Capítulo 408
O Campo de Batalha (2)
Cada vez que Agaroth brandia sua Espada Divina, o mundo era esculpido por linhas vermelhas. A resistência era impossível uma vez que algo fosse engolido ou mesmo tocado por essas linhas. Qualquer contato com essas linhas significava a morte.
Como o Deus da Guerra, o poder divino de Agaroth provou ser violento de maneira adequada. Mas mesmo tendo matado milhares de monstros em um único instante, ainda havia incontáveis monstros reunidos sob seus pés. Para onde quer que olhasse, só conseguia ver monstros. Só quando virou a cabeça e olhou para longe viu algo diferente.
A fortaleza na qual eles haviam resistido aos monstros por tanto tempo.
Embora fosse chamada de fortaleza, além das paredes externas, não havia outras estruturas. Essas paredes eram a única característica nesta terra de outra forma árida.
Em algum momento, este lugar fora a capital de um reino. No entanto, agora, nem mesmo um único vestígio desse reino permanecia.
Quando chegaram pela primeira vez a esta terra, em qualquer lugar que olhassem, só conseguiam ver visões terríveis. Não, não era apenas esta terra. O mesmo valia para cada um dos reinos que haviam sido destruídos por esses monstros. Quanto às pessoas que uma vez viveram neles…
Imagine a visão de dezenas de milhões de cadáveres deixados sem atenção ao ar livre por meses. Nem mesmo a palavra ‘infernal’ era suficiente para descrever tal cena.
Embora Agaroth e seu exército tivessem passado por inúmeras guerras, seus soldados ainda acabaram vomitando, e, falando honestamente, Agaroth quase sentiu a garganta se contrair quando testemunhou essa visão e o cheiro nauseante que a acompanhava. Deixe de lado o Domínio Demoníaco, mesmo entre todos os países invadidos pelos Reis Demônios, ele nunca tinha visto uma cena tão terrível e repugnante.
Foi por isso que ele apagou tudo. Os cadáveres apodreceram há muito tempo, e as ruínas dos reinos já se desenvolveram em um ecossistema repugnante centrado nos inúmeros corpos mortos, então Agaroth apagou tudo, incluindo as ruínas restantes.
Foi assim que essa planície foi criada. Uma paisagem árida feita quando Agaroth apagou pessoalmente todos os incontáveis corpos humanos e a cidade em que inúmeros humanos haviam vivido. Mas depois disso, assim como já havia sido forrado com cadáveres humanos, os cadáveres de monstros agora espalhados pelo chão superavam em muito os antigos cadáveres humanos.
Pode ser presumido, mas na opinião de Agaroth, nenhuma outra terra na história humana testemunhou tanta morte quanto esta.
— O que diabos são eles? — Agaroth murmurou para si mesmo.
Ele não conseguia contar quantas vezes já havia feito essa pergunta.
Esses monstros não pareciam se alimentar de pessoas. Dito isso, eles também não se alimentavam entre si. O sangue que derramavam parecia não poder se infiltrar no solo, e as chamas comuns não conseguiam apagar seus cadáveres ou quaisquer outras marcas que deixassem para trás. Apenas as chamas criadas pessoalmente por Agaroth através de seu poder divino eram capazes de erradicar seus cadáveres.
Esses monstros abomináveis estavam atualmente rosnando para Agaroth e soltando gritos. Os sons que faziam não formavam uma linguagem. Assim como a palavra rosnado sugere, era apenas um grito bestial.
Esses monstros eram tão diversos em tipo e tamanho quanto em aparência. Alguns caminhavam com duas pernas como humanos, enquanto outros caminhavam com quatro. Outros tinham ainda mais pernas e rastejavam como insetos.
Naturalmente, também havia alguns que voavam pelos céus com asas batendo. Em pouco tempo, centenas desses monstros voadores se reuniram ao redor de Agaroth. O som de suas asas batendo conseguiu até abafar o tumulto de seus gritos.
Agaroth estreitou os olhos e estendeu a mão esquerda. Poder divino vermelho escuro girava em sua palma enquanto enrolava os dedos em um punho apertado.
Roooooar!
O poder divino que explodiu de seu punho se transformou em uma tempestade que se espalhou em todas as direções. Centenas de monstros foram mortos instantaneamente, e seu sangue e carne caíram como chuva.
Boooooom!
Acompanhado por um ruído estrondoso, monstros tão grandes quanto gigantes saltaram em direção a Agaroth com as mãos estendidas. Agaroth apenas balançou sua Espada Divina sem a menor mudança de expressão.
Seu golpe não foi acompanhado por um estouro de som. A Espada Divina, que Agaroth forjara refinando seu próprio poder divino, não criava nenhum efeito secundário quando era apenas brandida assim. Mas não havia como algo como esses monstros conseguiriam resistir a uma Espada Divina que até os Reis Demônios teriam dificuldade em lidar.
“Como esperado”, pensou Agaroth enquanto olhava para baixo com os olhos estreitos.
Desde o início de sua batalha, Agaroth continuara a balançar sua Espada Divina inúmeras vezes. Nestes breves momentos, uma estimativa grosseira colocaria o número de monstros mortos por Agaroth bem na casa dos milhares. Apesar disso, a maré de monstros abaixo não mostrava sinais de diminuir.
A razão para isso era simples. Por mais monstros que Agaroth pudesse ter matado, novos monstros continuavam reaparecendo.
Essa era uma visão tão absurda. No entanto, tais reclamações já tinham sido feitas há muito tempo. Coisas como o senso comum não pareciam se aplicar a esses monstros.
“Faz sentido que eles não conseguiram encerrar esta batalha,” percebeu Agaroth.
Ao lado de Agaroth, o poderoso guerreiro era o segundo mais forte no Exército Divino. Se ele não conseguisse encerrar a batalha, mesmo depois de Agaroth ter emprestado seu anel pessoal que permitiria ao guerreiro acessar diretamente o poder divino de Agaroth, devia haver uma boa razão para isso. Apesar de ser um soldado jurado ao Deus da Guerra, por mais forte que o guerreiro poderoso fosse, ainda era impossível para ele aniquilar tantos monstros simultaneamente.
Mas o que eles deveriam fazer com as batalhas daqui para frente? Mesmo que continuassem matando-os repetidamente, em vez de seus números diminuírem um pouco, a quantidade de inimigos só aumentava…
Sentindo-se irritado, Agaroth ergueu sua Espada Divina para o alto.
Cracracrackle!
A lâmina vermelha escura da Espada Divina se estendeu, crescendo o suficiente para parecer que poderia tocar o céu.
Então, quando Agaroth balançou a gigantesca Espada Divina, o mundo foi partido ao meio. Mesmo depois que a Espada Divina já havia passado pelo ar, a trilha de seu corte não desapareceu; em vez disso, se espalhou para envolver os monstros ao redor.
O final do corte em expansão conectava-se diretamente ao seu início. Isso criou um anel de poder divino vermelho escuro que varria o campo de batalha. Depois de assistir a isso por alguns momentos, Agaroth virou-se para olhar o céu.
O sol feito de seu poder divino ainda flutuava lá em cima. Quando Agaroth estendeu a mão em sua direção e puxou, o sol flutuou lentamente em direção a Agaroth.
Rooooar!
O sol começou a pulverizar chamas de poder divino. A onda de chamas cobria tudo abaixo. Depois de queimar os monstros, o poder divino não desapareceu, mas mudou repetidamente de forma, seguindo a vontade de Agaroth. O poder divino primeiro se transformou em uma lâmina enorme que cortou outro caminho pelos monstros, depois em milhares de flechas que atravessaram a multidão antes de se transformar novamente em um martelo que achatou ainda mais os monstros.
Agora que o massacre de Agaroth começara de fato, a velocidade com que os monstros estavam morrendo finalmente excedeu a velocidade com que estavam aparecendo. Era como se cem monstros estivessem sendo mortos para cada dez monstros que apareciam repentinamente.
Mesmo enquanto conduzia esse massacre, Agaroth ainda tinha muita margem de manobra para lidar com outras questões. Então, enquanto varria os monstros na linha de frente, também estava de olho no estado da batalha nas linhas traseiras e intervindo quando necessário.
Isso não era algo difícil para ele. Todos os que estavam lutando ali eram seguidores de Agaroth, então tudo o que precisava fazer para realizar um milagre salvador de vidas era enviar a eles tanto poder divino quanto precisavam. A Santa, que ainda estava de pé no topo das muralhas, também desempenhava um papel nessa questão.
Através da vasta distância, seus olhos se encontraram. A Santa projetou os lábios em direção a Agaroth, fazendo um barulho de beijo e piscando um olho para ele.
— Maluca. — Murmurou Agaroth.
Em algum momento, os monstros pararam de aparecer. Com isso, a batalha daquele dia, pelo menos, chegou ao fim. Considerando o tempo, a próxima batalha provavelmente seria retomada no dia seguinte. Embora talvez… apenas talvez, ela podera começar ainda mais cedo.
A testa de Agaroth se franziu enquanto ele olhava para baixo. A planície estava cheia de cadáveres que ainda não haviam sido incinerados por seu poder divino, e o veneno sinistro que esses cadáveres estavam derramando estava causando uma dor de cabeça a Agaroth.
Mesmo que ele queimasse os cadáveres até o ponto em que nem fumaça nem cinzas restassem, isso ainda deixaria Agaroth com o veneno para lidar… e também era desagradável deixar tantos cadáveres sem atenção.
Com um ar de tranquilidade, Agaroth conjurou chamas de poder divino.
Fwooosh!
Uma parede de chamas começou a rastejar sobre a terra. Mesmo sem Agaroth precisar prestar atenção nelas, essas chamas queimariam todos os cadáveres restantes.
Agaroth virou as costas para a parede de chamas e se dirigiu para a fortaleza.
O Exército Divino ainda estava lutando lá, mas como não havia muitos monstros restantes, parecia que a batalha lá terminaria em breve.
Mas mesmo essa limpeza não era uma visão muito satisfatória para Agaroth. Vendo seus soldados assim, Agaroth confirmou algo. O Exército Divino era realmente mais fraco do que eram no início, e o mesmo valia para Agaroth. Isso porque suas mentes e corpos estavam ficando cada vez mais exaustos e desgastados à medida que a guerra continuava sem um fim aparente à vista.
“É realmente hora de darmos uma pausa”, decidiu Agaroth.
Agora que ele pensava sobre isso, eles não tinham tido um dia de folga adequado desde que chegaram pela primeira vez ali. Afinal, uma vez que cada batalha terminava, suas preparações para a próxima batalha sempre levavam muito tempo para que qualquer um deles pudesse descansar adequadamente. Pode ser impossível para Agaroth ordenar uma retirada completa, mas uma vez que o Deus dos Gigantes ou a Sábia chegassem, ele pediria a eles para assumirem este lugar por cerca de um mês, permitindo que seu Exército Divino descansasse—
Agaroth de repente se endureceu.
— …?
Havia uma sensação não natural vindo de trás dele. Era sinistra… mas as sensações vindas da presença não podiam ser rotuladas tão facilmente. Havia um senso quase instintivo de inquietação crescendo dentro dele, junto com um terror que Agaroth não desejava admitir.
Agaroth imediatamente virou-se para olhar para trás.
Ele viu a parede de chamas ainda subindo alto o suficiente para tocar o céu, mas algo estava se contorcendo dentro dessas chamas.
Agaroth não conseguia sentir o que era aquela coisa. Parecia haver algo como uma sombra tremeluzindo dentro das chamas, quase como uma névoa. Parecia tanto existir quanto não existir, com até mesmo sua forma deixada ambígua…
Whoooosh!
De repente, aquele algo engoliu todas as chamas. Parecia que um enorme buraco havia sido perfurado nas chamas e agora estava sugando tudo. Foi apenas depois que as chamas desapareceram completamente que Agaroth pôde ver mais claramente aquele ‘algo’.
Aquela coisa… parecia que um buraco havia sido rasgado no mundo. As cores ao redor do buraco estavam sendo puxadas e misturadas. A fusão de cores era instável, com cada sombra crescendo e diminuindo enquanto todas se misturavam, criando todo tipo de distorções visuais, então a fronteira entre o que ainda estava no mundo e o que não estava não era muito clara.
Mas no centro…
No próprio centro do buraco…
Agaroth olhou instintivamente para aquele ponto. Mesmo em meio à confusão de várias cores diferentes, apenas uma cor existia bem no centro. Uma escuridão absoluta. A profunda escuridão no centro do buraco parecia sugar tudo em sua direção.
— O que diabos…? — Murmurou Agaroth em uma voz incerta enquanto dava um passo para trás.
Crrrrrrrsk!
Os cadáveres dos monstros que ainda não haviam sido queimados estavam sendo arrastados em direção ao buraco. Naquele momento, Agaroth não pôde deixar de sentir um arrepio descendo por sua espinha.
Através do buraco, ele havia sentido uma presença iminente e imensa, que tinha um leve toque demoníaco misturado. Isso sozinho podia não ter sido suficiente para identificar aquela existência, mas… essa entidade terrível e ameaçadora claramente possuía um poder sombrio.
Em outras palavras, isso significava que a verdadeira identidade desse ser era a de um Rei Demônio.
— O Rei Demônio da Destruição. — Murmurou Agaroth horrorizado.
Se aquilo realmente fosse um Rei Demônio, então além de ‘Destruição’, não haveria outro epitáfio que pudesse possuir. Era assim o quão imparável e absoluta era a aura de destruição que Agaroth podia sentir vindo daquele ser.
O que o Rei Demônio da Destruição estava fazendo ali? Não se dizia que a Destruição, que não agia como os outros Reis Demônios, nunca deixava o Domínio Demoníaco? Como poderia ter aparecido ali sem aviso prévio? Por um momento, Agaroth não soube o que pensar.
— Milorde! — Gritou a Santa de seu lugar no topo da muralha da fortaleza.
Ela também podia sentir qual existência incompreensível Agaroth estava enfrentando atualmente. Mesmo que ela estivesse vendo isso de uma distância tão longa, parecia que sua mente estava enlouquecendo, e sua alma estava sendo poluída pela visão. No entanto, a Santa não virou a cabeça para longe e, em vez disso, gritou para seu deus, mesmo enquanto derramava lágrimas de sangue escuro.
— V-Você não pode! Por favor, milorde! — Implorou a Santa.
Eles queriam fugir. Tal pensamento preenchia a cabeça de todos. Mesmo o poderoso guerreiro, que entre todos os inúmeros crentes de Agaroth o seguia há mais tempo, não conseguia reunir nenhuma coragem neste momento.
Ele queria largar a espada em sua mão. Queria tirar sua armadura para que pudesse correr um pouco mais rápido. Quando até mesmo o poderoso guerreiro tinha esses pensamentos, como os outros soldados poderiam estar menos aterrorizados? Muitos caíram no chão de medo, e muitos também deixaram cair suas armas.
No entanto, nenhum deles realmente fugiu o mais rápido que pôde.
Isso porque ainda estavam dentro da área do solo sagrado de Agaroth. Era porque o sol vermelho-escuro ainda pairava nos céus acima deles. Sua fé em Agaroth permitia que o Exército Divino resistisse ao terror que estavam sentindo. Isso fazia com que nenhum fugisse do campo de batalha, mesmo que já tivessem perdido a vontade de lutar.
Isso era possível apenas porque Agaroth ele mesmo se recusava a fugir. Era porque Agaroth ainda estava resistindo a seus próprios sentimentos de terror.
Agaroth estava enfrentando o Rei Demônio da Destruição a uma distância mais próxima do que qualquer outra pessoa. Como era o deus guardião deste solo sagrado, ele era forçado a suportar a enorme pressão emanando do Rei Demônio da Destruição. Então, Agaroth sentiu que estava ficando louco. Sentia como se sua divindade em si estivesse prestes a ser esmagada.
Quer quando era humano ou depois de se tornar um deus, Agaroth nunca havia pensado em si mesmo como uma existência insignificante.
Quando era humano, ele acreditava ser o talento mais excepcional entre todos os humanos. Não estava totalmente errado em pensar assim. Desde que era humano, ele tinha permanecido nos mesmos campos de batalha dos deuses e havia matado alguns Reis Demônios enquanto salvava inúmeros países.
E depois que ele se tornou um deus? Ele ainda não tinha respeito pelos deuses mais velhos também.
Atualmente, uma grande guerra estava sendo travada contra os Reis Demônios e os demônios. Nessa era de conflitos, era uma questão rápida para os heróis escreverem suas próprias lendas e alcançarem a divindade, então nesta era atual, havia muitos deuses jovens como Agaroth. No entanto, mesmo eles não pareciam tão impressionantes aos olhos de Agaroth.
Os únicos deuses que Agarath tratava como iguais, ou melhor, um pouco inferiores a ele, eram o bárbaro, mas enorme Deus dos Gigantes e a Sábia, que buscava salvar o mundo de sua torre de marfim.
Para este Deus da Guerra jovem e arrogante, suas emoções atuais eram extremamente desconhecidas para ele — sentimentos de inferioridade, de ser uma forma de vida inferior, e sentimentos tão ruins.
Agaroth apertou os dentes silenciosamente.
Em sua mão direita, ele ainda segurava sua Espada Divina. Ele não precisava olhar para ela para saber que a luz da Espada Divina tinha diminuído. Ele podia sentir o terror em seu peito pulsante. Esse terror estava sufocando sua vontade de lutar e embotando sua afiação.
Agaroth apertou ainda mais a espada.
Ele usou sua raiva e frustração para apagar o medo em seu coração.
Por favor, milorde!
O grito da Santa não foi ouvido com seus ouvidos desta vez, mas sim dentro da cabeça de Agaroth.
Quando ele concentrou seus sentidos naquela direção, podia ouvir muitas — oh, tantas — vozes semelhantes.
O que é isso? Estou com medo. Por que algo assim apareceu de repente? O que diabos estou fazendo aqui? Eu quero fugir. Por favor, eu não quero morrer. Oh Lorde, por favor, nos dê permissão para fugir. Milorde, por favor, não fique aí parado assim.
Agaroth apenas ouviu em silêncio.
Ele conseguia ouvir vozes vindas de lugares muito mais distantes.
O que devo cozinhar para o jantar hoje à noite? Será que a Mãe está bem? Quando aquele cara vai voltar para casa? Vamos tomar mais um copo, não, dois copos de cerveja. Ele vai realmente aparecer aqui? Eu só preciso trabalhar um pouco mais. Logo será dia de pagamento. Eu te amo. Sinto sua falta. Graças a Deus. Você se saiu bem hoje. Amanhã…
— Fugir? Não me faça rir. — Rosnou Agaroth.
O Exército Divino que Agaroth liderou até aqui não era a soma total de todos os seguidores de Agaroth. Seguidores de Agaroth viviam por todo o continente. Sua fé era a fonte de força de Agaroth e do Exército Divino.
— Se fugirmos daqui, o que faremos em relação a isso? — Agaroth zombou.
Agaroth não sabia muito sobre o Rei Demônio da Destruição. No entanto, ele percebeu instintivamente pelo menos isso. Se eles não parassem aquela coisa ali e agora, algo terrível aconteceria. Aquela coisa seguiria em frente para destruir o mundo inteiro.
— Além disso, não há como aquela coisa apenas nos deixar fugir. — Murmurou Agaroth com uma risada seca.
Ele não sentia hostilidade ou intenções assassinas vindas daquele Rei Demônio. Mas… mesmo sem sentir tais coisas dele, Agaroth sabia exatamente o que ele queria.
Este era o Rei Demônio da Destruição. Ele existia para matar tudo sem jamais mostrar misericórdia. A razão pela qual continuaria a matar e destruir tudo em seu caminho não era devido a intenções assassinas, hostilidade, ódio, ou quaisquer emoções do tipo. Para o Rei Demônio, estava em sua natureza fazê-lo.
— Todos. — Agaroth gritou.
Grrrrk.
Dentro de uma determinação, Agaroth cerrou os dentes e levantou a mão direita no ar.
“Seus sentimentos de querer fugir. Eu os ouvi atentamente. No entanto, eu não posso aceitá-los. Afinal, se todos fugíssemos sempre que quiséssemos, qual seria o sentido de ir para a guerra? Infelizmente, o deus que vocês escolheram para servir é um maldito teimoso e malicioso. De acordo com o julgamento desse maldito deus de vocês, não há absolutamente nenhuma maneira de fugir agora.”
“Por causa disso, todos vocês morrerão aqui hoje. Não há outras opções. Todos vocês certamente perecerão aqui.”
Agaroth deu sua ordem final.
— Sigam-me.
“E eu estarei morto junto com vocês”, Agaroth prometeu silenciosamente.