Death God of the Drifting Moon - Capítulo 1 - Anime Center BR

Death God of the Drifting Moon – Capítulo 1

Death God of the Drifting Moon

Capítulo 01

 

Ele abriu os olhos.

Tudo o que podia ver diante de seus olhos era apenas escuridão.

Lá estava ele, naquele breu que se espalhou como um tabernáculo diante de seus olhos, incapaz de distinguir qualquer forma.

Ele pensou que havia algo errado com os olhos.

Mesmo depois de fechar os olhos algumas vezes e abri-los, tudo o que podia ver ainda era uma escuridão espessa.

Uma escuridão negra tomou conta dele.

Ele estava em um lugar completamente escuro sem nenhuma luz entrando.

Tentou mover os membros. Mas parecia que eles estavam amarrados com correntes

Seu corpo não se movia como ele queria.

Não havia força em suas mãos e pés.

Seu corpo inteiro parecia indefeso.

A única coisa que pode se mover são suas pálpebras. Ele não conseguia controlar as outras partes do corpo.

Não importa o esforço que colocasse.

“Não há nada de errado com meus olhos.”

 

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Ele não podia ter certeza porque não conseguia nem mesmo identificar seus próprios membros imediatamente, mas instintivamente percebeu que não havia nada de errado com seus olhos.

Se ficasse cego, teria sentido algo como dor. Mas não havia anormalidade em seus sentidos.

Então significava que não havia nada de errado com seus olhos, mas que o espaço em que ele estava era extraordinariamente escuro. Um local escuro sem nenhuma luz entrando.

“Subterrâneo?”

Ele pensou na possibilidade.

Nunca tinha ouvido falar de um prédio construído com tecnologia humana que podia bloquear a luz tão perfeitamente.

Se for assim, então havia uma grande probabilidade de que o espaço em que estava deitado era um porão ou um espaço perfeitamente fechado onde a luz não poderia alcançá-lo.

“Por que isso aconteceu?”

Ele lentamente verificou sua memória.

“Quem sou eu?”

“E por que estou nessa situação?”

Sua cabeça latejava enquanto tentava refrescar suas memórias.

Não conseguia pensar em nada, como se seu cérebro tivesse sido atingido.

Está doendo.

Lágrimas logo escorreram de seus olhos. Era como se alguém tivesse colocado um dedo em sua cabeça e mexido.

Ele engoliu o grito à força.

Foi doloroso, mas não parou de pensar. Então, pouco a pouco, sua memória voltaram.

“Meu nome é Pyo-wol. Eu tenho 14 anos.”

Um mendigo órfão que vaga sem rumo pelo mundo.

Que não possui nada, nem bens ou moradia.

Ele, Pyo-wol, franziu as sobrancelhas em uma carranca.

Mais uma vez, a dor percorreu como um maremoto. No entanto, forçou-se a pensar. Como resultado, foi capaz de lembrar completamente quem era.

Agora é hora de descobrir por que e como acabou aqui.

“Aquele homem.”

Pyo-wol lembrou o homem que permaneceu em sua última memória. Um homem de meia-idade cujas características eram um rosto simples e olhos afiados.

O homem que ele tinha se deparado no meio da mendicância tinha dito: — Você parece bom o suficiente.

Essa era a última lembrança de Pyo-wol.

No fim dessas palavras, Pyo-wol perdeu a consciência e acordou no escuro.

O homem em suas memórias deve estar relacionado ao porquê foi deixado sozinho em um espaço onde nenhuma luz entra.

Pyo-wol não sabia o nome e nem a identidade do homem.

Ele nem sabia por que estava preso assim.

Não podia ser por causa de um rancor.

Não havia como ele, um órfão que estava vagando sem rumo, ser alvo de um ressentimento tão profundo que alguém faria isso.

“Deve haver algum tipo de propósito, um objetivo.”

Se o objetivo do sequestrador fosse matá-lo, então eles já o teriam matado. Eles não teriam passado pelo trabalho de prendê-lo sem matá-lo. Então, obviamente, eles devem ter alguma necessidade ou propósito para ele.

Sua cabeça doía como se fosse quebrar.

Tentar pensar profundamente com seu estado anormal já havia consumido muito poder mental.

Pyo-wol fechou os olhos.

Se ele abrisse os olhos ou fechasse, não havia mudança. Ele se perguntou o que significava fechar os olhos já que seu entorno permanecia escuro.

Ainda assim, fechar os olhos era menos doloroso do que mantê-los abertos.

Ele não sabia quanto tempo havia passado.

Estava tentando se manter são, mas também estava à beira do colapso mental.

Sua cabeça estava uma bagunça.

Ainda assim, Pyo-wol se esforçou para encontrar uma paz de espirito.

Depois de um tempo, sua mente ficou mais clara como se seus esforços tivessem valido a pena.

— Hu!

Pyo-wol ficou surpreso com o suspiro involuntário que escapou dele.

A última vez que acordou, não conseguia nem respirar muito.

Tudo o que conseguia fazer era continuar ofegando, e não conseguia nem mesmo ousar respirar fundo assim.

Ser capaz de sentir a respiração era claramente um sinal de que as funções do corpo estavam voltando ao normal.

Talvez fosse uma ilusão, mas ele decidiu pensar positivamente.

Era doloroso estar sozinho na escuridão sem uma única luz. A escuridão fazia uma pessoa pensar muito.

Pensamentos inundariam como um maremoto, controlando a mente e o corpo. Os pensamentos transbordantes seriam suficientes para deixar uma pessoa louca.

Ainda mais para Pyo-wol, que não conseguia se mover.

A sensação de isolamento, como se estivesse sozinho na escuridão do início, corroía sua mente pouco a pouco.

Se o tempo continuasse passando assim, estava claro que ele enlouqueceria com seus próprios pensamentos.

Portanto, Pyo-wol tentou pensar positivamente e limpou sua mente.

“Meu nome é Pyo-wol, 14 anos, o nome do meu pai é Pyo-in-hak, e o nome da minha mãe é Lee Sun-hong.”

No meio de seus incontáveis pensamentos, ele tentou pensar apenas em coisas relacionadas à sua identidade.

A única maneira de manter a mente intacta na investida de pensamentos era solidificar sua identidade.

Ele não sabia quanto tempo havia passado.

Poderia ter sido apenas um dia, ou poderia ter sido semanas.

Era impossível compreender o fluxo do tempo em uma escuridão tão profunda.

Além disso, o corpo inteiro de Pyo-wol estava paralisado.

Toda a atividade do corpo havia decaído completamente.

Enquanto ele mal estava mantendo a respiração, a maioria das funções estavam paralisadas.

Por causa disso, ele não podia nem sentir fome.

Era como estar em um estado vegetativo.

Este era o momento mais aterrorizante da vida de Pyo-wol.

Para superar o medo, Pyo-wol murmurou sem parar.

— Meu nome é Pyo-wol…

O tempo continuou a passar desse jeito.

* * *

Seus dedos se moveram ligeiramente.

Era a prova de que força estava voltando ao seu corpo.

Embora não tivesse certeza que tipo de expressão estava fazendo porque não havia luz ou espelho, seu rosto devia estar brilhando de alegria.

Pouco a pouco, a sensação de todo o corpo estava voltando.

Força apareceu na ponta dos dedos, e seu olfato foi revivido.

O cheiro úmido sentido através da ponta de seu nariz estava dizendo-lhe que este lugar era  no subsolo, como Pyo-wol tinha adivinhado.

No entanto, o fato de que este lugar era no subsolo não era muito importante para Pyo-wol.

A coisa mais importante para ele é que os sentidos de todo o seu corpo estavam retornando.

Seus dedos se mexeram, e ele podia sentir uma sensação fria em seus dedos.

Pyo-wol sentiu que estava vivo. E ele estava grato.

Não era estranho para ele se sentir grato apenas pela menor sensação, mas apenas ser capaz de sentir o fato de que estava vivo de alguma forma o fez se sentir mais ofegante.

Pyo-Wol estava enlouquecendo se esforçando para manter sua identidade. Se tivesse passado um pouco mais de tempo assim, ele certamente teria enlouquecido. Não, ele nem tinha certeza se não estava louco agora.

“Não, isso não importa” ele pensou.

Ele ficou feliz em saber que agora a sensação de seus membros havia voltado.

Com um pouco mais de esforço, logo será capaz de mover seus braços e pernas.

Mas havia uma desvantagem.

À medida que os sentidos de todo o seu corpo retornavam, as funções de seus órgãos também foram revividas.

À medida que a função dos órgãos foi restaurada, ele começou a sentir fome extrema.

A sensação de aperto em seu estômago era doloroso.

Sua boca estava tão seca que ele podia sentir seu próprio mau hálito.

Foi então que Pyo-wol percebeu que estava morrendo.

Ele não havia comido nada desde que ficou preso aqui.

Então ficou claro que se não comesse comida por mais alguns dias, ele morreria.

Só restavam duas opções.

Enlouquecer, ou morrer de fome.

A boca de Pyo-wol estava torcida.

No fundo de seu coração, a raiva cresceu em direção ao homem que o trancou aqui.

A raiva logo se tornou um ódio profundo.

“O que diabos eu fiz de errado?”

É uma pergunta que ele se fez dezenas de vezes. Mas não importa o quanto pensasse, ele não fez nada de errado.

Ele nem pediu esmola para o homem.

Estava literalmente apenas passando.

Mas o homem o agarrou e o jogou neste lugar infernal.

Respeito pelos seres humanos ou consigo mesmo, não era algo que existisse neste mundo.

Não importa o quão insignificante fosse, ele não deveria ter sido tratado como inferior a um inseto.

Pelo menos se você é humano.

Ficou claro que o homem não o considerava humano. É por isso que ele se encontrava em um lugar tão infernal.

“Por quê?”

Ele questionou o porquê deveria estar preso aqui se não fez nada de errado.

Se ele não fez nada de errado, então não havia razão para ficar preso aqui.

Ainda assim, se tivesse ficado preso aqui, estava claro que o homem tinha feito isso com algum propósito claro.

Pyo-wol contemplou sobre qual era o propósito do homem.

Mas não havia nada que ele soubesse sobre ele.

Se soubesse algo sobre ele, ele poderia inferir um pouco, mas não tinha nenhuma informação sobre o homem.

Pyo-wol mordeu o lábio.

Ele sentiu a carne rasgando e o sangue fluindo. Mesmo depois de tanta confusão, seu sangue ainda parecia quente. Esse fato aliviou Pyo-wol.

Ele ainda se sentia vivo.

* * *

Os dedos se moveram.

Não era no nível de antes dele estar paralisado, mas era o suficiente para abri-los e fechá-los como queria.

A sensação em seus pés também voltou.

Agora era capaz de virar os tornozelos lentamente.

A fome ainda era a mesma. Então permaneceu doloroso. Ainda assim, Pyo-wol não estava frustrado.

Parecia que ia morrer de fome, mas o fato de que suas mãos e pés ainda estavam se movendo lhe deu esperança.

Pyo-wol segurou aquele vislumbre de esperança.

O que precisava agora era de uma breve esperança de que pudesse viver.

Ele sabia bem, que no momento em que soltasse essa esperança, cairia em um poço do qual ele não conseguiria subir novamente. Então, se agarrou a esperança como louco.

Uma coisa boa é que a fome extrema escancarou todos os seus sentidos.

Seu nariz cheirava uma variedade de odores que ele nunca cheiraria normalmente.

O cheiro de umidade no ar, até mesmo a umidade subindo do chão.

Suas orelhas também estavam escancaradas.

Seus sentidos estavam tão afiados que ele podia ouvir o som fraco de água correndo pela parede.

O que ele mais precisava para sua sobrevivência agora era um gole de água.

Realmente sentiu que poderia vender sua alma para o diabo apenas por um gole de água.

— Huo!

Um hálito áspero veio de seus lábios.

Sua boca estava seca e rachada como um campo seco, e seus lábios superiores e inferiores estavam colados juntos. Em tal situação, o som da respiração bruta foi espremido para fora e doeu como se sua carne estivesse sendo rasgada.

Quanto mais força era aplicada no abdômen, mais dura a respiração fluía, tornando-a dolorosa para Pyo-wol. Ainda assim, Pyo-wol não parou de colocar força ao seu abdômen.

Ele não queria mais ter fome.

Ele não queria mais ter sede.

Então, para virar, aplicou força no abdômen.

Lutou para transmitir a força de seu abdômen para seus membros.

Ele estava imóvel há muito tempo, e todo o seu corpo estava seco como lenha.

Se tivesse tempo de sobra, ele teria estudado como reviver lentamente seus músculos, mas infelizmente não tinha muito tempo sobrando.

Se continuar esperando assim, logo ficará sem fôlego.

Ele tinha que se mover antes disso.

— Kkeueu!

Na escuridão, um gemido como o grito de uma besta soou.

Pyo-wol realmente fez tudo o que podia até a morte.

Seu corpo tremia ligeiramente como se seus esforços tivessem sido pagos.

A animação cresceu, e quando finalmente atingiu seu auge, Pyo-wol explodiu a força que estava reunindo em pouco tempo.

— Kerhyuk!

Com um grito, o corpo de Pyo-wol virou.

Ele sentiu o toque do chão em seu queixo e testa.

Pyo-wol estremeceu com a sensação assustadoramente fria, mas úmida. Depois de um momento, Pyo-wol começou a rastejar desesperadamente em direção ao lugar onde podia ouvir o som da água corrente.

Ele se contorceu como uma cobra e avançou um pouco.

Sark! Sark!

Sua mandíbula foi rasgada e o sangue derramou no chão, mas Pyo-wol não parou de se mover.

O tempo passou rapidamente.

Ele finalmente conseguiu parar e alcançar a parede.

O sangue espirrou quando bateu a testa contra a parede, mas Pyo-wol nem sentiu dor.

Pyo-wol esticou a língua.

Sua língua tocou a parede.

Uma sensação refrescante na língua.

Era água.

Pyo-wol lambeu a água fluindo às pressas em pânico.

— Huh! Hoo-eup!

Na escuridão, apenas o som dele bebendo água desesperadamente ecoava.

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