a ver com o fato dela estar no mar, navegando em um navio. Era seu cérebro implorando desesperadamente para que ela dormisse depois de passar dias sem descanso, mas isso não significava que ela poderia simplesmente adormecer confortavelmente porque seu corpo queria que ela fizesse isso.
Como resultado, sua paciência estava se esgotando cada vez mais.
Ela não gostava dos sons vindos de Dior, que a seguia. Também ficou irritada com o fato dos soldados em guarda à distância ficarem olhando para ela. E a forma como o vigia, empoleirado no alto do mastro do navio, a olhava para baixo também estava provocando um impulso sombrio a subir do fundo do coração de Scalia.
Scalia mordeu o lábio para evitar gritar algo.
No passado, não era tão ruim assim.
Quando uma pessoa se sentia com raiva ou frustrada, não era incomum aliviar o estresse jogando algo ou batendo em alguém.
Scalia tinha feito algo semelhante. Sempre que estava tensa ou com raiva, imaginava executar todos os tipos de atos violentos em sua cabeça. Claro, embora a executora dessa violência fosse sempre Scalia, os tipos de pessoas que ela imaginava servindo essa violência mudavam toda vez que ela imaginava.
Mas sempre tinha sido apenas na imaginação. Ela nunca havia agido realmente em seus impulsos. No entanto, depois de finalmente saciar esse desejo uma vez, seus desejos haviam crescido gradualmente. Era como se ela finalmente tivesse percebido que podia fazer o que quisesse.
Scalia estava ciente de que estava ficando cada vez mais estranha. É por isso que atualmente se mantinha sem fazer nada e estava tentando acalmar seus desejos saindo para uma caminhada.
Ela podia odiar Dior e achá-lo irritante, mas também sentia uma leve sensação de alívio por Dior estar seguindo atrás dela. Se Dior não a tivesse acompanhado até o convés, ela sentia que não aguentaria mais e teria finalmente feito algo no final.
— Haaah… — Scalia levantou a cabeça para olhar o céu noturno com um suspiro, tentando firmar a cabeça tonta e acalmar seu coração acelerado.
Já haviam se passado três dias desde que partiram. Olhando para ele do meio do mar, o céu noturno estava lindo, com inúmeras estrelas brilhantes e a luz deslumbrante da lua.
Flutuando no ar não muito longe dela, Eugene sussurrou.
— Pareceu que nossos olhos se encontraram, mas ela realmente não nos viu, certo?
— Não diga algo tão ridículo. — Sienna zombou de sua posição ao lado de Eugene.
Embora isso pudesse ser óbvio, Sienna tinha muito orgulho de sua habilidade mágica. Enquanto lançava um olhar irritado para Eugene, ela cutucou-o de lado com seu cajado.
Sienna o repreendeu.
— Você, discípulo atrevido, como se atreve a duvidar da habilidade mágica de sua mestra! Como um simples cavaleiro que não aprendeu magia poderia ver através do meu feitiço?
— Ahem… — Eugene resmungou. — Isso pode ser verdade, mas também há um Arquimago a bordo desse navio, não há?
— Hmph! — Sienna resmungou. — Ele nem é um Arquimago de Aroth, que poderia ser chamado de berço da magia, mas alguém que se contentou com a posição de Comandante dos Magos da Corte em um país insular no extremo sul do continente. Quão talentoso alguém assim poderia ser?
Para garantir que esta expedição de subjugação fosse bem-sucedida, Shimuin havia enviado as principais forças que geralmente estavam posicionadas no palácio real.
Não só enviaram Ortus, o Primeiro dos Doze Melhores Cavaleiros, e os Cavaleiros da Maré Violenta, mas também despacharam o Arquimago de Oitavo Círculo, Comandante dos Magos da Corte, Maise Briar.
Seu destino final, o Mar de Solgalta, era uma área que restringia fortemente o uso de magia. Talvez por estarem cientes disso, Maise era o único mago enviado junto com esta frota. Deviam estar esperando que, como Arquimago do Oitavo Círculo, ele ainda pudesse usar sua magia no Mar de Solgalta.
— Embora todos possam ter o título de Arquimago, nem todos os Arquimagos estão no mesmo nível. — Explicou Sienna. — Especialmente depois que a Fórmula de Magia em Círculo criada por mim, a Sábia Senhorita Sienna, se tornou o padrão para todos os magos. Heehee, meu discípulo, você deveria ter visto isso também, não é?
— Eu experimentei pessoalmente essa diferença. — Eugene confirmou.
— Isso mesmo! O Mestre da Torre Verde de Aroth, que tipo de Arquimago é aquele? Pensar que estamos em uma era em que um verme sem a majestade ou mistério de um Arquimago pode ser chamado de Arquimago apenas porque teve a sorte de encontrar um bom mestre que foi capaz de ensiná-lo eficientemente, permitindo-lhe avançar até o Oitavo Círculo! — Sienna cuspiu com raiva antes de olhar para Eugene com uma expressão arrependida. — Ah, claro, não estou me referindo a você, meu discípulo…
— Ahem. Como sua mestra, acredito que ainda pode se orgulhar de se chamar de Arquimago. Embora você não tenha alcançado a iluminação através de sua pesquisa pessoal aprofundada sobre magia e só tenha alcançado seu nível atual de magia graças à Fórmula da Chama Branca do Leão e… ahem… à Bruxaria criada por sua mestra, mas mesmo assim, bem, uhm…
— Por que você não para por aí? — Eugene sugeriu secamente.
— Como eu pensei, você é realmente um discípulo atrevido. Mesmo que sua mestra esteja lhe dando alguns elogios raros, você ainda está me respondendo tão rudemente. — Sienna murmurou enquanto encarava Eugene, “Que cara irritante”.
Embora seja verdade que ela havia adicionado todo tipo de comentários no final, Sienna não disse nada que não pensasse. Na opinião imparcial de Sienna, o feitiço de assinatura de Eugene, a Prominência, era extremamente impressionante.
— Se descermos mais do que isso, seremos pegos pela barreira deles. — Carmen, que também voava junto com eles, os alertou.
Este era o navio principal da força de subjugação, o navio de guerra mais poderoso pertencente à família real, e ainda assim eles estavam ali para se infiltrar na Laversia. Eles até conseguiram convencer Carmen do porquê tinham que fazer isso dessa maneira.
Os navios de trezentos anos atrás não eram nada comparados aos navios da era moderna, ainda mais aprimorados com tecnologia mágica, então a velocidade da expedição de subjugação já era bastante rápida. No entanto, se a magia de Sienna fosse adicionada a isso, poderiam se tornar ainda mais rápidos.
Havia também suspeitas em relação a Ortus. Um método para lidar com esse problema era manter uma vigilância constante contra ele, mas Eugene acreditava que seria muito mais fácil e confortável subjugar Ortus antecipadamente.
Carmen também chegou a concordar com esse fato em certa medida. Em primeiro lugar, um dos propósitos dos Cavaleiros Leão Negro que Carmen comandava era punir aqueles culpados de suspeitas semelhantes quando apareciam dentro da família e também proteger a disciplina e as leis do clã.
No entanto, Ortus não era um membro dos Lionheart. O fato de que ele era o Grão-Duque de um país estrangeiro restringia Carmen de agir. Carmen Lionheart possuía senso comum o suficiente para entender isso, pelo menos.
Mas Eugene casualmente decidiu ignorar qualquer senso comum desse tipo.
Isso porque ele tinha Sienna com ele. No final, talvez tenha sido a decisão de Eugene infiltrar-se na Laversia, mas ele realmente afirmaria algo diferente quando confrontasse eventualmente o perplexo Ortus.
—Bem, a Sábia Senhorita Sienna disse: “E daí se matarmos aquele Lorde Ortus?”
Como uma grande heroína de trezentos anos atrás e amigo do progenitor de sua família, uma vez que um sênior como esse dizia algo assim, não podiam deixar de seguir com ela — ou pelo menos, era assim que Eugene pretendia passar a situação.
Sienna franziu a testa.
— Nesse caso, o que faremos? Devo apenas quebrar a barreira?
— Você não decidiu lidar com isso silenciosamente se possível? — Carmen lembrou educadamente.
Se as coisas não corressem conforme o planejado, eles também tinham planejado simplesmente sobrecarregar as forças da Laversia e tomar o controle do navio à força.
No entanto, essa linha de ação estava apenas preparada para o pior cenário. Carmen esperava que, se possível, eles pudessem lidar silenciosamente com isso. Sem ter que enfrentar as forças completas da Laversia, eles só precisariam subjugar Ortus, o Comandante desta expedição.
Se conseguissem fazer isso, seria praticamente a mesma coisa que ter tomado o controle da Laversia.
— Tudo bem. — Sienna disse com um sorriso enquanto estendia a mão com a Nevasca.
A mana no ar passou por uma mudança. Isso era um sinal de que o feitiço de assinatura de Sienna, o Domínio da Imperatriz, acabara de ser conjurado. A barreira mágica que protegia a Laversia podia ter sido criada pelo Arquimago Maise, mas ainda assim não conseguia desobedecer ao Domínio da Imperatriz de Sienna.
— Vamos descer. — Sienna ordenou assim que terminou.
Eugene, Sienna e Carmen conseguiram passar pela barreira sem incidentes, já que ela falhou em detectar os invasores. Sienna estreitou os olhos enquanto olhava para baixo na direção da Laversia.
— Achei ele. — Ela anunciou.
Sienna conseguiu detectar a localização de Ortus. A partir desse ponto, tudo ficou simples. O grupo conseguiu enganar os olhos de qualquer observador ou guarda e chegou à porta do quarto onde Ortus estava hospedado.
Os três trocaram olhares em silêncio.
Então abriram a porta.
Ortus Hyman estava sentado do outro lado de sua mesa de escritório, aparentemente ponderando sobre algo. Julgando pelo modo como ele batia na mesa com uma caneta segurada em uma das mãos, parecia que ele estava escrevendo algo.
— Hm? — Ortus olhou para cima.
A porta havia se aberto sem aviso prévio. Ortus piscou surpreso. Ele continuou a encarar perplexo enquanto três pessoas entravam pela porta agora aberta. Pego de surpresa, ele não foi capaz de entender imediatamente a surpreendente situação em que se encontrava.
Das três pessoas que abriram a porta e entraram em seu escritório, ele reconheceu duas.
A primeira era Carmen Lionheart. Mas por que ela estava ali quando deveria estar em outro navio? Não, pensando melhor, ele poderia supor que ela pode ter atravessado para o seu navio porque precisava dele para algo, mas… qual seria o motivo dela invadir seu quarto sem nem mesmo bater na porta?
Quanto ao homem que agora fechava a porta… Ortus também o reconheceu. Este era Eugene Lionheart.
Espera aí, Eugene Lionheart? Ele deveria estar em Kiehl, então por que apareceu ali junto com Carmen?
Três dias atrás, havia apenas três Lionheart navegando com a frota: Carmen, Ciel e Dezra. Além deles, os Lionheart também enviaram três servos, mas nenhum desses servos era do sexo masculino.
Além disso… quem era aquela mulher? Com cabelos roxos vibrantes, ela definitivamente não poderia ser considerada uma pessoa comum. Seus olhos verdes brilhavam com diversão, e ela segurava um bastão mágico em uma das mãos… ela poderia ser uma maga?
Será que essa era realmente a Sábia Sienna?
Ortus exclamou:
— Mas que diabos…?
Ele ainda não conseguia entender completamente a situação. O que estavam fazendo Eugene Lionheart e a Sábia Sienna, que deveriam estar em Kiehl, ali? Além disso, por que Carmen trouxe os dois ali tarde da noite sem nenhum aviso?
Espera aí. Eles vieram ali sem aviso prévio? Como isso era possível? Este navio, o Laversia, estava coberto por uma barreira mágica. Se alguém tivesse tocado na barreira, a notícia teria sido automaticamente transmitida para Ortus e Maise, não importava o quê.
“Então, por que eu não fui alertado?” Ortus pensou cautelosamente.
Eles devem ter quebrado a barreira. Mas seja fazendo isso ou aparecendo na frente de sua porta, ele não conseguiu perceber a aproximação deles até que abriram a porta de seu escritório. Por mais focado que estivesse, não fazia sentido que Ortus não tivesse percebido a aproximação de existências tão significativas.
Então Ortus instintivamente sentiu um forte senso de perigo e pulou de sua cadeira.
Whoosh!
Sienna selou a sala com um feitiço. Eugene e Carmen se impulsionaram do chão ao mesmo tempo, sem dizer nada, enquanto corriam em direção a Ortus. Sua prioridade principal era capturar Ortus antes de fazer qualquer outra coisa.
— Vocês são loucos! — Ortus xingou.
Como eles poderiam simplesmente atacá-lo sem dizer nada?! O que diabos estavam fazendo? Ortus lamentou não estar usando sua Exid e que sua espada estava longe dele. Mesmo que ainda estivesse um pouco atordoado, Ortus se preparou imediatamente para se defender.
Ortus pulou por cima da mesa de seu escritório enquanto elaborava um plano. Mesmo agora, se estivesse em perfeitas condições, não teria chance de vencer se enfrentasse os dois de frente. Além disso, ainda havia a Sábia Sienna parada atrás deles!
Ele não conseguia entender por que estavam atacando-o. Mas como não conhecia o propósito deles, Ortus não podia se dar ao luxo de subestimá-los.
Uma vez que uma comoção fosse criada, alertando aqueles do lado de fora de seu escritório de que algo estava acontecendo, o Mago da Corte Maise e outros reforços deveriam chegar. Isso foi o que Ortus decidiu visar.
Boom!
Ortus, que estava coberto por uma enorme quantidade de mana, investiu contra Eugene. Isso porque ele julgou que Eugene deveria ser mais fraco do que Carmen.
“Mas olha só”, Eugene pensou com um sorriso largo ao ver Ortus se aproximando rapidamente.