Death God of the Drifting Moon – Capítulo 305 - Anime Center BR

Death God of the Drifting Moon – Capítulo 305

Capítulo 305

“A Seita Mara?”

Era um nome que Pyo-wol nunca tinha ouvido antes.

Bem, pelo menos entre as facções que Pyo-wol conhecia em Jianghu, nenhuma usava esse nome.

“Pode ser uma seita da Região Ocidental?”

Como Tarha e Yul Ayeon disseram que eram da Região Ocidental, o pensamento parecia possível.

Pyo-wol não conhece o nome de todas as seitas que existem no mundo, especialmente aquelas das regiões remotas onde as informações eram limitadas.

As artes marciais de Tarha eram chocantes.

Não era simplesmente por causa de sua Força de rebote de Qi.

Tudo que existe tem um propósito.

O mesmo vale para as artes marciais.

Cada arte marcial tem seu próprio propósito e se desenvolve em uma direção que se alinha com esse propósito.

No caso das artes marciais budistas, como as do Templo Shaolin, eles desenvolveram suas artes marciais de tal forma que seriam capazes de subjugar as pessoas sem machucá-las.

Isso não significa que suas técnicas não tenham o poder de matar, mas pelo menos eles dão aos seus oponentes um pouco de misericórdia.

Era por esse motivo que socos e golpes de palma eram a base das artes marciais do Templo Shaolin. A ideia é evitar o uso de lâminas com alta letalidade tanto quanto possível.

Por outro lado, algumas artes marciais se concentravam em maximizar a letalidade. Isso era frequentemente o caso de artistas marciais que buscavam o uso de veneno ou artes demoníacas.

Como tal, as artes marciais naturalmente se desenvolviam em direções diferentes com base em suas respectivas orientações.

E, pelo que Pyo-wol tinha visto agora, as artes marciais de Tarha pareciam ter sido criadas com apenas um propósito.

Destruição.

Sua arte marcial foi meticulosamente projetada para destruir completamente o corpo humano.

Apesar de ter lutado contra inúmeros artistas marciais antes, Pyo-wol nunca tinha encontrado uma arte marcial que fosse criada com apenas um propósito em mente.

Enquanto Yoo Il-seok sonhava em se tornar o rei de Haimen, no final ele não passava de um líder de uma pequena região.

Tarha, por outro lado, possuía as habilidades para sonhar em governar o mundo.

Ele estava em pé de igualdade com as Oito Constelações, ou talvez até as superasse em termos de poder destrutivo.

Pyo-wol percebeu mais uma vez quão vasto era o mundo.

Jianghu não era a totalidade do mundo. Existia um mundo mais amplo além, cheio de inúmeros indivíduos poderosos.

Tarha era a prova disso.

Naquele momento, Yul Ayeon olhou para Pyo-wol e disse,

— Você está surpreso?

— Até certo ponto—

— Parece que não está nada surpreso. As pessoas geralmente congelam quando veem as artes marciais do vovô.

Yul Ayeon olhou para Pyo-wol com uma expressão significativa.

Pyo-wol também considerou a possibilidade de Yul Ayeon ser uma habilidosa artista marcial.

Ela tinha aquela aura única refinada e um brilho nos olhos que mostrava um toque de maturidade e inteligência. Não seria fácil ter um olhar tão intenso sem praticar artes marciais.

Da mesma forma, Yul Ayeon também pensou em Pyo-wol como um mestre das artes marciais.

Com Pyo-wol permanecendo impassível diante da visão de seu avô, as artes marciais de Tarha diante dele, era impossível para um artista marcial não treinado permanecer calmo em tal situação.

Yul Ayeon sentiu uma sensação de curiosidade em relação ao belo homem na sua frente.

— Até quando o Mestre Pyo vai ficar aqui?

— Eu não sei.

— Parece que você ainda não decidiu.

— É verdade.

— Bem, então é bom.

— O que há de bom nisso?

— Significa que nada está definido. Significa que você pode estender sua estadia aqui pelo tempo que a situação exigir.

— Também significa que eu poderia sair daqui tão cedo quanto amanhã.

— Talvez sim, mas talvez não. Só de ter o elemento surpresa é o suficiente para mim.

Yul Ayeon deu um sorriso brilhante.

Sua aparência era bastante cativante.

Talvez devido à mistura do Ocidente e das Planícies Centrais em seu sangue, ela tinha um charme único e ausente nas mulheres das Planícies Centrais.

Seu charme era tão mortal que a maioria dos homens não conseguia deixar de se apaixonar por ela no momento em que a via.

Pyo-wol a olhou por um momento antes de voltar sua atenção para Tarha.

Tarha estava dando instruções a Yoo Il-seok, que estava ajoelhado e acenando continuamente.

Parecia impossível que qualquer variável surgisse nesta situação.

Pyo-wol se levantou e Yul Ayeon o olhou com uma expressão ligeiramente surpresa.

— Você já vai deitar?

— Estou cansado.

— Bem, suponho que sim. Por favor, vá em frente. Parece que o vovô ainda tem alguns assuntos inacabados com eles, então terei que esperar um pouco mais.

— Hmm.

Pyo-wol deixou Yul Ayeon para trás e foi para o anexo.

Observando as costas de Pyo-wol enquanto ele se afastava, Yul Ayeon murmurou para si mesma,

— Que homem interessante.

Seus olhos azuis brilharam de uma maneira incomum.

Yul Ayeon sorriu e deu um longo gole em sua bebida. Mas mesmo assim, ela não se sentiu intoxicada e embriagada.

— O licor das Planícies Centrais é definitivamente fraco.

Em termos de sabor, o licor das Planícies Centrais era definitivamente superior ao licor do Ocidente. No entanto, não conseguia combinar com o Ocidente em termos de força.

Para Yul Ayeon, acostumada ao licor do Ocidente, o licor das Planícies Centrais era muito fraco.

Tum!

Yul Ayeon colocou nervosamente o copo na mesa.

— O que houve?

Tarha se aproximou dela.

— Não é nada.

— O licor é fraco?

— Bem, mais ou menos.

— Ninguém poderia igualar sua bebida nem mesmo na Seita Mara de qualquer maneira.

— Por que está trazendo isso à tona?

— Só estou dizendo.

— De qualquer forma, como foi a história?

— Por sorte, concordaram em se mover de acordo com nossas intenções. As pessoas das Planícies Centrais são realmente gentis. Eles vieram até aqui por conta própria e ofereceram ajuda.

Tarha respondeu animadamente.

Ao ouvir isso, Yul Ayeon explodiu em risos.

Na verdade, quando chegaram ali pela primeira vez, estavam muito perdidos. Precisavam encontrar algo, mas não tinham ideia de por onde começar.

Então perguntaram a Pyo-wol qual era a maneira mais fácil de obter informações.

Pyo-wol forneceu não apenas um, mas dois métodos para obter informações. E como se isso não bastasse, ele até mesmo providenciou para que o anfitrião da reunião viesse pessoalmente.

Para os dois, Pyo-wol não era nada menos que um grande benfeitor.

— Será que eles sabiam de alguma coisa?

— Eles não sabem, mas pedi que investigassem. Eles devem ter algumas boas notícias em breve.

— Entendi.

Yul Ayeon olhou para Yoo Il-seok enquanto ele se recompunha com seus homens. Seus rostos cheios de medo.

Neste ponto, Yul Ayeon e Tarha não precisavam se preocupar com traição.

Esses homens agora agiriam como subordinados de Tarha.

Tarha então se virou subitamente para Yul Ayeon como se lembrasse de algo,

— Onde ele está?

— Ele já voltou para o quarto.

— É mesmo?

Os olhos de Tarha se estreitaram.

 

* * *

 

Pyo-wol voltou ao anexo.

Primeiro, ele tirou o Manto do Dragão Negro e o pendurou na parede.

O Manto do Dragão Negro que Tang Sochu havia feito para ele permaneceu relativamente intacto. Ele manteve sua forma original apesar das inúmeras batalhas ferozes em que esteve.

Ao tirar o manto, a cobra que estava enrolada em seu antebraço se mexeu.

Gwiya costumava ser uma criatura prateada e quase transparente, mas agora, sua aparência atual era vermelha como sangue.

A pequena cobra gradualmente adquiriu uma tonalidade avermelhada ao devorar as abelhas venenosas em Tianzhongshan, então, quando deixou a montanha, havia se tornado completamente vermelha.

Com as escamas vermelhas brilhantes e fluidas de Gwiya, a cobra parecia uma pulseira bem trabalhada enquanto se enrolava no antebraço de Pyo-wol.

Pyo-wol colocou suavemente Gwiya na cama.

— Eu vou tomar um banho, então descanse aqui.

Gwiya respondeu movendo sua pequena língua, como se entendesse as palavras de Pyo-wol.

Pyo-wol então foi para o poço perto do pátio do anexo.

Ele tirou todas as suas roupas e ficou nu perto do poço.

Ele havia lutado muitas batalhas a caminho dali, então não seria surpresa ver seu corpo coberto de feridas ou cicatrizes aqui e ali.

Mas surpreendentemente, não havia traço ou arranhão em seu corpo agora.

Era como se ele nunca tivesse sido ferido em primeiro lugar.

Ele nem sempre foi assim.

Afinal, Pyo-wol também era humano.

E como humano, ter ferimentos naturalmente deixaria cicatrizes em seu corpo.

Mas os quatro meses que ele passou em Tianzhongshan fizeram uma enorme diferença tanto em sua mente quanto em seu corpo. Durante esse tempo, as cicatrizes que permaneciam em seu corpo desapareceram completamente.

Pyo-wol encarou seu corpo elegante e parecido com uma cobra por um momento antes de puxar um longo jato de água e despejá-lo sobre a cabeça.

Splash!

Água gelada escorreu por sua pele.

Pyo-wol continuou a despejar água e limpou seu corpo.

Somente depois de lavar toda a poeira e sujeira que se acumularam em seu corpo durante a jornada, Pyo-wol finalmente parou de se despejar com água.

— Hoo!

Pyo-wol suspirou enquanto olhava para as próprias mãos.

Suas mãos eram mais brancas e delicadas do que as de uma mulher.

Mas essas mesmas mãos estavam manchadas com o sangue de inúmeras pessoas.

As marcas podem ter desaparecido, mas o cheiro de sangue ainda pairava. Pyo-wol conseguia sentir, mesmo que ninguém mais pudesse.

Era o fardo que ele teria que carregar pelo resto da vida.

Ele não sabia quanto mais sangue teria que derramar no futuro.

Por mais que quisesse viver sem manchar as mãos de sangue, Pyo-wol sabia bem que era impossível.

Quer ele gostasse ou não, Pyo-wol já havia se enfiado no centro do círculo de Jianghu. Seria impossível para ele se retirar até morrer.

Com uma leve manipulação de sua energia interna, a água em seu corpo evaporou instantaneamente. Somente depois de estar seco, Pyo-wol vestiu suas roupas de volta.

Quando Pyo-wol voltou para seu quarto, Gwiya imediatamente fez seu caminho até seu corpo como se estivesse esperando por ele. Sua aparência agora não parecia nada além de fofa e brincalhona.

Pyo-wol não se importou com o comportamento da pequena cobra.

Gwiya deslizou entre os dedos, girando e brincando com Pyo-wol.

Pyo-wol passou um tempo brincando com Gwiya.

Suas ações agora eram algo que ele não achava que seria capaz de fazer no passado.

Afinal, ele sempre estava tenso. Seus sentidos precisavam estar constantemente alertas para notar as menores mudanças ao seu redor.

Mas agora era diferente.

Ele certamente estava mais relaxado em comparação com antes, mas isso não significava que ele estava de guarda baixa. Seu estado estava em perfeito equilíbrio.

Enquanto Pyo-wol brincava com Gwiya, ele ponderou.

“Seita Mara…”

Era um nome que ele nunca tinha ouvido antes.

Se houvesse mais pessoas como Tarha na Seita Mara, havia uma boa chance de que a seita ocupasse uma posição elevada na Região Ocidental.

A questão é, por que Tarha e Yul Ayeon entraram em Jianghu?

Mesmo à primeira vista, os status dos dois indivíduos pareciam fora do comum. Eles não teriam viajado até ali apenas para passear ou lazer.

Eles claramente tinham um propósito para chegar tão longe, e usaram Pyo-wol para atrair a Associação da Bandana Vermelha.

Eles não planejaram tudo com antecedência. Estava claro que estavam improvisando. Ainda assim, o fato da situação ter progredido tão suavemente mostrava o quanto de experiência eles tinham.

Com o quão rapidamente eles dominaram o líder da Associação da Bandana Vermelha e deram-lhe ordens, suas ações…

Pyo-wol adormeceu, pensando que teria que descobrir mais sobre a Seita Mara.

 

* * *

 

Somente quando o sol estava alto no céu, Pyo-wol abriu os olhos.

Isso nunca teria acontecido com o Pyo-wol habitual.

Ele sempre dormia e descansava apenas o mínimo necessário. Mas a noite anterior foi diferente. Dormindo em uma cama macia depois de muito tempo, ele foi capaz de dormir profundamente. Graças a isso, sua condição física estava muito boa.

Depois de uma rápida higiene, Pyo-wol saiu do anexo.

Ele se dirigiu ao restaurante que ficava no primeiro andar da estalagem. O restaurante já estava deserto, pois havia passado a hora da refeição.

Pyo-wol sentou-se à mesa perto da janela com vista para o porto. Nesse momento, um funcionário veio correndo até ele.

— Você dormiu bem na noite passada?

— Eu dormi bem.

— Que bom ouvir isso.

Diferente de ontem, havia um lampejo de medo nos olhos do funcionário ao olhar para Pyo-wol.

Pyo-wol soube imediatamente o motivo.

Era por causa de Tarha e sua neta.

A mostra de poder e comportamento deles ontem havia assustado o servo. Então, ao ver Pyo-wol, sentado à mesma mesa que eles, o funcionário naturalmente assumiu que Pyo-wol era companheiro deles.

Pyo-wol perguntou ao funcionário.

— Onde estão eles?

— Eles comeram cedo de manhã e saíram.

— Mesmo?

— Sim! Eu não sei o destino exato deles. Devo descobrir para você?

— Como?

— Hehe! Eu tenho muitos amigos aqui. Se eu perguntar por aí, posso descobrir rapidamente o que está acontecendo no porto.

— Seus amigos são nativos deste lugar?

— Sim! Todos nasceram e foram criados aqui.

— Sério?

Pyo-wol parecia intrigado.

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