Death God of the Drifting Moon – Capítulo 302 - Anime Center BR

Death God of the Drifting Moon – Capítulo 302

Capítulo 302

A brisa pegajosa do mar soprava, desarrumando o cabelo do homem.

O homem, cuja pele era tão branca quanto a areia espalhada diante dele e cujos lábios eram tão vermelhos quanto o sol no céu, era Pyo-wol.

Pyo-wol semicerrou os olhos enquanto olhava para o mar azul.

Levou-lhe um total de cinco meses para chegar a Haimen depois de deixar Runan. Pyo-wol não esperava que sua viagem demorasse tanto.

Isso tudo porque ele havia ficado muito tempo em Tianzhongshan.

Inicialmente, ele havia planejado ficar na montanha por no máximo dez dias, mas à medida que recuperava suas forças e refletia sobre suas realizações, sua estadia se prolongava cada vez mais.

Como resultado, ele permaneceu por um total impressionante de quatro meses.

Pyo-wol nunca imaginou que um dia passaria tanto tempo no meio do nada nas montanhas.

Quando ficou sem carne seca, Pyo-wol caçava animais para saciar sua fome. Quando ficou cansado da carne, começou a procurar e beber o mel das abelhas venenosas.

Claro, as abelhas venenosas não entregavam seu mel facilmente. As abelhas atacavam Pyo-wol para proteger sua colmeia. No entanto, mesmo isso se tornou parte do treinamento de Pyo-wol.

Ele mostrava sinceridade às abelhas e se treinava, e antes que percebesse, haviam se passado quatro meses sem que ele percebesse.

Quando Pyo-wol percebeu a quantidade de tempo que havia passado, ficou realmente surpreso e chocado. Achou isso absurdo.

Levou um mês para viajar de Tianzhongshan para Haimen, e levou um total de cinco meses para ver o mar.

Pyo-wol pensou que ficaria profundamente comovido pelo mar, mas agora que finalmente o via diante de si, isso na verdade não o emocionava muito.

Os quatro meses que passou em Tianzhongshan causaram uma grande mudança em sua mente e corpo. Ele ficou mais forte e mais confiante em si mesmo.

Pyo-wol ficou imóvel por um longo tempo, olhando fixamente para o mar azul.

Somente meia hora depois, Pyo-wol, que estava parado como uma estátua de pedra, se moveu novamente.

Pyo-wol se dirigiu para o porto com seu cavalo.

O porto já estava bastante movimentado quando ele chegou.

— Movam-se rápido! Movam-se rápido!

— Devemos mover todas as mercadorias para o armazém da Seita do Dragão do Mar hoje!

Os trabalhadores da Associação da Bandana Vermelha corriam pela rua enquanto empurravam carrinhos.

Normalmente, ao mover tanta carga, era costume carregá-la em carruagens grandes e mover-se lentamente. No entanto, os trabalhadores da Associação da Bandana Vermelha carregavam a carga em carrinhos pequenos e corriam descalços.

Além disso, a velocidade com que puxavam os carrinhos parecia ser mais rápida do que a dos cavalos.

Eles diligentemente iam de um lado para o outro entre o porto e os armazéns, nunca parando para descansar. Gotas de suor escorriam de seus torsos sem camisa como chuva.

— Saia do caminho! Mova-se!

Um dos trabalhadores gritou com Pyo-wol.

Pyo-wol se afastou da estrada com seu cavalo.

Então, um carrinho pesadamente carregado passou zunindo por ele.

Se Pyo-wol tivesse se movido mesmo um pouco mais tarde, teria sido atingido.

Ele não foi o único.

A mesma atmosfera estava sendo encenada por toda parte nas ruas.

— Passando!

— Pelo lado!

Os trabalhadores gritavam enquanto corriam pela rua.

Os transeuntes na rua observavam impassíveis a cena dos trabalhadores.

Embora a situação parecesse perigosa, nenhuma pessoa foi realmente atingida.

Isso era uma cena diária típica para eles.

Por isso, as pessoas não ficaram surpresas quando os trabalhadores passaram direto por elas.

Os trabalhadores da Associação da Bandana Vermelha nunca haviam tido um acidente ao transportar mercadorias antes.

Com Pyo-wol segurando as rédeas, ele conduziu seu cavalo para um lado da estrada. Enquanto caminhava, chegou repentinamente a um lugar onde havia muitas estalagens e bordéis.

— Oh meu Deus!

— O que foi?

— Olhe! Lá!

As cortesãs que viram o rosto de Pyo-wol enlouqueceram.

Até as mulheres mais duronas de Haimen não conseguiam ficar calmas quando viam o rosto de Pyo-wol.

As damas fizeram gestos para que ele entrasse em seus respectivos bordéis, mas Pyo-wol as ignorou e dirigiu-se a uma estalagem próxima, fazendo muitas das cortesãs suspirarem.

— Oh não! Por quê?

— Ele é tão gentil.

As cortesãs estavam prontas para sair do bordel e seguir Pyo-wol até a estalagem para a qual ele estava indo.

— Ei! O que estão fazendo? Não deveriam estar todas trabalhando?!

— O que está acontecendo?

Se não fosse pela explosão das cabeças ou dos gerentes responsáveis pelos bordéis, as cortesãs teriam continuado a correr atrás de Pyo-wol.

Enquanto os gerentes gritavam com as cortesãs, elas eram forçadas a voltar para seus lugares com a cabeça baixa.

Se Pyo-wol sabia ou não sobre a situação das cortesãs, Pyo-wol chegou à estalagem escolhida.

Felizmente, havia um estábulo onde seu cavalo poderia descansar e dar meia-volta porque muitos grupos de escolta e comerciantes frequentavam a estalagem.

Deixando seus cavalos no estábulo, Pyo-wol entrou no restaurante no primeiro andar da estalagem.

Talvez já fosse tarde da noite, então não havia muitos lugares vazios no restaurante.

Se ele esperasse mais, os assentos restantes desapareceriam.

Pyo-wol não perdeu tempo e sentou-se em uma mesa vazia.

Não muito depois de ter se sentado, todos os lugares foram ocupados.

Depois de um tempo, um garçom veio até ele e disse:

— Você teve sorte, senhor!

— Todas as mesas ficam cheias assim todos os dias?

— Sinceramente não. Só quando um grande navio chega, todas as estalagens em Haimen ficam cheias. Hoje, um navio comercial de fora das Planícies Centrais, e um navio mercante da Seita do Dragão do Mar entraram no porto. Como ambos os navios são tão grandes e têm muitas pessoas a bordo, todas as estalagens provavelmente ficarão cheias.

— Ainda há quartos disponíveis?

— Só resta o anexo agora.

— Todos os outros quartos estão ocupados?

— Sim! Todos os quartos baratos estão ocupados, e só o anexo mais caro está disponível.

Cada estalagem ali tinha dois anexos.

— Quanto custa ficar no anexo?

— Uma peça de prata por dia.

— Uma peça de prata?

Uma peça de prata equivalia às despesas de vida de uma família de quatro pessoas por duas semanas.

Era muito dinheiro para gastar em apenas uma noite. Mas Pyo-wol não tinha escolha. Se hesitasse ali, até o anexo restante que tinham provavelmente seria ocupado.

Além disso, o bolso de Pyo-wol estava realmente bom. Gastar algumas peças de prata não era algo que ele fosse se arrepender.

Ele entregou cinco peças de prata ao garçom.

— Deixe-me ficar lá por cinco dias.

— Entendido.

— E me traga alguma comida simples para a noite.

— E álcool?

— Sem álcool.

— Está bem.

Pyo-wol pagou antecipadamente pela comida e pelo serviço, então o garçom correu para a cozinha, com um rosto feliz.

Enquanto Pyo-wol esperava a comida ser servida, ele olhava ao redor da sala. Cada assento estava ocupado por pessoas.

Metade delas parecia ser das Planícies Centrais, mas a outra metade parecia ser de fora. Mais da metade falava em uma língua que Pyo-wol não reconhecia.

Ainda assim, isso não parecia estranho, porque a atmosfera deste lugar era bem aberta.

Isso não era verdade apenas para esta estalagem, mas para a cidade de Haimen em si. Cenas que teriam parecido estranhas em outras cidades estavam naturalmente integradas à vida diária das pessoas ali.

Pyo-wol achou que era uma visão estranha.

Tak!

Foi então.

Alguém se aproximou e ficou na frente da mesa onde Pyo-wol estava sentado.

Quando Pyo-wol ergueu a cabeça, viu um velho com barba amarela e uma mulher loira de olhos azuis, que parecia ser sua neta, encarando-o.

Ao fazer contato visual com eles, o velho falou em chinês falho.

— Você poderia nos deixar nos juntar? Chegamos tarde, então não há lugares disponíveis.

— Por favor.

A mulher também falou em chinês falho.

Pyo-wol olhou para eles por um momento, então disse.

— Sentem-se.

— Obrigado!

— Obrigada.

Os dois expressaram sua gratidão a Pyo-wol enquanto se sentavam.

Enquanto estavam sentados, o garçom veio correndo.

Assim como Pyo-wol, eles tinham alugado um dos anexos restantes.

O velho suspirou aliviado.

— Ufa! Quase tivemos que dormir na rua.

— Por isso eu disse para você se apressar.

— Quem diria que chegaríamos tão tarde? De qualquer forma, é um alívio que pelo menos conseguimos um quarto.

Apesar dos protestos da mulher, o velho sorriu feliz.

Por um momento, o velho riu, mas logo percebeu seu erro.

— Ah! Me desculpe! Estou atrasado para me apresentar. Sou Tarha, das Regiões Ocidentais.

— Tarha?

— Não é um nome fácil de pronunciar. Esta é minha única neta, Yul Ayeon. O pai dela é das Planícies Centrais, então a nomearam assim. Qual é o seu nome?

— Pyo-wol.

— Entendi!

— Então você é do Oeste?

— Isso mesmo!

— Você está aqui para fazer negócios também?

— Negócios? Não. Estamos aqui para cobrar uma dívida.

— Uma dívida?

— Isso é tudo o que você precisa saber por enquanto. Não acho que seja algo que eu possa compartilhar com você logo no nosso primeiro encontro.

Pyo-wol assentiu diante das palavras de Tarha.

Era apenas um encontro passageiro de qualquer maneira.

Não havia necessidade de conhecerem detalhadamente as circunstâncias um do outro. Mesmo quando Pyo-wol perguntou, foi apenas uma resposta padrão, não uma tentativa de descobrir o que realmente estava acontecendo com a outra parte.

Houve um momento de silêncio entre os três.

Foi Yul Ayeon quem quebrou o silêncio desconfortável,

— O Senhor Pyo conhece bem esta área, Haimen?

— Não, é minha primeira vez aqui.

— Então você não está familiarizado com a geografia deste lugar?

— Isso mesmo.

— Então, para onde devemos ir para obter informações sobre este lugar?

— Informações?

— Sim! Acho que vamos ficar aqui por um tempo, então seria bom conhecer a situação local o máximo possível.

— Se você está procurando informações, o clã Hao seria o mais preciso e rápido.

— Clã Hao?

Os olhos de Yul Ayeon se estreitaram.

— É uma organização composta por pessoas pobres. Não há outro lugar igual quando se trata de reunir vastas quantidades de informações. Mas se você simplesmente quiser obter informações sobre uma área específica, é melhor encontrar uma seita nessa área e pedir sua cooperação.

— Pedir cooperação? Como?

— Isso é algo para você descobrir.

— Sério?

Yul Ayeon piscou com seus grandes olhos.

Sua expressão era bastante colorida por causa de seus grandes olhos.

Yul Ayeon então se virou e falou com Tarha.

Eles estavam falando em uma língua ocidental, então Pyo-wol não conseguia entender o que estavam dizendo. No entanto, ele tinha uma ideia aproximada do conteúdo de sua conversa.

“Estão discutindo a credibilidade das minhas palavras, não estão?”

Não importava para ele se acreditavam ou não.

Pyo-wol havia falado a verdade, e cabia a eles acreditarem ou não.

Nesse momento, o garçom trouxe a comida.

A conversa deles naturalmente terminou, já que todos se concentraram na refeição.

Enquanto comiam, Pyo-wol os observava.

Tarha parecia um mercador comum à primeira vista. Ele estava vestido da mesma forma que os outros mercadores que Pyo-wol havia visto ali. Mas Pyo-wol sabia que Tarha não era um mercador de jeito nenhum.

Seu punho, que tinha calos que se projetavam como pregos, provou o fato.

Ele era um artista marcial que aprendeu um tipo de artes marciais de punho.

E um muito especial.

Não eram apenas seus calos, mas a cor de suas mãos também era diferente.

Elas tinham uma tonalidade avermelhada, o que parecia um tanto estranho.

O mesmo acontecia com Yul Ayeon.

Seus olhos azuis estavam cheios de uma luz brilhante, e seu corpo esguio era cheio de elasticidade. Apenas alguém que pratica artes marciais poderia ter tal físico e flexibilidade.

As artes marciais não eram limitadas apenas à região de Jianghu.

Também havia artistas marciais que dominaram as artes marciais fora das Planícies Centrais.

Eles apenas tinham nomes diferentes para elas.

Pyo-wol suspeitava que as duas pessoas à sua frente eram uma delas.

A visão de Yul Ayeon o lembrou de Um Soso.

Os olhos de Um Soso eram tão azuis quanto os de Yul Ayeon. A única diferença era que os olhos de Yul Ayeon eram muito mais azuis. Era como se joias azuis estivessem embutidas em suas pupilas.

Se ela saísse, causaria uma cena. Na verdade, mesmo agora, muitas pessoas no restaurante a olhavam de soslaio.

Sua beleza exótica os havia hipnotizado. No entanto, eles não ousavam se aproximar dela porque sentiam que a aura de Tarha ao redor dela era desconcertante.

Foi quando aconteceu.

Bang!

De repente, com um estrondo alto, a porta da estalagem voou aberta. Um grupo de pessoas entrou correndo na estalagem.

— Uau!

— Aquele não é—?

Os hóspedes dentro da estalagem ficaram chocados ao ver os convidados indesejados que entraram.

Mais de dez homens fortes entraram na estalagem. Todos eles estavam usando bandanas vermelhas na cabeça, o que indicava que pertenciam à Associação da Bandana Vermelha.

No entanto, sua aura era distintamente diferente da dos trabalhadores comuns.

O homem na frente especialmente tinha uma atmosfera única.

Sua figura imensa lembrava a de uma baleia, e seus olhos de bico eram como os de um tigre. Seus lábios também eram grossos como os de um bagre, o que tornava sua impressão muito forte.

As pessoas o reconheceram imediatamente.

— Esse é Yoo Cheolgwang da Associação da Bandana Vermelha.

— Por que ele está aqui?

— Não pode ser?

Os olhares das pessoas se voltaram naturalmente para Pyo-wol.

Como se para confirmar suas suspeitas, Yoo Cheolgwang foi direto na direção dele.

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