Death God of the Drifting Moon – Capítulo 321 - Anime Center BR

Death God of the Drifting Moon – Capítulo 321

Capítulo 321

Pyo-wol deixou Haimen.

Para que Tarha e Yul Ayeon estabelecessem sua base em Haimen, teriam que derrotar a Seita do Dragão do Mar.

A Seita do Dragão do Mar não era de modo algum um oponente fácil, mas Tarha não parecia particularmente preocupado.

Ele já tinha a Associação da Bandana Vermelha sob seu controle, e estava confiante de que poderia lidar com o ataque dos artistas marciais da Seita do Dragão do Mar.

Nem Tarha nem Yul Ayeon ficaram decepcionados por Pyo-wol não ajudar em seus esforços.

Se estabelecer em Haimen era responsabilidade deles, não de Pyo-wol.

Eles acharam que seria demais pedir ajuda com base em uma conexão passageira. Se estivessem determinados a se estabelecer ali, tinham que ter sucesso com sua própria força.

E o par avô e neta eram mais do que capazes disso.

Yul Ayeon assistiu a saída de Pyo-wol com pesar, mas isso foi tudo.

Ela tinha muito trabalho pela frente.

Cabia a ela assumir o controle da Associação da Bandana Vermelha e lutar contra a Seita do Dragão do Mar enquanto Tarha ensinava artes marciais a Tae Musang e Geomyeon.

Ela já havia provado sua destreza marcial a bordo da Frota Fantasma. Embora sua habilidade em artes marciais tenha diminuído um pouco devido à sua falta de familiaridade com o navio balançante, ela ainda enfrentou Jin Yoo-gun e seus homens com firmeza.

Ela era mais do que capaz de lutar contra a Seita do Dragão do Mar.

Foi por isso que Pyo-wol não tinha motivo para ficar em Haimen para ajudar quando eles eram suficientemente capazes.

Pyo-wol deixou Haimen e seguiu para o sul.

Ele não tinha um destino específico em mente.

Por enquanto, planejava apenas percorrer o mundo para onde seus pés o levassem.

Embora estivesse em conflito com a Guilda dos Assassinos Kowloon, ele não tinha intenção de desperdiçar sua juventude e todo o seu tempo perseguindo-os.

Eles eram os que estavam com pressa, não ele.

Enquanto Pyo-wol continuasse agindo como um espinho em seu sapato, eles viriam um dia para se livrar dele. Então, enquanto esperava por esse momento, decidiu viajar pelo mundo e explorar.

Deixando Haimen, Pyo-wol chegou ao Lago Tai.

Era um lago enorme localizado a algumas centenas de li ao sul de Haimen.

Qualquer um que chegasse ao Lago Tai pela primeira vez poderia confundi-lo com o mar devido à sua vastidão. Pyo-wol teria cometido o mesmo erro se não tivesse ouvido falar do Lago Tai antes de deixar Haimen.

Havia quarenta e oito ilhas grandes e pequenas no lago, e setenta e dois picos de montanhas cercando as ilhas e o lago.

A beleza cênica e os abundantes recursos aquáticos levaram ao desenvolvimento da culinária de frutos do mar. Inúmeros restaurantes alinhavam a margem do lago, atraindo visitantes em busca de delícias gastronômicas. O Lago Tai é um destino favorito para visitantes gourmets e entusiastas da comida.

O Lago Tai também é o primeiro lugar onde mercadorias estrangeiras e exóticas, provenientes de Haimen, eram descarregadas e desembaladas. Devido a essas circunstâncias, o povo do Lago Tai tinha roupas e acessórios muito mais sofisticados e refinados em comparação com os habitantes de outras regiões.

Ao entrar no Lago Tai, Pyo-wol imediatamente mudou a cor de seu Manto do Dragão Negro para uma cor vermelha brilhante. Dessa forma, ele seria menos visível aos olhos das pessoas.

No entanto, era impossível evitar completamente chamar a atenção. Sua aparência esplêndida inevitavelmente chamava os olhares das pessoas para onde quer que ele fosse.

Mesmo assim, como seu rosto e roupas exalavam uma aura de elegância e sofisticação, as pessoas hesitavam em se aproximar dele casualmente.

Pyo-wol passeou pelas ruas movimentadas enquanto cavalgava seu cavalo.

Havia inúmeras barracas alinhando as ruas.

Havia algumas barracas vendendo tecidos, assim como barracas vendendo joias, mas as barracas mais comuns eram aquelas vendendo comida.

Pratos recém-preparados feitos com peixe pescado diretamente no Lago Tai eram verdadeiramente requintados. O aroma delicioso que exalava de cada barraca atraía todos os transeuntes.

Entre eles, Pyo-wol se dirigiu a uma barraca administrada por uma mulher idosa.

Apesar de sua coluna curvada e de um rosto cheio de rugas que não tinha resistido à passagem do tempo, a velha tinha um sorriso radiante no rosto.

À medida que Pyo-wol se aproximava e amarrava seu cavalo de lado, a velha o cumprimentava.

— Seja bem-vindo! Sente-se.

Acenando com a cabeça, Pyo-wol sentou-se enquanto a velha começava imediatamente a preparar a comida.

O prato que a velha estava preparando era o Noodle Aozao.

Era um prato de macarrão com carne de pato como ingrediente principal, comumente consumido na região vizinha de Kunshan.

Como a barraca vendia apenas um tipo de prato de macarrão, eles não perguntavam aos clientes o que eles queriam comer. Eles simplesmente faziam a comida.

Pyo-wol olhou para a velha sem falar.

A velha rapidamente preparou uma tigela de Noodles Aozao.

— Fica melhor se comido antes que o prato esfrie.

A velha disse com um sorriso.

Apesar de ter perdido todos os dentes da frente devido à passagem do tempo, ela não parecia ridícula de jeito nenhum. Pelo contrário, sua aparência parecia ainda mais calorosa e acolhedora.

Pyo-wol assentiu e pegou seus hashis.

Mexeu os noodles com os hashis primeiro e depois deu um gole no caldo. O rico caldo deslizou por sua garganta e aqueceu seu estômago.

Os noodles em si eram incrivelmente mastigáveis. Cada fio de macarrão parecia estar vivo e vibrante.

Era um deleite para o paladar.

A comida que Pyo-wol havia comido em Haimen não era tão ruim, mas não lhe deu o mesmo nível de satisfação.

Pyo-wol era cauteloso com alimentos gordurosos e tendia a manter sua dieta simples, mas os Noodles Aozao, que pareciam ter sido preparados apressadamente por uma velha, cativaram completamente suas papilas gustativas.

Enquanto Pyo-wol saboreava seus noodles:

— Está gostoso?

De repente, a voz de uma mulher veio de seu lado.

Quando Pyo-wol virou a cabeça, viu uma mulher bonita na casa dos vinte anos olhando para ele.

Devido à sua expressão gélida e ao olhar penetrante, ela emanava uma forte presença. Ela usava um xale de pele de lontra em volta do pescoço, acentuando ainda mais sua aura imponente.

Ao seu redor estavam vários homens que pareciam ser seus guarda-costas. Eles todos encaravam Pyo-wol como se não fossem deixá-lo escapar com truques ou travessuras.

Pyo-wol nem prestou atenção nesses homens e falou com a mulher:

— Combina com o meu gosto.

— É mesmo? Então, eu também vou pedir uma tigela.

A mulher se sentou ao lado de Pyo-wol.

Embora a cadeira fosse desconfortável, já que era uma barraca de rua, a mulher parecia não se importar.

Ao contrário de quando a velha estava lidando com Pyo-wol, a velha fez os Noodles Aozao de maneira apressada. Parecia que ela conhecia a identidade da mulher.

A velha entregou rapidamente os Noodles Aozao preparados para a mulher.

— Aproveite sua refeição, senhorita!

— Obrigada.

A mulher, assim como Pyo-wol, mexeu os noodles com os hashis e deu um gole no caldo.

— Está gostoso. Eu estava apenas passando, e quando vi como você estava comendo deliciosamente, fiquei com fome de repente. Se eu soubesse que essa comida seria tão saborosa, teria comprado com mais frequência.

— Parece que você mora por aqui?

Foi então.

— Cuidado com o que fala.

— Como ousa falar com a dama?!

Os guarda-costas atrás dela responderam com uma voz feroz. A expressão da mulher se distorceu ligeiramente com a intervenção deles.

Tak!

Ao colocar os hashis de lado, ela se virou para olhar para os guarda-costas.

— Quem disse para vocês intervirem?

— Senhorita, estávamos apenas lhe protegendo—

— Pressionar as pessoas ao meu redor é considerado me proteger?

— Nós… pedimos desculpas.

Eventualmente, os guarda-costas ficaram em silêncio. No entanto, a insatisfação era evidente em seus rostos. Eles encararam Pyo-wol com olhares ameaçadores.

Sua determinação de não deixar passar nenhuma travessura foi claramente transmitida por meio de seus olhares.

A mulher se desculpou com Pyo-wol.

— Desculpe, meus guarda-costas mudaram recentemente, e a lealdade deles tende a ser excessiva, causando problemas. Espero que possa perdoá-los com um coração generoso.

— Deve ser difícil.

— Bem, isso passará.

A mulher comeu os Noodles Aozao vigorosamente com seus hashis.

Pyo-wol também terminou os noodles restantes em poucas mordidas.

Embora ele tivesse comido apenas uma tigela, seu estômago estava satisfeito.

Pyo-wol deixou duas moedas na mesa e se levantou.

— Oh, meu Deus! Uma moeda já é suficiente—

Embora ela dissesse isso, a velha colocou ambas as moedas no bolso e riu.

À medida que Pyo-wol se virava para sair, a mulher o chamou enquanto segurava sua tigela.

— Com licença!

— ……

— Qual é o seu nome?

— Pyo-wol.

— Esse é um bom nome. Meu nome é Cho Yuseol.

— ……

— Só estou dizendo.

Cho Yuseol fez uma leve reverência a Pyo-wol.

Pyo-wol estudou o rosto dela por um momento, então puxou as rédeas de seu cavalo e deixou a barraca.

Assim que ele se foi, um dos guarda-costas falou cautelosamente com Cho Yuseol,

— Aquele homem parece suspeito. Tenho medo de que o Lorde saiba que você esteve conversando com uma pessoa assim.

— Hmph, você é quem vai relatar tal coisa?

— Isso é um mal-entendido.

— Veremos mais tarde se foi um simples mal-entendido ou a verdade…

— ……

O guarda-costas não pôde dizer mais nada, então permaneceu em silêncio.

Cho Yuseol não lhe deu mais atenção. Ela simplesmente continuou comendo seus noodles Aozao.

 

* * *

 

Pyo-wol reservou um quarto em uma pousada grande bem ao lado do Lago Tai.

Quando ele abriu a janela, tinha uma vista panorâmica do lago.

O lago era tão vasto quanto o oceano, com inúmeros barcos flutuando nele. A maioria deles eram barcos de pesca, entre eles, havia também barcos flutuando para lazer na água.

O tempo estava ensolarado, e não havia vento, tornando as condições perfeitas para navegar.

Pyo-wol deitou-se em sua cama com a janela aberta. Então Gwiya, que havia estado silenciosamente se agarrando ao seu antebraço o tempo todo, deslizou para a cama.

A cobra vagou pela cama como se estivesse em sua própria casa por um tempo, antes de desaparecer em uma rachadura na parede. No entando, Pyo-wol não estava preocupado.

Ele sabia que ela voltaria quando fosse a hora certa.

Conforme Pyo-wol havia previsto, Gwiya voltou meia hora depois.

Seu abdômen parecia estar levemente inchado, como se tivesse comido algo.

Subindo na cama, Gwiya se arrastou entre os dedos de Pyo-wol. Ele sorriu com a sensação fria de suas escamas roçando nele.

Pyo-wol levantou a mão e travou os olhos com Gwiya.

Nos olhos vermelhos brilhantes como joias de Gwiya, Pyo-wol podia ver um reflexo de si mesmo.

Seu encontro pode ter sido uma coincidência, mas agora eles haviam chegado ao ponto em que podiam se comunicar um com o outro.

Pyo-wol podia entender o que Gwiya estava pensando apenas olhando para ela. Era o mesmo para a cobra.

Gwiya pressionou suavemente seu rosto contra a bochecha de Pyo-wol, antes de voltar para seu antebraço.

Depois de acariciar brevemente Gwiya por um momento, Pyo-wol logo saiu do quarto.

O sol ainda não havia se posto, então ficar no quarto assim seria um desperdício de tempo.

Pyo-wol tinha o hábito de andar por aí e se familiarizar com a geografia da área para a qual ele chegou, independentemente da região.

Era um hábito de sobrevivência enraizado nele.

Pyo vagou por todas as ruas do Lago Tai.

Depois de andar um pouco, Pyo-wol chegou a uma rua de oficinas cheia do cheiro de ferro.

A rua das oficinas ficava na periferia do Lago Tai.

Talvez porque o cheiro de ferro e o calor fossem tão fortes, as oficinas decidiram permanecer em um lugar longe da movimentada área residencial.

Havia bastante gente andando pela rua das oficinas.

A maioria deles eram guerreiros usando armas.

Os guerreiros vinham às oficinas para comprar armas ou ter suas próprias armas consertadas.

Pyo-wol já havia consertado suas adagas fantasma, então não tinha motivo para entrar nas oficinas. No entanto, Pyo-wol não podia simplesmente deixar a rua das oficinas passar por ele.

Mesmo que ele não precisasse de nada imediatamente, ele não sabia que itens e armas poderia acabar encontrando em cada oficina.

Foi assim que conseguiu as adagas fantasmas em primeiro lugar.

Embora Tang Sochu mais tarde fizesse uma nova para ele, ainda seria útil encontrar outro item em uma oficina.

Pyo-wol entrou nas oficinas uma por uma e olhou para as armas exibidas nas prateleiras.

Havia muitos tipos diferentes de armas.

De espadas e adagas a arcos e flechas, parecia que todas as armas que existem em Jianghu estavam ali. No entanto, não havia armas que atendessem aos padrões de Pyo-wol.

O nível de artesanato era medíocre.

Se Tang Sochu estivesse ali, ele teria criticado os artesãos indiscriminadamente. Ele os teria repreendido, dizendo que eles careciam dos fundamentos.

Embora Pyo-wol não fosse Tang Sochu, seu olho para armas era ainda mais alto. Isso porque ele era aquele usando as armas.

“Lixo!”

Pyo-wol suspirou e entrou na última oficina. No entanto, a atmosfera ali era diferente das outras.

Era consideravelmente maior do que as outras oficinas, e o interior estava organizado de forma ordenada.

Além disso, a qualidade das armas exibidas era bastante alta.

A condição do ferro era excelente, e o equilíbrio das armas também era bom.

Os preços também eram relativamente baratos.

De repente, um pacote de Agulhas de Cabelo de Vaca chamou a atenção de Pyo-wol.

A arma era chamada assim porque eram finas e delicadas como um cabelo de vaca.

Embora fosse leve o suficiente para ser levado pelo vento, usar uma Agulha de Cabelo de Vaca era difícil, então havia poucos guerreiros que realmente a usavam.

Pyo-wol examinou de perto.

— Você gosta disso? Eu fiz isso eu mesmo.

De repente, uma voz veio de seu lado.

Quando Pyo-wol virou a cabeça, viu um adolescente no final da adolescência olhando para ele.

Havia marcas claras de queimaduras em seu antebraço, onde as mangas estavam arregaçadas. Havia também vestígios de fogo em partes de seu rosto.

— Você disse que fez isso?

— Sim! Eu mesmo fiz. Você é o primeiro cliente que mostrou interesse por este item.

— Mesmo?

— Sim!

— Qual é o seu nome?

— Do Yeonsan! Eu sou Do Yeonsan, aprendiz de ferreiro na Oficina Cheolsan.

— Oficina Cheolsan?

— Sim! Nós carregamos o legado e a visão do clã Tang.

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