Damn Reincarnation – Capítulo 64 - Anime Center BR

Damn Reincarnation – Capítulo 64

Capítulo 64: O Deserto (6)

 

— Do que diabos esse pirralho está falando agora?

Os Xamãs de Areia se entreolharam perplexos enquanto o grito de Eugene ecoava no ar. Ladrões? Estritamente falando, Eugene Lionheart foi quem invadiu seu território por sua própria vontade. Isso significava que aquele que deveria ser chamado de ladrão era esse garotinho destemido e mal-educado.

— Milorde…! — Laman disse ao ouvir o grito de Eugene.

Assim como ele estava suspirando de alívio, seu corpo de repente tremeu.

Ele se lembrou do que os Xamãs de Areia haviam dito antes. Ele não era agora um refém? Laman não queria ser uma corrente no tornozelo de Eugene, puxando-o para baixo. Como tal, ele tentou puxar seus membros para fora das restrições que os mantinham no lugar, mas os Xamãs de Areia não eram cegos.

— Não faça nenhuma tolice. — Veio o aviso.

Brum, brum!

A areia do chão envolveu completamente o corpo de Laman. Tendo deixado sua ameaça clara para Laman, os Xamãs de Areia trocaram olhares entre si.

— O que deveríamos fazer?

— Não podemos deixá-lo chegar aqui.

— Claro, eu sei disso… Mas devemos relatar isso?

A pergunta foi feita com cautela, a voz do orador carregada de um medo insaciável. Os outros Xamãs hesitaram, sem saber o que dizer.

— Nós podemos lidar com isso nós mesmos. — Alguém finalmente decidiu depois de um silêncio desconfortável, e os outros Xamãs assentiram em aprovação.

Eles não queriam ter que enviar um relatório sobre esse problema ao seu superior.

Dano suficiente já havia sido causado para que este incidente não pudesse ser apenas encoberto, mas…

“Não é como se eles se importassem com essas perdas.”

Este foi um pensamento compartilhado por todos os Xamãs ali. Alguns Assassinos e Xamãs podem ter morrido em um curto espaço de tempo, mas essa pessoa definitivamente descartaria suas mortes como triviais.

No entanto, eles não podiam deixar esse assunto explodir ainda mais. Mesmo que todos ali morressem, eles não poderiam permitir que esse intruso passasse desse ponto.

Eles precisavam resolver esse assunto antes que essa pessoa voltasse. Se não conseguissem cuidar disso até então, e essa pessoa visse o que estava acontecendo enquanto foram forçados a pedir ajuda para ela, porque não conseguiram resolver, então…

“A morte seria melhor.”

Eles definitivamente seriam deixados em um estado terrível que não poderia ser considerado morto ou vivo. Nenhum dos Xamãs ali queria se imaginar sofrendo tal destino.

Aaaargh!

Gaaaah…

Esses gritos foram ouvidos vindos de longe, mas aos poucos foram se aproximando. Como os Assassinos não soltavam um único grito em nenhuma circunstância, a fonte desses gritos guturais que estavam chegando a eles devia ser dos outros Xamãs de Areia.

— Me deixar ir! — Laman rugiu enquanto era arrastado para a frente da multidão pela areia que o retinha.

Laman ofegou enquanto tentava se libertar. No entanto, os Xamãs não prestaram atenção aos gritos dele. Em vez disso, ressoando suas vontades com sua mana, os Xamãs transmitiram suas ordens aos outros Xamãs espalhados pelo labirinto.

No início, cinquenta Xamãs estavam posicionados dentro desse labirinto. Mas embora não tenha passado tanto tempo, mais da metade deles morreram. E não por um exército disciplinado, mas essas dezenas de Xamãs e Assassinos foram massacrados por um jovem de dezenove anos.

Os Xamãs sobreviventes estavam reunidos naquele local.

Eugene também estava ciente desse fato. Em algum momento, a frequência de ataques mágicos foi drasticamente reduzida. E os sinais de alguém se aproximando em sua direção desapareceram na distância.

Uma grande quantidade de mana estava mostrando atividade à sua frente, e Eugene podia sentir uma presença familiar no centro dela.

Era Laman Schulhov.

“Por que você está amarrado aí quando eu fiz o meu melhor para deixá-lo fugir?” Eugene pensou exasperado.

Bam!

Eugene chutou um Assassino no crânio, que tentou um ataque surpresa debaixo de seus pés. Embora todos os Xamãs tivessem se reunido em um só lugar, alguns Assassinos ainda estavam escondidos aqui e ali ao longo do caminho.

— Há um monte de coisas que eu quero perguntar, mas… — Eugene murmurou enquanto colocava a mão dentro de seu manto.

Uma grande quantidade de mana flutuou assim que Eugene deu outro passo à frente.

A areia dentro do túnel rodopiava. Quando o caminho que Eugene estava atualmente se fechou, a areia estendeu a mão para engoli-lo. Este era um feitiço conhecido como Prisão de Areia. Mesmo para Eugene, seria difícil usar sua magia para se libertar de um feitiço dessa escala.

Mas havia realmente necessidade para ele fazer isso? Eugene tirou uma caixa que havia sido colocada em seu manto. Continha o fragmento da Espada do Luar. O fragmento que havia sido usado para seu treinamento de mana durante os últimos anos estava agora em silêncio dentro de sua luxuosa caixa.

Sem qualquer hesitação, Eugene jogou a caixa na frente dele. A areia, que se contorcia como se tivesse vida própria, engoliu a caixa inteira.

— Bang. — Murmurou Eugene enquanto levantava o capuz de seu manto.

Boooom!

Um som alto que era incomparável ao barulho que Eugene havia feito soou. A Prisão de Areia, que havia sido lançada por dezenas de Xamãs de Areia trabalhando juntos, não resistiu ao poder do pequeno fragmento. Embora a força do feitiço tenha sido aumentada usando uma grande quantidade de mana, a coesão do feitiço era fraca. A areia que havia sido libertada do controle da mana se espalhou e desmoronou.

Eugene atravessou a areia que caía. Embora dezenas de milhares de grãos de poeira e areia estivessem obscurecendo sua visão, os sentidos de Eugene podiam detectar com precisão o que estava acontecendo ao seu redor, mesmo quando ele não conseguia ver à sua frente.

De cima e de baixo, os Assassinos que se aproximaram junto com a areia lançaram seus ataques surpresa. Suas espadas de luz foram acesas em um instante. Sem liberar sequer um traço de intenção assassina, até mesmo seu fluxo de mana foi retido até que fosse o momento de atacar.

— Já vi isso muitas vezes. — Comentou Eugene enquanto seus pés batiam no chão.

Bam bam bam!

A areia fluindo se transformou em furadores que perfuraram os Assassinos.

O fragmento da Espada do Luar desmoronou o feitiço e dispersou sua mana. Durante os últimos dois anos, Eugene treinou a coesão de sua mana usando o fragmento como seu oponente. A mana refinada por esse método era mais forte e mais rápida do que a mana com a qual Eugene havia começado.

“O que ele fez?” Perguntaram-se os Xamãs, mais surpresos com o método que ele havia usado para destruir a Prisão de Areia do que com a morte dos dois Assassinos.

Isso foi um Dissipar? Não, foi diferente. O Dissipar era um método de interferir artificialmente com a mana que compunha um feitiço. Agora mesmo, Eugene não parecia se intrometer na Prisão de Areia.

A Prisão de Areia tinha apenas… Parecia ter ficado sem mana. Mesmo Aroth, conhecido como o Reino Mágico, não possuía tal método de Dissipar. Poderia ser um trunfo do clã Lionheart?

Um dos Xamãs lembrou aos outros:

— Ele está vindo!

Eles não podiam se dar ao luxo de continuar em pânico. Os Xamãs lamberam os lábios e começaram a entoar um feitiço com as mãos entrelaçadas na frente do peito para fazer um selo.

— Milorde! — Laman soltou um grito de onde estava preso na areia bem na frente do grupo: — N-Não venha aqui! Fuja!

Eugene bufou.

— Quem você pensa que é para me dizer o que fazer?

Laman ignorou a pergunta de Eugene:

— Não há necessidade de se arriscar para me salvar!

— Por que eu estaria aqui para salvá-lo? Parece que está com um estranho mal-entendido. — Eugene murmurou enquanto pegava o fragmento da Espada do Luar que havia caído no chão.

Ele sentiu a mana se acumulando mais uma vez para moldar outro feitiço.

Eugene estalou a língua, “Eu realmente não quero perder mais tempo.”

A localização que ele havia confirmado no mapa estava bem na frente dele. Atrás dos Xamãs, ele podia ver um caminho que continuava adiante. Os olhos de Eugene ficaram frios. Ele examinou o fragmento da Espada do Luar que estava segurando na mão.

— Hm. — Eugene cantarolou para si mesmo.

Grooooan!

A areia na frente dele subiu para formar uma onda gigante. O chão sob os pés de Eugene foi puxado para frente como a água sendo puxada em direção uma onda. Eugene seguiu o caminho da resistência mínima e avançou seguindo o fluxo da areia. Os corpos que primeiro foram arrastados pela areia foram engolidos pela onda e esmagados, tingindo a areia branco-amarelada com um tom carmesim.

Eugene levantou o braço acima da cabeça. Ele inclinou a parte superior do corpo para trás, extraindo força de seu corpo para um arremesso.

Quando a onda estava prestes a atingi-lo, Eugene jogou o fragmento da Espada do Luar para frente. Desmoronar o feitiço não era seu único propósito por trás desse movimento. Mesmo depois que o fragmento da Espada do Luar atravessou a onda, ela não perdeu a força de seu arremesso.

— Kagh!

O fragmento perfurou a garganta do Xamã da Areia que estava ao lado de Laman. O escudo de mana que ele ergueu não resistiu ao poder da Espada do Luar. Sem sequer verificar os resultados de seu arremesso, Eugene abaixou seu corpo em um agachamento de corredor.

Então ele ativou a Fórmula do Anel de Chamas. Ele já havia iniciado a cadeia de explosões mais cedo, então o corpo de Eugene foi imediatamente envolvido por uma chama azul.

Roooooar!

Quando Eugene saiu do chão, a chama azul deixou um rastro de fogo no ar.

Avançando, Eugene instantaneamente saltou no ar, voando sobre as cabeças dos Xamãs. Mesmo em pânico, eles tentaram responder. A areia em todas as direções começou a rastejar, juntando-se aos Xamãs de Areia.

Mas eles estavam reagindo ao que viam como seu próximo movimento óbvio, quando na verdade o ataque real viria de cima de suas cabeças, do teto.

Eugene puxou a mão que havia inserido em seu manto.

Swiiiiiish!

Um chicote preto se desenrolou no teto e varreu os arredores de Eugene. Embora ele realmente não gostasse, Eugene também era bom em usar um chicote.

— Gurk!

O chicote flexível se enrolou no pescoço de um Xamã de Areia. Quando Eugene puxou o chicote com força, a cabeça dele foi lançada no ar enquanto o corpo de Eugene era puxado para o chão.

Laman tentou levantar seu corpo caído, mas imediatamente não teve escolha a não ser deitar-se novamente.

O ar estava cheio de gritos e sangue. Uma lâmina de vento cortou tudo acima da altura da cintura, areia e carne. Projéteis de mana teceram entre a multidão. E chamas azuis espalhadas por toda parte. À medida que as tentativas de encantamento dos Xamãs de Areia foram cortadas em gritos, os feitiços de areia lançados pelos doze xamãs restantes foram espalhados por uma única rajada de vento.

Enquanto Eugene dançava entre eles, quase parecia um fantasma. Sempre que estava prestes a ser pego por um feitiço, escapava com um Teleporte. Então acendia seu manto para engolir o feitiço e cuspi-lo de volta em uma direção completamente diferente.

As armas de Eugene estavam mudando constantemente, e quando se concentravam em se defender contra suas armas, Eugene usava sua magia, e também não hesitava em balançar os punhos ou as pernas.

Laman nem sabia que era possível lutar assim.

Quando até mesmo um guerreiro como Laman se sentia surpreso, não havia como os Xamãs reagirem com flexibilidade suficiente para lidar com esses ataques.

Os Xamãs não puderam deixar de entrar em pânico, “Que tipo de feitiços são esses…?”

Eugene nem sequer usou encantamentos. Ele nem usou nenhuma técnica de conjuração, e o processo pelo qual seus feitiços eram formados foi tão rápido que nem podiam ser vistos. Os feitiços eram lançados instantaneamente. Não apenas por conta própria, mas em grupos ou consecutivamente. O poder dos feitiços lançados dessa maneira também era absurdo. Com quantos Círculos eles eram lançados? Era impossível dizer.

Os Círculos dos feitiços conjurados não eram tão altos, mas seu poder e velocidade estavam muito além da compreensão dos Xamãs.

Até o final, os Xamãs não conseguiram compreender o enigma chamado Eugene.

Depois de um curto período de tempo, o sangue parou de jorrar por toda parte e também não houve mais gritos.

No entanto, havia um cheiro de urina no ar.

— O que vocês estavam fazendo aqui? — Eugene interrogou o sobrevivente.

Das dezenas de Xamãs que começaram essa luta, apenas um ficou vivo. Seus dentes batiam de medo quando olhava para Eugene. A situação estava muito além da compreensão do sobrevivente. A inegável realidade do que havia acontecido o encheu de medo. O Xamã estremeceu enquanto apertava as coxas que estavam úmidas de urina.

Ele gaguejou:

— V-V-Você… O que diabos… É você…?

— Perguntei o que estavam fazendo aqui!? — Eugene repetiu com uma carranca e acenou com a mão.

Squelch!

Uma adaga lançada rapidamente estava agora alojada na coxa do Xamã de Areia.

Ele gemeu.

— Gah…!

— A força militar aqui é pequena demais para ser uma guarnição colocada pelo sultão. Então, o que você estava fazendo aqui sem ordens do sultão? — Eugene o questionou.

O Xamã da Areia tentou fingir ignorância.

— E-Espera, do que diabos está falando…?

— Realmente não quero me incomodar em interrogar alguém como você. Então ouça. Você vai morrer ou vai me dizer o que eu quero saber? — Eugene o ameaçou.

— O-O que está acontecendo aqui não está sob o comando do sultão. — O Xamã acabou admitindo.

— Então de quem é? Poderia realmente ser o Emir de Kajitan? Que tipo de bobagem esse filho da puta está pensando em fazer nesse subterrâneo profundo?

— N-Não é ele. Podemos ter recebido sua cooperação, mas…

Eugene jogou outra adaga.

Squelch!

A adaga prendeu a outra coxa do Xamã.

— A-Amelia Merwin. — O Xamã finalmente respondeu enquanto seu rosto se contorcia de dor: — Esta é a masmorra da Amelia Merwin.

— Não minta para mim. A masmorra da Amelia Merwin fica no deserto de Yuras. — Afirmou Eugene.

— E-Ela está aqui há seis anos.

— Seis anos?

Os olhos de Eugene se estreitaram. Ele balançou a cabeça enquanto tentava ignorar os pensamentos sinistros que passavam por sua cabeça.

Depois de se recompor, Eugene perguntou:

— Por que Amelia Merwin veio até aqui?

O Xamã ficou em silêncio.

— …

— Você tem medo da Amelia Merwin? Se for esse o caso, então aliviarei suas preocupações. Eu posso matá-lo, mas pode ter certeza de que isso é tudo o que farei. Vou permitir que você tenha uma morte extremamente confortável e simples. — Eugene ofereceu ao homem.

Os olhos do Xamã estremeceram. Ele respirou fundo e em seguida colocou as mãos no peito.

— E-Este labirinto foi criado para acelerar a desertificação. Existem muitos outros labirintos além deste no deserto de Kazani, mas este labirinto… Ele foi criado há dez anos. — Explicou o Xamã de Areia.

— E daí? — Perguntou Eugene.

— Há seis anos, o labirinto se expandiu. Acreditávamos que uma porção instável da terra havia desmoronado, mas então um grande portão foi encontrado nas profundezas da terra.

— Um portão?

— Sim… Tentamos abrir o portão nós mesmos, mas não conseguimos, por mais que tentássemos… Então… Solicitamos a ajuda de Amelia Merwin.

Eugene assentiu enquanto tirava outra adaga. Vendo isso, o Xamã sentiu alívio em vez de medo.

— Obrigado…

Squelch!

A adaga arremessada de Eugene perfurou a cabeça do Xamã. Ele caiu para trás, morto. Como Eugene havia dito antes, havia dado ao Xamã uma morte indolor.

Isso era o que ele desejava. Agora que as coisas aconteceram dessa forma, a raiva de Amelia Merwin era inevitável. Aquela maga negra cruel não apenas matava seus inimigos; ela os escravizava. Era melhor apenas morrer confortavelmente do que viver como um morto-vivo, nem morto nem vivo, desejando a morte pelo resto de sua existência.

Eugene murmurou para si mesmo:

— Não é à toa. Achei que a força militar colocada aqui era um pouco fraca demais.

Entre todos os magos negros que assinaram um contrato com o Rei Demônio do Encarceramento, Amelia Merwin era uma existência especial. Tanto Balzac Ludbeth, o mestre da Torre Mágica Negra de Aroth, quanto o Conde Edmond Codreth de Helmuth, tornaram-se magos negros ao assinar um contrato com o Rei Demônio.

No entanto, Amelia Merwin já havia feito um nome para si mesma como uma poderosa maga negra antes mesmo de assinar um contrato com um povo demônio ou um Rei Demônio.

Aqueles que o fizeram foram capazes de reivindicar grandes benefícios ao assinar contratos com o povo demônio. Claro, Amelia Merwin realmente concedeu sua ‘liberdade’ ao Rei Demônio do Encarceramento. Ainda assim, era um fato claro que ela desfrutava de uma liberdade muito maior do que outros magos negros.

“Se houver um mago negro desse nível aqui, não há necessidade de guarnecer este labirinto com tropas.”

A razão para Xamãs e Assassinos ainda estarem ali? Eles estavam ali para agir como zeladores de Amelia Merwin e punir qualquer viajante que se aproximasse. Pelo que o Xamã morto havia dito, a masmorra ‘real’ de Amelia Merwin ainda estava no deserto de Ashur…

— M-Milorde. — Laman falou com a voz trêmula: — Precisamos sair daqui. S-Se este lugar realmente pertence à Amelia Merwin… A Masmorra do ‘Espinho Negro’…

— Quando já chegamos até aqui? — Eugene bufou e começou a andar para frente: — Felizmente, Amelia Merwin não está aqui hoje.

— N-Não podemos simplesmente voltar agora…?! — Laman implorou.

— E se formos embora? Você realmente acredita que Amelia Merwin não vai nos perseguir? Ela provavelmente vai fazer isso de qualquer maneira. Embora eu não a conheça, é o que eu faria na situação dela. Definitivamente gostaria de caçar a pessoa que invadiu minha vila e causou tanta bagunça. — Raciocinou Eugene.

— …

Laman não conseguia pensar em nenhum argumento.

— Isso significa que ficamos em uma situação ruim, não importa o que façamos.

Eugene não estava confiante sobre os resultados de um conflito contra Amelia Merwin. Se possível, ele queria evitá-la. No entanto, agora parecia inevitável. Se fosse esse o caso, poderiam confirmar que eles estavam ali antes de tentar escapar.

Ou pelo menos foi o que Eugene decidiu. Sem olhar para Laman, Eugene passou pelos cadáveres.

Quando Laman o seguiu, Eugene perguntou:

— Por que está me seguindo em vez de fugir?

— Então… Não sabemos o que pode acontecer a partir de agora. — Explicou Laman debilmente.

Eugene lhe perguntou impacientemente:

— Pode ser, mas eu perguntei por que não está fugindo?

— Lorde Eugene me concedeu sua graça salvadora duas vezes agora. S-Se Amelia Merwin voltar e tentar matá-lo, senhor, então eu… Darei minha vida para abrir um caminho para você. — Jurou Laman.

— Você? Para mim? Hmm… — Eugene virou-se para olhar para Laman em confusão: — Com que habilidade?

— Mesmo sem habilidade, ainda posso ganhar tempo com minha vida. — Protestou Laman.

— Em vez de fazer algo inútil, por que simplesmente não foge?

— Não posso abandoná-lo, Lorde, e partir sozinho.

— O que quer dizer com abandonar? Sou eu quem está dizendo para você ir… — Com um estalo de sua língua, Eugene levantou a mão.

Então Laman de repente perdeu a consciência. Eugene não precisava da morte de Laman. Dito isto, ele também não podia simplesmente arrastá-lo junto com ele, então Eugene apenas o atordoou e o jogou em um canto.

Os pensamentos de Eugene se desviaram de Laman para o que estava por vir, “Um portão…?”

Seis anos atrás…

Seis anos não foi há tanto tempo.

Era quando Eugene tinha treze anos.

“Naquela época, durante a Cerimônia de Continuação da Linhagem Sanguínea.”

Depois que acabou, ele entrou no cofre do tesouro do clã Lionheart.

Lá dentro, descobriu a lembrança de Hamel.

Eugene segurou com força o colar que estava usando no pescoço.

“Este labirinto existe há dez anos, mas esta parte do labirinto só colapsou há seis anos.”

E se…

E se a magia que selava seu ‘túmulo’ desapareceu quando Eugene pegou este colar?

Se foi assim que aquele ‘portão’ apareceu…

— Havia outro ladrão de túmulos.

Desde que reencarnou, esta foi a primeira vez que Eugene teve um desejo tão frio e claro de matar alguém.

Eugene olhou para o buraco profundo que levava ainda mais fundo na terra. Esta localização atual já estava bastante profunda no subsolo, mas o final do poço à sua frente levava uma profundidade ainda mais insondável.

— Eles com certeza enterraram fundo. — Eugene sorriu, então se jogou no buraco.

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