Damn Reincarnation - Capítulo 411 - Anime Center BR

Damn Reincarnation – Capítulo 411

Capítulo 411

O Campo de Batalha (5)

O outro lado do Leheinjar, que estava selado dentro de uma barreira, foi escolhido como local para o combate. Isso porque, se Eugene e Moron lutassem no mundo real dando tudo de si, as coisas não se limitariam apenas ao terreno sendo ligeiramente rearranjado, mas toda a cordilheira poderia ser apagada.

“Embora as coisas provavelmente não fiquem tão intensas”, Eugene tentava se convencer.

Na verdade, Eugene mesmo não tinha tanta certeza sobre a verdade desse pensamento. Afinal, Eugene e Moron se conheciam bastante, então Eugene não podia ter certeza de que as coisas não sairiam do controle.

Mas mesmo que os dois levassem as coisas a sério, eles ainda não seriam capazes de se matar. Mesmo que acabassem sofrendo ferimentos graves, Anise e Kristina estariam lá para ajudá-los a se recuperar. Além disso, se as coisas realmente fossem longe demais, Sienna, que estaria assistindo, também interviria.

Mas o mais importante era que, não importando como a luta se desenrolasse — ou quem vencesse — Eugene e Moron não guardariam rancor um do outro. Não importando o resultado da batalha, seu relacionamento não mudaria. No entanto, o orgulho de Eugene ainda estava em jogo.

Falando honestamente, mesmo em sua vida anterior, Eugene nunca pensou uma vez que fosse mais fraco que Moron.

Claro, em sua vida passada, Hamel tinha um corpo mais fraco que Moron. Por causa disso, ele não conseguia lutar tão brutalmente quanto Moron costumava fazer. No entanto, o que algo assim importava na hora de decidir quem era mais forte e mais fraco em uma luta?

Eugene já estava pensando nesses pensamentos arrogantes antes mesmo da luta começar, como se isso fosse natural para ele.

Além disso, ao contrário da última vez, isso não seria uma luta por causa de Moron, então Eugene não teria que tentar tratar a loucura de Moron durante a luta. Inicialmente, Eugene pretendia lutar com Moron para testar a mudança que ele havia sentido, mas em algum momento, o foco da luta deles mudou para decidir, de uma vez por todas, quem dos dois era o mais forte.

Graças a isso, havia uma possibilidade de que as coisas pudessem ficar um pouco intensas demais. Eugene tinha certeza de que era mais forte que Moron, então ele não queria perder, de jeito nenhum. Além disso, quem diabos entraria em uma luta pensando apenas em perder?

O mesmo valia para Moron.

Ele respeitava o homem antes conhecido como Hamel Dynas. Esse era o caso mesmo há trezentos anos, especialmente depois de ver a teimosia que Hamel mostrou ao conhecer Vermouth pela primeira vez. Quando ouviram Vermouth dizer que queria receber um jovem mercenário que estava rapidamente ganhando notoriedade no mundo mercenário como companheiro, Sienna e Anise protestaram.

No entanto, Moron não foi muito resistente à ideia. Ele confiava que Vermouth devia ter uma boa razão para sua escolha. Ao mesmo tempo, ele percebeu o fato de que seu novo potencial companheiro era um mercenário.

Naquela época, Moron, Sienna e Anise não tinham muita experiência mundana. Isso não podia ser evitado. Moron era o herdeiro de uma tribo das planícies nevadas do norte, Anise havia sido consagrada como a Santa em Yuras, e Sienna havia crescido na Floresta Samar desde que era um bebê.

Por outro lado, se o novo membro fosse um mercenário que tinha experimentado inúmeras batalhas, isso não significaria que ele devia ter uma riqueza de experiências diversas? Como Anise e Sienna haviam dito, ele podia não ser habilidoso o suficiente, mas, nesse caso, não estaria tudo bem se fosse designado para funções além do combate?

Depois de ver Hamel pessoalmente, Moron mudou de ideia. Embora tudo que tivessem visto fosse Hamel se livrando de alguns mercenários insignificantes, Moron sentiu profundezas invisíveis escondidas nos movimentos de Hamel. E depois de assistir à luta entre Hamel e Vermouth, Moron ficou certo de que Hamel se tornaria, um dia, alguém forte.

No entanto, ele nunca pensou que Hamel um dia se tornaria mais forte que ele.

Era verdade que Hamel era um guerreiro excepcional. Mas acreditar que Hamel era mais forte do que ele? Moron nunca teve esse tipo de pensamento. Claro, havia uma enorme diferença entre os hábitos e métodos que os dois usavam em batalha, mas isso se devia à divisão de seus papéis. Se Moron fosse forçado, ele teria sido capaz de lutar da mesma forma que Hamel lutou, pelo menos até certo ponto. Então não era que ele não pudesse fazer isso; ele simplesmente não precisava.

— Hamel. — Moron disse enquanto cruzava seus braços grossos na frente do peito. Moron encarou Eugene por cima de sua grande e espessa barba com uma expressão solene. — Eu vi sua habilidade em nossa última luta. E sinto que o você atual se tornou muito mais forte do que era naquela época.

— Isso não deveria ser surpresa. Você já deveria saber disso, mas eu estou sempre ficando mais forte. — Eugene respondeu com uma expressão indiferente enquanto esfregava os pés contra o chão algumas vezes.

Enquanto Moron ficava lá com os braços cruzados, sua já imensa massa parecia ainda maior. Além disso, até parecia que ele estava gradualmente crescendo. Isso era evidência de que Moron havia entrado em sua forma de combate.

Eugene sentiu a presença de Moron gradualmente se tornando mais forte. Em resposta, Eugene voltou sua atenção para o universo dentro dele.

Agora, assim como Eugene havia sentido que Moron estava maior do que realmente era, Moron também sentia que Eugene estava de alguma forma diferente de alguma maneira invisível.

“Que estranho…” Moron pensou consigo mesmo.

Eugene emanava um senso de incongruência, como se não parecesse se encaixar com o resto da paisagem. Aos olhos de Moron, Eugene parecia separado, como se fosse uma existência que estava separada do mundo. Tal senso de presença era fundamentalmente diferente da intimidação que Moron vinha demonstrando.

Moron estava confuso, “Ele está claramente bem na minha frente, e definitivamente parece fora do lugar. Mas mesmo assim, ele é de alguma forma transparente…”

O que era esse sentimento? Ainda se sentindo perplexo, Moron desfez os braços cruzados.

Este era Moron Ruhr. Ele havia vivido uma vida muito longa. Entre os humanos, ninguém deveria ter passado por tantos campos de batalha quanto Moron. No entanto, em toda a sua vida, ele nunca havia conhecido ninguém que emanasse uma presença tão única.

— Então. — Eugene começou a falar. — Você deveria dar o primeiro passo. Porque eu dei o primeiro golpe da última vez.

 

—Se você está tão confiante em vencer, não desvie ou bloqueie esse movimento. Apenas aguente.

 

Da última vez, ele disse algo assim para Moron, e Moron realmente concordou. Mas não havia como Moron fazer o mesmo pedido a ele, certo? Eugene pensou que poderia ser possível, então ele já havia preparado uma contramedida, mas parecia que Moron não seria tão mesquinho quanto Eugene temia.

— Certo. — Moron concordou prontamente.

Na verdade, Moron não sentiu muita resistência ao ter recebido a iniciativa. Como Eugene estava atualmente, Moron reconhecia que ele tinha o direito de dizer tal coisa.

Após desfazer os braços cruzados, Moron cerrou os punhos, que eram tão grandes quanto halteres.

Boomboom.

Moron começou a caminhar para frente. A Espada Sagrada, que Eugene segurava apenas com a mão direita, ergueu-se lentamente em resposta. Ela foi segurada em um ângulo que desenhava uma linha reta com o corpo de Eugene.

No entanto, naquele momento, Moron já não conseguia ver a figura de Eugene. Parecia que a beleza da lâmina requintadamente refinada havia engolfado completamente a presença de Eugene. Era uma incrível demonstração de foco e imersão. Neste momento, Eugene e a Espada Sagrada estavam em perfeita unidade.

— Hm… — Moron considerou pensativamente.

Ele não parou de andar, mas neste momento, Moron sentiu alguma hesitação.

Sua hesitação era devida a uma confusão momentânea sobre como lançar seu ataque. Era a esse nível que Eugene estava tornando difícil encontrar qualquer abertura, e Moron tinha a sensação de que não seria capaz de romper as defesas de Eugene, não importando onde escolhesse atacar.

No entanto, a hesitação de Moron foi breve. Ele poderia estar enfrentando um oponente sem aberturas e uma defesa que não poderia ser penetrada, mas isso era apenas a impressão que seus olhos estavam lhe dando. Ele não saberia com certeza sem atacar Eugene diretamente.

Com um largo sorriso no rosto, Moron puxou o punho para trás.

Grrrrrrrr!

O punho cerrado de Moron já começava a tremer. Enquanto seus nós dos dedos se enrolavam ainda mais, um rugido estrondoso começou a se acumular de dentro do punho de Moron.

Boomboomboom!

O espaço ao redor de seu punho distorcia e vibrava. À medida que Moron puxava o punho para trás da cabeça, parecia que seu punho erguido continha uma força que poderia despedaçar o mundo inteiro.

O pé esquerdo de Moron se esticou para frente.

Boooooom!

O chão sobre o qual ele pisou tremeu. Com esse único passo, o corpo de Moron foi firmemente plantado na terra e conectado a ela.

Creeeeaaaak!

A cintura de Moron se torceu para o lado. Desenhando uma linha reta do pé esquerdo até o punho direito, a postura necessária para lançar seu soco mais rápido e mais forte foi criada.

Poppoppoppoppop…!

Veias grossas saltaram na parte de trás da mão e ao longo do braço direito, seus músculos inchando até o ponto em que pareciam prestes a explodir.

— Hamel. — Moron disse com um sorriso brilhante. — Você pode desviar se quiser.

Eugene não pôde deixar de rir com essas palavras. Esse idiota. Ele realmente tinha uma boa memória. Não havia necessidade de Eugene nem mesmo responder a uma pergunta assim.

Fwooosh

Uma chama negra se acendeu silenciosamente e envolveu o corpo de Eugene. Em vez de sua luz usualmente brilhante, a Espada Sagrada também estava coberta por uma camada dessas sutis chamas negras.

“Está vindo”, Eugene sentiu.

Crack!

A montanha desabou ao redor do pé de Moron. Mas o punho de Moron já havia sido lançado a uma velocidade muito mais rápida que superou o afundamento da terra. No momento em que ele sentiu o punho de Moron cobrindo todo o seu campo de visão, uma força enorme atingiu Eugene, estilhaçando o espaço ao seu redor.

Se ele fosse ainda o mesmo Eugene da última vez, não teria sido capaz de receber um golpe como este que continha uma força tão poderosa de frente. Com esse tipo de ataque, era melhor evitá-lo do que tentar bloqueá-lo. Se fosse uma situação em que você não conseguisse evitar, seria melhor tentar combatê-lo com uma força ainda maior…

“Mas agora…” Eugene sorriu.

Não havia necessidade para isso. O espírito de Eugene foi despertado para a ação, e a Espada Sagrada se moveu.

Swish!

Não exigiu muita força para lidar com o ataque, e Eugene não precisou dar mais do que alguns passos.

Aparar era uma técnica na qual Eugene se especializava desde os tempos em que ainda era Hamel. No ‘Estilo Hamel’ que Vermouth criara e passara para a linhagem da família Genos, essa técnica também existia sob o nome de Aparar de Mana.

No entanto, mesmo sendo Eugene, deveria ter sido impossível desviar o punho de Moron tão completamente e limpamente como ele acabara de fazer. Além disso, o aparar de agora nem sequer exigiu que ele usasse muita força. Foi como se o fluxo de uma onda que vinha diretamente em sua direção fosse subitamente desviado para o lado após atingir uma pequena pedra.

— Huh… — Moron ofegou.

A pessoa mais surpresa com esse resultado foi Moron, o que havia desferido o soco. Depois de ficar parado por alguns momentos, seu punho ainda estendido, ele afrouxou o punho cerrado.

Não tinha sido apenas um aparar simples. Durante o momento do contato, Eugene também o cortou…

Com uma risada, Moron sacudiu a parte de trás da mão.

Psssh!

Sangue vermelho jorrou da ferida como uma fonte.

— É realmente estranho. — Murmurou Moron.

Grrrrrrrrruh!

Incapaz de suportar nem mesmo um único golpe, a montanha sob os pés de Moron começou a desmoronar.

Sienna imediatamente voou para o ar junto com Anise. Ela encarava Moron e Eugene com os olhos semicerrados. Os dois estavam se enfrentando a uma distância muito próxima, mas depois que o pico da montanha desabou, Moron havia caído pela montanha. No entanto, sem mencionar o desmoronamento, o solo sob os pés de Eugene nem sequer tinha tremido ligeiramente.

— Anise, você viu isso? — Sienna perguntou.

— Vi. — Anise confirmou.

Flutuando ao lado de Sienna, os olhos de Anise estavam brilhando. Não havia como Anise, como a Santa, falhar em detectar a mudança que uma maga como Sienna havia percebido. Seus olhos se concentraram no chão sob os pés de Eugene, que não tinha uma única rachadura.

Anise expressou a descoberta delas:

— Isso é definitivamente Solo Sagrado.

Mesmo que ela estivesse vendo com seus próprios olhos, Anise ainda não conseguia acreditar. Mesmo na Igreja da Luz, você teria que ser um sacerdote de alto escalão, pelo menos no nível de Arcebispo, para criar um solo sagrado, e como Santa, Anise, é claro, seria capaz de santificar o solo também. No entanto, mesmo Anise, a Santa mais destacada de toda a história da Igreja, precisaria fazer alguns preparativos antecipados se quisesse criar um solo sagrado usando sua magia divina.

No entanto, o que Eugene acabara de fazer — sem preparativos anteriores, ele transformara o espaço ao seu redor em solo sagrado. Além disso, esse solo sagrado não era o solo sagrado do Deus da Luz.

— Ele usou sua própria divindade… — Anise murmurou com um resmungo incrédulo.

O solo sagrado não era muito grande. Apenas o espaço onde Eugene estava, uma área de apenas alguns passos de largura, havia sido transformado em seu solo sagrado. O surpreendente era que, dentro desse solo sagrado, o poder divino da Luz coexistia juntamente com a própria divindade de Eugene. Seria porque Eugene era o Herói e segurava a Espada Sagrada? Ou talvez houvesse uma razão diferente?

“Não consigo pensar em mais nada além da Luz tê-lo reconhecido e dado sua permissão…” Anise pensou franzindo a testa.

Eugene também conseguia sentir o que acabara de realizar. Ele não o fez deliberadamente. Nem sequer sacou sua Espada Divina. Ele estava apenas operando a Fórmula da Chama Branca como de costume. No entanto, talvez devido a algum vazamento da memória de Agaroth, ele havia inconscientemente misturado um pouco de seu poder divino na Fórmula da Chama Branca.

Olhando para baixo para seus pés, Eugene quase explodiu em risos.

Enquanto Eugene estivesse vivo e quisesse continuar de pé, esse solo sagrado não desmoronaria. Além disso, enquanto estivesse dentro do solo sagrado, Eugene possuiria inúmeras vantagens. Assim como Agaroth, talvez ele conseguisse usá-lo algum dia para resistir à aura sinistra da Destruição. Talvez até mesmo permitisse resistir ao Olho Demoníaco da Fantasia de Noir Giabella.

Moron, que havia caído pela encosta da montanha, pisoteou os pedaços de escombros ao redor para pular para cima. Tendo pulado alto no céu de uma só vez, Moron aterrissou em um pico de montanha diferente.

A parte de trás da mão que fora cortada pela espada de Eugene ainda estava sangrando. Anise estava prestes a tentar curá-lo com sua magia sagrada, apenas para Moron balançar a cabeça.

— Quem recebe tratamento primeiro perde. — Insistiu Moron.

Ao ouvir o Moron barbudo dizer isso com uma expressão séria, Anise só conseguiu balançar a cabeça perplexa. Isso porque ela sentia que o duelo deles não era diferente de uma briga entre crianças, onde o primeiro a levar um soco sangrento era proclamado o perdedor.

Poppop.

Moron cerrou o punho mais uma vez. Quando o fez, a ferida aberta pela espada foi fechada à força por sua imensa força, parando o sangramento. Depois que Moron cerrou e abriu o punho algumas vezes mais, os lados da ferida tinham se grudado completamente.

Tendo terminado seu autotratamento, Moron sorriu e virou-se para olhar Eugene. Ao contrário de antes, a distância entre os dois era bastante grande, mas aos olhos de Moron, Eugene parecia estar muito perto, quase como se estivesse bem na frente do nariz dele.

— Parece que você adquiriu um poder bastante estranho. — Observou Moron.

Moron ainda podia sentir um ar desconhecido vindo de Eugene. Mas, em vez de desequilibrá-lo, isso apenas empolgava o espírito de Moron como guerreiro.

Enquanto Moron abaixava lentamente sua postura, uma aura de espírito de luta se erguia dele como um nevoeiro. Ao mesmo tempo, um forte desejo brotava dentro dele. Ao olhar para a postura ereta de Eugene, que não mostrava sinais de vacilação, Moron sentiu o desejo de fazer com que Eugene, que acabara de levar um golpe dele sem nem mesmo recuar, caísse como ele.

Quanto tempo fazia desde que ele sentira um desejo tão puro?

Crackcracrack!

O chão sob os pés de Moron desmoronou mais uma vez. O espaço onde Moron estava em pé começou a tremer. O homem maciço chutou o chão tão rápido que nem o som conseguiu acompanhá-lo. Um momento após ele saltar, Moron já havia alcançado o solo sagrado de Eugene, e logo em seguida, uma imensa onda de violência foi desencadeada.

Era o mesmo punho de antes, mas o peso por trás do punho parecia diferente. Foi apenas neste momento que Eugene conseguiu compreender completamente o que mudara dentro dele. Quando lutaram da última vez, ele não viu Moron mostrar tanta força. Ele sabia na época que Moron não estava dando tudo de si, mas não conseguira dizer o quanto Moron estava segurando.

No entanto, agora, Eugene conseguiu extrair muito mais de Moron. Como ele estava se movendo com uma força incrível e quanta força física Moron poderia realmente exercer. Surpreendentemente, esse monstro de homem ainda estava usando apenas cerca de metade de sua força total.

Booooom!

A Espada Sagrada foi jogada para trás. O punho de Moron também foi jogado para trás. No entanto, nenhum dos dois foi obrigado a recuar. Moron simplesmente deu mais um passo à frente e levantou o outro punho.

“Maldito louco”, Eugene praguejou para si mesmo.

Eugene não conseguia reunir palavras arrogantes, nem mesmo em sua mente. Essa força absurda devia-se ao poder que Moron havia acumulado nos últimos trezentos anos. Era o resultado de todas as batalhas que Moron havia travado, mesmo enquanto lentamente perdia a cabeça. Se ele quisesse resistir a essa força, Eugene também precisaria estar preparado para morrer.

Em seu nível, para que ambos se confrontassem com todo o seu poder, era arriscar a morte ou ferimentos graves. Por causa disso, assim como Moron, Eugene também estava se abstendo de usar todo o seu poder. Por isso, ele não usaria Ignição ou Proeminência nesta batalha.

“Se os usasse, o equilíbrio atual entraria em colapso”, pensou Eugene.

Na última batalha, estava tudo bem para ele usar Proeminência e Ignição. Isso porque era uma luta sem armas, então mesmo se Eugene usasse Ignição, Moron seria capaz de lidar com isso facilmente.

No entanto, agora, isso não era mais possível.

“Se Hamel usar Ignição…” Refletiu Moron, sentindo a mesma sensação que Eugene. “Eu definitivamente seria pressionado para trás.”

Esse fato empolgou Moron.

Punho e espada se chocavam repetidamente. Mas a trajetória da espada nunca vacilava. Eugene era capaz de desviar o punho de Moron como queria, porque conseguia prever como Moron atacaria.

No entanto, as coisas não estavam indo exatamente como Eugene desejava. Eugene tentara cortar o punho de Moron, mas não foi capaz de deixar uma ferida no corpo de Moron como da primeira vez. Não importava o quão afiada sua lâmina estivesse, ele não conseguia arranhar Moron.

— Eu admito, Hamel. — Moron falou depois que seu punho já havia se chocado com a espada de Eugene cerca de uma dúzia de vezes. — Agora, não sou mais capaz de derrotá-lo com as próprias mãos.

Os lábios de Eugene se contorceram com essas palavras.

Há trezentos anos, a arma que Moron usara em suas lutas fora o machado.

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